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Avaliando o Conforto Interno Através de Tecnologia Inovadora

Novo estudo analisa como os ambientes internos afetam o conforto pessoal e o bem-estar.

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Nos últimos tempos, tem rolado uma atenção maior sobre como os ambientes fechados afetam nossa saúde e conforto, especialmente por causa da pandemia. A galera nos países desenvolvidos tende a passar mais de 90% do tempo dentro de casa, o que mostra uma necessidade clara de espaços confortáveis. Mas, o conforto pode variar muito de um prédio pra outro e até de um cômodo pra outro. O conforto pessoal é subjetivo e é influenciado por vários fatores, como o clima local, gostos e desgostos pessoais, e estados físicos e mentais individuais. Por isso, pra realmente entender como as pessoas se sentem em diferentes ambientes, é importante usar conjuntos de dados abrangentes que incluam várias medições ambientais junto com as próprias avaliações de conforto das pessoas.

Medir como as pessoas se sentem e como os corpos delas reagem a diferentes ambientes internos pode ser desafiador. Embora existam muitos dispositivos cheios de sensores no mercado, eles geralmente complicam a vida dos usuários na hora de coletar e interpretar os dados. Embora alguns dispositivos, como smartwatches, consigam rastrear as respostas do corpo, tem poucas opções feitas especificamente pra monitorar as condições ambientais ao longo do dia. A localização dos sensores também é um assunto discutido. Por exemplo, medir certos gases é mais eficaz quando os sensores estão perto da boca. Por outro lado, sensores de temperatura podem ser colocados em locais diferentes. Mas, colocar sensores perto do rosto de alguém pode causar desconforto, o que pode levar a dados imprecisos.

Além disso, estudos de longo prazo que examinam como as pessoas vivenciam diferentes ambientes devem levar em conta o tempo passado ao ar livre e durante os deslocamentos, já que essas experiências podem variar bastante dependendo do local, eventos na área e como as pessoas se locomovem.

Existem várias maneiras de coletar informações sobre como os usuários percebem seus níveis de conforto. Recentemente, foi desenvolvido um aplicativo chamado Cozie pra coletar esse tipo de dado de forma confiável e não intrusiva. Esse app usa um método chamado Avaliação Momentânea Ecológica (EMA) pra perguntar aos participantes sobre seu conforto em tempo real, capturando pensamentos sobre coisas como conforto térmico e barulho, enquanto também permite ajustes com base nas necessidades específicas da pesquisa.

Óculos inteligentes são uma opção interessante pra medir com precisão vários fatores ambientais. Como são usados perto dos olhos, ouvidos, nariz e boca, eles podem oferecer insights valiosos sobre como as pessoas percebem o que está ao redor. Neste estudo, uma plataforma chamada AirSpec foi utilizada pra coletar medidas objetivas e dados qualitativos dos participantes. Os óculos inteligentes foram projetados com base em modelos anteriores, e os testes mostraram que são confortáveis e visualmente agradáveis.

Esse estudo foi realizado em três locais diferentes pra levar em conta diversos contextos culturais e condições climáticas. Os locais foram Boston, Massachusetts em março/abril de 2023, Friburgo, Suíça em maio/junho de 2023, e Cingapura em junho/julho de 2023. Todas as aprovações necessárias foram obtidas das instituições relevantes que supervisionaram a pesquisa. No total, dez participantes foram recrutados de cada local e os dados foram coletados continuamente durante cinco dias durante o horário de trabalho. Isso incluiu questionários pré-selecionados, processos de integração, e questionários EMA repetidos usando tanto o app Cozie quanto a plataforma AirSpec, além de entrevistas de saída.

Um total de 30 participantes participou do estudo, incluindo 14 mulheres, 14 homens, e 2 indivíduos que se identificaram como não-binários ou preferiram manter sua identidade em privado, todos com idades entre 21 e 52 anos. Os participantes foram compensados pelo tempo com vouchers de moeda local. A maioria usou seus próprios iPhones, alguns usaram seus próprios Apple Watches, enquanto outros receberam dispositivos do estudo. Uma porcentagem significativa de participantes relatou insatisfação com seus ambientes de trabalho e de casa.

Os questionários iniciais feitos antes do estudo focaram em entender a demografia dos participantes, o tempo que passaram em diferentes locais de trabalho e seus níveis de satisfação com esses ambientes. Os questionários de integração avaliaram ainda mais as sensibilidades individuais a vários fatores ambientais internos.

Durante o estudo, a plataforma AirSpec coletou dados detalhados sobre as condições ambientais e fisiológicas. Os sensores foram configurados com taxas de amostragem e resoluções específicas, e os dados foram transmitidos via Bluetooth, permitindo que os participantes vissem leituras em tempo real e interagissem com os questionários EMA. Pra incentivar a participação nos questionários, foram usados sinais visuais na forma de luzes LED integradas nos óculos inteligentes, indicando quando fazer os questionários em intervalos aleatórios ao longo do dia. Se um participante não respondesse ao aviso do questionário a tempo, uma notificação de vibração suave era enviada.

Os questionários EMA focaram em aspectos como níveis percebidos de concentração, percepção do tempo e fontes de desconforto vivenciadas pelos participantes. Todos os dados coletados de diferentes fontes foram sincronizados usando timestamps e IDs únicos de participantes, garantindo precisão na conexão das respostas.

As informações coletadas incluem dados ambientais dos óculos AirSpec e Dados Fisiológicos de dispositivos como o Apple Watch e a pulseira Empatica E4. Esse conjunto abrangente de dados permite uma análise profunda de como diferentes fatores interagem para influenciar o conforto interno. No entanto, o estudo enfrentou alguns desafios, como perda de dados de sensores ambientais em um dos locais devido a problemas técnicos. Além disso, alguns dados fisiológicos não estavam disponíveis para certos participantes, provavelmente devido a problemas de hardware.

Pra garantir a validade dos dados coletados, testes foram feitos pra comparar a precisão dos sensores de temperatura de pele sem contato com sensores de referência estabelecidos. As descobertas indicaram que, embora algumas discrepâncias existissem, o desempenho geral era similar entre diferentes tipos de sensores.

Embora fosse esperado que houvesse variabilidade nos tempos de coleta de dados dos sensores devido à natureza não supervisionada do estudo, os pesquisadores conseguiram reunir informações valiosas sobre como os participantes interagiam com seus ambientes. Os dados também podem ser usados pra explorar modelos personalizados que considerem estados e respostas individuais.

Não há restrições específicas sobre o acesso ou uso dos dados coletados, tornando-os disponíveis pra pesquisas e desenvolvimentos futuros relacionados à qualidade ambiental interna. As descobertas dessa pesquisa podem ajudar a informar decisões de design no futuro, visando criar espaços internos mais saudáveis e confortáveis.

No geral, esse estudo destaca a importância de entender como vários fatores ambientais afetam o conforto pessoal e o bem-estar. Com os avanços na tecnologia vestível e métodos de coleta de dados, os pesquisadores podem obter novas perspectivas sobre a relação entre indivíduos e seus ambientes internos, contribuindo, em última análise, para melhores práticas de design e gerenciamento em espaços urbanos.

Fonte original

Título: Exploring Urban Comfort through Novel Wearables and Environmental Surveys

Resumo: This study presents a comprehensive dataset capturing indoor environmental parameters, physiological responses, and subjective perceptions across three global cities. Utilizing wearable sensors, including smart eyeglasses, and a modified Cozie app, environmental and physiological data were collected, along with pre-screening, onboarding, and recurring surveys. Peripheral cues facilitated participant engagement with micro-EMA surveys, minimizing disruption over a 5-day collection period. The dataset offers insights into urban comfort dynamics, highlighting the interplay between environmental conditions, physiological responses, and subjective perceptions. Researchers can utilize this dataset to deepen their understanding of indoor environmental quality and inform the design of healthier built environments. Access to this dataset can advance indoor environmental research and contribute to the creation of more comfortable and sustainable indoor spaces.

Autores: Patrick Chwalek, Sailin Zhong, Nathan Perry, Tianqi Liu, Clayton Miller, Hamed Seiied Alavi, Denis Lalanne, Joseph A. Paradiso

Última atualização: 2024-08-01 00:00:00

Idioma: English

Fonte URL: https://arxiv.org/abs/2408.08323

Fonte PDF: https://arxiv.org/pdf/2408.08323

Licença: https://creativecommons.org/licenses/by/4.0/

Alterações: Este resumo foi elaborado com a assistência da AI e pode conter imprecisões. Para obter informações exactas, consulte os documentos originais ligados aqui.

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