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# Biologia# Neurociência

Entendendo a Seleção de Ação em Distúrbios de Movimento

Esse artigo explora como as conexões estriatais afetam a seleção de movimento e os distúrbios.

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O controle motor e a escolha de ações são funções importantes no nosso cérebro, principalmente organizadas através dos gânglios basais. O estriado, uma parte chave dos gânglios basais, recebe sinais da camada externa do cérebro e influencia nossos movimentos. O estriado é composto principalmente por neurônios GABAérgicos, que ajudam a inibir os sinais entre esses neurônios para controlar o movimento. Entre esses neurônios, existem dois tipos principais: os que respondem aos receptores de Dopamina D1 (D1-MSNs) e os que respondem aos receptores D2 (D2-MSNs). Ambos os tipos estão ativos quando começamos a nos mover, mas têm papéis diferentes na nossa escolha de ações e no aprendizado de novos movimentos.

Uma maneira de entender como escolhemos ações é olhar para o que acontece quando esse processo dá errado. Muitas desordens de movimento mostram como a seleção de ações pode falhar. Por exemplo, na doença de Parkinson, os pacientes frequentemente experimentam uma condição chamada discinesia induzida por levodopa (LID), que leva a movimentos descontrolados, apesar do tratamento com levodopa, um remédio que ajuda a repor a dopamina perdida. Pesquisas sugerem que, na doença de Parkinson e na LID, a atividade dos D1-MSNs está anormalmente alta e os D2-MSNs estão menos ativos, levando a problemas na escolha do movimento certo.

O Papel dos Neurônios D1 e D2

Os D1-MSNs e D2-MSNs trabalham juntos, mas seus papéis específicos podem ser diferentes. Os D1-MSNs podem ajudar a promover a ação que queremos realizar, enquanto os D2-MSNs podem ajudar a suprimir ações indesejadas. Acredita-se que esses neurônios se comuniquem através de um processo chamado inibição lateral, onde a atividade de um neurônio pode inibir outro. Essa inibição pode ajudar nossos cérebros a escolher as ações certas nos momentos certos.

No estriado, os MSNs recebem entradas inibitórias de interneurônios locais e de outros MSNs. Embora alguns pesquisadores tenham questionado o quanto as conexões MSN-MSN importam, já que elas têm baixas taxas de conexão, a quantidade enorme de MSNs significa que essas conexões podem impactar bastante como o circuito funciona.

Investigando Mecanismos de Seleção de Ação

Para entender como essas conexões afetam a seleção de ações, os pesquisadores estudaram um modelo de camundongo da doença de Parkinson e LID. Eles descobriram que as conexões entre D1-MSNs e D2-MSNs mudaram de maneiras importantes. Ao bloquear a atividade dos D2-MSNs, puderam diminuir o limiar para discinesia, mostrando que essas conexões fazem parte de um mecanismo maior na seleção de ações.

Usando um método específico para observar essas conexões, os pesquisadores descobriram que as conexões dos D2-MSNs para os D1-MSNs eram as mais fortes. Em estados saudáveis, essas conexões ajudam a definir quais ações são escolhidas, mas durante a doença de Parkinson ou enquanto estão sob levodopa, mudanças nessas conexões podem levar a dificuldades na seleção de ações.

O Impacto da Depleção de Dopamina e do Tratamento

Na doença de Parkinson, a perda de dopamina leva a uma diminuição na atividade dos D1-MSNs. Os pesquisadores acreditam que essa diminuição causa mudanças nas conexões inibitórias, enfraquecendo a comunicação entre D2-MSNs e D1-MSNs. Eles observaram que, no estado parkinsoniano, houve uma redução acentuada na força dessas conexões inibitórias.

O tratamento crônico com levodopa restaura algumas das conexões, o que sugere que o cérebro tenta compensar a perda de dopamina. Esse ajuste geral pode ajudar a mitigar os sintomas, mas também pode levar a discinesia quando há dopamina demais.

Efeitos Agudos da Dopamina nas Conexões Sinápticas

Enquanto mudanças crônicas são cruciais, também é importante considerar como mudanças agudas nos níveis de dopamina afetam essas conexões sinápticas. No caso de LID, a discinesia geralmente ocorre quando os níveis de dopamina disparam. Os pesquisadores descobriram que a sinalização aguda de dopamina pode temporariamente diminuir a força dessas conexões inibitórias, levando a uma maior excitação dos D1-MSNs.

Para explorar melhor essa relação, os pesquisadores aplicaram um agonista de dopamina chamado quinpirole para observar seus efeitos nas conexões D2-D1. Eles descobriram que essa aplicação reduziu a força dessas conexões em vários estados, incluindo condições saudáveis e parkinsonianas. Portanto, quando os níveis de dopamina aumentam, a inibição resultante das conexões D2-D1 pode contribuir para o movimento excessivo visto na LID.

O Papel das Técnicas Quimogenéticas

As técnicas quimogenéticas permitem que os pesquisadores inibam seletivamente tipos neuronais específicos para observar seus efeitos no comportamento. Ao direcionar conexões que inibem os D2-MSNs, os pesquisadores puderam ver como isso afeta a saída motora. Quando eles inibiram essas conexões enquanto administravam uma baixa dose de levodopa, os camundongos começaram a mostrar discinesia, sugerindo que uma redução na inibição mediada por D2-MSN pode baixar o limiar para movimentos involuntários.

Essas manipulações direcionadas permitiram que eles concluíssem que a perda da inibição mediada por D2-MSN, combinada com a sinalização aguda de dopamina, desempenha um papel na LID. Essa descoberta destaca a complexa interação entre diferentes tipos de neurônios na regulação do movimento e comportamento.

Resumo das Descobertas

Em resumo, o estudo das conexões laterais estriatais fornece insights sobre seu papel na seleção normal de ações e em condições como a doença de Parkinson e LID. Os pesquisadores descobriram que as conexões dos D2-MSNs para os D1-MSNs são cruciais para filtrar ações indesejadas, e mudanças nessas conexões durante flutuações de neurotransmissores podem levar a desordens de movimento.

Essa compreensão enfatiza a importância de manter um equilíbrio nessas redes neurais. Se o equilíbrio for disruptado, como através da depleção de dopamina ou tratamento excessivo com dopamina, pode levar a problemas significativos no controle motor e afetar a qualidade de vida. Entender esses mecanismos ajuda a iluminar potenciais caminhos para tratar e gerenciar desordens de movimento de forma eficaz.

A Visão Geral

As descobertas não só aumentam nosso conhecimento sobre a função cerebral, mas também abrem caminhos para estratégias terapêuticas potenciais. Ao direcionar as interações específicas entre os neurônios D1-MSN e D2-MSN, novos tratamentos poderiam buscar restaurar o equilíbrio nos circuitos estriatais, melhorando a seleção de ações e reduzindo movimentos involuntários.

Entender a conectividade estriatal e as vias de sinalização abre portas para abordagens mais personalizadas no tratamento de condições que envolvem controle motor, destacando a necessidade de pesquisas contínuas nessa área. Esse conhecimento é vital para desenvolver medicamentos ou terapias que possam minimizar a discinesia enquanto restauram a função normal de movimento em pacientes com desordens de movimento.

Conclusão

A pesquisa avançou bastante em revelar como a inibição lateral entre neurônios estriatais influencia a seleção de ações e o controle motor. Ao examinar como essas conexões são afetadas pelos níveis de dopamina em vários estados, os pesquisadores podem desenvolver melhor estratégias para mitigar os sintomas da doença de Parkinson e melhorar a vida das pessoas afetadas por desordens de movimento. As relações intricadas entre diferentes tipos neuronais e seus papéis no comportamento enfatizam a complexidade da função cerebral e a importância de continuar a pesquisa para entender esses processos.

Fonte original

Título: Striatal lateral inhibition regulates action selection in a mouse model of levodopa-induced dyskinesia

Resumo: Striatal medium spiny neurons (MSNs) integrate multiple external inputs to shape motor output. In addition, MSNs form local inhibitory synaptic connections with one another. The function of striatal lateral inhibition is unknown, but one possibility is in selecting an intended action while suppressing alternatives. Action selection is disrupted in several movement disorders, including levodopa-induced dyskinesia (LID), a complication of Parkinsons disease (PD) therapy characterized by involuntary movements. Here, we identify chronic changes in the strength of striatal lateral inhibitory synapses in a mouse model of PD/LID. These synapses are also modulated by acute dopamine signaling. Chemogenetic suppression of lateral inhibition originating from dopamine D2 receptor-expressing MSNs lowers the threshold to develop involuntary movements in vivo, supporting a role in motor control. By examining the role of lateral inhibition in basal ganglia function and dysfunction, we expand the framework surrounding the role of striatal microcircuitry in action selection.

Autores: Alexandra B Nelson, E. L. Twedell, C. J. Bair-Marshall, A. E. Girasole, L. K. Scaria, S. Sridhar

Última atualização: 2024-11-01 00:00:00

Idioma: English

Fonte URL: https://www.biorxiv.org/content/10.1101/2024.10.11.617939

Fonte PDF: https://www.biorxiv.org/content/10.1101/2024.10.11.617939.full.pdf

Licença: https://creativecommons.org/licenses/by/4.0/

Alterações: Este resumo foi elaborado com a assistência da AI e pode conter imprecisões. Para obter informações exactas, consulte os documentos originais ligados aqui.

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