Usando a Linguagem pra Separar Sons em Vídeos
Um novo método separa fontes de áudio em vídeos usando linguagem sem rótulos.
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Índice
Em vídeos, muitos sons vêm de objetos diferentes, como instrumentos musicais ou pessoas. Muitas vezes, conseguimos ouvir vários sons ao mesmo tempo, o que dificulta a concentração em apenas um. Os humanos geralmente conseguem identificar e isolar sons, mas os computadores têm dificuldade nessa tarefa. Este artigo discute métodos para separar essas fontes de áudio em vídeos com base no que as pessoas falam ou veem, sem precisar de dados pré-rotulados.
O Desafio
Os computadores geralmente precisam de dados rotulados para aprender a fazer uma tarefa. Isso significa que eles precisam saber quais sons pertencem a quais objetos. No nosso caso, queremos treinar um sistema usando vídeos e seus áudios sem rótulos. Isso apresenta um desafio: como podemos vincular o que alguém diz sobre um som (como "guitarista") ao som em si e ao vídeo?
Os métodos existentes dependem muito de saber exatamente quais sons vêm de quais objetos, o que é conseguido usando rótulos detalhados. No entanto, muitos vídeos não têm essa informação. Nossa abordagem busca superar esse problema usando um método Auto-supervisionado, permitindo que treinem sem precisar de rótulos explícitos.
O Método Proposto
Nossa abordagem foca em três componentes principais: áudio, vídeo e linguagem. Queremos conectar essas três partes através de relacionamentos aprendidos. Ao treinar em vídeos não rotulados, tentamos inferir as conexões entre o que vemos, o que ouvimos e o que está sendo descrito.
Para isso, usamos grandes modelos que já foram treinados em muitas imagens e pares de texto. Esses modelos podem nos ajudar a fornecer alguma orientação (ou pseudo-rótulos) durante o treinamento. Adaptamos esses modelos para usar informações visuais para extrair legendas ocultas que podem descrever os sons que estamos tentando separar.
Mecanismos em Ação
Alinhando Áudio com Visuais: Primeiro, aprendemos a vincular sinais de áudio de vídeos com as características visuais mostradas no mesmo vídeo. Isso envolve reconhecer padrões nos vídeos e suas trilhas de áudio.
Usando a Linguagem como Guia: Em seguida, usamos o que as pessoas dizem sobre os vídeos para guiar ainda mais nosso processo de Separação. Quando recebemos uma frase como "guitarista", podemos buscar os sons associados a essa descrição no áudio e identificar as visuais correspondentes.
Aprendendo sem Dados Rotulados: Em vez de depender de informações rotuladas, criamos nossos objetivos de aprendizado que ajudam o modelo a entender as relações entre áudio e vídeo usando essas legendas latentes. O modelo aprende a prever quais sons vêm de quais partes do vídeo, guiado pelo que as pessoas podem dizer sobre eles.
Testes e Experimentos
Testamos nosso método em três conjuntos de dados contendo vídeos de apresentações solo e em dueto de instrumentos musicais. Mesmo sem precisar de rótulos, nossa abordagem mostrou resultados promissores. Conseguimos separar sons de forma eficaz e até localizá-los dentro do quadro do vídeo.
Avaliando o Desempenho
Para avaliar o quão bem nosso modelo se saiu, usamos várias métricas que ajudam a quantificar a qualidade do áudio, como quão claros são os sons separados e quão bem eles correspondem aos sons originais. Isso nos permitiu ver como nosso método se saiu em comparação com métodos supervisionados mais tradicionais.
Trabalhos Relacionados
Muitos métodos existentes focam em separar sons com base em rótulos de objetos específicos. Por exemplo, podem precisar saber exatamente onde está uma guitarra dentro de um vídeo para separar seu som. Isso muitas vezes requer o uso de modelos de detecção complexos que podem identificar e rastrear vários objetos em uma cena.
Em contraste, nosso método não precisa desses rótulos de objeto. Em vez disso, aproveitamos as informações nos pares áudio-visuais dos próprios vídeos. Isso é particularmente benéfico em ambientes naturais onde obter rótulos pode ser impraticável.
Vantagens da Nossa Abordagem
Sem Necessidade de Rótulos de Objetos: Nosso método pode funcionar sem rótulos detalhados, tornando mais fácil usar em incontáveis vídeos que não possuem essas informações.
Usando Consultas em Linguagem: Ao usar linguagem cotidiana, nosso sistema permite uma interação mais intuitiva. Os usuários podem separar sons apenas descrevendo o que querem ouvir.
Bom Desempenho: Mesmo sem treinamento supervisionado, nosso método alcança um desempenho competitivo com abordagens supervisionadas existentes. Isso demonstra seu potencial para aplicações no mundo real.
Técnicas Adicionais
Também introduzimos duas técnicas chave para melhorar nossos resultados:
Objetivo de Consistência Tri-modal: Essa técnica ajuda a garantir que as informações de áudio, vídeo e texto permaneçam alinhadas durante todo o processo. Ao verificar se o modelo concorda com o que vê, ouve e entende, conseguimos uma separação mais clara dos sons.
Aprendizado de Múltiplas Instâncias: Em vez de focar em objetos individuais, tratamos todas as regiões em um vídeo como fontes potenciais de sons. Isso permite que o modelo aprenda a reconhecer padrões em várias regiões para melhorar a separação.
Experimentos e Resultados
Nossos experimentos mostraram que os métodos propostos superam significativamente abordagens anteriores. Mesmo sem treinar com dados rotulados, nosso modelo pôde separar sons de forma eficiente com base em consultas de usuários e entrada de vídeo.
Desempenho do Conjunto de Dados
Evaluamos nossa abordagem em vários conjuntos de dados:
Conjunto de Dados de MÚSICA: Envolvendo vídeos de instrumentos individuais e múltiplos, observamos que nosso modelo poderia separar fontes de áudio de forma eficaz, tanto em configurações solo quanto em dueto.
Conjunto de Dados SOLOS: Semelhante ao conjunto de dados de MÚSICA, mas com desafios diferentes em relação ao ruído de fundo, nosso método permaneceu robusto e competitivo.
Conjunto de Dados AudioSet: Apesar de ser mais barulhento, nossa abordagem lidou melhor com essa complexidade do que muitos métodos existentes, indicando sua versatilidade.
Limitações e Trabalhos Futuros
Embora nosso modelo tenha um bom desempenho, ainda tem limitações. Por exemplo, o sistema tem dificuldade em separar sons de diferentes instâncias da mesma classe de objeto. Além disso, pode não lidar efetivamente com adjetivos descritivos em relação ao volume ou intensidade das consultas.
Trabalhos futuros podem abordar essas limitações buscando modelos mais complexos que aproveitem contextos adicionais e informações de instância.
Conclusão
Nossa abordagem apresenta um grande avanço na separação de fontes áudio-visuais usando consultas em linguagem. Ao permitir que modelos aprendam com dados não rotulados, podemos possibilitar aplicações mais amplas em várias áreas, incluindo edição de vídeo, produção musical e criação de conteúdo. Esse trabalho abre caminho para futuras pesquisas e desenvolvimentos, prometendo possibilidades empolgantes em como interagimos com conteúdo multimídia.
Título: Language-Guided Audio-Visual Source Separation via Trimodal Consistency
Resumo: We propose a self-supervised approach for learning to perform audio source separation in videos based on natural language queries, using only unlabeled video and audio pairs as training data. A key challenge in this task is learning to associate the linguistic description of a sound-emitting object to its visual features and the corresponding components of the audio waveform, all without access to annotations during training. To overcome this challenge, we adapt off-the-shelf vision-language foundation models to provide pseudo-target supervision via two novel loss functions and encourage a stronger alignment between the audio, visual and natural language modalities. During inference, our approach can separate sounds given text, video and audio input, or given text and audio input alone. We demonstrate the effectiveness of our self-supervised approach on three audio-visual separation datasets, including MUSIC, SOLOS and AudioSet, where we outperform state-of-the-art strongly supervised approaches despite not using object detectors or text labels during training.
Autores: Reuben Tan, Arijit Ray, Andrea Burns, Bryan A. Plummer, Justin Salamon, Oriol Nieto, Bryan Russell, Kate Saenko
Última atualização: 2023-09-23 00:00:00
Idioma: English
Fonte URL: https://arxiv.org/abs/2303.16342
Fonte PDF: https://arxiv.org/pdf/2303.16342
Licença: https://creativecommons.org/licenses/by/4.0/
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