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# Ciências da saúde # Pediatria

Nova Esperança para Tratar Bronquiolite em Bebês

Pesquisas investigam tratamento combinado para bronquiolite pra reduzir internações.

Amy C. Plint, Anna Heath, Tremaine Rowe, Kristina I. Vogel, Natasha Wills-Ibarra, Sharon O’Brien, Meredith L. Borland, David W. Johnson, Joseph J. Zorc, Petros Pechlivanoglou, Suzanne Schuh, Medhawani Rao, Megan Bonisch, Simon S. Craig, Serge Gouin, Amit Kochar, Graham C. Thompson, Chris Lash, Andrew Dixon, Scott Sawyer, Gary Joubert, Ed Oakley, Martin Offringa, Terry P. Klassen, Stuart R. Dalziel

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Esperança para o Esperança para o Tratamento da Bronquiolite para melhorar o cuidado de bebês. Novo estudo testa terapia combinada
Índice

Bronquiolite é uma doença respiratória comum que afeta principalmente Bebês, especialmente os com menos de um ano. Geralmente é causada por uma infecção viral, sendo o vírus sincicial respiratório (VSR) o principal responsável. A condição pode causar inflamação e inchaço das pequenas vias aéreas nos pulmões, resultando em sintomas como chiado, tosse e dificuldade para respirar.

Todo ano, a bronquiolite causa um número significativo de Internações hospitalares na América do Norte. Só nos Estados Unidos, cerca de 100.000 bebês são hospitalizados anualmente por causa dessa condição, o que custa ao sistema de saúde impressionantes US$ 1,73 bilhões. No Canadá, os números também são preocupantes, com 35 de cada 1.000 bebês internados, o que se traduz em mais de US$ 23 milhões em despesas de saúde a cada ano. Apesar de os médicos se esforçarem para tratar a doença e reduzir as visitas ao hospital, as taxas de internação continuam altas a cada temporada de bronquiolite.

Entendendo o Impacto da Bronquiolite

As altas taxas de internação por bronquiolite mostram a seriedade da doença. Os pais naturalmente ficam preocupados quando seus pequenos estão doentes, e a necessidade de tantos recursos de saúde destaca por que tratamentos eficazes são urgentemente necessários.

O peso da bronquiolite não recai apenas sobre o sistema de saúde; também afeta as famílias, que podem precisar faltar ao trabalho para cuidar do filho doente. A carga emocional de ver uma criança lutando para respirar é enorme, aumentando o estresse que já vem com a paternidade.

A Busca por um Tratamento Melhor

Ao longo dos anos, os pesquisadores têm investigado as melhores maneiras de tratar a bronquiolite e minimizar o tempo de internação. Dois grandes estudos forneceram insights importantes sobre como os medicamentos podem ajudar. O primeiro estudo, realizado nos Estados Unidos, testou o uso de Dexametasona oral, um corticosteroide. Infelizmente, o estudo descobriu que esse tratamento não impactou significativamente as taxas de internação.

O segundo estudo, realizado no Canadá, trouxe uma descoberta mais promissora. Embora também tenha encontrado que a dexametasona oral isolada não ajudava, revelou que o uso de dexametasona junto com Epinefrina nebulizada levou a uma redução notável dos sintomas. Na verdade, esse tratamento combinado reduziu as internações em cerca de um terço! Esse resultado inesperado gerou bastante discussão, já que nem todo mundo concordou com as conclusões.

A Necessidade de Mais Evidências

Apesar dos resultados encorajadores do estudo canadense, muitos médicos de emergência pediátrica estavam hesitantes em mudar suas práticas. A maioria preferiu ver mais pesquisas confirmando a segurança e eficácia do tratamento combinado antes de adotá-lo amplamente. Afinal, ninguém quer correr riscos desnecessários quando se trata da saúde dos bebês.

Muitos médicos também expressaram a preferência por um período de tratamento mais curto. Assim como fazem com a crupe, sugeriram que um breve curso de dexametasona poderia ser tão benéfico. O estudo canadense indicou que os benefícios da terapia combinada apareceram em poucos dias, o que alimentou essa crença.

Atualmente, as diretrizes de tratamento oficiais para a bronquiolite não recomendam o uso da combinação de epinefrina e dexametasona. A maioria dos profissionais de saúde ainda defende cuidados de suporte, como hidratação e oxigênio, como a primeira linha de defesa.

Planejando um Novo Estudo

Reconhecendo o peso que a bronquiolite exerce sobre os sistemas de saúde e as famílias, os pesquisadores acharam fundamental conduzir outro ensaio. O objetivo era determinar se a combinação de epinefrina inalável e um curto período de dexametasona poderia reduzir as internações hospitalares em comparação com os cuidados de suporte tradicionais.

Objetivos do Estudo

O foco principal do novo estudo é verificar se bebês que recebem o tratamento combinado têm menos internações devido à bronquiolite dentro de uma semana em comparação com aqueles que recebem um tratamento placebo.

Como Funciona o Estudo

Esse estudo, conhecido como BIPED, envolve múltiplos centros e é estruturado para garantir o teste adequado do tratamento proposto. Aqui estão alguns detalhes-chave:

Desenho do Estudo

O BIPED é um ensaio de Fase III, ou seja, está nas etapas finais de teste antes de uma possível aprovação para uso. Este estudo inclui doze centros e utiliza um desenho randomizado e controlado. Isso significa que os bebês serão aleatoriamente designados para o grupo de tratamento ou para o grupo placebo, garantindo resultados confiáveis.

O objetivo principal é acompanhar quantos pacientes acabam internados devido à bronquiolite em sete dias após a inclusão no estudo.

Locais

O estudo recrutará participantes de vários departamentos de emergência pediátrica em todo o Canadá, Nova Zelândia e Austrália. Esses locais estão bem equipados para lidar com grandes volumes de pacientes, permitindo uma participação diversificada.

Quem Pode Participar?

Para ser elegíveis, os bebês devem ter entre 60 dias e 12 meses e apresentar sintomas de bronquiolite, como chiado e sinais de infecção respiratória superior. No entanto, se mostrarem sintomas muito leves ou tiverem condições de saúde preexistentes que afetem os pulmões, não se qualificarão.

Grupos de Tratamento

Os bebês no estudo serão designados a um dos dois grupos:

  1. Grupo de Intervenção Ativa: Este grupo receberá uma pequena dose de dexametasona oral e epinefrina inalável. A dexametasona será administrada no departamento de emergência, seguida por dois tratamentos de epinefrina inalável – um medicamento comum para problemas respiratórios.

  2. Grupo de Controle: Este grupo receberá uma versão placebo tanto dos medicamentos orais quanto dos inaláveis. Basicamente, eles receberão um comprimido de açúcar e solução salina em vez dos medicamentos reais. Isso ajuda os cientistas a comparar os resultados de forma justa.

Por que Esses Medicamentos?

A combinação de epinefrina e dexametasona foi escolhida com base em estudos anteriores que sugeriram seus efeitos positivos quando usados juntos. As doses foram ajustadas para garantir segurança enquanto buscavam a máxima eficácia.

Monitorando os Resultados

Durante o ensaio, vários resultados serão monitorados para avaliar a eficácia e a segurança dos tratamentos. Aqui está o que será observado:

Resultado Primário

O principal resultado medido será se os bebês são internados no hospital por bronquiolite dentro de sete dias após o início do tratamento. O objetivo é ver se o tratamento combinado leva a menos visitas ao hospital em comparação com o grupo placebo.

Resultados Secundários

Além das internações hospitalares, os pesquisadores acompanharão:

  • Internações relacionadas à bronquiolite no momento da primeira visita de emergência.
  • Quaisquer internações hospitalares por outros motivos dentro de 21 dias após a primeira visita.
  • Quaisquer consultas de acompanhamento em saúde dentro de três semanas.
  • Custos de saúde associados às doenças.

Medidas de Segurança

A segurança dos pacientes é uma prioridade máxima, e vários resultados de segurança serão monitorados. Os pesquisadores estarão atentos a quaisquer reações graves aos medicamentos, como sangramento gastrointestinal ou infecções significativas.

Analisando os Dados

Assim que o estudo concluir, os pesquisadores analisarão os resultados para ver se o tratamento combinado tem uma vantagem clara sobre o placebo. Isso envolverá análises estatísticas complexas para garantir que as descobertas sejam confiáveis e válidas.

Importância do Estudo

Essa nova investigação é essencial por várias razões. Primeiro, busca preencher lacunas deixadas por estudos anteriores e confirmar se o tratamento combinado realmente funciona. Em segundo lugar, ao incluir populações diversas em três países diferentes, as descobertas serão mais aplicáveis a um público mais amplo.

Importante, se os achados apoiarem o uso combinado de epinefrina e dexametasona, isso pode levar a novas diretrizes para o tratamento da bronquiolite. Essa mudança pode melhorar a maneira como pais, médicos e sistemas de saúde lidam com essa doença comum, mas séria.

Conclusão

Resumindo, a bronquiolite continua sendo uma preocupação significativa para bebês e suas famílias. A combinação de epinefrina e dexametasona oferece esperança, mas mais evidências sólidas são necessárias para mudar as práticas de tratamento. O estudo BIPED visa fornecer a clareza necessária para guiar os clínicos no tratamento dessa condição desafiadora de forma eficaz.

Através de testes rigorosos, monitoramento e análise, os pesquisadores estão trabalhando para garantir que os bebês recebam o melhor cuidado possível enquanto reduzem o peso da bronquiolite sobre as famílias e os sistemas de saúde. Os futuros achados do estudo podem potencialmente mudar a forma como abordamos o tratamento da bronquiolite, esperançosamente levando a menos internações e melhores resultados de saúde para nossos menores pacientes.

Então, vamos torcer para que os resultados sejam tão bons quanto o riso de um bebê!

Fonte original

Título: A randomized controlled trial comparing epinephrine and dexamethasone to placebo in the treatment of infants with bronchiolitis: the Bronchiolitis in Infants Placebo versus Epinephrine and Dexamethasone (BIPED) study protocol.

Resumo: BackgroundBronchiolitis exerts a significant burden of illness on infants worldwide predominantly due to need for hospitalization. Currently only supportive care is advised by national guidelines for infants with bronchiolitis. There is evidence that treating infants with bronchiolitis with a combination of inhaled epinephrine and dexamethasone may reduce hospital admissions. Synergy between beta-agonists and corticosteroids is recognized in asthma management and basic science literature demonstrates that co-administration of these medications enhances each others effectiveness. ObjectiveTo determine if infants with bronchiolitis treated with inhaled epinephrine (delivered by metered dose inhaler with spacer or nebulizer) in the emergency department and a 2-day course of oral dexamethasone have fewer hospitalizations (due to bronchiolitis) over 7 days compared to infants treated with placebo. DesignThe BIPED study (Bronchiolitis in Infants Epinephrine versus Dexamethasone and Placebo) is a randomized, placebo-controlled, observer, investigator, clinician, and patient blinded superiority clinical trial being conducted in 12 emergency departments across three countries (Canada, New Zealand, and Australia). We will recruit 864 infants between 60 days and 12 months of age with bronchiolitis to receive either (1) two inhaled epinephrine treatments (3 mg via nebulizer or 625 mcg via metered dose inhaler with spacer) 30 minutes apart and a simultaneous dose of oral dexamethasone (0.6 mg/kg, maximum 10 mg) in the emergency department with the dexamethasone repeated at 24 hours or (2) inhaled placebo and oral placebo. The primary outcome is hospital admission for bronchiolitis within 7 days (168 hours) of enrolment. Secondary outcomes include hospital admission during enrolment, and all cause hospital admissions and healthcare provider visits within 21 days of enrolment. We will use a Bayesian approach for data analysis and inference. DiscussionGiven the healthcare burden of bronchiolitis, there is urgent need for a trial to confirm if combination therapy with epinephrine and dexamethasone is effective. Trial registrationClinicalTrials.gov: NCT03567473. Registered on 2018-06-13. Protocol versionCTO 1423, dated 20 January 2023 Sponsor-InvestigatorDr. Amy C Plint, Childrens Hospital of Eastern Ontario, Ottawa, Ontario, Canada Secondary SponsorChildrens Hospital of Eastern Ontario Research Institute, Ottawa, Ontario, Canada

Autores: Amy C. Plint, Anna Heath, Tremaine Rowe, Kristina I. Vogel, Natasha Wills-Ibarra, Sharon O’Brien, Meredith L. Borland, David W. Johnson, Joseph J. Zorc, Petros Pechlivanoglou, Suzanne Schuh, Medhawani Rao, Megan Bonisch, Simon S. Craig, Serge Gouin, Amit Kochar, Graham C. Thompson, Chris Lash, Andrew Dixon, Scott Sawyer, Gary Joubert, Ed Oakley, Martin Offringa, Terry P. Klassen, Stuart R. Dalziel

Última atualização: 2024-12-08 00:00:00

Idioma: English

Fonte URL: https://www.medrxiv.org/content/10.1101/2024.12.05.24318262

Fonte PDF: https://www.medrxiv.org/content/10.1101/2024.12.05.24318262.full.pdf

Licença: https://creativecommons.org/licenses/by/4.0/

Alterações: Este resumo foi elaborado com a assistência da AI e pode conter imprecisões. Para obter informações exactas, consulte os documentos originais ligados aqui.

Obrigado ao medrxiv pela utilização da sua interoperabilidade de acesso aberto.

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