O Impacto das Hiperenhâncias da Matéria Branca na Saúde do Cérebro
Essa revisão analisa as WMHs e a ligação delas com o declínio cognitivo e riscos à saúde.
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Índice
Hiperintensidades de Matéria Branca (WMHs) são manchas brilhantes em imagens do cérebro que indicam doenças de pequenos vasos. Essas lesões podem ser detectadas usando Ressonância Magnética (MRI), especialmente em um tipo específico de exame chamado FLAIR. Com o passar dos anos, essas lesões tendem a se tornar mais comuns e mais graves. Pesquisas mostram que WMHs estão ligadas a vários problemas, incluindo questões de movimento, humor, Declínio Cognitivo, demência e AVCs. Fatores como idade, sexo, hipertensão e Diabetes também influenciam o desenvolvimento dessas lesões. Dada a frequência delas, muitos estudos investigaram a prevalência e os fatores que podem influenciá-las.
O que são WMHs?
WMHs aparecem em tamanhos e formas diferentes nas imagens do cérebro. Podem aparecer como pequenas manchas distintas ou áreas maiores. Os médicos costumam usar escalas de avaliação visual para avaliá-las, como as escalas de Fazekas ou Scheltens, que ajudam a categorizar a gravidade e a distribuição dessas lesões. Não existe uma única forma de medir WMHs porque diferentes métodos podem funcionar melhor dependendo do estudo e do equipamento usado. Recentemente, programas de computador que usam aprendizado profundo têm se tornado mais populares para medir essas lesões com mais precisão.
Novas maneiras de olhar para WMHs
Enquanto muitos pesquisadores costumam focar no volume total de WMHs, há um interesse crescente em entender onde essas lesões estão localizadas dentro do cérebro. Esta revisão visa resumir como WMHs ocorrem em relação a diferentes condições médicas e fatores de risco, destacando a distribuição espacial de WMHs em adultos.
Como a revisão foi conduzida
A revisão seguiu um método específico para coletar e analisar estudos. Os pesquisadores buscaram artigos no PubMed, usando palavras-chave relacionadas a WMHs e exames de MRI FLAIR. Eles focaram em estudos publicados antes de fevereiro de 2023 e incluíram apenas pesquisas envolvendo adultos. Estudos sobre esclerose múltipla foram excluídos. No total, 372 estudos foram encontrados, e 37 atenderam aos critérios para inclusão nesta revisão.
Principais descobertas dos estudos incluídos
Os 37 estudos examinaram diversos grupos de pacientes, incluindo aqueles com comprometimento cognitivo leve (MCI), doença de Alzheimer (AD), demência, doença de Parkinson e aqueles que relatavam declínio cognitivo subjetivo. O número de participantes nesses estudos variou de 32 a 882, com um tamanho mediano de cerca de 191,5, e aproximadamente 50% dos participantes eram mulheres.
Métodos para medir WMHs
Para analisar as características espaciais de WMHs, os pesquisadores utilizaram diferentes métodos. Alguns estudos usaram técnicas visuais, enquanto outros adotaram abordagens quantitativas que fornecem medições mais precisas do volume das lesões. Muitos estudos utilizaram softwares automatizados para analisar WMHs, enquanto poucos usaram métodos manuais. Usar ferramentas automatizadas pode reduzir a variabilidade nos resultados, embora algoritmos diferentes possam levar a inconsistências.
Analisando padrões espaciais
Os pesquisadores analisaram WMHs usando três métodos principais:
Regiões de Interesse (ROI): Essa abordagem divide o cérebro em áreas específicas para estudo detalhado.
WMH Periventricular e Profunda: Esse método foca em WMHs que estão perto dos ventrículos do cérebro em comparação com aquelas que estão mais profundas.
Análise Voxel-wise: Isso examina cada pequena unidade do tecido cerebral para identificar WMHs.
Cada método tem suas vantagens, e a escolha geralmente depende da questão de pesquisa. Muitos estudos encontraram relações entre a presença e os padrões de WMHs com idade, sexo e várias condições de saúde.
Por que WMHs são importantes?
WMHs são importantes porque podem indicar possíveis riscos à saúde. Idade avançada está ligada a mais WMHs, assim como condições como hipertensão e diabetes. Por exemplo, pesquisas descobriram que homens costumam ter maior carga de WMH em certas regiões do cérebro, enquanto mulheres apresentam mais em outras. Fumar e beber álcool também influenciam o desenvolvimento de WMHs.
Descobertas relacionadas à função cognitiva
A revisão também destacou conexões entre WMHs e habilidades cognitivas. Estudos mostraram que certos padrões de WMHs correspondiam a um desempenho pior em tarefas que exigem memória e função executiva. No entanto, os resultados não foram consistentes em todos os estudos, indicando a necessidade de pesquisas mais focadas.
Variabilidade na pesquisa
Muitos estudos examinaram diversos grupos de pessoas, com diferentes tipos de problemas de saúde. Embora a pesquisa tenha se concentrado principalmente em populações mais velhas, há pouco conhecimento sobre como WMHs afetam adultos mais jovens. Mais pesquisas são necessárias para entender como essas lesões se apresentam em diferentes grupos etários e como se relacionam com várias condições de saúde.
Conclusão
Esta revisão enfatiza a importância de WMHs e sua distribuição espacial na compreensão da saúde e da doença do cérebro. Analisando como WMHs estão espalhadas pelo cérebro, os pesquisadores podem obter insights sobre os riscos à saúde associados a essas lesões. Embora essa área de pesquisa esteja crescendo, mais estudos são necessários para estabelecer métodos e definições consistentes e melhorar a compreensão. No final das contas, reconhecer os padrões de WMHs pode ajudar a identificar sinais precoces de declínio cognitivo e outras condições relacionadas.
Título: Spatial Patterns of White Matter Hyperintensities: A Systematic Review
Resumo: BackgroundWhite matter hyperintensities are an important marker of cerebral small vessel disease. This disease burden is commonly described as hyperintense areas in the cerebral white matter, as seen on T2-weighted fluid attenuated inversion recovery magnetic resonance imaging data. Studies have demonstrated associations with various cognitive impairments, neurological diseases, and neuropathologies, as well as clinical and risk factors, such as age, sex, and hypertension. Due to their heterogeneous appearance in location and size, studies have started to investigate spatial distributions and patterns, beyond summarizing this cerebrovascular disease burden in a single metric - its volume. Here, we review the evidence of association of white matter hyperintensity spatial patterns with its risk factors and clinical diagnoses. Design/MethodsWe performed a systematic review in accordance with the Preferred Reporting Items for Systematic Reviews and Meta-Analysis (PRISMA) Statement. We used the standards for reporting vascular changes on neuroimaging criteria to construct a search string for literature search on PubMed. Studies written in English from the earliest records available until January 31st, 2023, were eligible for inclusion if they reported on spatial patterns of white matter hyperintensities of presumed vascular origin. ResultsA total of 380 studies were identified by the initial literature search, of which 41 studies satisfied the inclusion criteria. These studies included cohorts based on mild cognitive impairment (15/41), Alzheimers Disease (14/41), Dementia (5/41), Parkinsons Disease (3/41), and subjective cognitive decline (2/41). Additionally, 6 of 41 studies investigated cognitively normal, older cohorts, two of which were population-based, or other clinical findings such as acute ischemic stroke or reduced cardiac output. Cohorts ranged from 32 to 882 patients/participants (median cohort size 191.5 and 51.6 % female (range: 17.9 - 81.3 %)). The studies included in this review have identified spatial heterogeneity of WMHs with various impairments, diseases, and pathologies as well as with sex and (cerebro)vascular risk factors. ConclusionsThe results show that studying white matter hyperintensities on a more granular level might give a deeper understanding of the underlying neuropathology and their effects. This motivates further studies examining the spatial patterns of white matter hyperintensities.
Autores: Markus D Schirmer, J. Botz, V. Lohner
Última atualização: 2023-04-21 00:00:00
Idioma: English
Fonte URL: https://www.medrxiv.org/content/10.1101/2023.02.13.23285878
Fonte PDF: https://www.medrxiv.org/content/10.1101/2023.02.13.23285878.full.pdf
Licença: https://creativecommons.org/licenses/by/4.0/
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