Brucelose: Uma Ameaça Oculta à Saúde
A brucelose afeta humanos e animais, muitas vezes sem ser percebida, mas é bem comum.
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Índice
Brucelose é uma doença infecciosa que afeta tanto humanos quanto animais. É conhecida por vários nomes, como "febre ondulante", "febre do Mediterrâneo" e "febre de Malta". A doença é causada por bactérias da família Brucella, que inclui várias espécies. Algumas dessas espécies afetam principalmente animais, mas algumas também podem deixar humanos doentes.
Como as Pessoas Pegam Brucelose?
Os humanos geralmente pegam brucelose ao consumir produtos lácteos crus ou não pasteurizados, como leite e queijo, ou pelo contato direto com animais infectados. Quem trabalha em contato próximo com animais, como veterinários, fazendeiros e trabalhadores de abatedouros, está em maior risco de contrair a doença.
Os sintomas da brucelose incluem febre, dor de cabeça, cansaço, suor e dor nas costas. A doença pode deixar a pessoa fraca e resultar em muitas faltas ao trabalho. Em animais, especialmente gado, a brucelose pode causar problemas como abortos e redução na produção de leite.
A Brucelose Afeta Muitas Pessoas
A brucelose é considerada uma das doenças zoonóticas negligenciadas, ou seja, não é muito comentada, mas afeta muita gente. Segundo organizações de saúde, mais de 500.000 novos casos humanos são registrados a cada ano no mundo todo. A doença é especialmente preocupante para quem trabalha com animais.
Em lugares como Zâmbia, a brucelose é comum entre criadores de gado, principalmente em regiões onde o Leite Cru é uma parte comum da dieta. Embora tenham sido feitos alguns estudos sobre brucelose em animais, menos atenção foi dada a como isso afeta as pessoas.
O Estudo na Zâmbia
Um estudo recente na Zâmbia focou em entender quantas pessoas tinham Anticorpos contra a Brucella, o que significa que tinham sido expostas à bactéria. O estudo foi feito com pacientes que visitavam hospitais em determinados distritos da Província Ocidental. Os pesquisadores queriam descobrir o número de infecções e investigar quaisquer fatores de risco envolvidos.
O estudo ocorreu ao longo de três anos e não só analisou amostras de sangue dos pacientes, mas também coletou informações sobre suas vidas diárias, como condições de vida e profissões.
Processo de Pesquisa
O estudo incluiu pessoas que mostraram sintomas relacionados à brucelose, como febre e dor de cabeça, mas que testaram negativo para malária. Amostras de sangue foram coletadas, e um questionário foi usado para reunir informações sobre os antecedentes dos participantes, como nível de educação e se lidavam com animais regularmente.
Os pesquisadores tinham como objetivo incluir pacientes suficientes de diferentes distritos, garantindo uma representação justa da população. Eles também planejavam ter um mínimo de 225 participantes para assegurar a validade da pesquisa.
O Que os Pesquisadores Descobriram?
Após analisar as amostras de sangue, foi descoberto que 4,57% dos pacientes tinham anticorpos contra a Brucella, indicando que haviam sido expostos à bactéria. As taxas mais altas foram encontradas em distritos específicos, com algumas áreas tendo mais casos do que outras.
Curiosamente, muitos participantes não sabiam que a brucelose poderia afetar humanos. A maioria tinha recebido informações sobre a doença de veterinários, mas isso não se traduziu em uma boa compreensão de como a doença se espalha. Muitos participantes não tinham conhecimento de como a doença era transmitida ou os sintomas a observar.
Comportamentos de Risco
O estudo também destacou certos comportamentos que aumentavam o risco de contrair brucelose. Muitos participantes relataram consumir leite cru e carne mal cozida, que podem carregar a bactéria. Além disso, ter muitos animais estava ligado a um risco maior de Infecção.
Os pesquisadores notaram que as pessoas na região costumam manter os animais em contato próximo com suas famílias. Essa relação íntima entre humanos e animais aumenta a chance de transmissão da doença.
Lacunas de Conhecimento
Uma descoberta significativa foi que as pessoas não estavam bem informadas sobre brucelose. Apesar de alguns terem ouvido falar da doença, muitos não sabiam que ela poderia afetar humanos. Essa falta de conhecimento pode ser um obstáculo para a adoção de precauções necessárias para evitar a infecção.
Os resultados indicaram que a educação sobre a doença poderia ajudar a reduzir o risco de infecção. As pessoas precisam aprender mais sobre os perigos de consumir produtos não pasteurizados e a importância de boas práticas de higiene ao lidar com animais.
Conclusão
A brucelose é uma questão séria de saúde que afeta tanto animais quanto humanos. Essa doença é especialmente preocupante em regiões onde as pessoas trabalham em contato próximo com gado e consomem produtos animais crus.
O estudo na Zâmbia forneceu insights valiosos sobre a prevalência da brucelose entre pessoas que buscam atenção médica. Revelou que muitos indivíduos não têm conhecimento dos riscos associados à doença, destacando a necessidade de melhor educação e conscientização.
Melhorar o conhecimento sobre brucelose e sua transmissão pode levar a melhores estratégias de prevenção e, em última análise, reduzir o número de novos casos. Iniciativas de saúde pública devem focar em educar tanto prestadores de serviços de saúde quanto comunidades sobre a importância de práticas seguras ao lidar com animais e seus produtos.
Ao espalhar a conscientização e compreensão sobre a brucelose, as comunidades podem tomar medidas para se proteger e prevenir a disseminação dessa doença infecciosa.
Título: Seroprevalence of Human Brucella Antibodies and associated Risk Factors Among Patients Seeking Medical Attention at Community Hospitals in Selected Districts of Western Province in Zambia
Resumo: IntroductionBrucellosis is a neglected zoonotic disease that affects humans and animals and can lead to severe illness in humans and financial losses for households that rear livestock. The study aimed to investigate the seroprevalence of human Brucella antibodies and associated risk factors among patients seeking medical attention at community hospitals. MethodsA cross-sectional seroepidemiological study was conducted from 21st April 2021 to 21st April 2024 among patients seeking medical attention at community hospitals in selected districts of Western province in Zambia. 225 blood samples were collected from consenting participants. Sera were separated and analysed for anti-Brucella antibodies using the Rose Bengal Test (RBT) and Competitive enzyme-linked immunosorbent assay (c-ELISA) in parallel. A questionnaire was administered to obtain epidemiological data related to exposure to the Brucella pathogen. The data obtained were coded and entered in the Micro-Soft Excel 2013(R) and analysed using STATA version 15(R). Results197 sera samples were found acceptable for testing and analysis for this study, out of these, the seroprevalence of Brucella antibodies was 18.3% (n=36, 95% CI=0.13-0.24) and 4.57% (n=9, 95% CI=-0.68-0.28) on RBT and c-ELISA respectively.Among the risk factors considered, the number of animals was statistically significantly associated with Brucella seropositivity (OR 6.49, 95% CI=1.10-38.13, p-value = 0.039). ConclusionsBrucella antibodies are prevalent among patients attending health facilities in the Western province of Zambia. The number of animals were significantly associated with the Brucella seropositivity.
Autores: Ruth Lindizyani Mfune, A. M. Mambote, J. B. Muma, M. Mubiana, S. Mudenda, V. Daka, M. Mubanga, F. N. Bumbangi, C. Chitalu
Última atualização: 2024-07-26 00:00:00
Idioma: English
Fonte URL: https://www.medrxiv.org/content/10.1101/2024.07.25.24311011
Fonte PDF: https://www.medrxiv.org/content/10.1101/2024.07.25.24311011.full.pdf
Licença: https://creativecommons.org/licenses/by/4.0/
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