O Papel da Justiça e Emoções na Tomada de Decisão
Explorando como as emoções e a justiça afetam as decisões financeiras em cenários de jogos.
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As pessoas costumam achar que emoções e Justiça influenciam como as decisões sobre dinheiro e recursos são feitas. Mas os processos cerebrais exatos por trás dessas decisões não são totalmente compreendidos. Este artigo analisa como os sentimentos das pessoas e a justiça das propostas impactam suas escolhas ao decidir sobre dinheiro em um jogo.
No nosso estudo, observamos 40 jovens homens de 18 a 20 anos enquanto jogavam um jogo em que tomavam decisões baseadas em propostas de outros jogadores. As propostas variavam em justiça, e os proponentes mostravam emoções diferentes: felizes, neutros ou desgostosos. Queríamos ver como essas emoções influenciavam a aceitação das propostas pelos Participantes.
Nossos resultados mostraram que a justiça teve um papel significativo na aceitação das propostas. Os participantes aceitaram menos Ofertas baixas se o proponente estava com uma expressão de desgosto, mas foram mais receptivos quando o proponente estava feliz, especialmente para ofertas mais altas. Quando as ofertas eram mais justas, os participantes tomavam decisões mais rápidas. Porém, quando expressões emocionais estavam envolvidas, levava mais tempo para responder.
Descobrimos que os participantes eram geralmente mais influenciados pela justiça da oferta em si do que pelas emoções mostradas pelo proponente. Enquanto as emoções realmente atrasaram a Tomada de decisão, eles focavam principalmente no aspecto monetário das ofertas.
Os humanos tendem a pesar várias opções ao tomar decisões, especialmente em situações sociais. As escolhas geralmente dependem de avaliar a justiça e entender os sentimentos e intenções dos outros. Justiça, muitas vezes vista como compartilhamento igual de recursos, é um conceito que as pessoas aprendem desde cedo. Muitos estudos concordam que os humanos não gostam de resultados injustos e buscam divisões equitativas.
As expressões faciais nos dão pistas sobre como alguém se sente e podem influenciar como interpretamos suas intenções. Por exemplo, ver um rosto feliz pode encorajar as pessoas a correrem mais riscos, enquanto um rosto desgostoso pode torná-las mais cautelosas. Pesquisas mostram que pessoas costumam preferir se associar a alguém que mostra uma expressão feliz, mas isso pode não importar tanto quando não há limite de tempo para decidir.
As expressões faciais são importantes na tomada de decisões sobre justiça. Elas fornecem sinais fortes que podem influenciar como nos sentimos e agimos. Se um proponente mostra desgosto ao fazer uma oferta, isso pode ser visto como menos justo, afetando a disposição do receptor em aceitá-la.
O jogo do ultimato (UG) é frequentemente usado para estudar como as pessoas reagem à justiça em situações financeiras. Nesse jogo, uma pessoa propõe uma forma de dividir uma quantia de dinheiro com outra. Se o receptor achar que a oferta é muito baixa, ele pode rejeitá-la, significando que ninguém ganha dinheiro. O jogo revela que a maioria das pessoas não aceita ofertas que considera injustas, mesmo que isso signifique perder dinheiro.
No UG, os proponentes geralmente oferecem entre 40% e 45% do total. No entanto, ofertas abaixo de 20% são frequentemente rejeitadas. Esses comportamentos sugerem que as pessoas nem sempre agem puramente por interesse próprio, mas também consideram a justiça.
Nossa pesquisa queria descobrir quanto as emoções influenciam as decisões sobre justiça. Analisamos estudos anteriores que examinaram como as emoções dos proponentes afetam as taxas de aceitação em jogos do ultimato. Alguns achados sugerem que as pessoas são mais generosas quando o proponente mostra emoções felizes, enquanto outros mostram resultados mistos.
Este estudo tinha como objetivo fornecer mais insights ao examinar como diferentes expressões faciais impactaram tanto as taxas de aceitação quanto o tempo levado para responder às ofertas no UG. Também queríamos entender como as estratégias individuais poderiam variar entre os participantes, especialmente sendo que não há muita pesquisa focando nas estratégias de decisão pessoal em tais jogos.
Para explorar isso, usamos modelagem computacional para analisar o processo de tomada de decisão. Esse modelo nos ajudou a separar as influências emocionais das considerações racionais, para ver quais fatores estavam impulsionando os comportamentos dos participantes.
Nossos participantes eram 50 estudantes do sexo masculino de uma universidade na Índia. Antes de participar do estudo, garantimos que eles tinham visão normal ou corrigida e nenhuma exposição anterior à teoria dos jogos. Eles jogaram várias rodadas do UG, e registramos sua aceitação ou rejeição de várias ofertas apresentadas, junto com as expressões emocionais mostradas pelos proponentes.
A configuração incluía rostos expressando felicidade, neutralidade ou desgosto, junto com três faixas de ofertas diferentes. Cada participante jogou um total de 360 rodadas, permitindo que coletássemos dados suficientes para analisar padrões.
Durante o jogo, os participantes viam primeiro uma imagem do rosto do proponente, seguida da oferta. Eles tinham um tempo limitado para decidir se aceitavam ou rejeitavam a oferta, pressionando uma tecla no teclado.
Nossa análise revelou duas partes principais sobre a tomada de decisão: padrões de comportamento e atividade cerebral relacionada às escolhas. Registramos não apenas se os participantes aceitaram ou rejeitaram as ofertas, mas também quanto tempo levaram para decidir.
A influência da justiça nas taxas de aceitação era clara. Descobrimos que quanto mais injusta a oferta era, especialmente quando o proponente mostrava desgosto, menos provável era que os participantes a aceitassem. Por outro lado, emoções positivas de um proponente feliz levaram a uma maior aceitação de ofertas justas.
Quanto aos tempos de reação, descobrimos que os participantes levaram mais tempo para decidir ao se depararem com expressões emocionais, especialmente desgosto. Eles eram mais rápidos em aceitar ofertas justas do que injustas, destacando uma troca de velocidade por aceitação.
Quando analisamos mais a fundo a atividade cerebral dos participantes, usamos EEG para rastrear suas respostas tanto ao rosto do proponente quanto à própria oferta. Observamos marcadores específicos no cérebro que indicam processamento emocional e tomada de decisão durante essas tarefas.
A análise mostrou que diferentes expressões faciais afetaram a rapidez com que os participantes reagiram às ofertas. Um rosto feliz levou a mais atenção e respostas mais rápidas, enquanto um rosto desgostoso retardou a tomada de decisão.
Nossas descobertas sugerem que, embora as emoções desempenhem um papel em como as pessoas processam ofertas, a percepção de justiça continua sendo o fator mais significativo ao tomar decisões. Os participantes tendiam a priorizar a justiça econômica sobre as expressões emocionais em suas decisões.
No geral, essa pesquisa destaca como a justiça influencia a tomada de decisões socioeconômicas mais do que as manifestações emocionais. Embora possamos ser afetados por expressões faciais, a busca por resultados justos acaba sendo a prioridade em como escolhemos aceitar ou rejeitar ofertas.
Implicações e Pesquisas Futuras
O estudo sugere várias implicações para entender como as decisões são afetadas por emoções e justiça. Ele aponta que a justiça é um motor fundamental nas escolhas socioeconômicas, e as emoções desempenham um papel, embora secundário.
Pesquisas futuras poderiam expandir este estudo, incluindo um grupo de participantes mais diversificado, explorando diferentes faixas etárias, gêneros e origens culturais. Além disso, poderíamos investigar como variações nas apostas monetárias poderiam mudar a dinâmica da tomada de decisões em tais jogos.
Uma compreensão mais profunda de como as expressões emocionais influenciam as interações sociais poderia levar a melhores estratégias de comunicação em negociações e resolução de conflitos. Explorar os correlatos neurais dessas decisões pode fornecer mais insights sobre os processos psicológicos por trás da justiça e da interpretação emocional.
Ao focar nas estratégias de tomada de decisão individuais, os pesquisadores podem abrir caminho para abordagens personalizadas em campos como economia, psicologia e ciências sociais.
Conclusão
Em conclusão, nossa pesquisa destaca a importância da justiça nos processos de tomada de decisão relacionados a trocas econômicas. Embora as emoções influenciem reações e o tempo levado para tomar decisões, a justiça continua sendo a principal preocupação para os indivíduos ao avaliarem ofertas. Essa percepção não apenas contribui para o corpo existente de conhecimento, mas também permite discussões mais ricas sobre o comportamento humano em contextos sociais e econômicos.
Título: Fairness, not Emotion, Drives Socioeconomic Decision Making
Resumo: Emotion and fairness play a key role in mediating socioeconomic decisions in humans; however, the underlying neurocognitive mechanism remains largely unknown. In this study, we explored the interplay between proposers' emotions and fairness of offer magnitudes in rational decision-making. Employing a time-bound UG paradigm, 40 (male, age: 18-20) participants were exposed to three distinct proposers' emotions (Happy, Neutral, and Disgusted) followed by one of the three offer ranges (Low, Intermediate, Maximum). Our findings show a robust influence of fairness of offer on acceptance rates, with the impact of emotions obtained only within the low offer range. The increment of the offer amount resulted in shorter reaction times, while emotional stimuli resulted in prolonged reaction times. A multilevel generalized linear model showed offer as the dominant predictor of trial-specific responses. Subsequent agglomerative clustering grouped participants into five primary clusters based on responses modulated by emotions/offers. The Drift Diffusion Model based on the clustering further corroborated our findings. Emotion-sensitive markers, including N170 and LPP, demonstrated the participants' effect on facial expressions; however, facial emotions had minimal effect on subsequent socioeconomic decisions. Our study suggests that, in general, participants gave more preference to the fairness of the offer with a slight effect of emotions in decision-making. We show that though emotion is perceived and has an effect on decision-making time, people mostly prioritise financial gain and fairness of offer. Moreover, it establishes a connection between reaction time and responses and further dives deep into individualistic decision-making processes revealing different cognitive strategies.
Autores: Rudra Mukhopadhyay, Sourin Chatterjee, Koel Das
Última atualização: 2024-09-16 00:00:00
Idioma: English
Fonte URL: https://arxiv.org/abs/2409.10322
Fonte PDF: https://arxiv.org/pdf/2409.10322
Licença: https://creativecommons.org/licenses/by/4.0/
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