O Desafio Crescente da Superlotação na Inglaterra
A superlotação nas casas inglesas tá chegando em níveis críticos, afetando a saúde e o bem-estar.
― 9 min ler
Índice
- Definindo Superlotação
- Riscos à Saúde da Superlotação
- Objetivo da Revisão
- Metodologia
- Entendendo as Experiências das Pessoas
- O Papel das Partes Interessadas
- Busca por Soluções
- Principais Descobertas
- Limitações da Pesquisa Atual
- Recomendações para Pesquisas Futuras
- Implicações para Políticas
- Conclusão
- Fonte original
Muitas cidades ao redor do mundo estão tendo dificuldade em lidar com populações crescentes em espaços pequenos. Isso é especialmente verdade na Inglaterra, onde as casas tendem a ter mais pessoas morando nelas em comparação com países semelhantes. Dados recentes mostraram que a Superlotação em casas atingiu seus níveis mais altos na Inglaterra desde meados da década de 1990, com um número significativo de lares enfrentando esse problema. A superlotação não é só um grande problema em Londres, mas está presente em muitas partes da Inglaterra, impactando diferentes grupos étnicos mais que outros.
Definindo Superlotação
O termo ‘superlotação’ pode ter significados diferentes dependendo de onde você está. Geralmente, uma casa é considerada superlotada quando o número de pessoas vivendo nela ultrapassa o espaço disponível. No Reino Unido, existe um ‘padrão de quartos’ usado para medir a superlotação, que sugere que certos membros da casa deveriam ter seu próprio quarto, baseado em idade e gênero. No entanto, como as pessoas se sentem sobre sua situação de moradia também conta. Por exemplo, um casal pode compartilhar um quarto e não se sentir superlotado, enquanto uma família maior pode ser considerada superlotada mesmo tendo quartos suficientes.
Saúde da Superlotação
Riscos àViver em condições de superlotação pode levar a vários problemas de saúde. Pesquisas mostraram que lares superlotados têm mais chances de ter problemas como umidade e mofo, que podem causar doenças respiratórias e estomacais. Uma porcentagem significativa de casas superlotadas relatou problemas com mofo em comparação com aquelas que não eram superlotadas. A superlotação também pode impactar negativamente a saúde mental e o desempenho educacional, muitas vezes devido a fatores como falta de sono.
Apesar de saberem como a superlotação é séria, ainda há muito poucas pesquisas que analisam como resolver o problema ou reduzir os riscos à saúde relacionados. O último grande estudo sobre intervenções habitacionais relacionadas à saúde foi há mais de dez anos, e esse estudo talvez não tenha se concentrado o suficiente na superlotação em si.
Objetivo da Revisão
Esta revisão busca preencher a lacuna na pesquisa ao investigar a superlotação habitacional e seu impacto na saúde. Realizamos uma revisão rápida e realista, que incluiu a participação de pessoas vivendo em condições de superlotação e aquelas trabalhando no governo local. Procuramos tanto relatórios acadêmicos quanto locais para entender como intervenções poderiam ajudar a melhorar as situações de vida para lares superlotados.
Metodologia
Para esta revisão, coletamos informações de várias fontes. Focamos em estudos revisados por pares e literatura cinza, que inclui relatórios ou documentos não publicados em revistas acadêmicas. Nosso método nos permitiu entender melhor o problema e identificar possíveis soluções. Também envolvemos partes interessadas chave, como residentes que passam por superlotação e funcionários de autoridades locais, para obter insights sobre o que funciona e o que não funciona.
Entendendo as Experiências das Pessoas
Conversando com residentes e autoridades locais, aprendemos muito sobre suas experiências diárias. Muitos residentes expressaram que sentem que não têm espaço suficiente para suas atividades cotidianas. Notamos que, se as casas forem melhoradas, isso poderia reduzir a necessidade de se mudar para outro lugar, o que pode ser especialmente desafiador em áreas urbanas lotadas. Além disso, alguns residentes podem nem querer se mudar se conseguirem melhores condições de vida em sua casa atual, o que pode ser um forte fator motivador.
O Papel das Partes Interessadas
Incluir as partes interessadas foi crucial para obter feedback relevante e garantir que nossas descobertas fossem aplicáveis. Organizamos painéis com residentes que viveram experiências em casas superlotadas e funcionários de vários conselhos locais. Essas discussões ajudaram a moldar nossa visão sobre a superlotação e as possíveis soluções.
Os residentes frequentemente expressavam que, enquanto ter mais espaço é importante, estar perto de suas comunidades e redes de apoio é igualmente vital. Eles têm preocupações de que se mudar possa interromper essas conexões, especialmente se novas casas forem localizadas em áreas menos familiares. A qualidade das novas casas também é uma grande preocupação, já que os residentes às vezes temem que possam acabar em situações de vida piores.
Busca por Soluções
Investigamos diferentes estratégias que as cidades tentaram e o que a pesquisa diz sobre elas. As intervenções que consideramos se dividem em três categorias principais: realocação, melhorias nas casas e melhor coordenação com serviços de saúde.
Iniciativas de Realocação
A realocação envolve ajudar famílias a se mudarem para melhores condições de vida. Muitas estratégias em torno da realocação focam em fornecer programas educacionais para ajudar as famílias a se adaptarem a novos ambientes. Alguns exemplos incluem ajuda financeira para aluguel, suporte para mudança e programas destinados a ajudar famílias a se integrarem em novas comunidades. No entanto, nem todas as iniciativas de realocação são bem-sucedidas, já que algumas famílias ainda podem enfrentar desafios relacionados à disponibilidade e localização.
Melhorias nas Casas
Melhorar os espaços de vida pode fazer uma grande diferença em como as casas superlotadas são percebidas. Isso poderia incluir consertos em problemas como umidade, melhorar o aquecimento e criar mais espaço utilizável através de reformas ou melhores soluções de móveis. Alguns estudos mostraram que essas melhorias podem levar a melhores situações de vida e uma qualidade de vida geral melhor para as famílias. No entanto, a forma como essas melhorias são entregues importa muito.
Bem-estar
Saúde eHá uma ligação clara entre condições de vida superlotadas e resultados de saúde. Programas que integram assistência médica com suporte habitacional mostraram resultados positivos. Um melhor acesso a serviços de saúde pode melhorar o bem-estar geral dos residentes que vivem em condições de superlotação, especialmente para famílias que estão nessas situações há muito tempo.
Principais Descobertas
Descobrimos que simplesmente mover pessoas para novas casas nem sempre é a melhor solução para melhorar seu bem-estar. Os residentes frequentemente pesam a necessidade de mais espaço contra a possível perda de suas redes sociais. Melhorias nas casas podem ajudar a abordar os piores aspectos da superlotação e se adaptar às necessidades familiares em mudança. Melhorar a coordenação com serviços de saúde também pode melhorar significativamente a saúde e a qualidade de vida das famílias em condições de superlotação.
Limitações da Pesquisa Atual
Uma grande limitação da pesquisa atual é que muitas intervenções não são adequadamente avaliadas, dificultando a determinação de sua eficácia. Uma ampla gama de fatores influencia a superlotação, e soluções que funcionam em uma área podem não ser aplicáveis em outra. Além disso, o formato de revisão rápida deste estudo significou que tivemos menos tempo para coletar dados abrangentes do que normalmente estaria disponível em uma revisão sistemática completa.
Recomendações para Pesquisas Futuras
Diante das descobertas, propomos várias áreas para pesquisas futuras:
- Focar em Melhorias nas Casas: Mais estudos devem ser feitos sobre como melhorias nas casas podem ajudar a reduzir a superlotação sem que as pessoas precisem se mudar.
- Avaliação da Implementação: Qualquer pesquisa deve considerar a perspectiva dos residentes sobre como as intervenções são realizadas e sua satisfação geral com os resultados.
- Estudos Específicos por População: Estudos futuros devem desagregar os resultados por diferentes fatores demográficos, como idade e gênero, para entender as experiências variadas da superlotação.
- Explorar Áreas Pouco Estudadas: Há uma necessidade de investigar intervenções que não foram amplamente pesquisadas, como esquemas de recompra ou soluções habitacionais alternativas.
Implicações para Políticas
Para aplicações práticas, é essencial alinhar políticas locais com necessidades nacionais. Os conselhos devem equilibrar seu foco na superlotação com outras questões habitacionais urgentes, como a falta de moradia. O apoio nacional é crucial para aprimorar os recursos disponíveis para as áreas locais enfrentando desafios de superlotação.
- Foco na Saúde e Bem-Estar: As políticas devem incluir considerações sobre como melhorar a saúde e o bem-estar junto com a resolução da superlotação.
- Abordagem Abrangente: A superlotação deve ser tratada como um problema que exige colaboração entre vários setores, não apenas habitação.
- Utilizar Recursos Existentes: Em vez de começar novas iniciativas do zero, os conselhos podem construir sobre o que já está em vigor, garantindo que esses programas se alinhem com as necessidades reais dos residentes.
- Comunicação Eficaz: Uma comunicação contínua e clara com os residentes é fundamental. As autoridades devem manter os residentes informados sobre seus pedidos de moradia e serviços disponíveis para aliviar a superlotação.
Conclusão
Abordar a superlotação requer uma abordagem multifacetada que considere as experiências variadas das famílias vivendo nessas condições. Embora a realocação seja uma opção, melhorar as casas existentes e uma melhor coordenação com a saúde podem levar a melhorias significativas no bem-estar. Os insights desta revisão fornecem um caminho mais claro para enfrentar a superlotação e seus riscos à saúde associados em áreas urbanas. Através de pesquisas contínuas e passos práticos, podemos trabalhar para criar melhores ambientes de vida para os afetados.
Título: Interventions that could mitigate the adverse effects of household overcrowding: A rapid realist review with stakeholder participation from urban contexts in England
Resumo: Household overcrowding has increased in England. However, there is limited synthesis of evidence about what can be done to reduce the impact of overcrowding on health/well-being. We undertook a rapid realist review of English language peer-reviewed and grey literature of interventions from comparable settings to urban contexts in England that addressed household overcrowding/health outcomes. A search was conducted (01.06.23) in MEDLINE, EMBASE, Web of Science, SCOPUS. Two expert panels informed the review. The first comprised individuals with lived experience of overcrowding in London; the second local and regional government representatives from London, Salford and Doncaster (England). Both panels contributed at two stages to guide the scope/literature identification and test/refine programme theories. Final full-text screening and quality appraisal were completed by two independent researchers. Thirty-one peer-reviewed papers and 27 documents from participating local authorities were included. The peer-reviewed literature, emanating from multiple geographical contexts and of variable study designs and quality, contained 15 evaluated interventions across three categories: Rehousing (n=7 interventions); Home improvements, e.g. renovations/retrofitting (n=6); Co-ordination with healthcare and wider services (combined with home improvements) (n=2). A synthesis of the peer-reviewed literature with expert panel comments and grey literature, identified contexts and mechanisms that could facilitate or hinder achievement of positive health outcomes. There was reluctance to be rehoused elsewhere, with residents fearing the loss of social networks in available properties often located far away from their current homes. Home improvements may alleviate the worst impacts of overcrowding, and residents living in unhealthy conditions can benefit from better healthcare co-ordination. Significance for public healthReducing the prevalence of overcrowding requires national level and long-term policy changes to increase the supply of affordable homes. Therefore, rehousing will not be a feasible solution in the short-term for many residents. Our rapid realist review illustrates how other interventions such as home improvements and improved healthcare co-ordination/access could address well-being when residents in overcrowded accommodation cannot or do not wish to move. This may require overcrowding to be considered as a council-wide issue that may not be tackled within the housing sector alone, but that will necessitate collaboration with other local authority resources and services such as healthcare in recognition of the wider health impacts of overcrowding. Although the focus for this review is on making recommendations for urban contexts in England, we have also included international peer-reviewed literature and believe our conclusions may be transferable to comparable contexts affected by household overcrowding.
Autores: Kristoffer Halvorsrud, E. Eveleigh, M. O'Donoghue, P. Singh, R.-M. McDonald, M. Ucci, J. Sheringham
Última atualização: 2024-09-10 00:00:00
Idioma: English
Fonte URL: https://www.medrxiv.org/content/10.1101/2024.09.10.24313301
Fonte PDF: https://www.medrxiv.org/content/10.1101/2024.09.10.24313301.full.pdf
Licença: https://creativecommons.org/licenses/by/4.0/
Alterações: Este resumo foi elaborado com a assistência da AI e pode conter imprecisões. Para obter informações exactas, consulte os documentos originais ligados aqui.
Obrigado ao medrxiv pela utilização da sua interoperabilidade de acesso aberto.