Novo Método para Marcação Única de Células
MuSIC combina fluorescência e código de barras de DNA pra uma análise celular melhor.
Marc R Birtwistle, X. Lu, D. J. Pritko, M. E. Abravanel, J. R. Huggins, F. Ogunleye, T. Biswas, K. C. Ashy, S. K. Woods, M. W. Livingston, M. Blenner
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Índice
- Códigos de Barras Fluorescentes
- Novo Método de Marcação: MuSIC
- Construindo uma Biblioteca de Códigos de Barras
- Testando os Códigos de Barras
- Desafios de Identificação
- Implicações para Pesquisas Futuras
- Construção e Validação da Biblioteca de Códigos de Barras
- Design Experimental e Metodologia
- Análise por Citometria de Fluxo
- Direções Futuras
- Conclusão
- Procedimentos Experimentais Gerais
- Preparação de Células Competentes
- Procedimento de Transformação Química
- Triagem e Validação
- Sequenciamento por Nanopore
- Preparação de Amostras para Citometria de Fluxo
- Análise de Dados
- Refletindo sobre as Descobertas
- Considerações Finais
- Fonte original
A marcação celular é um jeito de rotular células individualmente de um jeito único. Essa marcação ajuda os cientistas a responder várias perguntas sobre como as células funcionam e se comportam em diferentes situações. Ao acompanhar essas células rotuladas, os pesquisadores podem estudar como elas mudam com o tempo, como diferentes tipos de células se desenvolvem e como certas mudanças genéticas afetam uma célula. Os dois principais tipos de rótulos usados nesse processo são feitos de pequenas moléculas fluorescentes ou pedaços de DNA. Cada tipo de rótulo tem suas vantagens e desvantagens. Um método ideal de marcação permitiria muitos rótulos únicos, seria rápido e barato de analisar e deixaria os cientistas observarem as mesmas células várias vezes sem danificá-las.
Códigos de Barras Fluorescentes
Os códigos de barras fluorescentes são criados usando combinações de moléculas fluorescentes. Esses códigos são fáceis e rápidos de ler usando máquinas como citômetros de fluxo ou microscópios. No entanto, geralmente não oferecem tanta diversidade quanto os métodos de marcação baseados em DNA. A vantagem dos códigos de barras fluorescentes é que eles podem fornecer observações em tempo real sem prejudicar as células. Por outro lado, os Códigos de Barras de DNA podem criar um número enorme de rótulos únicos. Por exemplo, só dez bases de DNA podem produzir cerca de um milhão de combinações diferentes. O desafio com os códigos de barras de DNA é que eles geralmente requerem processos complexos e demorados para leitura, e as leituras podem danificar as células, limitando observações repetidas.
Novo Método de Marcação: MuSIC
Recentemente, um novo método chamado MuSIC foi proposto, combinando os benefícios dos códigos de barras fluorescentes e de DNA. Nesse método, os cientistas usam combinações de proteínas fluorescentes para criar espectros únicos que podem ser identificados. Este artigo apresenta resultados iniciais do uso desse método para criar uma biblioteca de códigos de barras feitos a partir de diferentes proteínas fluorescentes.
Construindo uma Biblioteca de Códigos de Barras
A pesquisa envolveu a criação de uma biblioteca com cerca de 150 códigos de barras únicos a partir de 18 proteínas fluorescentes diferentes. Cada código de barras é formado pela combinação de duas dessas proteínas fluorescentes. Os pesquisadores primeiro prepararam dois conjuntos de sondas, cada uma contendo uma das proteínas fluorescentes. Depois, usaram uma abordagem de clonagem em pool, que permite que várias proteínas fluorescentes sejam combinadas de forma eficiente. Após validar que todas as combinações esperadas estavam presentes, os resultados mostraram que a biblioteca continha todas as combinações possíveis das proteínas fluorescentes, exceto uma.
Testando os Códigos de Barras
Para ver como esses códigos de barras funcionaram, os pesquisadores transfectaram células de mamíferos com os códigos de barras e usaram Citometria de fluxo para analisar os resultados. Os dados mostraram que a maioria dos códigos de barras testados podia ser identificada com precisão, com algumas combinações alcançando taxas de verdadeiros positivos superiores a 99%. Isso significa que o método de marcação pode distinguir de forma confiável entre diferentes células marcadas.
Desafios de Identificação
Apesar do sucesso, houve alguns desafios em identificar certos códigos de barras. Algumas combinações de proteínas fluorescentes, como mClover3 e mPapaya, eram frequentemente mal identificadas. Os pesquisadores notaram que a baixa intensidade de fluorescência nas células também contribuía para as classificações erradas, especialmente com uma proteína fluorescente, mTFP1. Ao definir um limite mínimo de fluorescência, eles melhoraram a precisão da identificação dos códigos de barras e reduziram a complexidade da análise.
Implicações para Pesquisas Futuras
Os resultados desse estudo sugerem que o método MuSIC tem potencial para alta diversidade e classificação eficiente de códigos de barras. Esse método poderia ser combinado com técnicas de triagem genética para analisar rapidamente muitos genes diferentes ou para rastrear a linhagem de várias células clones. No geral, isso abre novas oportunidades para investigar o comportamento celular e as interações de formas que antes eram limitadas por outros métodos de marcação.
Construção e Validação da Biblioteca de Códigos de Barras
Os pesquisadores se concentraram em construir uma biblioteca de códigos de barras MuSIC aproveitando as vantagens de duas proteínas fluorescentes por código. Criaram duas bibliotecas separadas para as sondas, cada uma contendo as proteínas fluorescentes. Usando uma estratégia de construção específica, conseguiram gerar uma biblioteca em pool de códigos de barras. Confirmaram que a biblioteca era diversificada e continha quase todas as combinações possíveis das proteínas fluorescentes selecionadas.
Design Experimental e Metodologia
Para avaliar a eficácia dos códigos de barras, a equipe realizou uma série de experimentos usando células de mamíferos. Eles selecionaram cuidadosamente e transfectaram células com códigos de barras MuSIC específicos e depois analisaram as células usando citometria de fluxo. Examinaram quão precisamente os códigos podiam ser reconhecidos, comparando os dados espectrais com referências conhecidas.
Análise por Citometria de Fluxo
A citometria de fluxo se mostrou uma ferramenta essencial nesse estudo. Ela permitiu que os pesquisadores analisassem os espectros de emissão das células, fornecendo informações sobre quais códigos de barras estavam presentes. A análise envolveu identificar os principais picos nos espectros de emissão para deduzir os códigos de barras específicos para cada célula. Ao quantificar as taxas de verdadeiros positivos e falsos positivos, os pesquisadores puderam avaliar a confiabilidade de cada código de barras.
Direções Futuras
Embora o estudo tenha mostrado resultados promissores, existem várias áreas para melhoria. Uma direção envolve aumentar o tamanho e diversidade da biblioteca, aumentando o número de proteínas fluorescentes usadas e explorando combinações mais complexas. Avanços em técnicas de aprendizado de máquina também poderiam ser adotados para melhorar a detecção e classificação dos códigos de barras.
Conclusão
O método MuSIC abre uma nova avenida para a marcação celular que combina as forças dos métodos de marcação fluorescente e de DNA. Com a capacidade de criar uma grande biblioteca de códigos de barras únicos e identificá-los com precisão, essa técnica tem potencial para avanços significativos na pesquisa em biologia celular. Os pesquisadores podem usar esse método para várias aplicações, incluindo triagem genética e rastreamento de linhagens, levando a uma compreensão mais profunda dos mecanismos celulares.
Procedimentos Experimentais Gerais
Para criar a biblioteca de códigos de barras MuSIC, os pesquisadores usaram várias técnicas de biologia molecular para construir e validar seus códigos. Eles clonaram proteínas fluorescentes em backbones de plasmídeos específicos, prepararam células competentes e realizaram transformações para garantir a incorporação eficiente dos códigos nas células.
Preparação de Células Competentes
Os pesquisadores prepararam células competentes para garantir alta eficiência de transformação. Eles cultivaram células de E. coli, seguidas por uma série de lavagens e ressuspensões em soluções tampão geladas. Esse processo maximizou a incorporação de DNA nas bactérias durante a transformação.
Procedimento de Transformação Química
A equipe introduziu os códigos de barras nas células de E. coli através de um processo de transformação química. Usando tratamentos de temperatura específicos e meios de crescimento, eles conseguiram transformar as células e permitir que elas expressassem os códigos de barras MuSIC para análise posterior.
Triagem e Validação
Após a transformação, os pesquisadores triagem de colônias para integração bem-sucedida dos códigos de barras MuSIC. Eles realizaram PCR de colônia para verificar a presença dos construtos desejados, seguida de sequenciamento para confirmar que o código de barras correto estava presente.
Sequenciamento por Nanopore
Para analisar as sequências dos códigos de barras, os pesquisadores utilizaram a tecnologia de sequenciamento por nanopore. Esse método permite leituras longas, que ajudam a determinar com precisão as combinações específicas de proteínas fluorescentes em cada código de barras sem as complicações das técnicas tradicionais de PCR.
Preparação de Amostras para Citometria de Fluxo
Para procedimentos de cultura celular e transfeção, as células HEK293 foram mantidas em condições adequadas para promover um crescimento saudável. As células foram então transfectadas com os códigos de barras MuSIC preparados e analisadas usando citometria de fluxo.
Análise de Dados
Os dados da citometria de fluxo foram meticulosamente processados para identificar os diferentes códigos de barras presentes nas amostras. Os pesquisadores empregaram vários métodos estatísticos para interpretar os resultados e validar suas descobertas em relação aos resultados esperados.
Refletindo sobre as Descobertas
A geração e identificação bem-sucedidas dos códigos de barras MuSIC demonstram um avanço significativo nas ferramentas disponíveis para rastreamento celular e análise genética. Este estudo destaca a utilidade de combinar abordagens para superar limitações existentes no campo da pesquisa celular.
Considerações Finais
À medida que essa área de pesquisa avança, as implicações dessas descobertas provavelmente levarão a formas mais eficientes e abrangentes de estudar funções celulares e interações. Investigações futuras se concentrarão em expandir a biblioteca de códigos de barras disponíveis e melhorar os métodos de detecção, abrindo caminho para novas descobertas nas ciências biológicas.
Título: Genetically-Encoded Fluorescence Barcodes for Single-Cell Analysis
Resumo: Genetically-encoded, single-cell barcodes are broadly useful for experimental tasks such as lineage tracing or genetic screens. For such applications, a barcode library would ideally have high diversity (many unique barcodes), non-destructive identification (repeated measurements in the same cells or population), and fast, inexpensive readout (many cells and conditions). Current nucleic acid barcoding methods generate high diversity but require destructive and slow/expensive readout, and current fluorescence barcoding methods are non-destructive, fast, and inexpensive to readout but lack high diversity. We recently proposed theory for how fluorescent protein combinations may generate a high-diversity barcode library with non-destructive, fast and inexpensive identification. Here, we present an initial experimental proof-of-concept by generating a library of [~]150 barcodes from two-way combinations of 18 fluorescent proteins. We use a pooled cloning strategy to generate a barcode library that is validated to contain every possible combination of the 18 fluorescent proteins. Experimental results using single mammalian cells and spectral flow cytometry demonstrate excellent classification performance of individual fluorescent proteins, with the exception of mTFP1, and of most evaluated barcodes, with many true positive rates >99%. The library is compatible with genetic screening for hundreds of genes (or gene pairs) and lineage tracing hundreds of clones. This work lays a foundation for greater diversity libraries (potentially [~]105 and more) generated from hundreds of spectrally-resolvable tandem fluorescent protein probes.
Autores: Marc R Birtwistle, X. Lu, D. J. Pritko, M. E. Abravanel, J. R. Huggins, F. Ogunleye, T. Biswas, K. C. Ashy, S. K. Woods, M. W. Livingston, M. Blenner
Última atualização: 2024-10-24 00:00:00
Idioma: English
Fonte URL: https://www.biorxiv.org/content/10.1101/2024.10.23.619855
Fonte PDF: https://www.biorxiv.org/content/10.1101/2024.10.23.619855.full.pdf
Licença: https://creativecommons.org/licenses/by/4.0/
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