Desigualdades na Vacinação Durante a COVID-19 no Chile
Uma olhada em como o status socioeconômico afeta as taxas de vacinação contra a COVID-19 no Chile.
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Índice
- Acesso à Vacina e Variantes
- O Papel do Status Socioeconômico
- Taxas de Vacinação e Fatores Socioeconômicos
- Campanha de Vacinação do Chile para Crianças
- Inequidade na Cobertura de Vacinação Entre Escolas
- Entendendo os Índices Socioeconômicos
- Análise Estatística da Vacinação e SES
- Mudanças na Inequidade ao Longo do Tempo
- Desafios para Abordar as Disparidades de Vacinação
- A Necessidade de Melhores Políticas Públicas
- Conclusão
- Fonte original
- Ligações de referência
Desde o surto de COVID-19, o mundo enfrentou grandes desafios. Mais de 6 milhões de pessoas morreram por causa do vírus desde que foi identificado no final de 2019. Dois anos depois do início da pandemia, questões como a hesitação em vacinar e novas variantes do vírus continuam a afetar nosso dia a dia. Vacinas foram desenvolvidas e aprovadas rapidamente para ajudar a reduzir a propagação do vírus, hospitalizações e mortes. No entanto, muitas pessoas, especialmente em países mais pobres, ainda têm dificuldade de acessar essas vacinas que salvam vidas.
Acesso à Vacina e Variantes
O surgimento de novas variantes como a Delta e a Omicron gerou preocupações contínuas. Essas variantes geralmente aparecem em áreas com altas taxas de infecção, como Brasil, Índia e África. A presença de grupos anti-vacinas e a disseminação de desinformação complicaram os esforços para aumentar as Taxas de Vacinação. Entender por que as pessoas hesitam em se vacinar é fundamental para criar estratégias de saúde pública eficazes.
O Papel do Status Socioeconômico
O impacto da COVID-19 não é igual para todo mundo. Pesquisas mostram que o status socioeconômico (SES) das comunidades tem um papel significativo em quão severamente elas são afetadas. Estudos revelaram que áreas mais pobres enfrentam taxas mais altas de infecção e morte devido à COVID-19. Por exemplo, em Santiago, Chile, áreas com SES mais baixo tinham taxas de mortalidade por COVID-19 mais altas. Essa tendência é evidente em outros países também, onde níveis de educação mais baixos e uma maior porcentagem de grupos étnicos específicos estão ligados a piores resultados do vírus.
Taxas de Vacinação e Fatores Socioeconômicos
As taxas de vacinação também variam com base em fatores socioeconômicos. Alguns países alcançaram rapidamente altas taxas de vacinação, enquanto outros lutaram para vacinar até uma pequena porcentagem de sua população. Por exemplo, países como Israel e Chile tinham mais de 90% da população vacinada em 2021, enquanto o Haiti teve dificuldades para vacinar até 5% do seu povo. Comunidades mais pobres frequentemente enfrentam desafios adicionais, como instabilidade política e falta de confiança no governo, o que limita ainda mais o acesso à vacina.
Campanha de Vacinação do Chile para Crianças
O Chile tem se esforçado para vacinar sua população, incluindo crianças. Em outubro de 2022, mais de 90% das crianças de 6 a 17 anos estavam totalmente vacinadas. O governo estabeleceu planos para retomar as aulas presenciais de forma segura, levantando limites de capacidade em escolas com altas taxas de vacinação. Porém, mesmo antes de todas as crianças serem vacinadas, as restrições foram afrouxadas, diminuindo os incentivos para a vacinação. Em contraste, os alunos mais velhos precisavam de comprovante de vacinação para acessar certos locais.
Inequidade na Cobertura de Vacinação Entre Escolas
Apesar da atenção do governo às taxas de vacinação, a relação entre SES, cobertura vacinal e diferentes tipos de escolas não foi estudada a fundo. Pesquisadores analisaram os 32 municípios da área de Santiago, medindo a cobertura vacinal em diferentes categorias de escolas: públicas, subsidiadas e particulares. Os resultados mostraram uma forte relação entre SES e taxas de vacinação, com áreas mais pobres exibindo menor cobertura vacinal.
Curiosamente, enquanto as escolas públicas e subsidiadas mostraram essa correlação, as escolas particulares não seguiram o mesmo padrão. Nas escolas particulares, as taxas de vacinação pareciam menos afetadas pelo status socioeconômico da área ao redor.
Entendendo os Índices Socioeconômicos
Para avaliar as condições socioeconômicas das comunidades em Santiago, os pesquisadores usaram vários índices. Entre eles estão:
- O Índice de Prioridade Social (IPS): Combina métricas relacionadas à renda, educação e saúde.
- O Índice de Vulnerabilidade Escolar (IVE): Mede a proporção de alunos em risco de fracasso escolar com base em suas condições socioeconômicas.
- O Índice de Desenvolvimento Comunitário (IDC): Reflete os níveis de saúde, economia e educação de uma comunidade.
Outros indicadores focaram nos níveis de pobreza e nas condições básicas de vida. Essas ferramentas ajudam a destacar os desafios enfrentados por diferentes comunidades.
Análise Estatística da Vacinação e SES
Ao analisar dados de vacinação de Santiago, os pesquisadores encontraram uma relação consistente entre SES e cobertura vacinal. Taxas de vacinação mais baixas estavam associadas a um SES mais baixo, e enquanto essas tendências estavam presentes em escolas públicas e subsidiadas, as escolas particulares apresentaram taxas de vacinação mais altas, independentemente do status socioeconômico da sua comunidade.
Além disso, as taxas de vacinação nas escolas públicas ficaram atrás tanto das escolas privadas quanto das subsidiadas. A disparidade na cobertura vacinal entre os tipos de escolas era pronunciada, com as escolas públicas enfrentando maiores desafios para alcançar altas taxas de vacinação.
Mudanças na Inequidade ao Longo do Tempo
Conforme a pandemia avançava, os pesquisadores avaliaram as mudanças na cobertura vacinal ao longo do tempo. Descobriram que a inequidade na cobertura vacinal diminuiu para todos os tipos de escola à medida que mais pessoas se vacinavam. No entanto, as escolas públicas ainda mostraram níveis mais altos de inequidade em comparação com as escolas privadas e subsidiadas.
Apesar das melhorias nas taxas de vacinação ao longo do tempo, as populações mais vulneráveis continuaram a estar sub-representadas nos esforços de vacinação. Áreas com SES mais baixo ainda tinham o maior número de crianças não vacinadas frequentando a educação pública.
Desafios para Abordar as Disparidades de Vacinação
Uma limitação do estudo é que os índices de SES analisados representam a média de municípios inteiros. Isso significa que variações dentro das comunidades podem não ser totalmente capturadas. Por exemplo, famílias que podem pagar para enviar seus filhos a escolas particulares podem não refletir as necessidades de famílias mais pobres na mesma área.
Para lidar com as disparidades nas taxas de vacinação, é essencial identificar e entender vários fatores que podem prejudicar os esforços de vacinação. Isso pode incluir desinformação, falta de incentivos fortes para a vacinação e desconfiança geral no governo.
A Necessidade de Melhores Políticas Públicas
Embora a campanha de vacinação do Chile tenha visto sucesso significativo, a cobertura desigual destaca a necessidade de um esforço contínuo. Iniciativas de saúde pública devem focar em entender por que certas comunidades hesitam em vacinar e trabalhar para melhorar o acesso às vacinas para quem precisa.
Para combater esses problemas, políticas futuras devem considerar melhorar a comunicação sobre a importância das vacinas, oferecer incentivos para encorajar a vacinação e trabalhar para construir confiança com as comunidades locais. Ao abordar esses fatores, as autoridades podem reduzir as Inequidades na cobertura vacinal e ajudar a proteger as populações vulneráveis dos impactos contínuos da COVID-19.
Conclusão
A pandemia de COVID-19 revelou conexões vitais entre status socioeconômico e resultados de saúde. Em Santiago, Chile, as taxas de vacinação mais baixas entre comunidades mais pobres expõem os desafios enfrentados por essas populações durante a pandemia. Enquanto buscamos maior equidade nos cuidados de saúde, precisamos entender e abordar os fatores subjacentes que contribuem para essas disparidades.
Esforços para melhorar o acesso à vacina e a educação para comunidades vulneráveis são essenciais para um futuro mais saudável. Com foco contínuo nessas questões, podemos trabalhar para reduzir os impactos negativos da COVID-19 e ajudar a criar uma sociedade mais justa.
Título: Lower vaccination coverage against COVID-19 in school-aged children is associated with low socioeconomic status in the Metropolitan Area of Santiago, Chile.
Resumo: BackgroundThe burden of COVID-19 has been heterogeneous, indicating that the effects of this disease are synergistic with both other non-communicable diseases and socioeconomic status (SES), high-lighting its syndemic character. While the appearance of vaccines has moderated the pandemic effects, their coverage has also been heterogeneous, both when comparing different countries, and when comparing different populations within countries. Of note, once again SES appears to be a correlated factor. MethodsTo examine the relationship between SES and vaccination coverage, we analyzed publicly available data detailing the percentage of school-aged vaccinated children in different municipalities belonging to the Metropolitan Area (MA) of Santiago, Chile, one of the most largely vaccinated countries in the world. Vaccination data was compiled per school type, either public, state-subsidized and private, at three different dates along the COVID-19 pandemic so to cover the dispersion of Delta, and Omicron, including Omicron subvariants BA.4 and BA.5. We computed the median vaccination ratio for each municipality and school type and calculated their Spearmans rank correlation coefficient with each one of nine SES indices. FindingsIn the MA of Santiago, Chile, the percentage of school-age children who have received vaccinations against COVID-19 correlates with SES. Vulnerable municipalities with low SES exhibit low levels of vaccination coverage. Of note, this strong correlation is observed in both public and state-subsidized schools, but to a meaningless extent in private schools. Although inequity in vaccination coverage decreases over time, it remains higher among students enrolled either in public and state-subsidized schools compared to those of private schools. InterpretationAvailable data is insufficient to explore plausible causes behind lower vaccination coverage in vulnerable municipalities in the MA of Santiago, Chile. However, considering the available literature, it is likely that a combination of factors including the lack of proper information about the importance of vaccination, the lack of incentives for childrens vaccination, low trust in the government, and/or limited access to vaccines for lower-income people, may all have contributed to this low vaccination coverage. Importantly, unless corrected, the inequity in vaccination coverage will exacerbate the syndemic nature of COVID-19. FundingThis material is based upon work supported by the U.S. Air Force Office of Scientific Research under award number FA9550-20-1-0196. Financial support is also acknowledged to Centro Ciencia & Vida, FB210008, Financiamiento Basal para Centros Cientificos y Tecnologicos de Excelencia de ANID.
Autores: Tomas Perez-Acle, E. Guerrero-Araya, C. R. Ravello, M. Rosemblatt
Última atualização: 2023-03-27 00:00:00
Idioma: English
Fonte URL: https://www.medrxiv.org/content/10.1101/2023.03.27.23287800
Fonte PDF: https://www.medrxiv.org/content/10.1101/2023.03.27.23287800.full.pdf
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