Modelos de Vácuo Interativos: Iluminando a Matéria Escura e a Energia Escura
Descubra como modelos de vácuo interativos ajudam a explicar a matéria escura e a energia escura.
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Nos últimos anos, os pesquisadores têm tentado entender como nosso universo evolui, especialmente em relação a substâncias misteriosas conhecidas como Matéria Escura e Energia Escura. Este artigo foca em uma abordagem para estudar esses componentes através de modelos conhecidos como modelos de vácuo interativos.
O que são Matéria Escura e Energia Escura?
Matéria escura e energia escura são dois componentes principais que formam o universo. A matéria escura age como uma cola, mantendo galáxias e aglomerados de galáxias juntos. Ela não emite luz nem energia, tornando-se invisível. Os cientistas sabem que ela existe por causa de seus efeitos gravitacionais sobre a matéria visível.
A energia escura, por outro lado, é responsável pela expansão acelerada do universo. Ela age contra a gravidade, fazendo com que as galáxias se afastem umas das outras mais rápido com o tempo.
Apesar de entenderem sua importância, a natureza exata da matéria escura e da energia escura continua sendo uma questão em aberto na física.
O Conceito de Energia do vácuo
Energia do vácuo refere-se à energia presente no espaço vazio devido a flutuações quânticas. Em modelos de cosmologia, a energia do vácuo está frequentemente ligada à energia escura. Alguns cientistas propõem que a energia do vácuo pode variar e interagir com a matéria escura, levando a dinâmicas complexas na expansão do universo e na formação de estruturas.
O Modelo de Gás de Chaplygin Generalizado
Um dos modelos propostos para explicar a interação entre a matéria escura e a energia escura é conhecido como Gás de Chaplygin Generalizado (gCg). Este modelo descreve um fluido que se comporta como matéria escura no início do universo e como energia escura nas fases posteriores.
O modelo gCg introduz parâmetros que permitem ajuste, oferecendo flexibilidade na análise de como a energia escura pode evoluir ao longo do tempo.
Dois Cenários Diferentes
Os pesquisadores normalmente examinam dois cenários ao estudar os efeitos da energia do vácuo no crescimento da matéria escura:
Vácuo Homogêneo: Nesta situação, assume-se que a matéria escura segue caminhos regulares (geodésicas) no universo. A energia do vácuo não varia significativamente, e sua transferência de energia com a matéria escura é simples.
Vácuo Inhomogêneo: Este cenário considera flutuações na energia do vácuo. Ele leva em conta como essas flutuações podem afetar a matéria escura, reconhecendo que a energia do vácuo pode não ser constante ao longo do espaço.
Dados Observacionais e Sua Importância
Para validar esses modelos, os pesquisadores utilizam dados de várias fontes:
- Fundo Cósmico de Micro-ondas (CMB): Essa radiação é um resquício do início do universo e oferece insights sobre suas condições iniciais.
- Supernovas Tipo Ia: Essas estrelas em explosão atuam como velas padrão para medir distâncias cósmicas, oferecendo pistas sobre a taxa de expansão do universo.
- Distúrbios no Espaço de Redshift (RSD): Isso se refere aos efeitos observados nas distribuições de galáxias devido ao seu movimento, que podem revelar detalhes sobre a estrutura do universo.
Combinando esses dados observacionais, os cientistas podem testar a plausibilidade de diferentes modelos, incluindo o gCg.
Testando os Modelos
Os pesquisadores analisam o comportamento da matéria escura sob as suposições de vácuo homogêneo e inhomogêneo. Os resultados geralmente mostram que as flutuações da energia do vácuo são pequenas em comparação com as flutuações da matéria, especialmente em escalas menores. No entanto, essas pequenas flutuações ainda podem ter um impacto significativo em como a matéria cresce ao longo do tempo.
Quando a equipe analisou os dados observacionais, descobriu que o modelo que sugeria um fluxo positivo de energia da matéria escura para a energia escura foi favorecido em relação a outros. Também indicou que o modelo convencional de energia escura, frequentemente descrito como uma constante cosmológica, pode não ser mais a representação mais precisa do universo.
Impacto na Compreensão da Expansão Cósmica
A expansão acelerada do universo é uma grande descoberta. Os pesquisadores usam medições de supernovas e CMB para determinar quanto da energia do universo está atrelada à energia escura e à matéria escura.
As descobertas desses modelos ajudam a esclarecer nossa compreensão sobre a evolução do universo. Elas sugerem que, à medida que o universo se expande, a interação entre energia escura e matéria escura pode evoluir, mudando como as estruturas se formam ao longo do tempo.
Importância dos Valores dos Parâmetros
Os valores de certos parâmetros no modelo gCg desempenham um papel crítico em moldar o comportamento do universo. Por exemplo, o parâmetro que mede a interação entre a matéria escura e a energia escura pode ditar se a energia do vácuo diminui ou aumenta ao longo do tempo.
Ao permitir que esses parâmetros variem livremente, os pesquisadores podem captar melhor as dinâmicas do universo e seus componentes. Essa flexibilidade fornece previsões mais precisas que podem ser comparadas com os dados observacionais.
Explorando Além do CDM
O modelo tradicional de cosmologia é conhecido como Matéria Escura Fria (CDM). Embora tenha sido bem-sucedido em muitas áreas, ele enfrenta problemas significativos, como a disparidade entre as densidades de energia do vácuo calculadas e observadas. O modelo gCg, junto com sua natureza interativa, apresenta uma alternativa promissora que aborda algumas dessas preocupações.
Conclusões e Direções Futuras
Através do uso de dados observacionais e modelos teóricos, os pesquisadores estão progressivamente juntando as peças do mistério da matéria escura e da energia escura. A análise de modelos de vácuo interativos, especialmente o gCg, forneceu novas perspectivas sobre como esses dois componentes podem interagir e evoluir ao longo do tempo.
À medida que a ciência continua a avançar, é essencial refinar esses modelos e explorar novas possibilidades. A busca para entender a estrutura e a evolução do universo continua sendo um campo dinâmico com muitas descobertas emocionantes pela frente.
Título: Testing the growth rate in homogeneous and inhomogeneous interacting vacuum models
Resumo: In this work we consider a class of interacting vacuum corresponding to a generalised Chaplygin gas (gCg) cosmology. In particular we analyse two different scenarios at perturbation level for the same background interaction characterised by the parameter $\alpha$: (i) matter that follows geodesics, corresponding to homogeneous vacuum, and (ii) a covariant ansatz for vacuum density perturbations. In the latter case, we show that the vacuum perturbations are very tiny as compared to matter perturbations on sub-horizon scales. In spite of that, depending on the value of the Chaplygin gas parameter $\alpha$, vacuum perturbations suppress or enhance the matter growth rate as compared to the case (i). We use Cosmic Microwave Background (CMB), type Ia supernovae (SNe) and Redshift Space Distortion (RSD) measurements to test the observational viability of the model. We found that the mean value of our joint analysis clearly favours a positive interaction, i.e., an energy flux from dark matter to dark energy, with $\alpha \approx 0.143$ in both cases, while the cosmological standard model, recovered for $\alpha$=0, is ruled out by 3$\sigma$ confidence level. Noteworthy, the positive value of interaction can alleviate both the $H_0$ and $S_8$ tension for the dataset considered here.
Autores: H. A. Borges, C. Pigozzo, P. Hepp, L. O. Baraúna, M. Benetti
Última atualização: 2023-03-08 00:00:00
Idioma: English
Fonte URL: https://arxiv.org/abs/2303.04793
Fonte PDF: https://arxiv.org/pdf/2303.04793
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