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# Ciências da saúde# Medicina riabilitativa e terapia fisica

Entendendo os Movimentos e Habilidades de Comer

Este estudo revela padrões importantes nos movimentos de alimentação para ajudar na terapia.

Jun Nakatake, S. Miyazaki, H. Arakawa, E. Chosa

― 7 min ler


Principais Insights sobrePrincipais Insights sobreMovimentos de Alimentaçãodificuldades alimentares.Revela padrões pra ajudar pacientes com
Índice

Comer pode ficar difícil por várias razões, principalmente por causa de lesões ou doenças. Essas dificuldades podem causar problemas em diferentes áreas: o corpo (fisiológico), a mente (psicológico) e interações sociais (desafios sociais). Quando uma pessoa tem dificuldades para se alimentar, isso pode levar à desnutrição.

A Terapia Ocupacional tem um papel fundamental em ajudar as pessoas com esses desafios. Esse tipo de terapia foca em várias áreas, incluindo deglutição, postura, movimentos corporais e uso de ferramentas especiais. Os terapeutas ocupacionais também oferecem suporte para os aspectos mentais e sociais da alimentação por meio de diversas intervenções e métodos.

Existem várias técnicas para melhorar a maneira como as crianças se sentam enquanto comem e para treiná-las intensivamente em movimentos específicos. Além disso, programas de reabilitação precoce usando dispositivos especiais de alimentação foram introduzidos em hospitais para pacientes em cuidados intensivos.

Avaliando Habilidades de Alimentação

Para avaliar as habilidades de alimentação de uma pessoa, os profissionais costumam usar ferramentas específicas. Algumas ferramentas comuns de avaliação incluem a medida de independência funcional e o índice Barthel modificado. Essas ferramentas avaliam quão bem uma pessoa consegue realizar a alimentação e outras tarefas diárias. As avaliações costumam analisar quanto uma pessoa consegue se mover sozinha, quanta ajuda precisa dos cuidadores e que tipos de equipamentos podem ser usados.

Outra ferramenta, chamada de formulário de observação mínima de alimentação II, foca especificamente na alimentação. Consiste em três itens principais para observar a posição de sentar da pessoa enquanto come. Os terapeutas usam essas avaliações não apenas para identificar a habilidade alimentar de uma pessoa, mas também para definir metas de tratamento e decidir as melhores formas de ajudar com os movimentos e posturas da alimentação. No entanto, essas avaliações podem ser subjetivas, dependendo da experiência do terapeuta, e às vezes carecem de uma fundamentação forte.

Entendendo os Movimentos de Alimentação

Pesquisas sobre movimentos corporais durante a alimentação mostraram que diferentes movimentos ocorrem em momentos diferentes. Esses estudos descobriram que mudanças significativas acontecem nos ângulos das articulações do corpo enquanto a pessoa alcança a comida e a leva à boca. Além disso, a forma como a comida é colocada na colher e levada à boca varia dependendo da fase da alimentação.

Para analisar melhor esses movimentos, os pesquisadores observaram as mudanças de movimento das articulações ao longo do tempo. Este estudo sugere que entender esses movimentos pode melhorar a forma como os terapeutas avaliam e ajudam pacientes com dificuldades de alimentação. No entanto, focar apenas nos movimentos individuais das articulações não é suficiente. Os profissionais costumam perceber os movimentos dos pacientes com base em como as partes do corpo interagem, em vez de olhar apenas para as articulações individuais. A combinação de movimentos durante a alimentação, como alcançar a comida ou estabilizar o corpo, é complexa e ainda precisa de mais exploração.

Usando Análise de Componentes Principais

Para lidar com essas complexidades, os pesquisadores usaram um método chamado análise de componentes principais (PCA) neste estudo, junto com medições detalhadas dos movimentos corporais. A PCA ajuda a resumir grandes quantidades de dados de movimento em padrões mais simples. Essa técnica já identificou tipos básicos de movimento em várias tarefas e contextos.

Os pesquisadores acreditavam que os tipos básicos de movimentos (chamados de movimentos elementares ou EMs) durante a alimentação poderiam ser determinados por combinações de movimentos das articulações. Eles queriam identificar esses EMs em diferentes fases da alimentação usando a PCA.

Detalhes do Estudo

Este estudo seguiu diretrizes específicas e foi realizado com um grupo de 50 participantes com idades entre 20 e 39 anos. Todos os participantes eram destros e não apresentavam problemas neurológicos ou musculoesqueléticos. Aqueles que eram canhotos ao usar uma colher não foram incluídos. Os participantes foram recrutados entre os funcionários da instituição, e seus movimentos foram gravados em um ambiente controlado usando um sistema especializado de captura de movimento.

Durante o experimento, os participantes sentaram-se em um banco e foram convidados a comer iogurte de uma tigela em uma mesa. Eles usaram a mão direita para fazer isso, e o processo foi repetido três vezes para coletar dados de movimento. Alguns comportamentos disruptivos comuns foram notados, como levantar o braço muito alto ou desviar o olhar enquanto alcançavam o iogurte. Participantes que exibiram esses comportamentos foram excluídos da análise.

Coleta e Análise de Dados

Os pesquisadores coletaram informações detalhadas sobre os ângulos das articulações durante o processo de alimentação. Eles registraram movimentos em várias áreas, incluindo ombro, cotovelo, antebraço, pulso, pescoço e quadris. Os dados capturados incluíram como essas articulações se moviam ao longo das diferentes fases da alimentação.

Os pesquisadores notaram mudanças nos ângulos das articulações e nos tempos de desempenho em quatro fases da alimentação: alcançar a tigela, colocar o iogurte na colher, transportar o iogurte à boca e levar o iogurte à boca. Eles usaram a PCA para analisar esses dados e identificar padrões de movimento significativos.

Resultados da Análise de Componentes Principais

Os resultados da PCA mostraram que o primeiro padrão de movimento principal respondia por cerca de metade de todas as variações de movimento, enquanto os próximos padrões respondiam por porcentagens menores. Coletivamente, os seis primeiros padrões de movimento explicaram uma parte significativa das variações totais nos dados.

Ao interpretar esses padrões, os pesquisadores identificaram que certos movimentos caracterizavam diferentes fases da alimentação. Por exemplo, o primeiro padrão representava movimento do corpo inteiro ao longo do tempo, enquanto outros indicavam movimentos específicos de mão e braço que ajudam a estabilizar e guiar o corpo durante a alimentação.

A análise revelou que havia diferenças notáveis nos padrões de movimento nas fases da alimentação. O padrão inicial de movimento era mais ativo durante a fase de alcance, seguido pelas fases de transporte, colher e boca. Outros padrões indicaram como a direção da mão mudava enquanto mantinha a cabeça estável ou como o movimento do cotovelo era influenciado pela posição do ombro.

Implicações dos Resultados

Esses resultados são valiosos para profissionais de saúde que trabalham com pacientes que têm dificuldades para comer. Ao entender os movimentos e posturas normais da alimentação, os terapeutas ocupacionais podem avaliar melhor os pacientes e desenvolver planos de tratamento direcionados. Isso pode incluir estratégias de posicionamento, treinamento de movimentos e ferramentas adaptativas para melhorar as habilidades de alimentação.

Identificar tipos básicos de movimento relacionados à alimentação ajuda os terapeutas a avaliar se os movimentos dos pacientes estão dentro das faixas normais. Assim, eles podem adaptar as metas de tratamento e intervenções para lidar com desafios específicos.

Limitações do Estudo

O estudo teve algumas limitações. Ele focou apenas em indivíduos destros comendo iogurte, o que pode afetar as conclusões tiradas sobre os padrões de movimento. Pesquisas futuras deveriam explorar a alimentação canhota e considerar vários cenários de alimentação para validar os achados.

Além disso, foi utilizado um sistema de captura de movimento portátil, que é flexível, mas pode não cobrir todos os cenários. Outros métodos, como técnicas de observação visual ou de câmera única, poderiam fornecer insights diferentes e deveriam ser comparados pela aplicabilidade clínica.

Conclusão

Em resumo, este estudo descobriu vários padrões básicos de movimento associados à alimentação normal e como esses padrões diferem nas fases da alimentação. Esses insights fornecem uma base para mais pesquisas e aplicações práticas na abordagem das dificuldades alimentares, enfatizando a necessidade de avaliação individualizada e intervenções direcionadas na terapia ocupacional.

Fonte original

Título: Normal feeding movements expressed by dimensionality reduction of whole-body joint motions using principal component analysis

Resumo: BackgroundUnderstanding elementary feeding movements and postures is essential for improving assessment and intervention strategies in occupational therapy, particularly for individuals with eating difficulties, and for educating caregivers and students. However, the current assessment tools lack precision in evaluating complex feeding movements and often rely on subjective judgments rather than objective measures. We aimed to determine elementary movements and postures corresponding to different feeding phases using principal component analysis (PCA). MethodsThis cross-sectional observational study was conducted at a Local National University Hospital and included 45 healthy, right-handed adult volunteers (23 men and 22 women) aged 20-39 years (mean age, 27.3 years), with no neurological or musculoskeletal impairments. Movements during yogurt feeding using a spoon were captured with a three-dimensional inertial sensor motion capture system. Principal components (PCs) and their scores were derived from PCA of whole-body joint motion data across four feeding phases. PC scores were compared between phases using Friedmans and post-hoc tests. ResultsThe primary PC, representing whole-body movement, accounted for 50.0% of the variance; the second PC, associated with hand direction changes, accounted for 13.7%. The cumulative variance of the first six PCs was 87.4%, including individual body-part movements and fixations or combinations of these. Significant differences existed between feeding phases, particularly in the reaching and transport phases, which showed greater whole-body movement than that during the spooning and mouth phases. Hand direction changes were more prominent during the spooning phase than during the mouth phase. ConclusionsPCA helped determine key elementary movements and their corresponding feeding phases, which can be used to assess patients with feeding difficulties and guide occupational therapy interventions.

Autores: Jun Nakatake, S. Miyazaki, H. Arakawa, E. Chosa

Última atualização: Dec 12, 2024

Idioma: English

Fonte URL: https://www.medrxiv.org/content/10.1101/2024.09.14.24313686

Fonte PDF: https://www.medrxiv.org/content/10.1101/2024.09.14.24313686.full.pdf

Licença: https://creativecommons.org/licenses/by/4.0/

Alterações: Este resumo foi elaborado com a assistência da AI e pode conter imprecisões. Para obter informações exactas, consulte os documentos originais ligados aqui.

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