Entendendo a Realidade Virtual: Um Resumo Completo
Explore o mundo da Realidade Virtual e seu impacto na nossa percepção.
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Índice
- Como Percebemos a Realidade?
- A Relação Entre Sistemas Físicos e Computadores
- Graus de Liberdade em Sistemas Físicos
- O Processo de Simulação
- Sistemas de Simulação Conceitual Não Interativos
- Sistemas Interativos Conceituais: Realidade Virtual (RV)
- Limites Teóricos dos Sistemas de RV
- Aplicações do Mundo Real da RV
- Conclusão: O Potencial da Realidade Virtual
- Fonte original
- Ligações de referência
Nos últimos anos, a Realidade Virtual (RV) ficou muito mais popular e avançada. Começando com jogos simples na década de 1960, a RV agora se transformou em sistemas imersivos que podem enganar nossos sentidos e nos fazer sentir como se estivéssemos em outro mundo. A RV levanta questões interessantes. Por exemplo, será que pode enganar nossos cérebros a tal ponto que não conseguimos distinguir a vida real de uma inventada? É possível criar um mundo onde as regras físicas normais não se aplicam?
A resposta para a primeira pergunta é sim; é possível que nossas mentes sejam enganadas desse jeito. Quanto à segunda pergunta, sim, criar um mundo que pareça mágico e que não siga as leis físicas também é possível. No entanto, isso depende de quanta informação é escondida do Observador que está vivendo a RV, ou seja, o observador precisa estar disposto a aceitar o que vê.
Basicamente, um sistema de RV pode mostrar tanto experiências reais quanto inventadas. Para alguém usando um headset de RV, a experiência parece real, mesmo que não seja. Essa experiência pode ser trocada por qualquer outra experiência, seja ela real ou falsa.
Como Percebemos a Realidade?
Os humanos dependem de seus sentidos para entender o mundo ao seu redor. Esses sentidos incluem ver, ouvir, tocar, saborear e cheirar. Às vezes, nossa percepção da realidade pode ser enganada. Por exemplo, duas linhas retas que parecem curvas podem ser percebidas de forma diferente com base no que as rodeia. Esse engano de nossos sentidos é algo que acontece muito em ilusões de ótica.
Não é só a nossa visão que pode ser enganada. Nosso julgamento também pode ser induzido ao erro. Um exemplo famoso disso é o fenômeno "Fata Morgana", onde objetos parecem distorcidos devido a condições atmosféricas. A tecnologia de RV não tem a intenção de enganar nossa visão diretamente, mas foca em alterar nosso julgamento sobre o que vemos.
A RV funciona de duas maneiras principais: primeiro, bloqueia o mundo real, e segundo, cria uma realidade alternativa para nós vivermos. Embora a tecnologia de RV de hoje foque principalmente em visão, audição e tato, o desenvolvimento de ferramentas para paladar e olfato ainda está nas fases iniciais.
A Relação Entre Sistemas Físicos e Computadores
Vamos pensar sobre o que acontece dentro de um computador quando ele executa um programa. Fisicamente, o computador é um circuito eletrônico onde cargas elétricas fluem de acordo com as regras da física. Esses estados físicos iniciais podem ser vistos como o software ou aplicações que estão rodando.
Qualquer computação que acontece dentro de um computador é um evento físico que pode ser capturado através de certas variáveis que descrevem como aquele sistema muda ao longo do tempo. Essa visão de computação como um evento físico já foi discutida por especialistas no campo da computação quântica.
Muitos pesquisadores concordam que também podemos olhar para a questão oposta: sob quais condições podemos dizer que mudanças físicas, como um pêndulo balançando, representam uma computação?
Usando essa perspectiva, podemos investigar os limites da RV focando nos sistemas físicos que usamos para computação e como eles se relacionam com os Graus de Liberdade, que são as variáveis que representam diferentes aspectos de um sistema.
Graus de Liberdade em Sistemas Físicos
Graus de liberdade podem ser entendidos como o número de variáveis necessárias para descrever completamente um sistema. Esses podem ser sistemas físicos, como partículas ou planetas, ou imateriais, como a luz. Quando um sistema não tem limitações, seus graus de liberdade correspondem ao número de seus componentes.
Se houver restrições sobre como o sistema se comporta, então os graus de liberdade serão menores que o número total de componentes. Nesses casos, as variáveis no sistema estão interconectadas, e podemos expressá-las como funções dos graus de liberdade.
Por exemplo, se você está pensando sobre um grupo de partículas que estão interagindo sem restrições, os graus de liberdade podem ser uma medida de como essas partículas se movem. Em muitas situações, o movimento dessas partículas pode ser descrito usando apenas um parâmetro, como o tempo, enquanto seguem um caminho específico.
Em termos práticos, entender isso é importante para criar simulações realistas em RV, então é essencial manter isso em mente desde o começo.
O Processo de Simulação
Existem dois significados comuns para o termo "simulação." O primeiro significado envolve usar métodos numéricos para analisar um sistema físico em um determinado momento. Um bom exemplo é a previsão do tempo, que depende de simulações das condições atmosféricas.
O segundo significado de simulação refere-se a criar experiências para enganar nossos sentidos, permitindo que experimentemos algo diferente da realidade. Um exemplo disso é encontrado em videogames, onde os jogadores entram em um mundo virtual.
Às vezes, ambos os tipos de simulação podem acontecer juntos, como em simuladores de voo que treinam pilotos.
Sistemas de Simulação Conceitual Não Interativos
Vamos considerar um cenário onde um construtor cria um dispositivo simples que opera com base em certas regras, e um observador assiste a este dispositivo. O construtor e o observador concordam sobre quais partes do dispositivo são entradas, saídas e cálculos.
O observador pode fazer medições do dispositivo, permitindo que eles acompanhem como ele se comporta ao longo do tempo. Se o observador consegue mostrar que uma série de equações descreve o que vê, então ele acreditará que o sistema é real.
Se o observador não conseguir encontrar essas equações, pode tentar entender o que vê adicionando novas variáveis ou aplicando restrições que podem mudar ao longo do tempo. Se eles não conseguirem igualar as equações ao que o construtor diz que o dispositivo faz, concluirão que ele não simula um sistema físico real.
Vamos olhar alguns exemplos:
Exemplo 1: Uma caixa pesada com um disco deslizante dentro simula movimento livre. O observador pode concordar com o construtor, pois suas medições estão alinhadas.
Exemplo 2: Um dispositivo semelhante tem dois discos, mas apenas um é visível. O observador não consegue determinar um sistema funcional para o segundo disco, levando-o a concluir que a simulação não reflete a realidade com precisão.
Exemplo 3: Um disco conectado por molas simula movimento harmônico. O observador consegue encontrar as equações certas e concorda com o construtor.
Exemplo 4: Um disco escondido causa confusão; o observador não consegue entender o que está acontecendo com base em sua visão limitada.
A mensagem principal é que, para aceitar a simulação, o observador deve ser capaz de encontrar equações válidas que se alinhem ao que observa.
Sistemas Interativos Conceituais: Realidade Virtual (RV)
Os exemplos anteriores apenas permitiam observação passiva. Em uma configuração de RV, o observador agora pode interagir com a simulação, adicionando um controlador que lhe dá influência sobre a experiência. Isso permite que o observador aplique forças e interaja com o ambiente virtual.
Por exemplo, um disco em um recipiente pode ser movido usando uma vara, permitindo que o observador veja como suas ações influenciam o movimento do disco. Esse engajamento diferencia a RV dos exemplos anteriores.
No entanto, se houver componentes ocultos no sistema, o observador pode encontrar inconsistências na simulação, levando-o a questionar sua validade.
Limites Teóricos dos Sistemas de RV
Com a discussão anterior, podemos ver que sistemas de computação e seus graus de liberdade são muito importantes para entender a RV. A saída, entrada e processamento do computador compartilham conjuntos únicos de graus de liberdade.
Com sistemas de simulação que não incluem dispositivos de entrada, os observadores podem classificá-los como físicos ou não físicos com base em como os componentes interagem. Se variáveis ocultas não afetarem as observáveis, o sistema ainda pode ser visto como físico. No entanto, se interagirem, será visto como não físico.
Quando dispositivos de entrada estão presentes, o observador tem uma chance maior de classificar corretamente o sistema. Se eles puderem influenciar todos os graus de liberdade com suas ações, também verão se a simulação corresponde à realidade que o construtor afirma criar.
Aplicações do Mundo Real da RV
Na realidade, sistemas de RV não são baseados apenas em princípios físicos. Eles também vêm do mundo da eletrônica digital. Configurações comuns de RV usam telas e fones de ouvido, onde pixels e frequências sonoras produzem o que o usuário vivencia.
Por exemplo, considere um computador que representa informações em uma tela usando pixels. Isso representa um processo físico que permite a um observador visualizar o que está acontecendo na simulação.
Mesmo em forma digital, a experiência do observador depende dos graus de liberdade disponíveis naquele sistema em evolução.
Conclusão: O Potencial da Realidade Virtual
Através da nossa exploração, concluímos pontos-chave sobre os limites potenciais da RV. Um sistema de RV pode simular tanto experiências da vida real quanto fantásticas. No entanto, para recriar completamente a realidade, ele requer mais graus de liberdade do que os do sistema real que está sendo simulado.
Embora alguém possa vivenciar com sucesso um ambiente virtual que parece real, essa ilusão pode ser quebrada se o observador interagir com a simulação. Nesse caso, se as ações que tomam revelarem inconsistências, a mágica da RV começa a desaparecer.
Em resumo, a RV pode proporcionar uma maneira empolgante de experienciar a realidade e a imaginação. A experiência muitas vezes parece genuína e pode ser trocada por várias outras experiências, sejam elas reais ou não.
Título: Theoretical limits of Virtual Reality
Resumo: In recent years there has been a strong development of the concept of virtual reality (VR) which from the first video games developed in the 60s has reached the current immersive systems. VR and the consequent deception of perception pose an interesting question: is it possible to deceive the mind to the point of not being able to recognize whether the perceived reality is real or simulated? In addition to this question, another question arises spontaneously: is it possible to simulate a non-reality in which the physical laws do not apply? The answer to the first question is that it would theoretically be possible to deceive the mind to the point of not being able to recognize whether the perceived reality is real or simulated, furthermore it is also possible to simulate a non-real, i.e. magical, world. However, this possibility is based on hiding degrees of freedom from the observer, therefore it requires the complicity of the observer to be realised. It can be said that a VR system can simulate both a real and non-real experience. For an observer, a virtual reality experience is still an experience of reality. This experience can be exchanged for a different experience, that is, for a different reality that can be real or not real.
Autores: Francesco Sisini, Valentina Sisini, Laura Sisini
Última atualização: 2023-02-18 00:00:00
Idioma: English
Fonte URL: https://arxiv.org/abs/2302.10190
Fonte PDF: https://arxiv.org/pdf/2302.10190
Licença: https://creativecommons.org/licenses/by/4.0/
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