O Papel dos TAS2Rs na Saúde do Coração
Os TAS2Rs contribuem pra gusto e função cardíaca, afetando os vasos sanguíneos e a saúde cardiovascular em geral.
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Você sabia que os humanos conseguem sentir cinco sabores básicos? Esses são doce, azedo, amargo, salgado e umami. Dentre eles, o gosto amargo tem um papel especial, geralmente sinalizando que algo pode não ser bom pra gente comer. Na nossa boca, temos células chamadas papilas gustativas que ajudam a perceber esses sabores, e dentro delas, existem receptores específicos para o gosto amargo conhecidos como TAS2Rs. Pense nesses receptores como pequenos guardas na sua língua, prontos pra gritar “eca!” quando encontram algo amargo.
O que são TAS2Rs?
TAS2Rs são um tipo de proteína que encontramos nas nossas papilas gustativas, e eles vêm em 25 “sabores” diferentes – quer dizer, tipos! Esses carinhas são como eles em uma festa, cada um respondendo a diferentes substâncias amargas. Seja um legume saudável ou uma toxina horrível, os TAS2Rs ajudam a gente a detectar o que é amargo pra gente conseguir evitar. Quando algo amargo se liga a esses receptores, isso provoca mudanças na célula, que ajudam a enviar mensagens pro nosso cérebro e corpo.
Mas aqui vai uma parte divertida: os TAS2Rs não estão só na nossa língua. Estudos recentes descobriram esses receptores em vários lugares do nosso corpo, como nossos pulmões, intestino, Vasos Sanguíneos e até em algumas células cancerosas! É tipo um reencontro de família onde todo mundo aparece, até os primos distantes.
TAS2Rs e o Coração
Agora, vamos falar do coração. Todo mundo sabe que ele é importante pra bombear sangue pelo corpo, mas você sabia que os TAS2Rs têm um papel no funcionamento do coração? Pesquisadores encontraram esses receptores em diferentes partes do coração, como o ventrículo esquerdo e o nó sinoatrial, que é a parte que controla nosso batimento cardíaco. Quando os cientistas fazem experiências com esses receptores em camundongos, eles percebem que ativar os TAS2Rs pode mudar a velocidade ou a força com que o coração bate.
Mas não é sempre simples. Dependendo da situação, ativar os TAS2Rs pode fazer os vasos sanguíneos se dilatarem (vasodilatação) ou se estreitarem (vasoconstrição). É meio como tentar decidir como se vestir pra o clima; às vezes você precisa de um casaco e às vezes é hora de usar shorts.
O Papel dos TAS2Rs nos Vasos Sanguíneos
Vamos focar nos vasos sanguíneos agora. A camada que reveste os vasos, chamada de Endotélio, também tem TAS2Rs. Imagine esses receptores como a equipe de segurança em um show, garantindo que tudo funcione bem. Embora tenhamos encontrado TAS2Rs no endotélio, ainda temos muito a aprender sobre o que eles realmente fazem lá.
Em estudos com células humanas de diferentes tipos de artérias, os cientistas detectaram níveis variados de TAS2Rs. Por exemplo, notaram que certos receptores eram mais ativos em artérias coronárias do que em artérias aórticas, sugerindo que diferentes vasos sanguíneos podem usar esses receptores de maneiras diferentes. Isso poderia ajudar a explicar por que algumas artérias reagem de forma diferente quando encontram substâncias amargas, o que pode ser relevante em doenças cardíacas.
O Experimento: O Que Fizemos?
Pra descobrir mais sobre os TAS2Rs, os pesquisadores decidiram analisar de perto dois tipos específicos de células: Células Endoteliais Aórticas Humanas (HAEC) e Células Endoteliais da Artéria Coronária Humana (HCAEC). Eles queriam saber se essas células expressam algum TAS2R e quanto.
Pra fazer isso, eles cultivaram essas células em laboratório, garantindo que tivessem o ambiente certo pra prosperar. Depois que as células estavam saudáveis e felizes, os pesquisadores extraíram o RNA, que atua como um mensageiro carregando informações sobre quantos TAS2Rs estão presentes. Então, eles usaram um método especial chamado PCR digital pra medir os níveis de TAS2Rs com precisão. Pense nisso como contar quantos biscoitos estão no pote, mas com uma ciência muito mais complexa por trás!
Eles também analisaram os níveis de proteína dos TAS2Rs usando uma técnica chamada Western blotting. Essa é uma maneira chique de ver se as proteínas estão realmente presentes nessas células e quanto delas existem.
O Que Eles Encontraram?
A pesquisa revelou alguns resultados interessantes. Nas HCAECs, os cientistas encontraram mais tipos de TAS2Rs presentes comparado às HAECs. Isso significa que as células das artérias coronárias podem ter um trabalho diferente quando se trata de sentir compostos amargos. Por exemplo, o TAS2R10, que já foi notado em pesquisas sobre coração, e o TAS2R38, conhecido por seu papel na produção de Óxido Nítrico (uma molécula vital no fluxo sanguíneo), estavam presentes em ambos os tipos de células.
A equipe descobriu que quando ativaram certos TAS2Rs, isso poderia influenciar como os vasos sanguíneos reagem. No laboratório, eles encontraram que alguns compostos amargos podem causar mudanças no comportamento dos vasos sanguíneos, o que pode ser importante pra controlar a pressão arterial.
A Conexão com o Óxido Nítrico
Por que deveríamos nos importar com o óxido nítrico? Bem, ele é uma daquelas moléculas super-heróis no nosso corpo que ajuda a manter os vasos sanguíneos relaxados, baixa a pressão arterial e protege contra vários problemas cardíacos. Pense nisso como o vizinho amigável que sempre ajuda a manter a comunidade em ordem!
A ativação dos TAS2Rs pode levar à produção de óxido nítrico no endotélio. Se os cientistas puderem confirmar essa conexão, isso pode levar a tratamentos melhores para problemas cardiovasculares. Mas, como em qualquer história de super-herói, é vital entender como esses receptores funcionam pra começo de conversa.
E Agora?
Ter estabelecido a presença dos TAS2Rs nessas células endoteliais é um ótimo começo, mas a imagem completa ainda tá meio nublada. Os pesquisadores precisam embarcar em novas aventuras pra descobrir os papéis específicos que esses receptores desempenham no corpo. Eles vão investigar como os TAS2Rs ativam a produção de óxido nítrico, como respondem a diferentes substâncias amargas e como essas respostas influenciam a saúde geral.
Estudos futuros podem até explorar se certos compostos amargos em alimentos e medicamentos podem ter efeitos benéficos na saúde do coração. É como caçar um tesouro escondido; eles podem topar com novas maneiras de melhorar a saúde cardiovascular simplesmente entendendo como esses receptores funcionam.
Conclusão
Resumindo, os TAS2Rs são mais do que só guardas na nossa língua; eles são jogadores em vários jogos fisiológicos pelo nosso corpo. O papel deles no sistema cardiovascular tá apenas começando a ser descoberto, e embora a gente tenha avançado bastante, ainda tem muito mais pra aprender. Então, da próxima vez que você tomar uma bebida amarga ou tomar um remédio com gosto amargo, saiba que seu corpo pode estar usando esses receptores pra mais do que só sentir o gosto – eles podem estar ajudando a manter seu sistema cardiovascular em ordem!
E se tem uma coisa pra tirar disso tudo, é que a amargura pode não ser tão ruim assim; pode ser apenas o jeito do seu corpo dizer: “Vamos manter tudo funcionando direitinho!”
Título: Expression Profile of Human Bitter Taste Receptors in Human Aortic and Coronary Artery Endothelial Cells
Resumo: Human bitter taste receptors (TAS2Rs) are G protein-coupled receptors primarily associated with bitter taste perception, in the oral cavity. Many dietary compounds and drugs function as TAS2Rs agonists, activating their intracellular signaling pathways. Emerging evidence indicates TAS2Rs expression in extraoral tissues, including the cardiovascular system, where their functional role remains underexplored.. This study investigates TAS2Rs expression in primary human aortic and coronary artery endothelial cells. Using digital PCR (dPCR), we confirmed the mRNA expression of all 25 TAS2R subtypes in both cell lines. The expression levels were substantially higher in human coronary artery endothelial cells compared to human aortic endothelial cells. We confirmed the protein expression of TAS2R10 and TAS2R38 proteins using Western blot. These findings mark the first identification of TAS2Rs in these endothelial cells, suggesting a potential role in vascular physiology. These findings suggest a potential role for TAS2Rs in vascular physiology, prompting further research into their impact on endothelial function in cardiovascular health and pathology.
Autores: Paweł Kochany, Mikołaj Opiełka, Paulina Słonimska, Jacek Gulczynski, Tomasz Kostrzewa, Andrzej Łoś, Łukasz Znaniecki, Agnieszka Mickiewicz, Ewa Iżycka-Świeszewska, Paweł Sachadyn, Michał Woźniak, Marcin Gruchała, Magdalena Górska-Ponikowska
Última atualização: 2024-11-03 00:00:00
Idioma: English
Fonte URL: https://www.biorxiv.org/content/10.1101/2024.10.31.621361
Fonte PDF: https://www.biorxiv.org/content/10.1101/2024.10.31.621361.full.pdf
Licença: https://creativecommons.org/licenses/by/4.0/
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