Repensando a Visão: Novas Ideias dos Modelos de IA
Pesquisadores descobrem como a IA imita a visão humana através de redes neurais convolucionais.
Yudi Xie, Weichen Huang, Esther Alter, Jeremy Schwartz, Joshua B. Tenenbaum, James J. DiCarlo
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Índice
- O Fluxo Ventral dos Primatas
- Misturando Categorias e Características Espaciais
- O Papel da Variabilidade
- Alinhamento Neural com o Cérebro
- Aprendendo Representações: O Jogo da Similaridade
- Comparando Modelos: Um Jogo de Alinhamentos
- A Beleza dos Latentes Não-Alvo
- Um Olhar Mais Próximo nos Conjuntos de Dados
- Conclusão: Uma Nova Perspectiva sobre a Visão
- Fonte original
- Ligações de referência
Visão é um assunto fascinante e tem deixado os cientistas intrigados por muito tempo. Nossos olhos veem objetos, mas como nosso cérebro entende o que estamos olhando? Para esclarecer isso, os pesquisadores criaram modelos de computador, especialmente Redes Neurais Convolucionais (CNNs), que conseguem imitar como percebemos e interpretamos imagens. Vamos dar uma olhada em algumas descobertas interessantes nessa área.
O Fluxo Ventral dos Primatas
O fluxo ventral dos primatas é uma parte do cérebro que desempenha um papel crucial em como reconhecemos objetos. Tradicionalmente, pensava-se que essa área lidava principalmente em identificar "o que" vemos, como distinguir uma maçã de uma laranja. Porém, os pesquisadores começaram a considerar outro aspecto importante: entender "onde" o objeto está localizado e como ele está posicionado.
Por exemplo, saber não apenas que é uma maçã, mas sua posição na mesa, se está em pé ou deitada de lado. A maioria dos modelos desenvolvidos até agora se concentrou na identificação de objetos e ignorou esse aspecto espacial. Essa lacuna fez os cientistas se perguntarem se o fluxo ventral também é bom em estimar essas Características Espaciais, como a posição ou a rotação de um objeto.
Misturando Categorias e Características Espaciais
Um estudo recente se aprofundou nessa questão. Os pesquisadores usaram imagens sintéticas geradas por um motor 3D, que permitiu que eles treinassem CNNs para estimar tanto categorias quanto características espaciais. Eles descobriram algo surpreendente: CNNs treinadas para identificar apenas algumas características espaciais ainda podiam alinhar-se de perto com os dados do cérebro, assim como CNNs treinadas em muitas categorias. É como se focar no básico fosse suficiente para proporcionar uma boa compreensão do quadro geral.
Isso levanta uma pergunta essencial: os modelos estão aprendendo coisas diferentes, ou estão captando representações semelhantes, apenas moldando-as de maneira diferente? Para investigar isso, os pesquisadores compararam os funcionamentos internos de vários modelos e descobriram que, mesmo sendo treinados em tarefas diferentes—como estimar a posição ou reconhecer categorias— as representações formadas em suas camadas iniciais eram bem semelhantes.
Variabilidade
O Papel daUm fator-chave nesse fenômeno é a variabilidade nos dados de treinamento. Quando os modelos são treinados, eles frequentemente encontram muitas diferenças nas variáveis que não são o alvo principal. Por exemplo, ao treinar para reconhecer um objeto, o modelo ainda vê vários fundos e iluminação. Essa variabilidade ajuda o modelo a aprender melhores representações do objeto, mesmo que não tenha sido treinado diretamente para isso.
Para ilustrar esse conceito, imagine uma sala de aula cheia de crianças. Cada criança aprende matemática na escola, mas o que acontece quando volta para casa em um ambiente diferente? Elas podem aprender sobre matemática enquanto jogam videogame, assam biscoitos ou constroem com blocos. Quanto mais diversas suas experiências, melhor se torna sua compreensão geral. Da mesma forma, quando as redes neurais encontram uma variedade de imagens, elas aprendem a ser mais flexíveis e capazes de generalizar seu conhecimento.
Alinhamento Neural com o Cérebro
Mas como medir se esses modelos estão realmente refletindo como nossos cérebros funcionam? É aí que entra o alinhamento neural. Os pesquisadores olharam o quanto esses modelos podiam prever a atividade do cérebro quando viam certas imagens. Quanto mais próxima a previsão do modelo estiver dos dados reais do cérebro, melhor é considerado o alinhamento com os processos biológicos.
As CNNs treinadas com características espaciais tiveram pontuações de alinhamento impressionantes, mesmo não sendo expostas às complexidades das imagens naturais. Isso foi surpreendente, mas enfatizou o potencial desses modelos para capturar informações relevantes sem precisar de um treinamento extenso em dados do mundo real.
Aprendendo Representações: O Jogo da Similaridade
Um dos aspectos intrigantes desses modelos é como eles aprendem representações. As descobertas sugerem que, apesar de serem treinados em alvos diferentes, vários modelos ainda podem desenvolver representações internas surpreendentemente semelhantes. Essa similaridade é observada principalmente nas camadas iniciais dos modelos, que tendem a ser mais estáveis.
Alguém pode se perguntar: "Por que isso é importante?" Bem, se modelos treinados em tarefas diferentes têm representações internas semelhantes, isso implica que eles podem potencialmente servir a múltiplos propósitos de forma eficaz. É como uma faca suíça—pode ser feita para várias tarefas, mas todas as ferramentas são feitas a partir do mesmo design central.
Comparando Modelos: Um Jogo de Alinhamentos
Para explorar esses modelos mais a fundo, os pesquisadores usaram técnicas como alinhamento de núcleo centrado (CKA) para medir semelhança. Em termos simples, o CKA ajuda a entender quanto duas representações se sobrepõem. Modelos treinados para estimar tanto características espaciais quanto categorias mostraram resultados surpreendentemente semelhantes em suas camadas iniciais e intermediárias.
No entanto, conforme avançavam para camadas finais, começaram a divergir. Isso sugere que, embora o aprendizado inicial possa ser semelhante, à medida que os modelos refinam seu aprendizado, eles se adaptam mais especificamente às suas tarefas e objetivos individuais.
A Beleza dos Latentes Não-Alvo
Outra descoberta cativante é que modelos treinados para prever certas características podem aprender involuntariamente a representar características não-alvo de maneira positiva. Quando modelos são treinados com dados que possuem uma ampla gama de características não-alvo, eles se tornam melhores em entendê-las, mesmo que não tenham sido especificamente criados para essa tarefa.
Imagine ser um chef que principalmente cozinha comida italiana, mas sua cozinha está cheia de especiarias de todo o mundo. Mesmo que você se concentre em massas e pizzas, pode acabar criando um prato de fusão delicioso porque os sabores diversos te inspiram. Da mesma forma, os modelos podem enriquecer sua compreensão de diferentes características à medida que encontram vários dados durante o treinamento.
Um Olhar Mais Próximo nos Conjuntos de Dados
Para gerar as imagens sintéticas usadas para treinamento, os pesquisadores usaram um motor gráfico 3D, que criou uma ampla variedade de cenários e fundos. Esse motor produziu milhões de imagens com categorias distintas e características latentes, tornando-se inestimável para o treinamento.
Um aspecto interessante é que, à medida que o tamanho do conjunto de dados aumenta, as pontuações de alinhamento neural também melhoram até que se estabilizam. Pense nisso como encher uma banheira com água—quanto mais você adiciona, mais cheia ela fica, mas há um limite de quanto cabe antes de transbordar!
Conclusão: Uma Nova Perspectiva sobre a Visão
Com essas descobertas, os cientistas estão começando a repensar como entender e modelar a visão. Em vez de ver o fluxo ventral como um mero centro de categorização, parece ter uma capacidade mais ampla para compreensão espacial também. Ambos os aspectos—"o que" e "onde"—estão entrelaçados, sugerindo que nossos cérebros podem não vê-los como funções separadas, mas sim como um sistema integrado.
A exploração de como as redes neurais aprendem e como se alinham com nossa compreensão da visão abre possibilidades empolgantes. À medida que os pesquisadores continuam a refinar seus modelos e explorar novos objetivos de treinamento, podemos ver sistemas mais avançados que imitam melhor a incrível complexidade da percepção humana. No grande esquema da vida, essas descobertas nos lembram que, seja por meio de modelos ou experiências reais, nossa compreensão do mundo ao nosso redor evolui de maneiras surpreendentes e agradáveis.
No final, a busca pelo conhecimento, assim como um gato curioso explorando um novo espaço, leva a descobertas inesperadas, tornando a jornada ainda mais valiosa!
Fonte original
Título: Vision CNNs trained to estimate spatial latents learned similar ventral-stream-aligned representations
Resumo: Studies of the functional role of the primate ventral visual stream have traditionally focused on object categorization, often ignoring -- despite much prior evidence -- its role in estimating "spatial" latents such as object position and pose. Most leading ventral stream models are derived by optimizing networks for object categorization, which seems to imply that the ventral stream is also derived under such an objective. Here, we explore an alternative hypothesis: Might the ventral stream be optimized for estimating spatial latents? And a closely related question: How different -- if at all -- are representations learned from spatial latent estimation compared to categorization? To ask these questions, we leveraged synthetic image datasets generated by a 3D graphic engine and trained convolutional neural networks (CNNs) to estimate different combinations of spatial and category latents. We found that models trained to estimate just a few spatial latents achieve neural alignment scores comparable to those trained on hundreds of categories, and the spatial latent performance of models strongly correlates with their neural alignment. Spatial latent and category-trained models have very similar -- but not identical -- internal representations, especially in their early and middle layers. We provide evidence that this convergence is partly driven by non-target latent variability in the training data, which facilitates the implicit learning of representations of those non-target latents. Taken together, these results suggest that many training objectives, such as spatial latents, can lead to similar models aligned neurally with the ventral stream. Thus, one should not assume that the ventral stream is optimized for object categorization only. As a field, we need to continue to sharpen our measures of comparing models to brains to better understand the functional roles of the ventral stream.
Autores: Yudi Xie, Weichen Huang, Esther Alter, Jeremy Schwartz, Joshua B. Tenenbaum, James J. DiCarlo
Última atualização: 2024-12-12 00:00:00
Idioma: English
Fonte URL: https://arxiv.org/abs/2412.09115
Fonte PDF: https://arxiv.org/pdf/2412.09115
Licença: https://creativecommons.org/licenses/by/4.0/
Alterações: Este resumo foi elaborado com a assistência da AI e pode conter imprecisões. Para obter informações exactas, consulte os documentos originais ligados aqui.
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