Investigando o Engajamento e o Desengajamento na Foco na Tarefa
Estudo investiga como a atividade cerebral afeta o engajamento e o desligamento de tarefas em macacos-prego.
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Todo mundo tem dias bons e ruins quando se trata de fazer as coisas. Às vezes, a gente se sente animado e pronto pra encarar as Tarefas, enquanto em outras, não conseguimos reunir energia nem pra fazer as coisas mais simples. É normal a gente se distrair, principalmente com dispositivos como os celulares, que nos afastam do que deveríamos estar focando. Esse lance não é só sobre perder interesse nas tarefas. Pra algumas pessoas, essa falta de motivação é um problema sério ligado a questões de saúde mental.
Ficar focado nas tarefas por um bom tempo é crucial pra alcançar nossos objetivos. Embora fatores externos como recompensas possam influenciar nossa motivação, também tem razões internas que podem afetar o quanto estamos engajados. Às vezes, mesmo quando tem recompensas pra nos motivar, a gente ainda consegue se desconectar. Isso sugere que manter o foco requer uma energia mental que pode ser desgastada. Fazer pausas pode ajudar a recuperar essa energia.
Quando a motivação muda, a gente pode notar mudanças na rapidez com que respondemos às tarefas. Mas escolher se engajar numa tarefa ou se afastar dela é uma decisão completamente diferente de quão rápido sabemos que podemos agir. Por exemplo, estar engajado não é a mesma coisa que perder a atenção, o que leva a erros na forma como respondemos durante as tarefas.
Nesse estudo, a gente investiga como as pessoas trocam entre ficar focadas e perder o interesse em diferentes tarefas. Registramos a Atividade Cerebral pra entender o que acontece quando alguém de repente se desconecta de uma tarefa. Escolhemos estudar macacos-prego porque eles naturalmente alternam entre estar focados e desconectados, nos dando uma oportunidade melhor de ver como isso funciona.
Metodologia
Design do Estudo
A gente olhou pra quatro tarefas diferentes com os macacos-prego enquanto monitorava a atividade cerebral deles usando uma técnica chamada fMRI. Esse método deixa a gente ver como os cérebros deles reagem quando de repente perdem o foco nas tarefas, independentemente do que sejam essas tarefas.
Macacos-prego são ideais pra esse tipo de pesquisa porque, ao contrário dos humanos que podem não desistir em um experimento, eles frequentemente alternam entre focar e perder o interesse. Esse comportamento dá uma chance única de estudar como essas desconexões ocorrem e como elas se relacionam com atividades cerebrais específicas.
Tarefas
As quatro tarefas que usamos permitiram que a gente olhasse diferentes processos de tomada de decisão. Cada tarefa foi desenhada pra testar como os macacos respondiam a várias recompensas e desafios. Durante essas tarefas, registramos quando os macacos se desconectaram e como eles se reengajaram na tarefa depois.
Pra analisar o comportamento deles de maneira consistente nas diferentes tarefas, definimos desconexão como qualquer momento em que os macacos não respondessem por mais de três segundos, ou quando não respondessem de jeito nenhum durante um teste.
Análise de Dados
A gente categorizou as respostas dos macacos em dois tipos: engajados e desconectados. Fazendo isso, conseguimos acompanhar os níveis de Engajamento deles durante as tarefas. Também eliminamos as influências de fatores externos, como o nível de recompensas que receberam, pra focar em vez disso na motivação interna deles.
Usando esses métodos, descobrimos que o engajamento dos macacos não era constante; variava ao longo do tempo. A gente percebeu que momentos de engajamento e desconexão frequentemente aconteciam em grupos, ou seja, se um macaco se desconectasse uma vez, era provável que ele se desconectasse de novo logo depois.
Pra ter uma visão detalhada dos níveis de engajamento, usamos modelos matemáticos que ajudaram a estimar quão engajados os macacos estavam em qualquer ponto durante as tarefas. Sincronizamos nossa análise com dois eventos chave: o fim de uma tarefa e o início da próxima pra ver como o engajamento variava durante esses períodos.
Descobertas
Níveis de Engajamento
Quando a gente olhou os dados, viu padrões claros de atividade cerebral relacionados tanto a momentos de engajamento quanto de desconexão. Especificamente, encontramos uma parte do cérebro chamada córtex cingulado anterior perigenual (pgACC) que estava ativa quando os macacos estavam engajados. Essa área mostrava diferentes níveis de atividade durante momentos de alto engajamento e quando aconteceu a desconexão.
A gente também descobriu que quando houve uma mudança repentina no engajamento-uma desconexão surpreendente-outras áreas do cérebro mostraram mudanças na atividade também. Esses padrões de comportamento sugerem que a desconexão pode ocorrer inesperadamente, mesmo quando um macaco geralmente está focado na tarefa.
Atividade Neural
Analisar a atividade cerebral nos deu uma visão sobre como o engajamento é governado. Atividade significativa foi observada em regiões como o pgACC, que desempenha um papel vital na motivação e nas respostas emocionais.
Quando os macacos estavam engajados, essa área mostrava uma atividade elevada. No entanto, quando eles se desconectavam, a atividade nessa região diminuía bastante. Isso sugere que o pgACC está intimamente ligado a gerenciar os níveis de engajamento.
Interessantemente, a gente também descobriu que diferentes tipos de tarefas geravam padrões distintos de atividade no cérebro. Por exemplo, os macacos tinham respostas variadas com base na natureza das recompensas pelas quais estavam trabalhando. A resposta do cérebro não era uniforme em todas as tarefas, indicando que tanto o tipo de tarefa quanto o nível de recompensa influenciavam significativamente o engajamento.
Efeitos da Estimulação
Pra investigar mais esses achados, usamos uma técnica chamada estimulação ultrassônica transcraniana (TUS) pra alterar a atividade no pgACC. Essa manipulação nos permitiu ver se mudanças na atividade cerebral influenciavam o quanto os macacos estavam engajados durante as tarefas.
Após a estimulação do pgACC, os macacos mostraram uma melhora significativa em manter o engajamento nas tarefas, especialmente na primeira metade do período de teste. Em contraste, a estimulação de outras regiões de controle não teve o mesmo efeito, destacando o papel único do pgACC em manter o foco.
Discussão
Os resultados desse estudo enfatizam a importância do pgACC na regulação do engajamento em tarefas. Nossas descobertas sugerem que essa área do cérebro é crucial pra gerenciar o foco, e interrupções na sua atividade podem levar a um aumento na desconexão.
Entender esses processos pode dar uma ideia do porquê algumas pessoas podem ter dificuldades com motivação e engajamento em atividades diárias. Isso é particularmente relevante em contextos como depressão e outras questões de saúde mental onde o engajamento nas tarefas é muitas vezes comprometido.
O estudo lança luz sobre como o engajamento flutua e revela que a desconexão não é simplesmente uma falta de interesse, mas pode ser uma decisão ativa influenciada por várias regiões do cérebro. Ao mapear essas atividades neurais, podemos entender melhor a dinâmica de foco e distração, o que tem implicações mais amplas tanto pra pesquisa quanto pra práticas terapêuticas.
Conclusão
Em resumo, essa pesquisa demonstra que o engajamento em tarefas é um processo dinâmico envolvendo atividades cerebrais intrincadas. Com os macacos-prego como nosso modelo, conseguimos observar como o engajamento nas tarefas pode mudar e identificar as regiões do cérebro associadas a essas mudanças. O pgACC surgiu como uma área crítica pra sustentar o foco, e manipular sua atividade mostrou que é possível aumentar o engajamento.
Pesquisas contínuas nessa área têm o potencial de aprofundar nossa compreensão sobre motivação e abrir caminho pra novas abordagens pra lidar com questões relacionadas à desconexão, especialmente em pessoas que enfrentam desafios de saúde mental. À medida que avançamos, será essencial explorar as conexões entre nossas descobertas e os aspectos mais amplos do comportamento humano, cognição e bem-estar emocional.
Título: General mechanisms of task engagement in the primate frontal cortex
Resumo: Staying engaged with a task is necessary to maintain goal-directed behaviors. Although engagement varies with the specific task at hand it also exhibits continuous, intrinsic fluctuations widely. This intrinsic component of engagement is difficult to isolate behaviorally or neurally in controlled experiments with humans. By contrast, animals spontaneously move between periods of complete task engagement and disengagement, even in experimental settings. We, therefore, looked at behavior in macaques in a series of four tasks while recording fMRI signals. We identified consistent autocorrelation in task disengagement. This made it possible to build models capturing task-independent engagement and to link it to neural activity. Across all tasks, we identified common patterns of neural activity linked to impending task disengagement in mid-cingulate gyrus. By contrast, activity centered in perigenual anterior cingulate cortex (pgACC) was associated with maintenance of task performance. Importantly, we were able to carefully control for task-specific factors such as the reward history, choice value, and other motivational effects, such as response vigor, as indexed by response time, when identifying neural activity associated with task engagement. Moreover, we showed pgACC activity had a causal link to task engagement; in one of our tasks, transcranial ultrasound stimulation of pgACC, but not of control regions, changed task engagement/disengagement patterns.
Autores: Jan Grohn, N. Khalighinejad, C. Jahn, A. Bongioanni, U. Schuffelgen, J. Sallet, M. Rushworth, N. Kolling
Última atualização: 2024-01-16 00:00:00
Idioma: English
Fonte URL: https://www.biorxiv.org/content/10.1101/2024.01.16.575830
Fonte PDF: https://www.biorxiv.org/content/10.1101/2024.01.16.575830.full.pdf
Licença: https://creativecommons.org/licenses/by/4.0/
Alterações: Este resumo foi elaborado com a assistência da AI e pode conter imprecisões. Para obter informações exactas, consulte os documentos originais ligados aqui.
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