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Sinais sísmicos Revelam Segredos dos Fiordes da Groenlândia

Cientistas ligam sinais sísmicos a mega-tsunamis no Fiorde Dickson, na Groenlândia.

Thomas Monahan, Tianning Tang, Stephen Roberts, Thomas A. A. Adcock

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No dia 16 de setembro de 2023, um barulho sísmico estranho sacudiu o mundo. Esse barulho, chamado de sinal sísmico, era como um sussurro alto vindo das profundezas da Terra que durou nove dias inteiros. Um mês depois, ele decidiu aparecer de novo, mas dessa vez foi um pouco mais tranquilo e curto, durando apenas uma semana. Os cientistas rapidamente foram atrás de respostas, coçando a cabeça e checando os dados pra entender o que estava rolando.

Um Grande Splash na Groenlândia

Os cientistas chutaram que esses sons estranhos estavam ligados a alguns deslizamentos de terra gigantes na Groenlândia Oriental. Esses deslizamentos causaram ondas massivas, chamadas de mega-tsunamis, que se espalharam em um fiorde. Um fiorde é só uma palavra chique pra um mar ou lago profundo e estreito, geralmente cercado por penhascos altos. Nesse caso, o fiorde estava fazendo uma balbúrdia danada por causa dos deslizamentos.

Mas aqui está a parte interessante: enquanto muitos cientistas tinham teorias baseadas em modelos de computador e números, ninguém tinha realmente visto ou medido essas ondas gigantes, ou seiches, diretamente-até agora! Graças a uma missão de satélite maneira chamada Topografia do Oceano e da Água Superficial (SWOT), um grupo de cientistas finalmente conseguiu dar uma olhadinha no que estava rolando.

O Satélite Vem ao Resgate

O SWOT é como um super-herói no céu, coletando um monte de dados sobre como a superfície do oceano muda. Ele pode medir a altura das ondas com mais precisão do que seu amigo que é fissurado em surfe. Os cientistas usaram esses dados pra checar se os Sinais Sísmicos estranhos eram mesmo causados pelos seiches no fiorde.

Depois de eliminar outras possíveis causas para os sinais esquisitos, eles confirmaram que esses barulhos sísmicos estavam realmente ligados aos seiches formados pelos mega-tsunamis. Eles até descobriram que a altura inicial da onda era de cerca de 7,9 metros-impressionante pra uma onda que não precisa dividir o palco do oceano com barcos!

O Fator Clima

Os cientistas notaram que eventos extremos como esses estão se tornando mais comuns por causa das mudanças climáticas. O planeta aquecendo afeta como nossos rios e mares se comportam. Em lugares remotos como o Ártico, onde não tem muitas ferramentas de medição, os cientistas acham complicado estudar essas mudanças. Eles dependem de modelos matemáticos que simplificam demais as coisas, o que às vezes leva a erros.

Os sinais dos eventos sísmicos também foram um lembrete de como as coisas podem mudar rápido na natureza. Apenas um mês depois, outro deslizamento acionou mais barulho sísmico no dia 11 de outubro de 2023. Não foi tão forte quanto o primeiro, mas ainda assim surpreendeu os cientistas.

Uma História de Detetive em Andamento

Pra entender melhor os sinais sísmicos, os cientistas combinaram dados do satélite e dos sensores sísmicos que estavam na área. Eles descobriram que as ondas sísmicas estavam se comportando exatamente como eles esperavam com base nos modelos dos seiches. No entanto, eles também perceberam que estimar a altura inicial dos seiches não era tarefa fácil. Estudos diferentes tinham chegado a números variados, que iam de 2,6 a 8,8 metros.

Essencialmente, os cientistas se tornaram detetives-analistas, usando diferentes métodos e dados pra tentar resolver o mistério dos seiches. Eles olhavam gráficos, analisavam tabelas e torciam pra chegar a algumas conclusões sólidas.

O Fiorde: Um Cenário Dramático

Agora, vamos falar do Fiorde Dickson, onde todo esse drama estava acontecendo. É um lugar deslumbrante escondido na Groenlândia Oriental, cercado por geleiras. Isso significa que não é só frio; é congelante a maior parte do ano. O fiorde fica coberto de gelo na maior parte do tempo, só mostrando suas verdadeiras cores quando as coisas esquentam no verão.

O fiorde tem cerca de 38 quilômetros de comprimento e larguras que variam de 2,5 a 3,2 quilômetros. Ele também é profundo-variando de 150 metros a 700 metros. Esse cenário impressionante só adiciona à história de como a natureza pode fazer birra; um bom lembrete pra respeitar seu poder.

A Conexão do Deslizamento

Os dois mega-tsunamis que acionaram esses sinais sísmicos vieram de deslizamentos causados pelo derretimento das geleiras. À medida que o gelo derretia, isso enfraquecia o solo, levando rochas e gelo a despencar na água abaixo. Os cientistas documentaram esses deslizamentos e as ondas que eles criaram.

No primeiro evento, eles viram ondas com cerca de 200 metros de altura no local do deslizamento, e 60 metros de altura se espalhando pelo fiorde. O segundo evento não foi tão dramático, mas ainda assim teve ondas visíveis, causando alguns danos.

Um Trabalho Pesado para os Cientistas

Os cientistas tinham muito trabalho pela frente. Eles tinham que analisar uma tonelada de dados de diferentes fontes, incluindo satélites e sensores de solo, pra criar uma imagem clara do que estava acontecendo. Usaram várias técnicas pra processar os dados, filtrando ruídos e distrações.

Eles até usaram algo chamado aprendizado de máquina, que pode parecer coisa de filme de ficção científica, mas é só uma forma inteligente de analisar dados usando computadores. Isso ajudou eles a fazer sentido das medições que coletaram.

Eliminando Outras Causas

Mesmo com as evidências apontando pros seiches, os cientistas precisavam garantir que nada mais estava influenciando a situação. Eles consideraram outras coisas que poderiam causar as estranhas ondulações vistas no fiorde, como marés e circulação provocada pelo vento.

Usando análises de dados avançadas, eles checaram a influência das marés e descobriram que elas não podiam ser a fonte do barulho. Eles também descartaram o impacto das flutuações de vento, que poderiam empurrar água pra lá e pra cá, mas não criariam o mesmo tipo de ondas estacionárias que estavam vendo.

O Ajuste Fino do Satélite

Um aspecto importante da missão SWOT era sua capacidade de medir a altura da superfície do oceano em uma escala muito fina. Em vez de olhar só pra baixo como os satélites tradicionais, o SWOT conseguia escanear a superfície da água de lado, obtendo uma visão mais ampla. Isso permitiu que os cientistas notassem variações no nível da água que correspondiam às previsões feitas pelos modelos deles.

Ao comparar cuidadosamente os dados sísmicos com as observações do satélite, os cientistas conseguiram estimar a amplitude inicial dos seiches com mais precisão. Eles descobriram que as ondulações observadas nos dados do satélite correspondiam bem às medições sísmicas.

A Conclusão: Um Seiche em Ação

Essa aventura científica levou a equipe a uma conclusão importante: os sinais sísmicos persistentes se originaram de seiches no Fiorde Dickson. Eles até conseguiram estimar a máxima inclinação transversal, uma medida da altura do seiche, usando dados tanto do satélite quanto dos sensores de solo.

No fim das contas, as descobertas confirmaram que o primeiro sinal sísmico estava realmente ligado às ondas gigantes causadas pelos mega-tsunamis. E aí está-um mistério resolvido com uma mistura de dados de satélite, ciência sísmica e uma boa dose de trabalho em equipe.

A Lição

Qual é a grande lição aqui? A natureza está em constante mudança, e essas mudanças podem ter efeitos dramáticos, especialmente em nossos ambientes remotos e frágeis. Compreender como esses eventos acontecem é crucial, especialmente à medida que as mudanças climáticas continuam a impactar nosso planeta.

Além disso, a importância de ferramentas como o SWOT não pode ser subestimada. Satélites assim podem nos dar insights valiosos sobre eventos extremos que seriam difíceis de medir, permitindo que os cientistas se mantenham um passo à frente das surpresas da natureza.

É uma história maluca e cativante, cheia de reviravoltas. Quem diria que um simples sinal sísmico poderia levar a tanta empolgação e descoberta? Pra aqueles de nós que não estão diretamente envolvidos nessas aventuras científicas, é um lembrete de quão grande e cheia de mistérios ainda é a nossa mundo, esperando pra ser desvendado!

Fonte original

Título: First observations of the seiche that shook the world

Resumo: On September 16th, 2023, an anomalous 10.88 mHz seismic signal was observed globally, persisting for 9 days. One month later an identical signal appeared, lasting for another week. Several studies have theorized that these signals were produced by seiches which formed after two landslide generated mega-tsunamis in an East-Greenland fjord. This theory is supported by seismic inversions, and analytical and numerical modeling, but no direct observations have been made -- until now. Using data from the new Surface Water Ocean Topography mission, we present the first observations of this phenomenon. By ruling out other oceanographic processes, we validate the seiche theory of previous authors and independently estimate its initial amplitude at 7.9 m using Bayesian machine learning and seismic data. This study demonstrates the value of satellite altimetry for studying extreme events, while also highlighting the need for specialized methods to address the altimetric data's limitations, namely temporal sparsity. These data and approaches will help in understanding future unseen extremes driven by climate change.

Autores: Thomas Monahan, Tianning Tang, Stephen Roberts, Thomas A. A. Adcock

Última atualização: 2024-11-04 00:00:00

Idioma: English

Fonte URL: https://arxiv.org/abs/2411.02469

Fonte PDF: https://arxiv.org/pdf/2411.02469

Licença: https://creativecommons.org/licenses/by/4.0/

Alterações: Este resumo foi elaborado com a assistência da AI e pode conter imprecisões. Para obter informações exactas, consulte os documentos originais ligados aqui.

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