Satélites e Seu Impacto na Astronomia
O aumento do número de satélites tá dificultando as observações astronômicas, com mais sinais indesejados aparecendo.
C. G. Bassa, F. Di Vruno, B. Winkel, G. I. G. Jozsa, M. A. Brentjens, X. Zhang
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Índice
- O Problema com Sinais Brilhantes
- Primeiras Descobertas sobre Satélites Starlink
- O Impacto na Astronomia
- Técnicas de Observação
- Descobertas das Observações Recentes
- Comparando Gerações de Satélites
- Importância das Frequências de Rádio
- Futuro das Regulamentações de Satélites
- Conclusões
- Fonte original
- Ligações de referência
Nos últimos anos, o número de satélites orbitando a Terra aumentou pra caramba. Esse crescimento começou em 2016, com várias empresas lançando um monte de satélites pra oferecer serviços como internet e conectividade móvel. Uma empresa bem conhecida nesse campo é a SpaceX, que tem lançado os satélites Starlink. Mas, à medida que mais satélites vão pro espaço, eles trazem desafios pros astrônomos e pros estudos que eles fazem.
O Problema com Sinais Brilhantes
Os astrônomos têm instrumentos que observam sinais naturais do espaço. Esses sinais vêm de estrelas, galáxias e outros objetos celestes. Porém, quando os satélites entram na jogada, eles podem emitir sinais indesejados que atrapalham as observações. Isso é conhecido como radiação eletromagnética não intencional (UEMR).
UEMR se refere a qualquer radiação que vem dos satélites que não tá diretamente relacionada às funções de comunicação deles. Em vez disso, é um subproduto da eletrônica e dos sistemas a bordo dos satélites. Essa interferência pode dificultar a coleta de dados limpos pelos astrônomos.
Primeiras Descobertas sobre Satélites Starlink
Observações recentes mostraram que a segunda geração de satélites Starlink produz níveis mais altos de UEMR do que a primeira geração. Os pesquisadores usaram um poderoso rádio telescópio chamado LOFAR pra examinar esses satélites. Eles encontraram sinais brilhantes em faixas de frequência específicas ao observar os novos satélites, especialmente entre 40 a 70 MHz e 110 a 188 MHz.
A intensidade desses sinais variava de satélite pra satélite, com alguns emitindo sinais muito mais fortes do que outros. Os satélites da segunda geração emitiram UEMR que era até 32 vezes mais forte do que os modelos da primeira geração. Isso é preocupante porque ultrapassa os limites estabelecidos por diretrizes internacionais destinadas a proteger a Astronomia de Rádio.
O Impacto na Astronomia
Com mais satélites sendo lançados, a chance deles cruzarem o caminho dos telescópios que observam o céu noturno aumenta. Isso significa que os sinais artificiais gerados pelos satélites podem se sobrepor aos sinais naturais que os astrônomos querem estudar. Isso pode resultar na perda de dados importantes e complicar a distinção entre as fontes naturais e as feitas pelo homem de sinais eletromagnéticos.
Técnicas de Observação
Pra entender melhor o problema, os astrônomos desenvolveram métodos pra observar e analisar esses sinais indesejados. Eles realizam observações cuidadosas usando arranjos de antenas que podem rastrear os satélites enquanto se movem pelo céu.
Por exemplo, durante um dos estudos, os pesquisadores usaram duas configurações pra observar os satélites Starlink. Uma configuração focou em Frequências mais baixas (10 a 88 MHz), enquanto a outra focou em frequências mais altas (110 a 188 MHz). Ao monitorar cuidadosamente os movimentos dos satélites e registrar os sinais que chegavam, os astrônomos conseguiram identificar quando a UEMR ocorria.
Descobertas das Observações Recentes
As observações recentes revelaram que 141 satélites Starlink eram esperados pra passar pela visão do rádio telescópio. Desses, 97 satélites transmitiram sinais que foram analisados na faixa de frequência mais alta. Os resultados mostraram que enquanto os satélites da primeira geração emitiram certos sinais estreitos, os satélites da segunda geração produziram em grande parte sinais mais amplos que eram muito mais fortes.
Os satélites da segunda geração, conhecidos como v2-Mini e v2-Mini Direct-to-Cell, emitiram uma ampla gama de frequências que interferiram com os dados da astronomia de rádio coletados. Os altos níveis de UEMR foram registrados a distâncias mais próximas da Terra, tornando-os ainda mais brilhantes e difíceis de ignorar pelos astrônomos.
Comparando Gerações de Satélites
Ao comparar a primeira geração de satélites Starlink com a segunda, ficou claro que os novos satélites trazem mais problemas. Os satélites v2-Mini emitiram UEMR em níveis de potência muito mais altos do que os modelos anteriores. Os pesquisadores descobriram que a Intensidade do Campo Elétrico dos sinais desses satélites ultrapassou os limites recomendados pra proteger a astronomia de rádio.
Importância das Frequências de Rádio
A astronomia de rádio depende de certas frequências alocadas por diretrizes internacionais. Essas frequências são essenciais pra observar fenômenos astronômicos. A UEMR dos satélites pode interromper essas observações, particularmente nas faixas de frequência designadas pra astronomia de rádio.
Por exemplo, a faixa principal de astronomia de rádio entre 150,05-153 MHz é crucial pra estudos de objetos celestes. A radiação indesejada dos satélites da segunda geração foi encontrada significativamente mais brilhante nessa faixa em comparação com os modelos da primeira geração.
Futuro das Regulamentações de Satélites
A situação levanta perguntas sobre como regular as emissões de satélites. As regulamentações internacionais atuais focam nas emissões relacionadas a sinais de comunicação, mas não tratam adequadamente da UEMR. Os astrônomos pedem atualizações nas regulamentações que considerem essas emissões indesejadas, pois elas podem ter um impacto substancial na pesquisa científica.
À medida que o número de satélites no espaço continua a crescer, fica cada vez mais importante que as autoridades e os operadores de satélites trabalhem juntos pra minimizar a interferência. Estratégias como modificar o hardware dos satélites ou ajustar os protocolos operacionais podem ajudar a mitigar esses problemas.
Conclusões
A expansão das constelações de satélites tá mudando a forma como observamos o universo. Embora os benefícios da tecnologia de satélites sejam claros, os cientistas também precisam enfrentar os desafios trazidos pelos sinais indesejados desses satélites. As descobertas de estudos recentes destacam a necessidade de esforços mais focados pra gerenciar e regular as emissões de satélites, garantindo que a astronomia possa continuar a progredir sem interferências.
À medida que avançamos, a colaboração entre a comunidade astronômica e os operadores de satélites, junto com atualizações nas regulamentações, será essencial pra proteger a integridade das observações astronômicas. As percepções obtidas ao estudar a UEMR vão, esperamos, levar a uma melhor compreensão e soluções, preservando nossa capacidade de explorar o cosmos de forma eficiente.
Título: Bright unintended electromagnetic radiation from second-generation Starlink satellites
Resumo: We report on the detection of unintended electromagnetic radiation (UEMR) from the second-generation of Starlink satellites. Observations with the LOFAR radio telescope between 10 to 88MHz and 110 to 188MHz show broadband emission covering the frequency ranges from 40 to 70MHz and 110 to 188MHz from the v2-Mini and v2-Mini Direct-to-Cell Starlink satellites. The spectral power flux density of this broadband UEMR varies from satellite to satellite, with values ranging from 15Jy to 1300Jy, between 56 and 66MHz, and from 2 to 100Jy over two distinct 8MHz frequency ranges centered at 120 and 161MHz. We compared the detected power flux densities of this UEMR to that emitted by the first generation v1.0 and v1.5 Starlink satellites. When correcting for the observed satellite distances, we find that the second-generation satellites emit UEMR that is up to a factor of 32 stronger compared to the first generation. The calculated electric field strengths of the detected UEMR exceed typical electromagnetic compatibility standards used for commercial electronic devices as well as recommended emission thresholds from the Radiocommunication Sector of the International Telecommunications Union (ITU-R) aimed at protecting the 150.05-153MHz frequency range allocated to radio astronomy. We characterize the properties of the detected UEMR with the aim of assisting the satellite operator with the identification of the cause of the UEMR.
Autores: C. G. Bassa, F. Di Vruno, B. Winkel, G. I. G. Jozsa, M. A. Brentjens, X. Zhang
Última atualização: 2024-09-18 00:00:00
Idioma: English
Fonte URL: https://arxiv.org/abs/2409.11767
Fonte PDF: https://arxiv.org/pdf/2409.11767
Licença: https://creativecommons.org/licenses/by/4.0/
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