Como a COVID-19 Mudou a Cirurgia Ortopédica
A pandemia mudou as práticas cirúrgicas e o atendimento aos pacientes nos departamentos de ortopedia.
Njalalle Baraza, Ian Odari, Emmanuel Marsuk Lomole, Sarah Karanja, Mordicai Ating’a
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Índice
- O Que Aconteceu com as Cirurgias?
- Cirurgias Eletivas: As Vítimas da COVID
- As Histórias Menos Conhecidas em Países de Baixa e Média Renda
- Pesquisando o Impacto
- Os Resultados: Uma Montanha-Russa de Atividade Cirúrgica
- A Influência Econômica
- Uma Mistura de Situações para Trauma
- O Quadro Geral
- Limitações e Direções Futuras
- Fonte original
A pandemia de COVID-19 não deixou nenhum canto das nossas vidas intocado, e o mundo da saúde foi especialmente afetado. Quando a Organização Mundial da Saúde declarou a pandemia em março de 2020, os hospitais ao redor do globo tiveram que se adaptar rapidinho. O foco virou para combater o vírus, o que fez com que muitos serviços de saúde normais, incluindo cirurgias, ficassem em segundo plano. Os hospitais tiveram que rearranjar seus recursos como se fosse um jogo de cadeira musical, o que impactou bastante os serviços cirúrgicos, principalmente os cuidados ortopédicos.
O Que Aconteceu com as Cirurgias?
Durante a pandemia, muitas Cirurgias Eletivas - que são procedimentos que podem ser agendados com antecedência - foram adiadas ou até canceladas. O objetivo era deixar leitos disponíveis para pacientes com COVID-19. As cirurgias de emergência, por outro lado, continuaram, mas enfrentaram seus próprios desafios. Salas de operação limitadas e protocolos revisados de atendimento significavam que médicos e enfermeiros tinham que se virar nos 30. Se você já tentou cozinhar um jantar de três pratos em uma cozinha apertada, talvez saiba um pouco sobre o que esses profissionais médicos estavam enfrentando!
Cirurgias Eletivas: As Vítimas da COVID
As cirurgias eletivas representam uma parte significativa dos procedimentos ortopédicos, chegando a contabilizar até dois terços de todas as cirurgias em muitos hospitais. Isso foi especialmente verdade em hospitais que não são centros de trauma especializados. Por causa da pandemia, muitas dessas cirurgias eletivas foram paralisadas, levando a uma queda impressionante no número de operações realizadas. Em alguns países de alta renda, as cirurgias eletivas viram uma queda de cerca de 50% a 70%. Isso deixou muita gente esperando com articulações doloridas ou outros problemas, mexendo os dedos-talvez até aprendendo novos hobbies para passar o tempo!
As cirurgias de emergência foram uma mistura de situações. Para alguns, o número de casos de trauma caiu devido aos lockdowns que evitaram acidentes, enquanto para outros, no momento em que as restrições diminuíram, houve um aumento nos casos à medida que as pessoas voltaram às suas rotinas normais. É como se o universo tivesse um plano secreto para garantir que haveria mais lesões assim que todo mundo pudesse sair de novo. Quem diria que ficar em casa poderia levar a um aumento tão dramático nos acidentes de trampolim no quintal?
As Histórias Menos Conhecidas em Países de Baixa e Média Renda
Enquanto muitos estudos focaram em nações de alta renda, pouco se falou sobre como a pandemia afetou as cirurgias ortopédicas em países de baixa e média renda (PMRs). Essas regiões muitas vezes enfrentam desafios únicos, e entender como se adaptaram durante essa crise é importante para o planejamento futuro. Apesar de serem menos afetadas em termos de taxas de doenças, muitas regiões da África Subsaariana enfrentaram interrupções socioeconômicas, impactando o acesso à saúde e os volumes cirúrgicos.
Por exemplo, hospitais no Quênia desenvolveram diretrizes para ajudar a gerenciar os cuidados cirúrgicos durante a pandemia, com o objetivo de manter os pacientes seguros enquanto otimizavam os recursos. Era como tentar malabarizar quatro bolas enquanto andava de monociclo - emocionante, mas não sem alguns quase acidentes!
Pesquisando o Impacto
Para realmente entender como a pandemia moldou a cirurgia ortopédica, foi realizado um estudo em um grande hospital em Nairóbi, Quênia. Os pesquisadores queriam olhar para o número de cirurgias ortopédicas realizadas antes, durante e depois da pandemia. O foco estava no terceiro trimestre de cada ano, especificamente de julho a setembro de 2019, 2020 e 2022.
Usando registros de saúde eletrônicos, os investigadores exploraram os tipos de procedimentos realizados, classificando-os como cirurgias eletivas ou de emergência. Eles queriam ver como o número de pacientes mudou e o que isso significava para a entrega de cuidados de saúde.
Os Resultados: Uma Montanha-Russa de Atividade Cirúrgica
Os resultados foram bem reveladores. Antes da pandemia, 120 casos cirúrgicos foram realizados. Durante a pandemia, esse número caiu para 110 e depois subiu para 131 no ano seguinte. Alguns procedimentos eletivos, como substituições de articulação e artroscopias, tiveram uma queda significativa, enquanto as cirurgias na coluna mostraram um aumento inesperado no número realizado.
Em termos de cirurgias de trauma de emergência, houve mudanças notáveis. Fixações de fraturas e manipulações viram uma diminuição durante a pandemia. No entanto, procedimentos envolvendo fios K, especialmente para crianças, aumentaram dramaticamente. Parece que as crianças em casa decidiram encontrar novas maneiras de testar seus limites, levando a um aumento nas fraturas. Enquanto isso, alguns pais finalmente puderam colocar aquele kit de primeiros socorros que ganharam de presente de chá de bebê em prática!
A Influência Econômica
Curiosamente, o custo dos cuidados de saúde desempenhou um papel significativo no comportamento dos pacientes durante a pandemia. Em hospitais privados, mais pessoas buscaram soluções acessíveis, o que pode explicar o aumento em certas cirurgias. Os pacientes podem ter programado suas cirurgias eletivas com base em suas condições financeiras, que é uma lição tanto em economia quanto na natureza humana. Afinal, quem nunca esperou uma promoção para comprar aqueles sapatos indispensáveis?
Até 2022, a maioria dos números cirúrgicos voltou ao que era antes da COVID-19, com apenas a artroscopia permanecendo abaixo do normal. Isso sugere que muitas pessoas que adiaram cirurgias durante a pandemia finalmente retornaram à sala de operação. Talvez todos tivessem desenvolvido uma apreciação pela cirurgia de joelho durante seu tempo em casa.
Uma Mistura de Situações para Trauma
Quando se tratava de cirurgias de trauma, os números contavam uma história diferente. Enquanto o número geral de cirurgias de trauma diminuiu durante o lockdown devido às restrições de movimento, essa tendência não se aplicou aos casos pediátricos. Relatos de aumento de lesões entre crianças durante a pandemia foram confirmados neste estudo. Ficou claro que as crianças, privadas de suas atividades normais, encontraram novas maneiras de se meter em encrenca.
E, à medida que as restrições diminuíram, parece que as pessoas estavam prontas para retomar seus antigos hobbies - às vezes, um pouco entusiasmadamente demais. O aumento de atividades esportivas e ao ar livre provavelmente contribuiu para um aumento nas lesões assim que os lockdowns foram suspensos.
O Quadro Geral
A pandemia forçou uma luz sobre os sistemas de saúde em todo lugar. Os recursos se tornaram um ponto focal, e consultas perdidas, cirurgias adiadas e procedimentos cancelados mostraram como esses sistemas podem ser vulneráveis. A ênfase em cirurgias de emergência e cuidados com câncer significou que muitos procedimentos não urgentes enfrentaram adiamentos.
Essa crise indicou a necessidade de os sistemas de saúde serem adaptáveis. A maior dependência de tecnologia, como serviços de telemedicina, também surgiu como um lado positivo, facilitando para os pacientes consultarem médicos do conforto de suas casas.
Limitações e Direções Futuras
Embora este estudo forneça insights valiosos, também tem limitações. Variações sazonais e mudanças no pessoal de saúde durante o período do estudo podem afetar os achados. O foco em um único hospital significa que mais pesquisas em várias instalações são necessárias para realmente avaliar os impactos duradouros da pandemia.
Em conclusão, a pandemia de COVID-19 remodelou dramaticamente o cenário da cirurgia ortopédica. Enquanto alguns procedimentos caíram drasticamente, outros como fixações de fios K para crianças dispararam. A pandemia nos lembra que, embora o mundo da medicina possa ser imprevisível, é essencial permanecer flexível e inovador diante dos desafios. Então, da próxima vez que você vir uma sala de espera vazia, lembre-se de que pode ser apenas uma pausa temporária na turbulência da saúde!
Título: Impact of the Covid-19 pandemic on elective and trauma orthopaedic surgery in a tertiary referral hospital in Kenya: A retrospective cross-sectional study
Resumo: The impact of the COVID-19 pandemic is still being felt in multiple spheres of life. In healthcare, COVID-19 noticeably affected surgical practice in sub-Saharan Africa indicated by a reduction in elective cases with prioritisation of cancer and emergency cases. This study sought to describe the impact of COVID-19 on orthopaedic surgery volumes in a private tertiary referral hospital. Ethical approval was obtained for this retrospective cross-sectional study carried out at the Aga Khan University Hospital, Nairobi. The orthopaedic data was collected using the Electronic Healthcare Record (EHR) system in the hospital. Elective and trauma caseloads recorded during COVID-19 were compared with similar quarters in the pre and post COVID-19 periods. In the third quarter before the COVID-19 pandemic, there were 15 arthroplasty, 53 arthroscopy and 31 implant removal cases. During the pandemic, there was an expected fall in the numbers of procedures by 33%, 30% and 13% respectively compared to the previous (pre pandemic) year. There was also the expected drop in the number of adult trauma cases, however, there was an increase in paediatric fracture fixation with k-wires. In spinal surgery, there was a 71% increase in the number of laminectomies and anterior cervical decompression and fusions (ACDF) from the pre pandemic 21 cases recorded. The COVID-19 pandemic had an impact on elective and emergency orthopaedic procedure volumes. There was a reduction in the number of elective arthroplasty, arthroscopy, nailing and orthopaedic implant removal procedures. On the other hand there was a significant increase in the number of paediatric fracture fixation and with K-wires and ACDF/laminectomy volumes.
Autores: Njalalle Baraza, Ian Odari, Emmanuel Marsuk Lomole, Sarah Karanja, Mordicai Ating’a
Última atualização: 2024-12-11 00:00:00
Idioma: English
Fonte URL: https://www.medrxiv.org/content/10.1101/2024.12.10.24318827
Fonte PDF: https://www.medrxiv.org/content/10.1101/2024.12.10.24318827.full.pdf
Licença: https://creativecommons.org/licenses/by/4.0/
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