Combatendo a Resistência Antimicrobiana com Novas Tecnologias
Novos métodos melhoram nossa luta contra bactérias resistentes a medicamentos.
Julian A. Paganini, Jesse J. Kerkvliet, Gijs Teunis, Oscar Jordan, Nienke L. Plantinga, Rodrigo Meneses, Rob J.L. Willems, Sergio Arredondo-Alonso, Anita C. Schürch
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Índice
- O Que São Plasmídeos e Seu Papel na RAM?
- O Papel do Sequenciamento de Próxima Geração
- Apresentando um Novo Método: gplasCC
- Criando o Modelo PlasmidCC
- Melhorando a Reconstrução com gplasCC
- Checando as Ferramentas
- Entendendo os Resultados
- O Panorama Geral
- Um Chamado à Ação
- Fonte original
- Ligações de referência
A resistência antimicrobiana (RAM) é um grande problema de saúde no mundo todo. Em termos simples, significa que os germes que causam infecções estão ficando resistentes aos remédios que usamos pra eliminá-los. Um número chocante de pessoas, cerca de 1,27 milhão, perdeu a vida por causa de infecções causadas por bactérias que ficaram resistentes ao tratamento em apenas um ano - 2019. Esse número, infelizmente, continua crescendo à medida que mais germes aprendem a resistir aos medicamentos.
Nos últimos anos, mesmo com os cientistas se empenhando, só alguns remédios novos pra enfrentar essas bactérias resistentes foram aprovados. Esses novos antibióticos são indicados apenas pra situações específicas, o que dificulta o tratamento de todo mundo que precisa de ajuda. Os pesquisadores estão tentando métodos alternativos pra lidar com essas infecções, mas esses métodos ainda não são amplamente usados nos hospitais. Parece que vai demorar um tempo até que novos tratamentos possam se tornar normais. A melhor forma de evitar uma crise maior de RAM é impedir a propagação das bactérias resistentes.
Plasmídeos e Seu Papel na RAM?
O Que SãoA propagação da RAM não é simples. Envolve muitos fatores, mas um player importante são os plasmídeos. Pense nos plasmídeos como pequenos pedaços de DNA que conseguem se mover facilmente entre as bactérias. Esses plasmídeos costumam carregar os genes que tornam as bactérias resistentes aos antibióticos, e podem ser compartilhados entre diferentes tipos de bactérias de várias formas.
Plasmídeos são como os "intrusos" do mundo das bactérias - misturando-se e interagindo entre diferentes espécies, às vezes causando surtos em hospitais. Por causa do papel significativo que desempenham na propagação da resistência, conseguir identificar e rastrear plasmídeos se tornou crucial. Precisamos entender quão diversos os plasmídeos são e como eles evoluem, algo que se tornou urgente.
Sequenciamento de Próxima Geração
O Papel doPra estudar essas bactérias e seus plasmídeos melhor, os cientistas usam a tecnologia de sequenciamento de próxima geração (NGS). Isso é só um jeito chique de dizer que os pesquisadores conseguem ler o DNA das bactérias em larga escala. No entanto, a maioria dos cientistas ainda depende de um método chamado sequenciamento de curto alcance da Illumina, mesmo com tecnologias mais novas que permitem sequenciar genomas bacterianos completos.
Até o final de 2023, um grande banco de dados chamado Sequence Read Archive (SRA) tinha mais de 2,3 milhões de sequências de DNA bacteriano, e cerca de 97,8% delas foram criadas usando a tecnologia de curto alcance da Illumina. Mas, tem um detalhe! Os plasmídeos costumam ter elementos repetidos que dificultam montar eles corretamente usando apenas os dados de curto alcance. Então, os pesquisadores precisam de ferramentas especiais pra ajudar a reconstruir esses plasmídeos.
Apresentando um Novo Método: gplasCC
Recentemente, um novo método chamado gplasCC foi desenvolvido pra juntar as peças desses plasmídeos. Essa ferramenta ajuda a identificar quais partes vêm de plasmídeos e quais vêm de cromossomos, a principal estrutura de DNA nas bactérias. Ela usa algo conhecido como plasmidEC, que é um classificador que organiza os nós em um gráfico de montagem. Depois da classificação inicial, gplasCC agrupa esses nós em grupos individuais de plasmídeos com base em como eles se conectam entre si e sua cobertura de sequência.
Esse método já provou ser melhor do que uma ferramenta popular existente chamada MOB-suite, especialmente na hora de reconstruir plasmídeos que têm genes de Resistência a Antibióticos. O objetivo desse novo estudo é melhorar como classificamos e reconstruímos plasmídeos em muitos tipos diferentes de bactérias usando dados de curto alcance.
Criando o Modelo PlasmidCC
Pra melhorar a classificação de plasmídeos, uma nova ferramenta chamada plasmidCC foi criada. Essa ferramenta usa um tipo de banco de dados chamado Centrifuge, feito especialmente pra classificar sequências de plasmídeos. Os pesquisadores criaram bancos de dados específicos para sete bactérias comuns que costumam ser vistas em infecções humanas.
Além disso, eles criaram um banco de dados geral que inclui espécies menos conhecidas. Essa foi uma jogada inteligente, já que permite identificar plasmídeos em uma gama mais ampla de bactérias.
Melhorando a Reconstrução com gplasCC
Eles não apenas construíram um classificador, mas também melhoraram o processo de montagem de plasmídeos com gplasCC. Isso unificou as etapas de classificação e reconstrução em uma operação mais fluida. Nessa versão atualizada, sequências repetidas agora são atribuídas aos seus grupos corretos de plasmídeos. Isso significa que a ferramenta pode lidar melhor com situações onde segmentos de DNA se repetem, o que frequentemente causa problemas pra muitas ferramentas existentes.
Ao aplicar gplasCC aos resultados do plasmidCC, os pesquisadores conseguiram juntar plasmídeos individuais de várias bactérias. Eles queriam ver como gplasCC se comparava a outras ferramentas conhecidas, como MOB-suite e plasmidSPAdes.
Checando as Ferramentas
Pra garantir que gplasCC e plasmidCC funcionavam bem, os pesquisadores montaram um estudo de benchmarking usando um grande conjunto de dados de amostras de bactérias. Eles reuniram diferentes genomas e suas leituras curtas de bancos de dados existentes pra ver como suas ferramentas se saíram em comparação com outras.
Eles examinaram quão bem as ferramentas podiam classificar e reconstruir plasmídeos, usando uma grande variedade de cepas, o que adicionou complexidade aos testes. Fazendo isso, eles puderam medir a precisão de cada ferramenta e como efetivamente lidaram com os dados.
Entendendo os Resultados
Ao avaliar o desempenho, gplasCC se destacou em muitas áreas em comparação com seus concorrentes. Ele alcançou altas pontuações em precisão, completude e na capacidade de categorizar corretamente plasmídeos.
Curiosamente, descobriram que gplasCC conseguia detectar plasmídeos pequenos ainda melhor do que outras ferramentas. Isso não é pouca coisa, já que plasmídeos pequenos podem ser bem furtivos!
Como em qualquer empreitada científica, houve desafios. Algumas bactérias têm sistemas plasmidiais bem complexos que podem dificultar a reconstrução. Mas, ao melhorar a tecnologia e as ideias em torno da pesquisa de plasmídeos, gplasCC está abrindo caminho pra ferramentas melhores que enfrentem esses problemas.
O Panorama Geral
RAM é uma ameaça séria, e entender como ela se espalha é crucial não só pra nossa saúde, mas pro futuro da medicina. À medida que as bactérias evoluem e se adaptam, as ferramentas que os cientistas usam pra estudá-las também precisam evoluir.
Ao desenvolver e refinar métodos como gplasCC e plasmidCC, os pesquisadores estão dando passos significativos pra gerenciar a RAM de forma mais eficaz. Eles não estão apenas juntando plasmídeos; eles também estão montando um futuro melhor pra saúde.
Um Chamado à Ação
Com a RAM em alta, prevenir a propagação de bactérias resistentes é responsabilidade de todos. Seja você na área da saúde, um pesquisador ou apenas alguém que se preocupa com a saúde, ficar informado e apoiar a pesquisa é vital.
O estudo dos plasmídeos e seu papel na RAM é uma jornada - uma que vai exigir colaboração global, financiamento e apoio público. Juntos, podemos enfrentar esses desafios e trabalhar pra um mundo onde infecções não superem nossos medicamentos. É hora de arregaçar as mangas e trabalhar!
Título: gplasCC: classification and reconstruction of plasmids from short-read sequencing data for any bacterial species
Resumo: Plasmids play a pivotal role in the spread of antibiotic resistance genes. Accurately reconstructing plasmids often requires long-read sequencing, but bacterial genomic data in publicly accessible repositories has historically been derived from short-read sequencing technology. We recently presented an approach for reconstructing Escherichia coli antimicrobial resistance plasmids using Illumina short reads. This method consisted of combining a robust binary classification tool named plasmidEC with gplas2, which is a tool that makes use of features of the assembly graph to bin predicted plasmid contigs into individual plasmids. Here, we developed gplasCC, a plasmidEC-simplification, capable of classifying plasmid contigs using Centrifuge databases. We have developed seven plasmidCC databases in addition to the database for E. coli: six species-specific models (Acinetobacter baumannii, Enterococcus faecium, Enterococcus faecalis, Klebsiella pneumoniae, Staphylococcus aureus and Salmonella enterica) and one species-independent model for less frequently studied bacterial species. We combined these models with gplas2 (now, gplasCC) to reconstruct plasmids from more than 100 bacterial species. This approach allows comprehensive analysis of the wealth of bacterial short-read sequencing data available in public repositories and advance our understanding of microbial plasmids.
Autores: Julian A. Paganini, Jesse J. Kerkvliet, Gijs Teunis, Oscar Jordan, Nienke L. Plantinga, Rodrigo Meneses, Rob J.L. Willems, Sergio Arredondo-Alonso, Anita C. Schürch
Última atualização: 2024-12-03 00:00:00
Idioma: English
Fonte URL: https://www.biorxiv.org/content/10.1101/2024.11.28.625923
Fonte PDF: https://www.biorxiv.org/content/10.1101/2024.11.28.625923.full.pdf
Licença: https://creativecommons.org/licenses/by-nc/4.0/
Alterações: Este resumo foi elaborado com a assistência da AI e pode conter imprecisões. Para obter informações exactas, consulte os documentos originais ligados aqui.
Obrigado ao biorxiv pela utilização da sua interoperabilidade de acesso aberto.
Ligações de referência
- https://github.com/kblin/ncbi-genome-download
- https://github.com/ncbi/sra-tools
- https://github.com/FelixKrueger/TrimGalore
- https://github.com/tseemann/abricate
- https://gitlab.com/mmb-umcu/gplascc
- https://gitlab.com/mmb-umcu/plasmidCC
- https://gitlab.com/jpaganini/gplascc_benchmark
- https://zenodo.org/record/7194565/files/K_pneumoniae_plasmid_db.tar.gz
- https://zenodo.org/record/7133407/files/S_enterica_plasmid_db.tar.gz
- https://zenodo.org/record/7133406/files/S_aureus_plasmid_db.tar.gz
- https://zenodo.org/record/7326823/files/A_baumannii_plasmid_db.tar.gz
- https://zenodo.org/records/10471306/files/E_faecalis_centrifuge_db.tar.gz
- https://zenodo.org/records/10472051/files/E_faecium_centrifuge_db.tar.gz
- https://zenodo.org/record/7431957/files/general_plasmid_db.tar.gz