Micróbios e Suas Estrategias Espertas para Encontrar Comida
Microrganismos usam técnicas espertas pra encontrar fontes de alimento que tão se movendo ao redor.
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Todos os seres vivos precisam de Nutrientes pra sobreviver e crescer. Pra organismos bem pequenininhos, como os microbios, conseguir esses nutrientes pode ser complicado, já que eles nem sempre estão espalhados de jeito igual no ambiente. Pra aumentar as chances de achar comida, os microbios se movem pra lugares onde as condições são melhores. Esse movimento se chama quimiotaxia. Quando um microbio sente certos químicos que indicam que tem comida por perto, ele se aproxima. Mas, se detectar substâncias prejudiciais, ele se afasta.
Quimiotaxia em Microbios
Os microbios são interessantes na forma como reagem a diferentes substâncias. Por exemplo, um microbio comum chamado E. Coli evita alguns aminoácidos, mesmo podendo usá-los como comida. Ele também não curte outros nutrientes, como glicerol. Pesquisas recentes mostraram que muitos aminoácidos que o E. coli evita não são tão bons pra ele de qualquer jeito, e alguns podem até desacelerar seu crescimento. Um caso curioso é o triptofano, que ajuda o E. coli a crescer bem, mas é muito repelente pra ele. Tem também casos em que certos microbios são atraídos por substâncias prejudiciais, como alguns antibióticos, talvez pra invadir outros grupos que competem.
Os microbios às vezes mostram atração ou Repulsão pela mesma substância, dependendo de quanto daquela substância está por perto. Esses comportamentos indicam que os microbios conseguem processar sinais externos pra ajustar seu movimento de forma mais eficaz. Na natureza, as fontes desses químicos costumam liberar vários de uma vez, criando diferentes concentrações no ambiente. Quando enfrentam múltiplos sinais, os microbios podem ter que escolher qual responder, dependendo das experiências passadas.
Interceptando Fontes de Nutrientes em Movimento
No mundo real, as fontes de comida não ficam paradas; elas também podem se mover. Por exemplo, microbios marinhos frequentemente tentam pegar partículas de comida que afundam na água. A velocidade com que essas partículas afundam pode ser mais rápida do que a velocidade que os microbios nadam, fazendo com que eles precisem ajustar seus caminhos pra conseguir alcançar. A quimiotaxia às vezes envolve um microbio tentando pegar outro como comida.
Dado que interceptar um alvo em movimento é complicado, como os microbios conseguem fazer isso de forma eficaz? No começo, seguir os sinais químicos de uma fonte parece ser a melhor escolha, mas acaba sendo ineficiente pra interceptar um alvo em movimento. À medida que a fonte se move, deixa um rastro de químicos pra trás, criando uma situação em que o microbio acaba se movendo na direção errada antes de finalmente ajustar seu caminho pra ir em direção ao alvo.
Uma Nova Estratégia para Melhorar a Quimiotaxia
Os pesquisadores pensaram em como um microbio poderia combinar atração por nutrientes que se movem rápido com repulsão por aqueles que se movem devagar. Essa abordagem cria uma maneira mais eficaz de encontrar comida. Em vez de seguir apenas um tipo de sinal químico, o microbio usaria múltiplos sinais de uma vez. Ao pesar cuidadosamente a atração pelos sinais mais rápidos e a repulsão pelos mais lentos, os microbios podem criar um caminho que vai direto em direção à fonte de comida em movimento.
Essa combinação de atração e repulsão pode reduzir drasticamente o tempo que um microbio leva pra alcançar um alvo em movimento. Nas simulações, essa nova estratégia mostrou que os microbios conseguem chegar à fonte de comida muito mais rápido do que se estivessem apenas seguindo o atrativo que se move mais rápido.
Melhorando as Chances de Sucesso
A nova estratégia não só acelera o tempo que um microbio leva pra chegar a uma fonte de comida, mas pode também ser a diferença entre pegar ou perder a comida totalmente. Quando a comida se move mais rápido do que um microbio pode nadar, seguir os métodos tradicionais pode não dar certo. Implementar a nova estratégia diferencial pode permitir que um microbio alcance uma fonte que se move mais rápido e que, de outra forma, estaria fora de alcance.
Em testes, a estratégia diferencial permitiu consistentemente que microbios interceptassem fontes de comida em movimento, mesmo quando essas fontes eram mais rápidas do que os próprios microbios. Isso mostra que ter uma estratégia flexível que combina diferentes sinais químicos pode trazer vantagens significativas na busca por comida.
Evidências do E. coli
Quando os pesquisadores analisaram mais de perto o E. coli, descobriram que ele é atraído por aminoácidos que se movem rápido e repelido por aqueles que se difundem mais devagar. Esse comportamento se encaixa perfeitamente na ideia de usar a nova estratégia diferencial. As respostas do E. coli a diferentes aminoácidos sugerem que ele já está naturalmente preparado pra aproveitar essa estratégia na hora de procurar fontes de comida.
Ao comparar diferentes substâncias, os pesquisadores viram um padrão claro: quanto mais rápido aqueles nutrientes se moviam, mais o E. coli gostava deles, enquanto os mais lentos eram frequentemente evitados. Essa descoberta sugere que o E. coli pode já estar usando essa abordagem diferencial em ambientes do mundo real.
Resumo
Resumindo, a dinâmica dos microbios encontrando fontes de comida em um ambiente que muda o tempo todo pode ser complexa. Usando uma estratégia inteligente que mistura atração por nutrientes que se movem rápido com repulsão por aqueles que se movem devagar, os microbios podem aumentar suas chances de interceptar comida com sucesso. O caso do E. coli ilustra como os princípios por trás dessa estratégia já estão funcionando na natureza.
Mais testes e experimentos são necessários pra explorar como esses organismos minúsculos navegam seus arredores e respondem a diferentes sinais. Entender esses processos pode esclarecer como os microbios se adaptam e prosperam em ambientes diversos. A forma como os microbios integram múltiplos sinais no seu comportamento de movimento não só ajuda a explicar seu sucesso, mas também sublinha as relações intrincadas dentro dos ecossistemas.
Em conclusão, a investigação sobre quimiotaxia e a estratégia diferencial abre portas pra entender melhor como a vida em níveis microscópicos opera. Também destaca a interconexão de vários comportamentos biológicos e seus benefícios evolutivos.
Título: Repulsion from slow-diffusing nutrients improves chemotaxis towards moving sources
Resumo: Chemotaxis, or the following of chemical concentration gradients, is essential for microbes to locate nutrients. However, microbes often display paradoxical behaviors, such as Escherichia coli being repelled by several amino acids. Here, we explore chemotaxis towards a moving source and demonstrate that when multiple nutrients are released from the source repulsion from certain nutrients actually improves chemotaxis towards the source. Because a moving source leaves most of the nutrient plume behind it, simply following the concentration gradient results in aiming behind the source and failing to intercept it. However, when attraction to a fast-diffusing nutrient and repulsion from a slow-diffusing nutrient are combined, motion in a new direction emerges and the chance of intercepting the source is increased up to six-fold. We demonstrate that this "differential strategy" is robust against numerous variations, including order-of-magnitude increases in the repellent release rate. Finally, we leverage existing data to show that E. coli is attracted to fast-diffusing amino acids and repelled by slow-diffusing ones, suggesting it may utilize a differential strategy and providing an explanation for its repulsion from these amino acids. Our results thus illuminate new possibilities in how microbes can integrate signals from multiple gradients to accomplish the difficult chemotactic tasks.
Autores: Blox Bloxham, H. Lee, J. Gore
Última atualização: 2024-11-08 00:00:00
Idioma: English
Fonte URL: https://www.biorxiv.org/content/10.1101/2024.01.25.577248
Fonte PDF: https://www.biorxiv.org/content/10.1101/2024.01.25.577248.full.pdf
Licença: https://creativecommons.org/licenses/by-nc/4.0/
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