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Novas sondas oferecem imagens mais claras das membranas celulares

A pesquisa desenvolve sondas aniónicas pra melhorar a visualização de membranas plasmáticas em células vivas.

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A Membrana Plasmática é uma parte crucial de toda célula. Ela ajuda a controlar o que entra e sai da célula, apoia a comunicação entre as células e desempenha papéis importantes em eventos como movimento e sinalização celular. Entender a membrana plasmática é vital porque pode dar uma ideia de como as células funcionam e como reagem a diferentes condições.

Importância da Imagem da Membrana Plasmática

Conseguir visualizar a membrana plasmática claramente é importante para os cientistas que pesquisam células. Isso ajuda a identificar e separar diferentes células. A forma e a estrutura da membrana plasmática podem revelar informações vitais sobre processos como crescimento ou morte celular, além de indicar se uma célula está danificada. Portanto, examinar a membrana plasmática é essencial para pesquisa e avaliações médicas iniciais.

A imagem por fluorescência é uma técnica popular para estudar a membrana plasmática, especialmente em neurociência. Esse método permite que os pesquisadores visualizem a membrana plasmática e entendam como os neurônios estão organizados e como funcionam. Por isso, o desenvolvimento de novas sondas fluorescentes que possam direcionar especificamente membranas biológicas é uma área de pesquisa em crescimento.

Características das Sondas Ideais

Para uma sonda fluorescente ser útil no estudo de membranas plasmáticas, deve atender a vários critérios. Deve ser fácil de usar, brilhante, estável sob luz e rotular especificamente a membrana plasmática sem entrar na célula muito rápido. Usar sondas em organismos vivos apresenta desafios adicionais devido à complexidade dos tecidos ao redor e à baixa penetração de luz.

Os pesquisadores desenvolveram vários métodos para colorir a membrana plasmática, incluindo o uso de proteínas e pequenas sondas moleculares. Sondas menores são mais fáceis de trabalhar porque não requerem mudanças na genética das células. No entanto, uma das principais dificuldades na criação dessas sondas é conseguir uma coloração específica e duradoura.

Sondas Comumente Usadas

Lectinas marcadas com fluorescência, como a aglutinação de gérmen de trigo (WGA) e a concanavalina A, são frequentemente usadas como sondas de membrana. Embora essas sondas funcionem bem, elas são maiores que as sondas moleculares. Esse tamanho pode complicar a ligação delas à membrana plasmática e limitar sua eficácia. Sondas fluorescentes menores com grupos químicos direcionadores podem se localizar de maneira mais precisa na camada lipídica da membrana.

Certos corantes cianina, como DiI, DiO ou DiD, são marcadores populares para membranas. Esses corantes podem ser eficazes, mas podem ter um desempenho ruim em células vivas. Eles podem se agrupar ou passar pelas membranas indiscriminadamente, dificultando a obtenção de manchas precisas. Para conseguir uma coloração específica, os pesquisadores costumam usar grupos direcionadores especialmente projetados.

Esses grupos direcionadores geralmente incluem uma parte hidrofóbica para ancorar a sonda na membrana e uma parte carregada para melhorar sua solubilidade. Descobertas recentes sugerem que usar grupos direcionadores negativamente carregados pode melhorar a capacidade de certas sondas se ligarem à membrana sem serem absorvidas na célula muito rápido.

Desenvolvimento de Novas Sondas

Este estudo focou na criação de uma gama de sondas anônicas baseadas em cianina projetadas para imagem da membrana plasmática. As sondas foram feitas para produzir diferentes cores ao emitirem luz. Ao usar grupos direcionadores especiais que são negativamente carregados, os pesquisadores visaram melhorar a captura de imagens das membranas plasmáticas.

As novas sondas fluorescentes foram produzidas em cinco etapas e eram semelhantes às famílias de corantes de membrana anteriores, mas tinham características únicas. A carga negativa dos grupos direcionadores diferenciou essas sondas e as tornou únicas em comparação com versões anteriores que tinham carga positiva. Como resultado, as novas sondas poderiam se ligar efetivamente à membrana sem entrar na célula muito rápido.

Testando as Sondas no Laboratório

As sondas recém-criadas foram testadas para garantir que funcionassem efetivamente. Elas mostraram sinais fortes quando colocadas em grandes vesículas que imitam membranas celulares. Quando testadas em uma solução que se assemelhava a condições corporais, as novas sondas demonstraram que podiam reagir à presença de membranas lipídicas tornando-se altamente fluorescentes.

Em testes em células de câncer de mama vivas, as novas sondas mostraram excelente capacidade de manchar a membrana plasmática, alinhando-se bem com marcadores de membrana existentes. As novas sondas superaram os marcadores tradicionais nas áreas onde as células fizeram contato, destacando sua eficácia em espaços apertados.

Comparação com Sondas Existentes

Em testes lado a lado com sondas de cianina anteriores, as novas sondas mostraram sinais mais brilhantes nas membranas plasmáticas. As sondas mais antigas mostraram sinais de entrar nas células, o que era indesejável. As novas sondas, por outro lado, tiveram muito pouca internalização, apoiando seu potencial para uma imagem mais eficaz.

Esses resultados indicam que as novas sondas anônicas oferecem múltiplos benefícios em relação a sondas baseadas em proteínas e pequenas moléculas. Seu design permite uma taxa de internalização mais lenta, o que pode ser vantajoso em estudos de imagem.

Desafios na Imagem ao Vivo

A imagem por fluorescência em animais vivos é consideravelmente mais complexa devido à variação dos tipos de tecidos, fluidos e profundidade das amostras. Durante essa imagem, os sinais fluorescentes podem enfraquecer devido à dispersão e absorção da luz, o que pode afetar a clareza das imagens.

Usar microscopia de excitação por dois fótons (2PM) oferece uma solução para alguns desses problemas. Essa técnica permite imagens mais profundas nos tecidos, reduzindo danos às células durante o processo e requerendo menos luz.

Neste estudo, as novas sondas, especialmente uma chamada Cy3.5A, foram testadas para uso em imagem do cérebro de camundongos vivos. O objetivo era ver se essas sondas poderiam manchar efetivamente os neurônios no cérebro para fornecer imagens mais claras sem se concentrar demais em uma área.

Aplicações Bem-sucedidas na Imagem de Camundongos Vivos

As novas sondas foram injetadas com sucesso nos cérebros dos camundongos, permitindo uma imagem clara dos neurônios através do microscópio. Elas forneceram sinais brilhantes e específicos sem os problemas que os métodos anteriores enfrentavam, como colorações inconsistentes.

As imagens obtidas permitiram uma visão detalhada dos neurônios, incluindo seus corpos celulares, dendritos e axônios. A sonda não mostrou sinais de desbotamento durante longas sessões de imagem, mantendo brilho e clareza consistentes.

Isso marcou um avanço significativo, pois foi uma das primeiras vezes que se obteve uma imagem neuronal detalhada em cérebros de camundongos vivos usando uma sonda fluorescente externa. O método também tem potencial para ser usado em várias áreas de pesquisa além da neurociência, tornando essas sondas altamente versáteis.

Conclusão

Este estudo resultou no desenvolvimento de um novo grupo de sondas anônicas de cianina que podem manchar efetivamente membranas plasmáticas para imagem celular e ao vivo. A mudança para motivos direcionadores negativamente carregados melhorou o desempenho das sondas, permitindo uma imagem mais prolongada e clara sem entrar nas células muito rapidamente.

As cinco cores diferentes fornecidas pelas sondas, combinadas com sua alta luminosidade e especificidade, tornam-nas ferramentas valiosas para estudar membranas plasmáticas. A compatibilidade delas com várias técnicas de imagem, especialmente em espécimes vivos, sugere que essas sondas anônicas de cianina podem desempenhar um papel crucial no avanço da biologia celular e da pesquisa em neurociência.

Fonte original

Título: Fluorescent anionic cyanine plasma membrane probes for live cell and in vivo imaging

Resumo: Proper staining of cell plasma membrane is indispensable for fluorescence imaging. Herein, we present an array of five anionic cyanine-based turn-on plasma membrane probes with emission spanning from green to near infrared. They are analogous of commonly used MemBright probes family, where two zwitterionic anchor groups are replaced with anionic sulfonates with dodecyl chains. The developed probes provide selective wash-free staining of plasma membranes of live cells in vitro, featuring improved brightness and slower internalization inside the cells. In comparison to protein-based (wheat germ agglutinin) membrane markers, new membrane probes provide better staining in poorly assessable cell-cell contacts. A key challenge is to stain cell plasma membranes directly in vivo. During in vivo brain tissue imaging in living mice by two-photon microscopy, the anionic cyanine probes allowed us to visualize in detail the pyramidal neurons with high image quality, clearly resolving neuron soma, dendrites with dendritic spines and axons with axonal boutons. The developed anionic cyanine-based plasma membrane probes constitute an important extension of the toolbox of fluorescent probes for plasma membrane research.

Autores: Andrey S. Klymchenko, D. I. Danylchuk, I. Khalin, Y. V. Suseela, S. Filser, N. Plesnila

Última atualização: 2024-10-17 00:00:00

Idioma: English

Fonte URL: https://www.biorxiv.org/content/10.1101/2024.10.17.618786

Fonte PDF: https://www.biorxiv.org/content/10.1101/2024.10.17.618786.full.pdf

Licença: https://creativecommons.org/licenses/by/4.0/

Alterações: Este resumo foi elaborado com a assistência da AI e pode conter imprecisões. Para obter informações exactas, consulte os documentos originais ligados aqui.

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