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# Biologia# Imunologia

A Importância do Leite Materno para Bebês Vulneráveis

Estudo destaca os benefícios do leite materno para a saúde de bebês prematuros.

Kathryn Knoop, C. Tamar, K. Greenfield, K. McDonald, E. Levy, J. E. Brumbaugh

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Todo ano, cerca de 10% dos bebês nos Estados Unidos nascem prematuramente, antes das 37 semanas de gestação. Nascer assim pode causar vários problemas de saúde. Entre esses bebês prematuros, aqueles que pesam muito pouco ao nascer, conhecidos como bebês de muito baixo peso (VLBW) (menos de 1500 gramas), representam cerca de 1% de todos os nascimentos vivos. Esses bebês VLBW costumam passar bastante tempo em unidades de cuidados especiais para recém-nascidos, chamadas de NICUs. Durante a estadia, eles têm alto risco de infecções por germes que podem causar doenças rapidamente.

Para ajudar a proteger esses bebês vulneráveis, os profissionais de saúde recomendam que sejam alimentados com o leite da mãe nos primeiros seis meses de vida. Isso é apoiado por organizações como a Academia Americana de Pediatria e a Organização Mundial da Saúde. Dar leite materno aos bebês pode diminuir as chances de infecções graves, que podem levar a problemas de saúde sérios, como sepse e enterocolite necrosante.

Benefícios do Leite Materno

O leite humano tem muitos fatores importantes que ajudam a fortalecer o sistema imunológico dos recém-nascidos e a reduzir a inflamação de substâncias externas. Um componente chave no leite materno é o fator de crescimento epidérmico (EGF), que beneficia os intestinos ao apoiar o crescimento das células e reduzir bactérias nocivas que podem entrar no corpo. Em estudos com animais, o EGF mostrou resultados positivos em proteger filhotes de infecções.

Outro fator importante no leite humano é a imunoglobulina A (IgA). A IgA ajuda a proteger o sistema imunológico em desenvolvimento do bebê ao fornecer imunidade passiva, atacando germes específicos antes que o bebê consiga produzir sua própria IgA. Esse suporte também pode ajudar a reduzir o risco de infecções gastrointestinais.

Quando o leite da mãe não está disponível, a Fórmula infantil é frequentemente usada. Cada vez mais, o leite doado é dado aos bebês VLBW em vez da fórmula. O leite doado vem de outras mães e é coletado de múltiplas doadoras para garantir um perfil nutricional mais consistente. No entanto, os níveis de componentes críticos como EGF e IgA podem ser mais baixos no leite doado coletado mais tarde no processo de lactação em comparação ao leite fresco da mãe.

Objetivo do Estudo

Esse estudo analisou os níveis de EGF e IgA em diferentes tipos de leite fornecidos aos bebês, incluindo leite materno, leite doado e fórmula. Além disso, examinou se os níveis de EGF nas fezes dos bebês refletiam as quantidades recebidas através da alimentação. Outro foco foi como diferentes fortificantes de leite, que são adicionados para aumentar a nutrição, afetavam os níveis de EGF e IgA.

Participantes e Métodos

O estudo envolveu mães e seus bebês que foram recrutados de uma NICU. Os bebês pesavam menos de 2500 gramas ou eram prematuros. Amostras de leite e fezes foram coletadas dos bebês semanalmente enquanto estavam no hospital. Dados variados, como peso ao nascer e histórico alimentar, foram coletados.

Diferentes tipos de alimentação foram fornecidos com base no critério da equipe clínica. Amostras de leite das mães e leite doado foram guardadas para análise, e fortificantes foram adicionados quando necessário para aumentar o valor nutricional. Diferentes tipos de fortificantes foram avaliados além do leite materno e do leite doado.

Principais Descobertas

Níveis de EGF

O estudo encontrou que os níveis de EGF eram significativamente mais baixos no leite doado individual em comparação ao leite materno. O leite doado agrupado tinha níveis de EGF semelhantes ao leite materno. Isso implica que juntar leite de várias doadoras pode ajudar a fornecer níveis mais altos de EGF, tornando-o mais comparável ao leite materno. Os bebês que receberam leite materno ou leite doado agrupado tiveram níveis significativamente mais altos de EGF nas fezes em comparação àqueles alimentados com fórmula.

Papel dos Fortificantes

Em seguida, a pesquisa analisou como os fortificantes influenciavam os níveis de EGF no leite. O leite materno fortificado tinha níveis de EGF mais altos em comparação ao leite não fortificado. Em contraste, o leite doado não mostrou uma mudança significativa com a fortificação. Importante, o leite fortificado com produtos de origem humana continha mais EGF do que aqueles fortificados com produtos de origem bovina.

Níveis de IgA

Os níveis de IgA também eram mais baixos no leite doado individual em comparação ao leite materno e ao leite doado agrupado. A fórmula dada aos bebês continha ainda menos IgA. Isso sugere que o agrupamento do leite doado poderia aumentar os níveis de IgA, assim como o leite materno. Fortificantes à base de leite humano mantiveram níveis mais altos de IgA em comparação aos fortificantes à base de leite bovino.

Benefícios Funcionais da IgA

A IgA encontrada nos fortificantes à base de leite humano mostrou interagir com bactérias que podem causar infecções. Isso significa que pode ajudar a proteger os bebês contra germes prejudiciais.

Conclusão

As descobertas desse estudo destacam a importância dos métodos de alimentação para bebês, especialmente aqueles na NICU. Os resultados sugerem que o leite doado agrupado pode fornecer componentes chave como EGF e IgA, semelhantes ao leite materno, oferecendo melhores benefícios imunológicos do que a fórmula. Além disso, os fortificantes à base de leite humano parecem aumentar significativamente os níveis desses componentes protetores. No geral, essas descobertas ressaltam o papel crítico que a escolha da dieta desempenha no suporte à saúde de recém-nascidos vulneráveis durante sua fase crucial de desenvolvimento.

Direções Futuras

Embora este estudo forneça insights valiosos, mais pesquisas são necessárias para explorar como diferentes dietas contribuem para a saúde geral de bebês prematuros.

Entender a ligação entre esses nutrientes e os resultados de saúde, como infecções, é vital para melhorar as práticas de cuidado em neonatologia. Estudos futuros também poderiam investigar como os fatores do leite afetam o desenvolvimento da microbiota intestinal do bebê e a saúde geral.

Pesquisas contínuas na área de nutrição infantil ajudarão a garantir os melhores resultados para bebês que nascem prematuramente ou com baixo peso ao nascer.

Fonte original

Título: EGF and IgA in maternal milk, donor milk and milk fortifiers in the Neonatal Intensive Care Unit setting

Resumo: Human milk contains a variety of factors that positively contribute to neonatal health, including epidermal growth factor (EGF) and immunoglobulin A (IgA). When maternal milk cannot be the primary diet, maternal milk alternatives like donor human milk or formula can be provided. Donor human milk is increasingly provided to infants born preterm or low birth weight with the aim to supply immunological factors at similar concentrations to maternal milk. We sought to assess the concentrations of human EGF and IgA in the diet and stool of neonates between exclusive maternal milk, donor human milk, or formula-based diets. Using a prospective cohort study, we collected samples of diet and stool weekly from premature and low birth weight neonates starting at 10 days postnatal through five weeks of life while admitted to a neonatal intensive care unit (NICU). Compared to formula, there was significantly more EGF in both the milk and the stool of the infants fed human milk. Donor milk pooled from multiple donors contained similar concentrations of EGF and IgA to maternal milk, which was also significantly more compared to formula diets. Maternal milk fortified with fortifier derived from human milk contained significantly more EGF and IgA compared to unfortified maternal milk or maternal milk fortified with fortifier derived from bovine milk. Further analysis of human milk-derived fortifiers confirmed these fortifiers contained significant concentrations of EGF and IgA, contributing to an increased concentration of those factors when added to maternal milk compared to bovine milk-derived fortifiers. These findings illustrate how the choice of diet for a newborn, and even how that diet is modified through fortifiers or pasteurization before ingestion, impacts the beneficial biomolecules the infant receives from feeding.

Autores: Kathryn Knoop, C. Tamar, K. Greenfield, K. McDonald, E. Levy, J. E. Brumbaugh

Última atualização: 2024-10-29 00:00:00

Idioma: English

Fonte URL: https://www.biorxiv.org/content/10.1101/2024.10.26.620426

Fonte PDF: https://www.biorxiv.org/content/10.1101/2024.10.26.620426.full.pdf

Licença: https://creativecommons.org/licenses/by/4.0/

Alterações: Este resumo foi elaborado com a assistência da AI e pode conter imprecisões. Para obter informações exactas, consulte os documentos originais ligados aqui.

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