Simple Science

Ciência de ponta explicada de forma simples

# Biologia# Neurociência

Entendendo o Sentido de Agência em Ação

Este estudo analisa como sentimos controle sobre nossas ações e resultados.

― 8 min ler


Controle e Agenciamento:Controle e Agenciamento:Uma Análise Profundacontrole sobre nossas ações.Explorando como a gente percebe o
Índice

A sensação de que estamos no controle das nossas próprias ações é chamada de senso de agência. Essa ideia cobre várias formas diferentes de pensar e sentir sobre nossas ações e seus resultados. Pesquisadores têm analisado partes diferentes desse conceito. Alguns focam em como sentimos que iniciamos uma ação, enquanto outros olham como sentimos que controlamos o que acontece depois dessa ação. É importante entender essas diferentes visões, porque elas podem apontar para diferentes maneiras que nossos cérebros funcionam. No entanto, muitos estudos não prestaram muita atenção a esses detalhes, o que pode explicar porque os especialistas não concordam sobre quais partes do cérebro estão envolvidas nessa sensação.

Duas Principais Visões sobre Agência

Tem duas visões principais quando se fala sobre o senso de agência: agência corporal e agência externa. Agência corporal se refere à sensação de controle sobre nossos próprios movimentos, tipo quando balançamos o braço. Agência externa é sobre o controle que sentimos sobre os resultados das nossas ações, tipo quando jogamos uma bola e ela entra na cesta. Os pesquisadores debatem se essas são as mesmas experiências ou se envolvem processos diferentes no cérebro.

Em muitos estudos, quando as pessoas falam sobre o senso de agência, elas comentam sobre como se sentiram responsáveis por uma ação (como jogar uma bola) e o quanto acreditam que controlaram essa ação. Porém, um estudo pode descrever essas experiências de maneiras diferentes. Alguns podem focar na própria ação (como mover o braço) enquanto outros focam no que essa ação resulta (como fazer a bola entrar na cesta).

O Modelo Comparador

Uma forma comum de explicar o senso de agência é através do que chamam de modelo comparador. Esse modelo diz que quando agimos intencionalmente, nosso cérebro faz previsões sobre o que deve acontecer como resultado daquela ação. Essas previsões são baseadas nos comandos que vão do nosso cérebro para os músculos. Quando o que acontece bate com nossas previsões, sentimos que estamos no controle. Se rolar uma discrepância, podemos sentir que perdemos o controle.

O modelo comparador foi primeiramente usado para entender a agência sobre movimentos corporais. No entanto, os pesquisadores descobriram que as pessoas também podem sentir um senso de agência sobre os resultados de suas ações, mesmo que não estejam diretamente ligados aos seus próprios movimentos. Por exemplo, você pode se sentir no controle mesmo quando outra pessoa faz algo em seu nome.

Resultados Mistos em Estudos de Agência

Ao olhar como nos sentimos no controle, os estudos mostraram resultados mistos. Alguns descobriram que as pessoas sentem mais agência quando conseguem atingir um alvo, enquanto outros acharam que as pessoas sentiam menos agência quando o resultado era inesperado ou demorava. Alguns estudos até mostraram que o feedback visual durante uma ação pode mudar o quanto uma pessoa se sente no controle de seu movimento.

Outra linha de pesquisa explorou as diferentes sensibilidades que as pessoas têm para erros de previsão relacionados a movimento e resultado. Alguns estudos mostraram que os participantes estavam mais cientes de violações relacionadas ao resultado, enquanto outros indicaram o oposto. Essa inconsistência destaca o desafio de estudar como percebemos nossa própria agência.

Medindo Agência

Para entender melhor a agência, os pesquisadores precisam ser cuidadosos sobre como medem isso. A maioria dos estudos se baseou em relatos subjetivos, que podem ser influenciados por preconceitos pessoais. Se um participante acha que está no controle, esse pensamento pode distorcer os resultados.

Para medições mais precisas, os pesquisadores poderiam pegar métodos de outra área - metacognição. Esse jeito de medir observa como as pessoas pensam sobre seus próprios pensamentos e julgamentos. Ao aplicar esses métodos para estudar agência, os pesquisadores podem descobrir quão bem as pessoas conseguem avaliar seus próprios sentimentos de controle.

O Experimento

Em um estudo que explorou o senso de agência, os participantes participaram de uma tarefa motora semelhante a um jogo chamado "Skittles", onde tinham que jogar uma bola para atingir um alvo. Os pesquisadores manipularam o feedback visual sobre os movimentos dos participantes e os resultados desses movimentos. Os participantes completaram várias tentativas onde tinham que decidir em qual das suas duas ações se sentiam mais no controle e depois avaliar sua confiança na decisão.

Os pesquisadores hipotetizaram que como os participantes se sentiam sobre seus movimentos e resultados afetaria seu senso de agência de maneiras diferentes. Eles também planejavam avaliar a atividade cerebral durante a tarefa para ver como diferentes manipulações poderiam estar relacionadas a sentimentos de controle.

Métodos de Pesquisa

O estudo envolveu muitos passos:

  1. Participantes: O estudo incluiu pessoas sem histórico de condições neurológicas ou psiquiátricas. Eles precisavam ter visão normal e ser destros.

  2. Configuração: Usaram uma alavanca personalizada para os participantes segurarem e jogarem uma bola virtual, que era exibida na tela do computador. Isso permitiu que os pesquisadores controlassem o feedback que os participantes recebiam sobre seus movimentos e seus resultados.

  3. Condições: Havia duas condições principais para o movimento: uma em que o feedback visual combinava com a ação e outra onde não combinava. Os participantes tinham que decidir qual das suas ações parecia mais controlada.

  4. Coleta de Dados: Os pesquisadores anotaram quão confiantes os participantes estavam em suas decisões após cada tentativa. Eles também coletaram dados de atividade cerebral usando EEG para medir a atividade elétrica durante os movimentos.

Principais Descobertas

  1. Desempenho de Discriminação: Os pesquisadores não encontraram diferença significativa em quão bem os participantes conseguiam dizer qual ação controlavam melhor, independentemente de o feedback deles ter sido manipulado com base no movimento ou no resultado.

  2. Avaliações de Confiança: As avaliações de confiança dos participantes foram similares em ambas as condições. Isso sugere que a confiança deles em se sentir no controle não foi afetada pela manipulação do feedback visual do movimento ou do resultado.

  3. Sensibilidade Metacognitiva: A habilidade de analisar as próprias decisões sobre agência também foi igualmente equilibrada entre as duas condições. Isso implica que ambos os tipos de manipulações tiveram um efeito comparável sobre como os participantes se sentiram em relação ao seu controle.

  4. Sinais Neurais: Os dados de EEG revelaram padrões interessantes. Quando os participantes moviam os braços, os sinais cerebrais pareciam correlacionar com quão confiantes eles se sentiam. Em contraste, quando soltavam a bola, os sinais cerebrais não mostraram a mesma correlação com a confiança deles.

Discussão

No geral, o estudo sugere que tanto os movimentos corporais quanto os resultados externos impactam nossos sentimentos de agência. No entanto, eles parecem fazer isso de formas diferentes. A sensibilidade metacognitiva similar indica que ambos os tipos de manipulações parecem equivalentes em como os participantes avaliaram seu controle.

Os diferentes sinais cerebrais capturados durante movimento versus resultado indicam que podemos processar nossos sentimentos de controle através de mecanismos diferentes no cérebro. Quando agimos, nosso cérebro calcula o que esperamos que aconteça - isso pode funcionar bem para nossos movimentos, mas pode mudar baseado em como percebemos os resultados dessas ações.

Direções de Pesquisa Futuras

As descobertas abrem portas para futuros estudos. Os pesquisadores podem querer explorar medidas implícitas de agência, como percebemos o tempo das nossas ações em comparação com seus resultados.

Além disso, explorar como diferentes representações visuais dos movimentos do corpo poderiam afetar nosso senso de controle pode ser válido. Também poderia ser benéfico comparar resultados usando medidas metacognitivas contra medidas implícitas para entender melhor como essas abordagens diferentes se relacionam com nossa experiência de agência.

A complexa rede do senso de agência mostra quão entrelaçadas nossas ações e resultados estão na formação dos nossos sentimentos de controle. A pesquisa contínua nessa área vai ajudar a desvendar as várias influências em jogo e aprimorar nossa compreensão de como percebemos nossas ações no mundo ao nosso redor.

Fonte original

Título: Dissociation of movement and outcome representations in metacognition of agency

Resumo: We studied the role of movement and outcome information in forming metacognitive representations of agency. Participants completed a goal-oriented task, a virtual version of a ball-throwing game. In two conditions, we manipulated either the visual representation of the throwing movement or its distal outcome (the resulting ball flight/trajectory). We measured participants accuracy in a discrimination agency task, as well as confidence in their responses and tested for differences in the electrophysiological (EEG) signal using linear mixed effect models. We found no mean differences between participants metacognitive efficiency between conditions, but we also found that metacognitive sensitivity did not correlate between the two conditions, suggesting a dissociation in their underlying mechanisms. Furthermore, exploratory analyses pointed toward a difference in the EEG signal between the two conditions. Taken together, our results suggest that while movement and outcome information contribute equally to participants sense of agency, they may do so through distinct underlying processes.

Autores: Angeliki Charalampaki, H. Maurer, L. K. Maurer, H. Muller, E. Filevich

Última atualização: 2024-10-16 00:00:00

Idioma: English

Fonte URL: https://www.biorxiv.org/content/10.1101/2024.10.14.618169

Fonte PDF: https://www.biorxiv.org/content/10.1101/2024.10.14.618169.full.pdf

Licença: https://creativecommons.org/licenses/by-nc/4.0/

Alterações: Este resumo foi elaborado com a assistência da AI e pode conter imprecisões. Para obter informações exactas, consulte os documentos originais ligados aqui.

Obrigado ao biorxiv pela utilização da sua interoperabilidade de acesso aberto.

Mais de autores

Artigos semelhantes