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Discos Protoplanetários: O Fator Temperatura na Formação de Planetas

Analisando como a temperatura em discos protoplanetários influencia a formação de planetas rochosos.

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Discos Protoplanetários são nuvens densas de gás e poeira que cercam estrelas jovens. Eles têm um papel importante na formação de planetas. Um dos aspectos mais importantes desses discos é a temperatura. Saber a temperatura das diferentes partes desses discos pode ajudar a entender onde Planetas Rochosos, como a Terra, podem se formar. O conhecimento atual sobre a estrutura térmica, especialmente nas partes internas desses discos, não é muito claro. Essa incerteza é devido a observações limitadas e questões sobre como o calor do disco afeta sua temperatura.

A Necessidade de Medidas Melhores

Para entender melhor as Temperaturas dentro dos discos protoplanetários, os cientistas querem usar telescópios avançados, como o ngVLA (next-generation Very Large Array) e o ALMA (Atacama Large Millimeter/submillimeter Array). Essas ferramentas podem fornecer imagens de alta qualidade dos discos em diferentes comprimentos de onda. A ideia é estudar as regiões internas dos discos que estão a algumas unidades astronômicas (UA) da estrela central. Uma UA é a distância da Terra ao Sol.

O método proposto se baseia na ideia de que as partes internas desses discos são densas o suficiente para bloquear certos comprimentos de onda de luz (opticamente espessas) em comprimentos de onda submilimétricos, enquanto são menos densas (marginalmente opticamente finas) em comprimentos de onda milimétricos mais longos. Ao combinar imagens de ambos os telescópios, os pesquisadores esperam obter uma imagem mais clara da estrutura de temperatura.

Por Que a Temperatura é Importante

A temperatura dos discos protoplanetários determina onde diferentes tipos de planetas podem se formar. Planetas rochosos, como o nosso, são considerados formados dentro de uma área específica conhecida como a “linha de neve.” Esse é o ponto no disco onde a temperatura é baixa o suficiente para que a água congele. Abaixo dessa linha, a água existe em forma líquida ou sólida, o que é essencial para a formação de planetas rochosos. Fora dessa linha, o gelo de água pode se condensar, o que pode ajudar na formação de planetas gasosos gigantes.

Algo interessante foi notado: mesmo havendo gelo de água fora da linha de neve, os planetas rochosos acabam sendo secos. Isso levanta uma questão: por que a Terra tem tão pouco conteúdo de água se se formou com materiais que continham bastante gelo d'água?

Modelos Atuais e Seus Problemas

Tradicionalmente, os cientistas usavam um modelo chamado modelo de disco de acreção viscoso para estudar as temperaturas nesses discos. Esse modelo assume que a viscosidade, ou quão espesso é o disco, é a mesma em todo lugar. Segundo esse modelo, o calor do plano médio do disco empurra a linha de neve para fora, ou seja, ela seria encontrada a distâncias de cerca de 2-3 UA.

No entanto, novos estudos usando simulações avançadas mostram que o calor pode ocorrer apenas perto da superfície do disco. Essa mudança na forma como vemos o aquecimento afeta onde a linha de neve é encontrada. De acordo com as simulações mais recentes, a linha de neve poderia estar dentro de 1 UA. Essa mudança gera confusão sobre como os planetas rochosos, como a Terra, se formam e por que têm tão pouca água.

Estudos sugerem que, se a linha de neve se mover para dentro, embriões de planetas rochosos em torno de 1 UA poderiam se tornar mundos cobertos de água. Porém, se houver forças que impeçam o movimento de partículas congeladas, isso pode não acontecer.

A Importância de Imagens Precisos

Para esclarecer essas questões, medir a estrutura térmica das partes internas dos discos protoplanetários é crucial. Usando técnicas de imagem de alta resolução, os cientistas podem testar diferentes modelos de temperatura para os discos. Isso ajudará a determinar as condições sob as quais planetas rochosos surgem.

Pesquisadores planejam realizar observações em múltiplos comprimentos de onda, usando o ngVLA e o ALMA, para obter uma melhor compreensão da temperatura dos discos. Essas observações reuniriam dados de diferentes posições nos discos e ajudariam a revelar tanto as estruturas de temperatura radial quanto vertical.

Simulando Observações

Para testar a viabilidade de seus métodos, os cientistas analisaram dois modelos de temperatura: um baseado no modelo viscoso tradicional e outro baseado em modelos mais recentes magnetohidrodinâmicos (MHD). O modelo clássico assume um nível uniforme de viscosidade, enquanto o modelo MHD leva em conta como o calor é distribuído em camadas mais finas próximas à superfície do disco.

Para ambos os modelos, os cientistas geraram mapas de temperatura que mostram como a temperatura muda com a altura e a distância da estrela central. Fatores adicionais, como o aquecimento da estrela e a densidade do material, também foram considerados.

O Papel dos Telescópios Avançados

O ngVLA permitirá medições das temperaturas nas regiões internas dos discos em comprimentos de onda milimétricos e centimétricos mais longos. Esses comprimentos de onda são importantes porque as regiões internas dos discos devem passar de serem opticamente espessas para opticamente finas. O ALMA já é capaz de mapear as emissões de poeira acima do plano médio.

Ambos os telescópios trabalharão juntos para oferecer uma imagem mais clara de como a temperatura varia dentro dos discos. Usando dados de ambos os métodos, os pesquisadores esperam descobrir como o aquecimento do plano médio afeta a localização da linha de neve.

Desafios e o Futuro

Embora o método proposto mostre promessas, os modelos atuais ignoram vários processos importantes que mudam o comportamento da poeira dentro dos discos. Por exemplo, como a poeira se agrupa, afunda e flutua pode impactar muito a temperatura e a distribuição de materiais.

Esses processos em andamento podem afetar significativamente como os perfis de temperatura e emissão mudam nas partes internas dos discos protoplanetários. Portanto, estudos futuros precisarão incorporar esses efeitos para obter uma compreensão mais precisa da formação de planetas.

Conclusão

Resumindo, medições melhores de temperatura em discos protoplanetários são essenciais para entender onde e como planetas rochosos se formam. Com telescópios avançados como o ALMA e o ngVLA, os cientistas podem coletar os dados necessários para refinar seus modelos. Embora o progresso esteja sendo feito, mais trabalho é necessário para levar em conta as complexidades da evolução da poeira e da estrutura térmica. Essa pesquisa oferecerá insights sobre os processos que levaram à formação de planetas em nosso sistema solar e além.

Fonte original

Título: Thermal Tomography of the Inner Regions of Protoplanetary Disks with the ngVLA and ALMA

Resumo: Understanding the temperature structure of protoplanetary disks is crucial for answering the fundamental question of when and where in the disks rocky planets like our own form. However, the thermal structure of the inner few au of the disks is poorly understood not only because of lack of observational constraints but also because of the uncertainty of accretion heating processes. Here, we propose thermal tomography of the inner regions of protoplanetary disks with the ngVLA and ALMA. The proposed approach is based on the assumption that the inner disk regions are optically thick at submillimeter wavelengths but are marginally optically thin at longer millimeter wavelengths. By combining high-resolution millimeter continuum images from the ngVLA with submillimeter images at comparable resolutions from ALMA, we will be able to reconstruct the radial and vertical structure of the inner few au disk regions. We demonstrate that the thermal tomography we propose can be used to constrain the efficiency of midplane accretion heating, a process that controls the timing of snow-line migration to the rocky planet-forming region, in the few au regions of protoplanetary disks at a distance of 140 pc.

Autores: Satoshi Okuzumi, Munetake Momose, Akimasa Kataoka

Última atualização: 2023-04-27 00:00:00

Idioma: English

Fonte URL: https://arxiv.org/abs/2304.14192

Fonte PDF: https://arxiv.org/pdf/2304.14192

Licença: https://creativecommons.org/licenses/by/4.0/

Alterações: Este resumo foi elaborado com a assistência da AI e pode conter imprecisões. Para obter informações exactas, consulte os documentos originais ligados aqui.

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