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Avanços em Grafeno 3D para Armazenamento de Hidrogênio

Pesquisa revela uma nova estrutura de grafeno 3D que melhora a eficiência do armazenamento de hidrogênio.

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Enquanto o mundo busca formas de reduzir o uso de combustíveis fósseis, o foco tá mudando pra fontes de energia renovável. Uma solução promissora é o Hidrogênio, que pode armazenar energia e tem potencial pra ser uma fonte limpa de combustível. Mas armazenar hidrogênio de forma segura e eficiente ainda é um desafio.

Os métodos tradicionais de armazenamento de hidrogênio, como cilindros de gás comprimido ou liquefação criogênica, enfrentam várias questões práticas e de segurança. Soluções em estado sólido, que armazenam hidrogênio fisicamente ou quimicamente, tão se tornando mais atrativas devido à sua eficiência e segurança em pressões e Temperaturas mais baixas.

O Papel do Grafeno no Armazenamento de Hidrogênio

O grafeno, uma camada de carbono com apenas um átomo de espessura, tem chamado atenção por suas propriedades únicas, como alta área de superfície, leveza e capacidade de conduzir eletricidade. Os pesquisadores tão interessados em usar grafeno pra armazenar hidrogênio porque essas características podem levar a sistemas de armazenamento mais eficazes e compactos.

Porém, as estruturas de grafeno planas sozinhas precisam de uma grande área de superfície pra armazenar quantidades significativas de hidrogênio, o que não é prático. Uma abordagem promissora pra superar essa limitação é criar estruturas de grafeno tridimensionais (3D) que mantenham as propriedades benéficas do grafeno enquanto oferecem uma área de superfície efetiva maior.

Criando Grafeno 3D

Nesta pesquisa, foi desenvolvido uma nova estrutura de grafeno 3D crescendo grafeno em um tipo especial de carbeto de silício (SiC) que foi tratado pra criar uma superfície porosa. Essa estrutura porosa aumenta significativamente a área de superfície disponível em comparação com o grafeno plano.

O processo de crescimento do grafeno envolve aquecer o SiC em uma câmara de vácuo. Conforme o silício do SiC evapora, os átomos de carbono se acumulam e formam grafeno. Esse método de crescimento permite que o grafeno assuma a forma complexa e tridimensional do SiC poroso, aumentando seu potencial como material de armazenamento de hidrogênio.

Absorção de Hidrogênio e Ligação Química

O estudo foca na capacidade desse grafeno 3D de absorver hidrogênio, especificamente deuterônio atômico (um isótopo mais pesado do hidrogênio). Quando exposto ao gás deuterônio, a estrutura de grafeno 3D se liga quimicamente com os átomos de deuterônio, resultando em interações estáveis à temperatura ambiente.

A pesquisa descobriu que dois tipos de ligações químicas se formam quando o grafeno 3D é exposto ao deuterônio. Essa descoberta é significativa porque nenhum estudo anterior havia demonstrado tais interações de hidrogênio em estruturas de grafeno não modificadas. Isso sugere que pode estar ocorrendo uma reação catalítica na superfície do grafeno que ajuda a separar o deuterônio molecular em átomos individuais, que então podem se ligar ao grafeno.

A Importância da Temperatura no Armazenamento de Hidrogênio

A temperatura desempenha um papel crítico no desempenho dos materiais de armazenamento de hidrogênio. O estudo examina como diferentes temperaturas de exposição ao hidrogênio afetam a absorção de hidrogênio na estrutura de grafeno 3D.

Usando um método chamado Espectroscopia de Desorção Térmica (TDS), os pesquisadores podem analisar como o deuterônio é liberado do grafeno. As medições de TDS revelam faixas de temperatura distintas nas quais o deuterônio é liberado, indicando a força e a estabilidade das ligações entre os átomos de deuterônio e o grafeno.

Efeitos de Recozimento na Qualidade do Grafeno

Os pesquisadores também exploram como a qualidade do grafeno 3D afeta sua capacidade de armazenar hidrogênio. Pra melhorar as propriedades do grafeno, eles submetem amostras a uma série de etapas de aquecimento (recozimento) em temperaturas progressivamente mais altas. Esse processo visa melhorar a estrutura do grafeno, influenciando assim o quanto ele pode absorver hidrogênio.

Os resultados mostram que, à medida que a temperatura de recozimento aumenta, a capacidade do grafeno de absorver hidrogênio melhora. Isso implica que um grafeno de melhor qualidade, com menos defeitos, permite um armazenamento de hidrogênio mais eficaz.

Hidrogenação a Baixa Temperatura

Além de estudar a hidrogenação à temperatura ambiente, a pesquisa também examina a hidrogenação a baixa temperatura. O objetivo é determinar como a diminuição da temperatura afeta as interações entre o deuterônio e o grafeno 3D.

Em temperaturas baixas, a desorção do deuterônio é mais sutil, e sinais de interações mais fracas de hidrogênio se tornam aparentes. No entanto, a presença de certos picos nos dados indica que, mesmo em temperaturas baixas, o grafeno mantém a capacidade de se ligar ao deuterônio.

O Modelo de Emissão Retardada

Uma descoberta única da pesquisa é o "Modelo de Emissão Retardada", que descreve como as moléculas liberadas da estrutura de grafeno levam tempo pra escapar. A natureza 3D da estrutura significa que algumas moléculas de deuterônio ficam presas nos poros do grafeno por um tempo antes de serem detectadas.

Esse atraso na detecção das moléculas liberadas pode complicar a interpretação dos dados. Ao modificar a técnica de medição pra levar em conta essa liberação retardada, os pesquisadores podem compreender melhor as interações que ocorrem dentro da estrutura do grafeno.

Direções Futuras para o Armazenamento de Hidrogênio

Essa pesquisa abre novas possibilidades pra melhorar as tecnologias de armazenamento de hidrogênio. Ao melhorar as propriedades do grafeno 3D por meio de métodos como funcionalização com átomos ou clusters de metais, os pesquisadores esperam criar materiais que conseguem armazenar mais hidrogênio e fazer isso com mais segurança.

As aplicações potenciais vão além de apenas armazenar hidrogênio. As estruturas de grafeno 3D poderiam ser usadas como eletrodos em células eletrolíticas pra divisão da água ou em vários catalisadores, combinando produção e armazenamento de hidrogênio em um único sistema.

Conclusão

O desenvolvimento de uma nova estrutura de grafeno 3D para armazenamento de hidrogênio representa um avanço significativo na tecnologia de armazenamento de energia. As descobertas sugerem que essas estruturas não só têm potencial pra armazenamento eficiente de hidrogênio, mas também poderiam desempenhar um papel em várias aplicações energéticas, incluindo catálise e produção de hidrogênio.

À medida que a pesquisa avança, otimizar as propriedades do grafeno 3D será crucial pra tornar o hidrogênio uma fonte de energia alternativa viável pro futuro. As estratégias discutidas neste estudo estabelecem as bases para mais avanços no campo do armazenamento de energia a hidrogênio.

Fonte original

Título: Study of hydrogen absorption in a novel three-dimensional graphene structure: Towards hydrogen storage applications

Resumo: The use of a novel three-dimensional graphene structure allows circumventing the limitations of the two-dimensional nature of graphene and its application in hydrogen absorption. Here we investigate hydrogen-bonding on monolayer graphene conformally grown via the epitaxial growth method on the (0001) face of a porousified 4H-SiC wafer. Hydrogen absorption is studied via Thermal Desorption Spectroscopy (TDS), exposing the samples to either atomic (D) or molecular (D2) deuterium. The graphene growth temperature, hydrogen exposure temperature, and the morphology of the structure are investigated and related to their effect on hydrogen absorption. The three-dimensional graphene structures chemically bind atomic deuterium when exposed to D2. This is the first report of such an event in unfunctionalized graphene-based materials and implies the presence of a catalytic splitting mechanism. It is further shown that the three-dimensional dendritic structure of the porous material temporarily retains the desorbed molecules and causes delayed emission. The capability of chemisorbing atoms after a catalytic splitting of hydrogen, coupled to its large surface-to-volume ratio, make these structures a promising substrate for hydrogen storage devices.

Autores: Aureliano Macili, Ylea Vlamidis, Georg Pfusterschmied, Markus Leitgeb, Ulrich Schmid, Stefan Heun, Stefano Veronesi

Última atualização: 2023-02-17 00:00:00

Idioma: English

Fonte URL: https://arxiv.org/abs/2302.08813

Fonte PDF: https://arxiv.org/pdf/2302.08813

Licença: https://creativecommons.org/licenses/by/4.0/

Alterações: Este resumo foi elaborado com a assistência da AI e pode conter imprecisões. Para obter informações exactas, consulte os documentos originais ligados aqui.

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