Desafios de Nutrição na Recuperação Pós-Cuidado Crítico
Explorando o papel crucial da nutrição na recuperação de doenças graves.
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Índice
Muita gente tem dificuldade de se recuperar fisicamente depois de uma doença séria, principalmente os mais velhos e os que são mais frágeis. Esse problema afeta cerca de um em cada quatro pacientes e pode trazer problemas duradouros, como uma qualidade de vida pior e sentimentos de depressão. Uma das principais razões para a recuperação ruim é a perda de massa muscular que acontece durante a doença crítica. É essencial que os pacientes tenham uma Nutrição adequada pra recuperar a massa muscular; senão, pode ser que eles não consigam retomar a força ou se movimentar bem depois da doença.
Importância da Nutrição
A nutrição é fundamental para a recuperação. A Sociedade Europeia de Nutrição Parenteral e Enteral (ESPEN) descreve três fases do metabolismo em doenças críticas. As duas primeiras fases são chamadas de fases agudas, onde o corpo passa por uma resposta de estresse e tende a perder músculo. Mesmo que os pacientes estejam sendo alimentados por um tubo, o corpo deles pode não usar a nutrição de forma eficaz nesse período. A terceira fase é a pós-aguda, onde o corpo começa a usar a nutrição pra se curar. Essa fase geralmente começa depois que os pacientes saem da UTI e vão pra um quarto de hospital normal. É crucial focar numa nutrição boa nesse momento pra apoiar a recuperação e a reabilitação.
Pesquisas mostraram que muitos pacientes não recebem nutrição suficiente depois de serem liberados da UTI. Alguns estudos revelaram que os pacientes geralmente atendem a menos da metade das suas necessidades nutricionais apenas com a alimentação pelo boca, principalmente porque não têm apetite e podem ter dificuldades pra comer. Tem uma necessidade de mais informações sobre como melhorar a nutrição para os pacientes após a doença crítica.
O Estudo
Pra lidar com esses problemas, foi feito um estudo pra encontrar maneiras de melhorar o cuidado nos quartos do hospital pra pacientes que sobreviveram a doenças críticas. O objetivo principal foi olhar para os problemas relacionados à entrega de nutrição, que incluem a ingestão de comida e líquidos, alimentação por tubo e qualquer outro suporte nutricional disponível. O estudo também queria detalhar como a nutrição enteral - ou seja, a alimentação por tubo - era gerenciada nos quartos.
Métodos Usados no Estudo
O estudo combinou diferentes métodos de pesquisa pra dar uma visão mais completa da entrega de cuidados. Os pesquisadores coletaram dados de três hospitais pra garantir que representassem diferentes tamanhos e práticas de cuidado. Aprovações éticas foram obtidas pra o estudo, e a pesquisa foi registrada formalmente.
A equipe focou em definir o suporte nutricional, que incluía diferentes métodos como fornecer nutrição parenteral total (TPN), nutrição enteral e assistência com a alimentação oral. Eles também consideraram a importância da Hidratação, já que nutrição e hidratação costumam andar juntas.
Coleta de Dados
Os pesquisadores coletaram dados por meio de várias abordagens, incluindo a revisão de prontuários médicos de pacientes que morreram no hospital depois de saírem da UTI. Eles procuraram casos onde as mortes poderiam ter sido evitáveis, prestando atenção especial à gestão nutricional. Eles também conversaram com pacientes, familiares e funcionários pra entender suas experiências relacionadas à nutrição após a doença crítica.
Revisões Detalhadas
Essas revisões envolveram um exame detalhado de 40 casos, incluindo tanto pacientes que morreram quanto aqueles que sobreviveram. Foi encontrado que os problemas relacionados à gestão nutricional eram comuns em ambos os grupos, mas mais prevalentes em pacientes que não sobreviveram. As questões identificadas incluíam a falta de transferência das necessidades nutricionais da UTI para o quarto, a falha em monitorar a ingestão de comida e líquidos, e atrasos em buscar conselhos de especialistas em nutrição quando necessário.
Trabalho em Equipe no Cuidado aos Pacientes
Ficou claro a partir do estudo que um bom trabalho em equipe entre os vários profissionais de saúde é essencial pra fornecer nutrição adequada aos pacientes. Enfermeiros, médicos, nutricionistas e especialistas em nutrição todos têm um papel nesse processo. A comunicação e a cooperação eficazes entre essas equipes são vitais pra evitar problemas na entrega da nutrição.
Identificando Necessidades Nutricionais
Reconhecer quando um paciente não está comendo o suficiente é uma parte chave do cuidado. Isso pode acontecer durante avaliações diárias e rounds médicos. No entanto, o estudo descobriu que o monitoramento da ingestão nutricional frequentemente não ocorria devido à carga de trabalho pesada, levando a oportunidades perdidas de encaminhar pacientes para nutricionistas ou especialistas.
Tempo de Remoção dos Tubos de Alimentação
Outro problema destacado foi a remoção precoce dos tubos de alimentação. Às vezes, os tubos eram retirados antes que os pacientes estivessem prontos pra comer sozinhos. Isso pode acontecer por causa da pressa em mostrar recuperação ou preparar os pacientes pra alta. O estudo apontou que é crucial manter os tubos de alimentação até que o paciente consiga comer e beber completamente por conta própria.
Desafios na Entrega da Nutrição
O estudo encontrou vários desafios na oferta de nutrição enteral. Atrasos no processamento da alimentação devido a várias razões podem dificultar que os pacientes recebam a nutrição que precisam. Procedimentos que requerem jejum também podem resultar em lacunas na alimentação enteral, impactando a recuperação.
Recomendações para Melhoria
Pra garantir uma melhor entrega de nutrição, várias recomendações foram feitas. O monitoramento próximo da ingestão de comida e líquidos é essencial. Encaminhamentos para especialistas em nutrição devem ser incentivados desde cedo, e os tubos de alimentação devem ser removidos somente quando os pacientes conseguirem comer de forma adequada por conta própria.
O estudo enfatizou a importância de uma abordagem estruturada na gestão da nutrição enteral, incluindo um processo claro para colocar tubos de alimentação e monitorar sua eficácia.
Conclusão
As questões em torno da entrega de nutrição nos cuidados pós-UTI são complexas e podem influenciar significativamente a recuperação do paciente. Ao focar no trabalho em equipe, monitorar a ingestão e respeitar os prazos para o suporte nutricional, os hospitais podem melhorar o cuidado dado aos pacientes que estão se recuperando de doenças críticas. Abordar esses desafios vai, esperançosamente, levar a melhores resultados para os pacientes enquanto eles fazem a transição dos cuidados críticos para os quartos de hospital normais.
Título: Opportunities to improve nutrition delivery in hospital after discharge from an intensive care unit: A mixed methods analysis.
Resumo: Background and AimsThough adequate nutrition following critical illness is fundamental to rehabilitation, it is poorly provided. To inform interventions to improve nutrition support for patients discharged from an intensive care unit (ICU), we aimed to document remediable problems in nutrition management on general hospital wards, and the context for these problems. MethodsThis work forms part of a larger mixed methods study: REcovery FoLlowing intensivE Care Treatment (REFLECT). From three NHS hospitals, chosen to represent different hospital settings, we conducted in-depth reviews of 20 cases where in-hospital death after ICU discharge was judged probably avoidable and 20 cases where patients survived to hospital discharge. We interviewed 55 patients, family members and staff about their experiences of post-ICU ward care. From these primary data we extracted information related to nutrition provision to develop a process map of how enteral feeding is delivered to patients on hospital wards after ICU discharge. ResultsProblems with nutrition delivery were common (81 problems in 20/40 cases), mostly (70/81) in patients whose death was judged "probably avoidable". Common issues included failure to monitor nutritional intake, delays in dietician/nutritional support referrals, removal of enteral feeding tubes before oral intake was established, and poor management of enteral nutrition delivery. Staff identified workload related to the high care needs of post-ICU patients as contributing to these problems in nutrition delivery. The process map of enteral feeding delivery demonstrated that local policy for tube placement confirmation risked prolonged system-related delays to administering naso-gastric feed, significantly affecting the volume of feed delivered to patients. ConclusionsUsing a novel mixed methods approach, we identified problems throughout the process of delivering nutritional support, which had profound consequences for post-ICU patients. We demonstrated the importance of multi-professional collaboration in delivering enteral nutrition. Improving collaborative working processes within the ward system may ensure timely confirmation of correct nasogastric tube placement, and support safe feeding. Addressing the common problems in post-ICU nutritional support we identified may support improved nutritional delivery and potentially enhance recovery from critical illness. Study registrationISRCTN:14658054
Autores: Sarah Vollam, O. Gustafson, L. Morgan, N. Pattison, O. Redfern, H. Thomas, P. Watkinson
Última atualização: 2023-03-31 00:00:00
Idioma: English
Fonte URL: https://www.medrxiv.org/content/10.1101/2023.03.31.23288012
Fonte PDF: https://www.medrxiv.org/content/10.1101/2023.03.31.23288012.full.pdf
Licença: https://creativecommons.org/licenses/by/4.0/
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