Novas descobertas sobre Gemcitabina e Pembrolizumabe para NSCLC
A pesquisa investiga a combinação de gemcitabina e pembrolizumabe pra melhorar os resultados no NSCLC.
Rachel E. Sanborn, Shawn M. Jensen, Christopher Paustian, Shu-Ching Chang, Eloy Vetto, Quyen Vu, Venkatesh Rajamanickam, Brady Bernard, Yoshinobu Koguchi, William Redmond, Bernard A. Fox
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Índice
- Gemcitabina: Um Remédio Conhecido
- O Estudo da Gemcitabina e do Pembrolizumabe
- Quem Foram os Participantes?
- O Jogo dos Números: Resultados do Estudo
- O Papel do PD-L1
- Perfis Imunológicos: O Que Está Acontecendo no Sangue?
- Respostas de Anticorpos e Infiltração Tumoral
- Conclusão Geral
- Direções Futuras
- Fonte original
O câncer de pulmão não pequenas células (CPNPC) é uma das principais causas de morte por câncer no mundo todo. Esse tipo de câncer é conhecido pela sua agressividade e pode ser bem difícil de tratar de forma eficaz. Entre os tratamentos disponíveis, os inibidores de checkpoint tiveram um impacto significativo, aumentando as taxas de sobrevivência para pacientes com CPNPC avançado. Mas os benefícios desses tratamentos não são iguais pra todo mundo, e muitos pacientes ainda enfrentam dificuldades. Isso pede novas e melhores estratégias de tratamento.
Gemcitabina: Um Remédio Conhecido
Um dos medicamentos usados pra tratar CPNPC é a gemcitabina. Esse remédio mostrou ter algum efeito em pacientes, mas sua eficácia pode variar. Em casos de CPNPC avançado, quando usado sozinho, a gemcitabina proporciona uma sobrevida livre de progressão (o período em que o câncer não piora) de cerca de 2,5 a 4,25 meses. Em pacientes mais velhos, especialmente aqueles com mais de 70 anos, o tempo médio de sobrevida pode ir de 4,4 a 7 meses. Esses números mostram que, embora a gemcitabina não seja uma solução mágica, pode oferecer alguma esperança.
Apesar de não haver muitos estudos sobre a eficácia do remédio em CPNPC avançado na segunda linha de tratamento, estudos menores indicam que ele tem um tempo médio até a progressão de cerca de 2,5 meses. A taxa geral de resposta, ou seja, quantos pacientes mostraram uma mudança positiva em sua condição, é em torno de 18,5%.
Tradicionalmente, a gemcitabina era vista apenas como um medicamento que suprime o sistema imunológico. No entanto, estudos recentes sugeriram que ela pode também aumentar a resposta imunológica do corpo, ajudando a ativar células imunes específicas. Essa característica dá motivo pra considerar a combinação dela com inibidores de checkpoint, como o Pembrolizumabe, que poderiam potencialmente amplificar seus efeitos.
O Estudo da Gemcitabina e do Pembrolizumabe
Numa reviravolta interessante, os pesquisadores perceberam que a gemcitabina e o pembrolizumabe nunca tinham sido estudados juntos antes. Isso levou a um novo ensaio pra ver se a combinação dos dois poderia ser benéfica pra pacientes com CPNPC avançado. O estudo teve como objetivo avaliar como os pacientes responderam a essa combinação, especialmente os que não tinham passado por imunoterapia antes.
Pra entender como o sistema imunológico desses pacientes estava funcionando, amostras de sangue foram analisadas pra avaliar várias populações de células imunes. Além disso, biópsias de tumores foram examinadas antes do tratamento pra avaliar o ambiente imunológico dentro dos tumores. O objetivo era ver se entender o cenário imunológico poderia ajudar a prever como os pacientes responderiam ao tratamento.
Quem Foram os Participantes?
O estudo incluiu pacientes com CPNPC avançado que tinham recebido de um a três tratamentos anteriores. Pra entrar no estudo, eles precisavam manter um bom estado de saúde e ter a função dos órgãos adequada. Alguns pacientes que tinham recebido tratamento anterior com gemcitabina ou que tinha certas outras condições, como doenças pulmonares graves, não eram elegíveis.
Dezesseis pacientes participaram do estudo, e a idade média deles era de 64 anos. A maioria era caucasiana e tinha um tipo específico de câncer de pulmão chamado adenocarcinoma. A maioria já tinha recebido um tratamento anterior antes do estudo.
Entre os pacientes, a expressão de PD-L1, uma proteína relacionada à resposta imunológica, era variada. Alguns tinham níveis altos, enquanto outros não apresentavam níveis detectáveis. O estudo investigou se esses diferentes níveis impactavam os resultados dos pacientes.
O Jogo dos Números: Resultados do Estudo
O resultado do ensaio mostrou uma sobrevida livre de progressão média de 3,10 meses e uma sobrevida geral média de 8,20 meses. A duração do tratamento para os pacientes foi em média de 2,2 meses.
Apesar de alguns pacientes ainda estarem vivos após o tratamento, apenas dois tiveram uma resposta parcial à terapia combinada. Isso resultou em uma taxa de resposta de apenas 12,5%, que foi decepcionante, especialmente comparado aos dados históricos da gemcitabina sozinha, que tinha uma taxa de resposta melhor.
Curiosamente, dois pacientes ainda estavam vivos no momento da reportagem. Um paciente teve que interromper a terapia devido a uma inflamação pulmonar severa, mas está sob vigilância sem tratamento adicional. O outro paciente teve progressão da doença após muitos ciclos com pembrolizumabe, mas passou para outras opções de tratamento.
O Papel do PD-L1
O estudo tinha como objetivo avaliar como a presença do PD-L1 afetava os resultados dos pacientes. Surpreendentemente, não foram observadas diferenças significativas na sobrevida ao comparar pacientes com alta expressão de PD-L1 com aqueles com baixa ou nenhuma expressão. Essa descoberta desafia a ideia de que os níveis de PD-L1 preveem diretamente o sucesso do tratamento.
Perfis Imunológicos: O Que Está Acontecendo no Sangue?
Um dos aspectos fascinantes dessa pesquisa foi analisar as células imunes presentes no sangue. Os pesquisadores descobriram que um tipo de célula conhecido como células supressoras derivadas de mieloides monocíticas (Mo-MDSCs) era mais comum em pacientes que não foram bem após o tratamento. Isso sugere que essas células podem ter um papel em diminuir a resposta imunológica ao câncer.
Enquanto as Tregs, outro tipo de célula imune, não mostraram diferença entre respondedores e não respondedores, a presença de níveis mais altos de Mo-MDSC no sangue no início do tratamento estava ligada a piores resultados.
Respostas de Anticorpos e Infiltração Tumoral
Os pesquisadores também investigaram como os sistemas imunológicos dos pacientes estavam respondendo a potenciais antígenos associados a tumores (TAAs). Eles descobriram que pacientes com um número maior dessas respostas tinham tempos de sobrevida mais curtos e progressão da doença mais rápida. Isso levanta a questão sobre o equilíbrio do sistema imunológico e se uma resposta imune forte a muitos antígenos poderia levar ao esgotamento imunológico, onde o corpo se torna menos eficaz em combater o câncer.
Em relação às biópsias de tumores, o estudo avaliou a infiltração de células imunes, como células T e Tregs. A presença de Tregs perto das células T poderia indicar uma resposta imunológica em andamento dentro dos tumores. Esse contexto levou à criação de um "Escore de Inflamação Tumoral", que poderia ajudar a prever como os pacientes se sairiam com o tratamento.
Os pesquisadores dividiram os pacientes em três grupos com base em seu Escore de Inflamação Tumoral e encontraram diferenças significativas na sobrevida livre de progressão. Aqueles com um escore mais alto tendiam a se sair melhor em comparação com os de escore mais baixo.
Conclusão Geral
A combinação de gemcitabina e pembrolizumabe mostrou ser viável nesse ensaio e não surgiram efeitos colaterais inesperados. No entanto, não demonstrou um benefício forte em comparação com dados históricos da gemcitabina sozinha.
No final, o estudo destaca a complexidade de tratar o CPNPC e a importância de entender a resposta imunológica. A esperança é que um dia, terapias personalizadas possam ser desenvolvidas com base nos perfis imunológicos dos pacientes, melhorando os resultados para aqueles que lutam contra essa doença desafiadora.
Direções Futuras
À medida que os pesquisadores continuam a investigar o potencial de combinar tratamentos no CPNPC, há uma empolgação em encontrar maneiras de estimular o sistema imunológico contra o câncer de forma mais eficaz. O campo está evoluindo, e as possibilidades de novas combinações e abordagens estão à frente.
O objetivo final é descobrir terapias que possam melhorar as respostas dos pacientes e, em última instância, levar a melhores taxas de sobrevivência para aqueles que enfrentam câncer de pulmão não pequenas células. Como dizem, cada passo conta, e cada informação nos aproxima de superar esse adversário formidável no mundo do câncer.
Título: Novel Multiplex Immunofluorescence-based Tumor Inflammation Score Provides Apparent Predictive Biomarker in a Phase I/II Study of Pembrolizumab With Gemcitabine in Patients with Previously-Treated Advanced Non-Small Cell Lung Cancer (NSCLC)
Resumo: Retrospective characterization of cell-cell relationships in the tumor microenvironment provides significantly better predictive power than PD-L1 expression, tumor mutational burden (TMB), or gene expression profiles. In this small study assessing the safety and possible efficacy of gemcitabine and pembrolizumab in immunotherapy-naive patients with NSCLC who have received prior treatment, we investigated both standard and novel immune parameters on 16 enrolled patients. The combination of gemcitabine and pembrolizumab could be administered safely but did not demonstrate synergism compared with historical controls. Novel findings of this study are that elevated frequencies of Tregulatory cells near CD3 T cells at baseline was associated with improved outcome to treatment (p
Autores: Rachel E. Sanborn, Shawn M. Jensen, Christopher Paustian, Shu-Ching Chang, Eloy Vetto, Quyen Vu, Venkatesh Rajamanickam, Brady Bernard, Yoshinobu Koguchi, William Redmond, Bernard A. Fox
Última atualização: 2024-12-21 00:00:00
Idioma: English
Fonte URL: https://www.medrxiv.org/content/10.1101/2024.12.20.24317919
Fonte PDF: https://www.medrxiv.org/content/10.1101/2024.12.20.24317919.full.pdf
Licença: https://creativecommons.org/licenses/by/4.0/
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