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# Ciências da saúde # Neurologia

Estresse Durante a Gravidez Afeta o Desenvolvimento do Cérebro do Bebê

O estresse na gravidez afeta a amígdala, impactando a saúde emocional das crianças.

Kadi Vaher, Samuel R Neal, Manuel Blesa Cábez, Lorena Jiménez-Sánchez, Amy Corrigan, David Q Stoye, Helen L Turner, Rebekah Smikle, Hilary Cruickshank, Magda Rudnicka, Mark E Bastin, Michael J Thrippleton, Rebecca M Reynolds, James P Boardman

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Quando uma mulher tá grávida, vários fatores podem influenciar o Desenvolvimento do bebê. Um desses fatores é o estresse. Se uma mulher grávida sente estresse, isso pode afetar o desenvolvimento cerebral do bebê, trazendo vários desafios no futuro. Pesquisas mostram que crianças cujas mães tiveram muito estresse durante a gravidez podem ter ansiedade, depressão e até características relacionadas ao Autismo ou TDAH (transtorno do déficit de atenção com hiperatividade).

Entender como o estresse afeta o desenvolvimento do cérebro pode ajudar a encontrar maneiras melhores de dar apoio às mulheres grávidas e aos seus filhos. Então, vamos dar uma olhada mais de perto no que acontece no cérebro quando o estresse tá presente, especialmente em uma parte do cérebro chamada Amígdala, que tem formato de amêndoa.

O que é a Amígdala?

A amígdala é super importante pra processar emoções e informações sociais. Ela ajuda a gente a entender sentimentos como medo, felicidade e tristeza. A amígdala começa a se desenvolver cedo na gravidez e continua a crescer até a adolescência. Durante esse período, ela é especialmente sensível a influências, incluindo o estresse.

Quando a mãe tá estressada, o corpo dela produz um hormônio chamado Cortisol. Esse hormônio é crucial na forma como o corpo responde ao estresse. No entanto, níveis altos de cortisol durante a gravidez podem ser preocupantes. Pesquisas descobriram que altos níveis de estresse em mães grávidas, medidos pelo cortisol, podem levar a mudanças na estrutura e função da amígdala nos bebês.

A Conexão Entre Estresse e Desenvolvimento Cerebral

Estudos com tecnologia de imagem mostraram que bebês expostos a estresse pré-natal têm diferenças na estrutura do cérebro. A amígdala, em particular, mostra mudanças que podem estar ligadas ao comportamento da criança no futuro. Por exemplo, crianças expostas a alto estresse pré-natal podem apresentar características relacionadas ao autismo, ansiedade e outros problemas psicológicos.

A maioria dos estudos sobre esse assunto analisou grupos pequenos de bebês, deixando lacunas no nosso entendimento. Especialmente preocupantes são os que nasceram muito Prematuros, já que esses bebês frequentemente enfrentam desafios adicionais. É crucial explorar como o estresse pré-natal afeta a estrutura da amígdala e seu potencial impacto no desenvolvimento da criança.

Objetivos da Pesquisa

Pra preencher essas lacunas de conhecimento, um estudo analisou bebês nascidos muito prematuros e bebês nascidos a termo. O objetivo era descobrir como as variações na estrutura da amígdala se relacionam aos resultados de desenvolvimento quando essas crianças completam dois anos de idade.

Visão Geral dos Métodos

Recrutamento de Participantes

Bebês nascidos muito prematuros (definidos como nascidos com 32 semanas de gestação ou menos) e aqueles nascidos a termo foram recrutados para o estudo. A pesquisa foi realizada de forma ética, com os pais dando seu consentimento informado. Bebês com certas condições médicas foram excluídos pra garantir uma amostra representativa.

Coleta de Dados

Os dados foram coletados através de questionários preenchidos pelos pais e em registros médicos. Os bebês passaram por exames de cérebro usando equipamentos de imagem de alta tecnologia enquanto dormiam tranquilamente. Esse método não invasivo permite que os pesquisadores visualizem o cérebro sem causar desconforto ao bebê.

Análise das Imagens Cerebrais

As imagens do cérebro foram processadas pra coletar informações sobre a amígdala e suas conexões com outras partes do cérebro. Duas técnicas principais utilizadas foram a Imagem de Tensor de Difusão (DTI) e a Imagem de Dispensão e Densidade de Neuritos (NODDI), que ajudaram a medir várias características da amígdala.

Avaliando os Resultados do Desenvolvimento

Aos dois anos de idade, os bebês foram avaliados quanto ao seu status neurodesenvolvimental. Os pais preencheram vários questionários pra medir diferentes áreas do desenvolvimento, como temperamento e função executiva. Essas avaliações ajudam a pintar um quadro mais amplo de como a exposição ao estresse no útero pode influenciar o futuro da criança.

Principais Descobertas

Amígdala e Características de Autismo

O estudo descobriu que certos aspectos da estrutura da amígdala estavam ligados a traços autistas em crianças pequenas. Por exemplo, pontuações mais altas em uma lista de verificação que mede traços de autismo estavam associadas a níveis mais baixos de uma característica cerebral específica conhecida como Difusividade Média (MD) e níveis mais altos do Índice de Densidade de Neuritos (NDI) na amígdala. Além disso, conexões mais fortes entre a amígdala e uma área do cérebro chamada putâmen também estavam relacionadas positivamente a esses traços autistas.

Diferenças Entre Bebês Prematuros e Nascidos a Termo

Curiosamente, a associação entre a amígdala e os traços autistas variou entre bebês prematuros e os nascidos a termo. Nos bebês a termo, melhores conexões estavam ligadas a uma maior probabilidade de mostrar traços autistas. No entanto, nos bebês prematuros, o oposto era verdade, sugerindo que os efeitos do estresse pré-natal podem variar dependendo do tempo de nascimento.

Outras Áreas de Desenvolvimento

Enquanto a amígdala mostrou conexões significativas com traços autistas, não foram encontradas ligações fortes com temperamento ou função executiva geral. Isso sugere que o papel da amígdala pode ser mais específico para certos resultados de desenvolvimento, em vez de medidas amplas do desenvolvimento infantil.

O Papel do Estresse Materno

O estudo também explorou como os níveis de estresse da mãe durante a gravidez (medidos pelo cortisol) estavam relacionados aos resultados da criança. Surpreendentemente, não havia uma correlação direta entre os níveis de cortisol materno e os traços autistas em toda a amostra. No entanto, curiosamente, parecia que a relação entre o estresse materno e os traços da criança poderia variar de acordo com o sexo da criança.

O Impacto de Fatores Socioeconômicos

O estudo observou que a maioria das mães na amostra tinha um alto nível de escolaridade, sugerindo que o status socioeconômico também poderia desempenhar um papel no desenvolvimento infantil. Enquanto a educação foi considerada na análise, mais estudos são necessários pra entender o impacto de diferentes contextos nas conclusões.

Limitações e Direções Futuras

As descobertas do estudo trazem insights valiosos, mas têm limitações. O tamanho da amostra, embora razoável, ainda era pequeno, o que pode afetar a generalização dos resultados. Além disso, a dependência de dados relatados pelos pais pode introduzir viés. Pesquisas futuras poderiam explorar populações e metodologias mais diversas pra fortalecer as conclusões.

Conclusão

Em resumo, essa pesquisa destaca o impacto significativo que o estresse pré-natal tem no cérebro em desenvolvimento, especialmente na amígdala. Mudanças na estrutura e conectividade da amígdala estão associadas à frequência de traços autistas em crianças pequenas. Importante ressaltar que a relação entre a amígdala e o desenvolvimento varia de acordo com fatores como a idade gestacional ao nascer e, possivelmente, até mesmo o sexo da criança.

As descobertas ressaltam a necessidade de continuar apoiando mulheres grávidas pra reduzir o estresse, o que, por sua vez, pode ajudar seus filhos a desenvolverem habilidades emocionais e sociais mais saudáveis. Com mais pesquisas, podemos entender melhor como o cérebro se desenvolve em resposta às experiências pré-natais e como podemos apoiar crianças e famílias de forma eficaz.

Então, é seguro dizer: enquanto o estresse durante a gravidez é difícil de lidar, também é essencial monitorar, já que molda a próxima geração. E quem não gostaria de ajudar a tornar o mundo um pouco menos estressante tanto pra mães quanto pra seus pequenos?

Fonte original

Título: Neonatal amygdala microstructure and structural connectivity are associated with autistic traits at 2 years of age

Resumo: BackgroundPrenatal exposure to maternal stress is linked to behavioural and neurodevelopmental disorders in childhood. Maternal hair cortisol concentration in pregnancy associates with neonatal amygdala microstructure and structural connectivity ascertained from MRI, suggesting that amygdala development is sensitive to the impact of antenatal stress via hypothalamic-pituitary-adrenal axis. Here, we investigate whether amygdala microstructure and/or connectivity associate with neurodevelopment at 2 years of age. Methods174 participants (105 very preterm) underwent brain MRI at term-equivalent age and assessment of neurodevelopment, autistic traits, temperament, and executive function at 2 years corrected age. We calculated diffusion tensor imaging and neurite orientation dispersion and density imaging metrics for left and right amygdalae. Structural connectivity was measured by mean fractional anisotropy from the amygdalae to 6 ipsilateral regions of interest (insula, putamen, thalamus, inferior temporal gyrus, medial orbitofrontal cortex, rostral anterior cingulate cortex). We used linear regression to model amygdala-outcome associations, adjusting for gestational age at birth and at scan, sex, maternal education, and maternal postnatal depression score. Network-based statistics (NBS) was used for a whole-brain analysis. ResultsAfter adjusting for multiple comparisons, lower amygdala mean diffusivity bilaterally (left: {beta}=-0.32, p=0.026, right: {beta}=-0.38, p=0.012), higher left amygdala neurite density index ({beta}=0.35, p=0.026), and increased left amygdala-putamen connectivity ({beta}=0.31, p=0.026) associated with higher autistic traits. NBS revealed amygdala-involving networks associated with cognition and surgency temperament trait among preterm infants. Other neurodevelopmental outcomes did not significantly associate with amygdala imaging features. ConclusionsMicrostructural variation in the neonatal amygdala may be important in the development of autistic traits.

Autores: Kadi Vaher, Samuel R Neal, Manuel Blesa Cábez, Lorena Jiménez-Sánchez, Amy Corrigan, David Q Stoye, Helen L Turner, Rebekah Smikle, Hilary Cruickshank, Magda Rudnicka, Mark E Bastin, Michael J Thrippleton, Rebecca M Reynolds, James P Boardman

Última atualização: Dec 1, 2024

Idioma: English

Fonte URL: https://www.medrxiv.org/content/10.1101/2024.11.29.24318196

Fonte PDF: https://www.medrxiv.org/content/10.1101/2024.11.29.24318196.full.pdf

Licença: https://creativecommons.org/licenses/by-nc/4.0/

Alterações: Este resumo foi elaborado com a assistência da AI e pode conter imprecisões. Para obter informações exactas, consulte os documentos originais ligados aqui.

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