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Problemas de Gramática na Esquizofrenia: Uma Revisão

Analisando as dificuldades de linguagem relacionadas à gramática em pessoas com esquizofrenia.

LENA PALANIYAPPAN, D. Elleuch, Y. Chen, Q. Luo

― 7 min ler


Questões de gramática na Questões de gramática na esquizofrenia ligadas à gramática na esquizofrenia. Estudando as dificuldades de linguagem
Índice

A linguagem é essencial pra comunicação e pensamento. Quando alguém tem um transtorno mental como a esquizofrenia, a habilidade de usar a linguagem pode ser afetada. Isso pode causar dificuldades em expressar pensamentos e entender conversas. Os pesquisadores tão interessados em descobrir se esses problemas de linguagem são devido a dificuldades na estrutura da linguagem, especialmente na gramática.

Vários estudos investigaram como pessoas com esquizofrenia produzem e entendem a linguagem. No entanto, as informações disponíveis são muitas vezes dispersas e confusas. Um problema comum entre pessoas com esquizofrenia é a fala desorganizada, que dificulta a comunicação efetiva. Essa desorganização pode vir de problemas com a gramática. Por exemplo, se a pessoa tem dificuldade com gramática, pode acabar criando frases que não fazem sentido ou não entender quem tá fazendo o quê numa conversa. Esses problemas de linguagem também podem se relacionar com outros sintomas da esquizofrenia, como pensamentos paranoides.

Pra ter uma visão mais clara do papel da gramática na esquizofrenia, os pesquisadores decidiram revisar estudos existentes sobre como pessoas com esse transtorno produzem e compreendem a linguagem. Essa revisão visa analisar a extensão das dificuldades gramaticais tanto na fala quanto na Compreensão da linguagem entre os diagnosticados com esquizofrenia.

O Papel da Gramática na Linguagem

Produzir e entender significado através da linguagem envolve mais do que apenas palavras individuais. A gramática tem um papel crítico em conectar essas palavras de forma significativa. Quando a gramática falha, pode levar a mal-entendidos e problemas na comunicação. Portanto, os pesquisadores argumentam que problemas gramaticais podem ser centrais nas dificuldades de linguagem vistas em indivíduos com esquizofrenia.

Revisões recentes sugerem que as questões gramaticais são cruciais pra entender as dificuldades de linguagem que as pessoas com esquizofrenia enfrentam. Alguns estudos apontaram especificamente que problemas em entender gramática podem contribuir pras lutas na comunicação que pessoas com esquizofrenia encontram. No entanto, ainda falta uma revisão quantitativa completa que demonstre a extensão geral desses problemas gramaticais na esquizofrenia.

Importância de Avaliar a Comprometimento Gramatical

Medir quanto a gramática é afetada na esquizofrenia é vital por duas razões principais. Primeiro, pode ajudar os profissionais de saúde a usar padrões de linguagem na fala pra prever resultados importantes nos pacientes, como o surgimento da doença ou possíveis recaídas. Embora muitos estudos tenham tentado isso, um desafio significativo é a falta de critérios focados na seleção das características linguísticas mais relevantes pra fazer previsões. Essa falta de consistência leva à confusão e dificulta a produção de resultados confiáveis.

Segundo, entender os déficits de comunicação na esquizofrenia é essencial porque a interação social efetiva é necessária pra recuperação. À medida que mais programas de tratamento focados em melhorar a comunicação são desenvolvidos, identificar os problemas gramaticais específicos mais afetados nos pacientes pode ajudar a direcionar melhor esses tratamentos. Pesquisas sugerem que pessoas com diferentes graus de comprometimento gramatical podem se beneficiar de estratégias de tratamento personalizadas.

O objetivo principal dessa revisão é resumir quanto de comprometimento gramatical existe em pessoas com esquizofrenia. Os pesquisadores vão analisar vários aspectos, como entender e produzir frases, identificar erros e a complexidade do uso da linguagem. Eles também esperam encontrar a relação entre os problemas de linguagem e a gravidade dos sintomas na esquizofrenia.

Estratégias de Busca e Seleção de Estudos

Pra reunir estudos relevantes, os pesquisadores montaram uma estratégia e critérios estruturados. Eles buscaram em vários bancos de dados médicos publicações até uma data específica, procurando por estudos que incluíssem adultos diagnosticados com esquizofrenia e um grupo controle de indivíduos saudáveis. Eles focaram em estudos que avaliaram a produção e compreensão da fala, concentrando-se na gramática em relação à esquizofrenia.

Só foram incluídos estudos que forneceram medidas quantitativas claras de ambos os grupos. Aqueles que se concentraram em indivíduos com menos de 18 anos ou que não tinham um grupo controle saudável foram deixados de fora. Estudos que tinham amostras de fala limitadas ou editadas ou que examinavam a linguagem em contextos não realistas também foram excluídos, garantindo que a revisão se concentrasse na fala natural.

Coleta de Dados e Avaliação de Qualidade

Ao coletar dados, os pesquisadores anotaram detalhes chave de cada estudo, incluindo tamanho da amostra, idade dos participantes, distribuição de gênero e a gravidade dos sintomas usando medidas padronizadas. Eles garantiram que os dados coletados fossem consistentes entre todos os estudos incluídos na revisão.

Pra avaliar a qualidade dos estudos, os pesquisadores usaram um sistema de pontuação modificado focando em quão bem os estudos definiram seus casos, selecionaram grupos controle e relataram suas descobertas. Cada estudo foi avaliado independentemente por dois pesquisadores pra garantir a confiabilidade.

Analisando os Dados

Análises estatísticas foram realizadas pra calcular o tamanho do efeito dos déficits de linguagem entre aqueles com esquizofrenia. Ao agrupar resultados de vários estudos, os pesquisadores puderam avaliar os comprometimentos gramaticais gerais na população de pacientes em comparação com indivíduos saudáveis.

A análise mostrou evidências fortes de déficits de linguagem em pessoas com esquizofrenia em várias áreas, incluindo compreensão da gramática, detecção de erros e a complexidade da fala. Os resultados indicaram que indivíduos com esquizofrenia costumam ter mais dificuldade em entender frases complexas, muitas vezes ignorando erros gramaticais e produzindo respostas mais curtas e menos complexas.

Além disso, a variabilidade nas habilidades gramaticais entre os pacientes foi encontrada como sendo maior do que nos grupos controle. Isso sugere que pode haver subgrupos distintos de pacientes que experienciam diferentes níveis de comprometimento gramatical.

Resumo dos Achados

A revisão concluiu que os comprometimentos gramaticais são um aspecto fundamental das dificuldades de linguagem enfrentadas por indivíduos com esquizofrenia. Os pacientes costumam ter problemas pra produzir uma fala coerente e entender frases complexas, indicando um problema significativo no uso da gramática.

Apesar dos achados promissores, os pesquisadores notam que a maioria dos estudos incluídos tinha tamanhos de amostra relativamente pequenos, o que pode limitar a robustez dos resultados. Além disso, a diversidade em como os estudos definiram e mediram as dificuldades relacionadas à gramática levou a uma variabilidade nos achados.

Implicações pra Pesquisas Futuras e Tratamento

Os comprometimentos gramaticais observados na esquizofrenia enfatizam a necessidade de intervenções direcionadas que abordem as dificuldades de linguagem. Como a comunicação desempenha um papel crítico na vida diária, melhorar as habilidades linguísticas pode impactar positivamente as interações sociais e a recuperação geral.

Estudos futuros devem focar em identificar déficits de linguagem específicos nos pacientes pra desenvolver terapias de comunicação mais eficazes. Entender os aspectos neurais e sociais do comprometimento da linguagem na esquizofrenia também continua sendo uma área importante pra pesquisas contínuas.

Dada a evidência de problemas gramaticais na esquizofrenia, é crucial adaptar as estratégias de comunicação em ambientes terapêuticos. Essa conscientização pode ajudar clínicos e cuidadores a responder de forma mais efetiva aos desafios únicos enfrentados por indivíduos com esquizofrenia, apoiando, assim, melhores resultados no tratamento e na recuperação.

Fonte original

Título: Syntax and Schizophrenia: A meta-analysis of comprehension and production

Resumo: BackgroundPeople with schizophrenia exhibit notable difficulties in the use of everyday language. This directly impacts ones ability to complete education and secure employment. An impairment in the ability to understand and generate the correct grammatical structures (syntax) has been suggested as a key contributor; but studies have been underpowered, often with conflicting findings. It is also unclear if syntactic deficits are restricted to a subgroup of patients, or generalized across the broad spectrum of patients irrespective of symptom profiles, age, sex, and illness severity. MethodsWe conducted a systematic review and meta-analysis, registered on OSF, adhering to PRISMA guidelines, searching multiple databases up to May 1, 2024. We extracted effect sizes (Cohens d) and variance differences (log coefficient of variation ratio) across 6 domains: 2 in comprehension (understanding complex syntax, detection of syntactic errors) and 4 in production (global complexity, phrasal/clausal complexity, utterance length, and integrity) in patient-control comparisons. Study quality/bias was assessed using a modified Newcastle-Ottawa Scale. Bayesian meta-analysis was used to estimate domain-specific effects and variance differences. We tested for potential moderators with sufficient data (age, sex, study quality, language spoken) using conventional meta-regression to estimate the sources of heterogeneity between studies. FindingsOverall, 45 studies (n=2960 unique participants, 64{middle dot}4% English, 79 case-control contrasts, weighted mean age(sd)=32{middle dot}3(5{middle dot}6)) were included. Of the patient samples, only 29{middle dot}2% were women. Bayesian meta-analysis revealed extreme evidence for all syntactic domains to be affected in schizophrenia with a large-sized effect (model-averaged d=0{middle dot}65 to 1{middle dot}01, with overall random effects d=0{middle dot}86, 95% CrI [0{middle dot}67-1{middle dot}03]). Syntactic comprehension was the most affected domain. There was notable heterogeneity between studies in global complexity (moderated by the age), production integrity (moderated by study quality), and production length. Robust BMA revealed weak evidence for publication bias. Patients had a small-to-medium-sized excess of inter-individual variability than healthy controls in understanding complex syntax, and in producing long utterances and complex phrases (overall random effects lnCVR=0{middle dot}21, 95% CrI [0{middle dot}07-0{middle dot}36]), hinting at the possible presence of subgroups with diverging syntactic performance. InterpretationThere is robust evidence for the presence of grammatical impairment in comprehension and production in schizophrenia. This knowledge will improve the measurement of communication disturbances in schizophrenia and aid in developing distinct interventions focussed on syntax - a rule-based feature that is potentially amenable to cognitive, educational, and linguistic interventions. Research in ContextO_ST_ABSEvidence before this studyC_ST_ABSPrior studies have documented significant language deficits among individuals with psychosis across multiple levels. However, syntactic divergence--those affecting sentence structure and grammar--have not been consistently quantified or systematically reviewed. An initial review of the literature indicated that the specific nature and severity of syntactic divergence, as well as their impact on narrative speech production, symptom burden, and daily functioning, remain poorly defined. We conducted a comprehensive search of the literature up to May 1, 2024, using databases such as PubMed, PsycINFO, Scopus, Google Scholar, and Web of Science. Our search terms combined psychosis, schizophrenia, language production, comprehension, syntax, and grammar, and we identified a scarcity of meta-analytic studies focusing specifically on syntactic comprehension and production divergence in psychosis. Added value of this studyThis systematic review and meta-analysis is the first to quantitatively assess syntactic comprehension and production divergence in individuals with psychosis. This study provides estimated effect sizes associated with syntactic impairments as well as a quantification of the variance within patient groups for each domain of impairment. Besides a detailed examination of this under-researched domain, we also identify critical research gaps that need to be addressed to derive benefits for patients from knowledge generated in this domain. Implications of all the available evidenceThis study provides robust evidence of grammatical impairments in individuals with schizophrenia, particularly in syntactic comprehension and production. These findings can enhance early detection approaches via speech/text readouts and lead to the development of targeted cognitive, educational, and linguistic interventions. By highlighting the variability in linguistic deficits, the study offers valuable insights for future therapeutic trials. It also supports the creation of personalized formats of information and educational plans aimed at improving the effectiveness of any therapeutic intervention offered to patients with schizophrenia via verbal medium.

Autores: LENA PALANIYAPPAN, D. Elleuch, Y. Chen, Q. Luo

Última atualização: 2024-10-27 00:00:00

Idioma: English

Fonte URL: https://www.medrxiv.org/content/10.1101/2024.10.26.24316171

Fonte PDF: https://www.medrxiv.org/content/10.1101/2024.10.26.24316171.full.pdf

Licença: https://creativecommons.org/licenses/by/4.0/

Alterações: Este resumo foi elaborado com a assistência da AI e pode conter imprecisões. Para obter informações exactas, consulte os documentos originais ligados aqui.

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