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Avaliando os Riscos de Extinção: Um Olhar mais de Perto

Pesquisas mostram que tem muitos fatores complicados que influenciam os riscos de extinção das espécies e as necessidades de conservação.

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Estamos enfrentando um problema sério com a perda de Biodiversidade, comparável a grandes eventos de extinção que já aconteceram no passado. Várias organizações, como a União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN) e o Fundo Mundial para a Natureza (WWF), estão acompanhando a diminuição da biodiversidade em todo o mundo. Os esforços deles têm como objetivo explicar a queda em diferentes espécies e sugerir maneiras de desacelerar ou até reverter isso. Eles usam ferramentas como o Índice do Planeta Vivo e o Índice da Lista Vermelha para medir o progresso nas metas de biodiversidade globais.

Um dos principais objetivos desses esforços globais é reduzir a taxa de extinção de forma significativa até o ano de 2050. Isso exige medidas eficazes para monitorar e avaliar os riscos de extinção em todo o mundo. A Lista Vermelha de Espécies Ameaçadas da IUCN é uma ferramenta chave para esse propósito. Ela inclui seis categorias para as espécies com base em quanta informação temos: Menos Preocupante, Quase Ameaçada, Vulnerável, Em Perigo, Criticamente Em Perigo e Extinta na Natureza. As três primeiras categorias são consideradas em Risco de Extinção.

As avaliações da Lista Vermelha são feitas usando cinco critérios principais. Uma espécie é colocada na categoria de maior risco se atender a qualquer um desses critérios. Entre eles, o Critério E analisa especificamente a probabilidade de extinção e permite que valores de risco numéricos sejam mapeados para as categorias de ameaça.

A Lista Vermelha é amplamente usada para medir o risco de extinção e também tem sido utilizada em estudos que buscam entender quais características das espécies podem aumentar a chance de extinção. Esses estudos costumam comparar espécies em risco com aquelas que não estão, mas esse approach pode ser limitado. Tratar as categorias como uma simples classificação pode não representar com precisão a complexidade dos riscos de extinção, já que os critérios de classificação nem sempre criam uma relação direta.

Por exemplo, algumas espécies podem se qualificar para diferentes categorias com base no tamanho de sua população ou faixa de habitat específica. Isso significa que a relação entre a categoria da Lista Vermelha e o risco de extinção pode ser mais complexa do que parece à primeira vista. Além disso, usar a Lista Vermelha para analisar risco se baseia na suposição de que todas as espécies na mesma categoria estão igualmente em risco, o que pode não ser verdade.

Encontrar um método para converter as categorias da Lista Vermelha em probabilidades reais de extinção seria benéfico. Isso permitiria uma compreensão mais precisa do risco e poderia ajudar na identificação de espécies que precisam de esforços urgentes de conservação.

Desafios na Análise do Risco de Extinção

Atualmente, o Critério E tem sido usado para estimar as probabilidades de extinção nas diferentes categorias da Lista Vermelha. Isso envolve assumir que os outros critérios podem ser traduzidos na mesma probabilidade de extinção. No entanto, essa suposição pode não ser válida, já que o Critério E é tratado separadamente por um bom motivo.

Usar um modelo histórico para olhar as mudanças nas categorias da Lista Vermelha ao longo do tempo pode fornecer uma imagem mais precisa. Alguns estudos anteriores usaram um modelo para prever mudanças entre categorias, mas se concentraram principalmente em dados de aves. Essas descobertas mostraram que os riscos de extinção eram muitas vezes muito menores do que os estimados pelo Critério E, o que tem implicações para análises futuras.

Para avaliar melhor os riscos de extinção, é importante ter uma abordagem abrangente que possa analisar mais espécies e suas características. Essa análise pode ajudar a rastrear como certas características, como tamanho do corpo ou preferências de habitat, afetam o risco de extinção.

Métodos de Coleta e Análise de Dados

Na nossa pesquisa, coletamos dados da Lista Vermelha usando um programa específico e obtivemos registros desde 1994. Precisávamos de informações sobre se as mudanças na categoria da Lista Vermelha de uma espécie eram devido a mudanças genuínas ou se eram resultado de informações melhoradas. Isso garante uma visão mais precisa das transições das espécies ao longo do tempo.

Todo o processamento de dados foi conduzido usando ferramentas do programa que ajudam a gerenciar e analisar dados de forma eficiente. Focamos apenas em critérios de avaliação atuais e combinamos categorias semelhantes de espécies para garantir que tivéssemos dados suficientes para análise. Além disso, examinamos a validade dos dados para fazer correções necessárias para quaisquer transições não genuínas que pudessem distorcer os resultados.

Usamos um método estatístico para construir um modelo que prevê o futuro risco de extinção com base em dados históricos. O modelo ajuda a estimar as chances de uma espécie se deslocar de uma categoria para outra, incluindo a extinção. Ao rodar o modelo várias vezes e amostrar os dados, conseguimos gerar uma série de resultados possíveis e avaliar a incerteza nas previsões.

Analisando Atributos das Espécies e Risco de Extinção

Nossa análise teve como objetivo ver como diferentes características das espécies, como preferências de habitat ou peso corporal, influenciam seu risco de extinção, mesmo entre espécies agrupadas na mesma categoria da Lista Vermelha. Isso envolve comparar diferentes grupos de espécies para ver se algumas características se correlacionam com maiores ou menores chances de extinção.

Por exemplo, investigamos como os especialistas em habitat-espécies que prosperam em ambientes específicos-se saem em comparação com os generalistas de habitat-aqueles que podem viver em vários ambientes. Nossas descobertas indicaram que os especialistas em habitat têm um risco maior de extinção do que os generalistas na mesma categoria da Lista Vermelha. Essa tendência se manteve verdadeira em todas as categorias, apontando para uma desvantagem significativa na sobrevivência para espécies especializadas.

Também analisamos como o tamanho do corpo pode influenciar o risco de extinção. Para aves e mamíferos, comparamos as espécies mais pesadas com as mais leves. Alguns padrões interessantes surgiram, indicando que espécies mais pesadas podem enfrentar mais riscos sob certas condições, enquanto espécies mais leves podem ter riscos mais altos em outras. Esses resultados mistos sugerem que o tamanho do corpo é apenas um dos muitos fatores que contribuem para o risco de extinção.

Além disso, analisamos diferentes grupos taxonômicos, como mamíferos, aves, anfíbios, plantas e peixes. Cada grupo mostrou níveis variados de risco quando comparados dentro de suas categorias da Lista Vermelha. Por exemplo, plantas e aves geralmente pareciam estar em menor risco, enquanto peixes e invertebrados mostraram riscos mais altos.

Resumo dos Achados e Implicações

Nossa pesquisa forneceu insights valiosos sobre a probabilidade de extinção em várias espécies e como vários fatores afetam esse risco. Confirmamos que o risco de extinção tende a aumentar com o tempo e a severidade da categoria da Lista Vermelha. Os riscos calculados para aves foram semelhantes aos produzidos a partir de dados específicos de aves, destacando a robustez de nossas descobertas.

A análise do tamanho do corpo rendeu resultados intrigantes, especialmente ao comparar mamíferos e aves. Embora mamíferos mais pesados apresentassem um risco maior de extinção, um padrão semelhante para aves mostrou que espécies mais leves enfrentavam mais risco. Isso pode refletir diferenças ecológicas subjacentes entre esses dois grupos.

Em termos taxonômicos, peixes e invertebrados exibiram consistentemente riscos de extinção mais altos do que outros grupos nas mesmas categorias. Isso pode indicar a necessidade de mais atenção de conservação para esses grupos menos carismáticos que podem facilmente passar despercebidos, apesar de serem vulneráveis.

Nossas descobertas sobre a especialização de habitat apoiam ainda mais a ideia de que as abordagens de conservação precisam ser adaptadas. Especialistas em habitat estão sob maior ameaça do que suas categorias da Lista Vermelha sugerem, o que significa que as avaliações atuais podem não capturar totalmente sua vulnerabilidade.

Direções Futuras

Olhando para o futuro, este estudo abre muitas avenidas para novas pesquisas. Análises mais detalhadas podem ajudar a identificar traços adicionais que influenciam o risco ou examinar espécies em diferentes ambientes. Incorporar mais dados sobre outros tipos de ameaças de extinção é crucial para uma compreensão completa de como vários fatores impactam a sobrevivência das espécies.

A IUCN também poderia se beneficiar melhorando sua gestão de dados e tornando as informações mais acessíveis. Isso ajudaria não apenas na nossa compreensão dos riscos de extinção, mas também ajudaria a priorizar os esforços de conservação onde são mais necessários.

Ao melhorar como quantificamos o risco de extinção em espécies, podemos aumentar nossa capacidade de proteger espécies vulneráveis e trabalhar em direção a melhores estratégias de conservação. Compartilhar informações e descobertas desta pesquisa pode fortalecer esforços mais amplos voltados para proteger a biodiversidade global.

Fonte original

Título: Quantifying the IUCN Red List: Using historical assessments to calculate future extinction risk

Resumo: The IUCN Red List of Threatened Species assigns species to discrete categories based on a common set of criteria to capture relative extinction risk. Some quantitative analyses require a continuous probability of extinction not provided by discrete categories. Furthermore, the criteria may not translate to extinction risk in a universal way across species, because some species attributes are not incorporated into the criteria. Here we calculate extinction risk using Markov Models parameterised with historical IUCN Red List assessment data, and we provide quantitative extinction risk for use in downstream analyses. We find that taxonomy, body size, and habitat specialism interact with extinction risk in ways not fully captured by the existing categories. For example, an Endangered habitat specialist appears equally at risk compared to a Critically Endangered habitat generalist. We hope our findings will support more accurate quantitative biodiversity analyses of species extinctions and declines using Red List data.

Autores: Ryan Bates, E. Taylor, Y. Sun, R. Gumbs, M. Böhm, C. Gray, J. Rosindell

Última atualização: 2024-02-08 00:00:00

Idioma: English

Fonte URL: https://www.biorxiv.org/content/10.1101/2024.02.04.578808

Fonte PDF: https://www.biorxiv.org/content/10.1101/2024.02.04.578808.full.pdf

Licença: https://creativecommons.org/licenses/by/4.0/

Alterações: Este resumo foi elaborado com a assistência da AI e pode conter imprecisões. Para obter informações exactas, consulte os documentos originais ligados aqui.

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