Usando Smartphones pra Monitorar Polinizadores
A pesquisa foca na tecnologia de smartphones pra estudar o comportamento dos polinizadores.
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Índice
- Mudança para Monitoramento Automatizado de Polinizadores
- Tecnologias Atuais para Monitoramento de Polinizadores
- Avaliando as Capacidades do Smartphone para Pesquisa de Polinizadores
- Configuração do Smartphone para Monitoramento
- Identificando Insetos a partir de Imagens de Smartphone
- Resultados do Estudo
- Desafios Enfrentados Durante a Identificação
- Lições Aprendidas e Próximos Passos
- Fonte original
A polinização é super importante pra muitas plantas, incluindo as que a gente come. Polinizadores, como abelhas e borboletas, ajudam as plantas a se reproduzirem, transferindo pólen de uma flor pra outra. Esse processo é chave pra produção de frutas, sementes e novas plantas. Mas a gente precisa estudar como esses polinizadores interagem com as plantas e como mudanças no ambiente e no comportamento podem afetar essas interações ao longo do tempo.
Monitorar essas interações entre plantas e polinizadores é essencial. Muitas espécies de polinizadores são difíceis de identificar só de olhar. Por isso, os pesquisadores costumam pegar insetos que visitam flores e depois examinar eles mais tarde em um microscópio ou identificá-los usando métodos genéticos, como o DNA barcoding. Apesar de serem precisos, esses métodos levam tempo, podem ser caros e precisam de um conhecimento especializado.
Além disso, esses métodos podem prejudicar as populações de insetos, já que muitos precisam ser mortos pra amostragem. Com o avanço das câmeras e da inteligência artificial (IA), os cientistas estão buscando maneiras menos nocivas de estudar os polinizadores.
Mudança para Monitoramento Automatizado de Polinizadores
Estudos recentes sugerem que a gente pode automatizar a detecção e Identificação de polinizadores que visitam flores. Sistemas automatizados geralmente envolvem câmeras que capturam imagens dos insetos e algoritmos de aprendizado de máquina que os identificam com base em suas características. Porém, nem todo inseto pode ser identificado só olhando pra uma foto. Alguns detalhes importantes podem estar escondidos ou só visíveis sob um microscópio. Isso significa que a gente precisa de imagens de alta qualidade pra ajudar na identificação.
Tem várias características cruciais que as câmeras usadas nessa pesquisa precisam ter. A câmera deve conseguir tirar fotos nítidas de insetos rápidos em diferentes iluminações e em fundos de flores movimentados. Ela também precisa ser resistente o suficiente pra funcionar em condições climáticas extremas e aguentar muitas horas sem precisar de recarga. Além disso, as câmeras não podem incomodar os polinizadores, devem ser fáceis de usar e acessíveis pra pesquisadores com orçamentos limitados. Finalmente, as câmeras devem produzir imagens que não ocupem muito espaço.
Tecnologias Atuais para Monitoramento de Polinizadores
Os desenvolvimentos em sistemas de câmeras pra estudar polinizadores estão em andamento. Várias tecnologias estão sendo testadas, incluindo câmeras digitais, armadilhas fotográficas e microcomputadores programáveis. Embora alguns desses sistemas funcionem bem, eles podem ser caros e exigem conhecimentos técnicos pra configurar e gerenciar.
Alguns pesquisadores começaram a explorar o uso de Smartphones pra monitorar polinizadores. Os smartphones têm várias vantagens: são relativamente baratos, fáceis de usar e amplamente disponíveis. As pessoas podem configurá-los sem ter conhecimento técnico prévio e podem complementar com acessórios como power banks e tripés. Além disso, os smartphones vêm com sensores embutidos que podem registrar detalhes ambientais, como temperatura e níveis de luz, o que agrega mais valor aos estudos realizados.
Apesar do potencial de usar smartphones, poucas pesquisas se concentraram nessa abordagem. Um estudo tentou usar a tecnologia de smartphone e descobriu que capturar imagens nítidas de polinizadores era desafiador. Muitas das fotos não tinham insetos porque a configuração não era eficaz.
Outro estudo usou um modelo específico de smartphone pra capturar vídeos de abelhas-de-honra visitando flores e relatou sucesso focando nessa única espécie de planta. No entanto, mais pesquisa é necessária pra ver se os smartphones podem ajudar a monitorar uma gama mais ampla de insetos e plantas.
Avaliando as Capacidades do Smartphone para Pesquisa de Polinizadores
Este artigo teve como objetivo explorar quão eficazes os smartphones são em capturar automaticamente imagens de insetos visitando flores. Primeiro, descrevemos como montamos nossas observações e selecionamos imagens pra identificação. Depois, analisamos quão bem os especialistas conseguiram identificar os insetos com base nas imagens coletadas, observando os diferentes níveis de identificação taxonômica, como ordem, família, gênero e espécie.
Nossa pesquisa ocorreu em áreas verdes urbanas em Leipzig e Halle. Selecionamos várias plantas floridas pra monitorar. As flores foram escolhidas com base na frequência de visitas, com nosso objetivo de capturar imagens de insetos que visitam. No total, estudamos 33 espécies diferentes de plantas ao longo de vários meses.
Configuração do Smartphone para Monitoramento
Montamos um smartphone acima de uma flor pra monitorar os polinizadores. O telefone tiraria imagens em time-lapse a cada segundo por cerca de uma hora. Após cada sessão, movíamos o telefone pra uma flor diferente. A maioria das nossas observações aconteceu em dias ensolarados pra garantir uma iluminação adequada.
Na configuração do smartphone, fixamos o dispositivo em um tripé e o conectamos a um power bank pra uso contínuo. Utilizamos um app pra capturar imagens em time-lapse, com foco em conseguir imagens nítidas enquanto minimizávamos distrações de fundo. Cada sessão de time-lapse produziu uma pasta especificamente nomeada para cada espécie de planta que monitoramos.
Colocamos a câmera pra focar na flor escolhida e desativamos o recurso de foco automático pra evitar foco indesejado no fundo. Pra manter as flores firmes em condições de vento, as fixamos com gravetos.
Identificando Insetos a partir de Imagens de Smartphone
Após coletar as imagens, examinamos cuidadosamente cada uma pra verificar a presença de insetos. Se um inseto fosse visto, o contornávamos e o identificávamos pelo menos até o nível da ordem. Utilizamos ferramentas de software específicas que são gratuitas e simples pra analisar as imagens e registrar nossas descobertas.
Depois, transformamos nossos dados em planilhas pra permitir uma análise detalhada. Especialistas com conhecimento entomológico revisaram as imagens, identificando os insetos nas duas principais ordens de interesse: Hymenoptera (abelhas e vespas) e Diptera (moscas).
Durante nossa pesquisa, coletamos um número enorme de imagens, das quais uma pequena parte continha insetos. Nossas descobertas mostraram que podíamos identificar insetos até o nível de ordem de forma consistente. No caso de Hymenoptera, muitos podiam ser identificados até o nível de gênero, enquanto a identificação de moscas se mostrou mais desafiadora.
Resultados do Estudo
Anotamos muitas pastas com imagens tiradas das flores, e um grande número de imagens continha insetos. A maioria dos insetos que encontramos pertencia à ordem Hymenoptera, que inclui os polinizadores que normalmente estudamos. No entanto, ocasionalmente encontramos moscas e outros grupos.
Cerca de 60% das imagens mostraram Hymenoptera, enquanto uma proporção menor envolveu Diptera. Enfrentamos algumas dificuldades em identificar espécies específicas, principalmente devido a características ocultas ou imagens que estavam borradas demais pra fornecer indicações claras de qual espécie estava presente.
Por exemplo, um grande número das imagens que mostraram Hymenoptera pôde ser identificado até o nível de família. Muitas não puderam ser identificadas mais além devido a vários motivos, como estar fora de foco, muito pequenas pra ver ou escondidas por estruturas da flor ou outras plantas.
Apesar disso, algumas espécies dentro da ordem Hymenoptera puderam ser identificadas com mais clareza, graças a características distintas, mesmo quando vistas a partir de fotos. O mesmo desafio se aplicou ao grupo Diptera. No entanto, uma porcentagem maior das imagens de Diptera permaneceu não identificada devido à falta de características visíveis das asas, dificultando a identificação até a família ou gênero.
Desafios Enfrentados Durante a Identificação
Vários fatores complicaram nossa capacidade de identificar os insetos, especialmente no caso das espécies menores. Muitas características necessárias pra uma identificação precisa estavam ocultas ou não visíveis devido à qualidade da imagem. Por exemplo, diferenciar entre diferentes espécies de moscas-das-flores requer vistas claras das estruturas das asas, que muitas vezes estavam faltando.
A maioria das imagens capturadas não continha insetos, já que a configuração dependia da fotografia em time-lapse, levando a um alto volume de fotos sem polinizadores presentes. Isso não é incomum em estudos similares, mas destaca a necessidade de um sistema de gatilho melhor pra capturar os momentos certos.
Imagens sujas ou obscuras dificultaram a identificação, seja porque os insetos eram muito pequenos, estavam mal posicionados ou simplesmente fora de foco. Para muitos desses casos, mesmo sistemas de câmeras mais avançados talvez não melhorassem a identificação, já que ainda enfrentariam os mesmos desafios de capturar insetos minúsculos e rápidos.
Lições Aprendidas e Próximos Passos
Através dessa pesquisa, aprendemos sobre vários fatores chave que afetam o uso de smartphones pra monitorar polinizadores. Primeiro, descobrimos que as baterias permaneciam confiáveis durante longas sessões de campo. Entretanto, ocasionalmente enfrentamos problemas quando os smartphones superaqueceram em calor extremo, e a umidade poderia afetar o carregamento.
Usar uma resolução de câmera fixa provou ser benéfico, já que resoluções mais altas criavam mais dados do que o necessário sem melhorar a identificação de insetos. Encontrar o equilíbrio certo entre qualidade da imagem e tamanho do arquivo é essencial pra estudos futuros.
Uma melhoria chave que precisamos é de um app que possa definir áreas específicas de interesse pra focar a câmera. Isso permitiria uma melhor detecção de insetos e ajudaria a minimizar o ruído de fundo nas imagens.
Também descobrimos que o tipo de lente do smartphone importa. Telefones com melhores capacidades de zoom óptico podem ajudar a capturar detalhes claros sem precisar estar muito perto das flores, o que pode assustar os insetos.
Finalmente, o alto número de imagens vazias mostrou a importância de refinar nossos métodos. Precisamos considerar o uso de tecnologia de IA avançada pra uma melhor coleta de dados, enquanto estamos cientes de seus preconceitos em relação a certas espécies.
No geral, smartphones são uma ferramenta promissora pra monitorar polinizadores, mas ainda existem vários desafios e áreas pra melhorar. Ao otimizar seu uso e aprimorar a tecnologia, podemos entender melhor esses contribuintes vitais dos nossos ecossistemas.
Título: Utilising affordable smartphones and open-source time-lapse photography for monitoring pollinators
Resumo: Monitoring plant-pollinator interactions is crucial for understanding factors that influence these relationships across space and time. While traditional methods in pollination ecology are time-consuming and resource-intensive, the growing availability of photographic technology, coupled with advancements in artificial intelligence classification, offers the potential for non-destructive and automated techniques. However, it is important that the photographs are of high enough quality to enable insects to be identified at lower taxonomic levels, preferably genus or species levels. This study assessed the feasibility of using smartphones to automatically capture images of insects visiting flowers and evaluated whether the captured images offered sufficient resolution for precise insect identification. Smartphones were positioned above target flowers from various plant species to capture time-lapse images of any flower visitor in urban green areas around Leipzig and Halle, Germany. We present the proportions of insect identifications achieved at different taxonomic levels, such as order, family, genus, and species, and discuss whether limitations stem from the automated approach (e.g., inability to observe distinguishing features in images despite high image quality) or low image quality. Practical recommendations are provided to address these challenges. Our results indicate that for bee families, nearly three quarters of all cases could be identified to genus level. Flies were more difficult, due to the small size of many individuals and the more challenging features needed for identification (e.g., in the wing veins). Overall, we suggest that smartphones are an effective tool when optimised by researchers. As technology continues to advance, smartphones are becoming increasingly accessible, affordable, and user-friendly, rendering them an appealing option for pollinator monitoring.
Autores: Valentin Stefan, A. Workman, J. C. Cobain, D. Rakosy, T. M. Knight
Última atualização: 2024-02-02 00:00:00
Idioma: English
Fonte URL: https://www.biorxiv.org/content/10.1101/2024.01.31.578173
Fonte PDF: https://www.biorxiv.org/content/10.1101/2024.01.31.578173.full.pdf
Licença: https://creativecommons.org/licenses/by/4.0/
Alterações: Este resumo foi elaborado com a assistência da AI e pode conter imprecisões. Para obter informações exactas, consulte os documentos originais ligados aqui.
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