Desvendando o Movimento das Células em Fluxo de Fluido
A pesquisa mostra como as células se movem contra as forças do fluido.
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O movimento das células é super importante pra vários processos biológicos, tipo como o corpo se desenvolve e como luta contra doenças como o câncer. O citoesqueleto de actina é uma parte chave nesse movimento. Ele é formado por uma rede de filamentos de proteína que ajuda as células a mudarem de forma e se moverem. Os pesquisadores já estudaram bastante os componentes envolvidos na Migração Celular, mas ainda tem muitas perguntas sobre como diferentes partes de uma célula trabalham juntas pra formar uma forma que permita se mover de forma eficaz.
Quando as células estão nos vasos sanguíneos ou linfáticos, elas enfrentam o fluxo do líquido que empurra contra elas. Exemplos incluem células imunes rodando pelos vasos sanguíneos pra chegar a áreas de inflamação ou células que rastejam em direção a feridas. Entender como essas forças de cisalhamento afetam o movimento celular é essencial, mas ainda não tá completamente claro. Diferentes células reagem de maneiras diferentes a essas forças, e até o mesmo tipo de célula pode se comportar de forma diferente dependendo da situação.
Por exemplo, quando as células endoteliais são expostas ao Fluxo de cisalhamento, elas podem parar de se mover. A direção que os linfócitos T se movem em resposta ao fluxo de cisalhamento pode depender do tipo de moléculas de adesão que possuem. Elas podem seguir o fluxo ou nadar contra ele, dependendo das condições. Esse comportamento complexo mostra que mais pesquisa é necessária pra entender como as células se movem em resposta ao fluxo de cisalhamento.
Uma observação comum é que vários tipos de células preferem se mover contra o fluxo, um comportamento visto em vários tipos de células, incluindo células imunes e até organismos unicelulares. No entanto, a razão pra esse comportamento não é completamente compreendida.
Um Modelo pra Estudar o Movimento Celular
Pra investigar como as células reagem ao fluxo de cisalhamento, um novo modelo teórico, chamado modelo "minimal-cell", foi desenvolvido. Esse modelo examina como a forma de uma célula, representada como um vesículo, muda quando experimenta forças de cisalhamento. O vesículo tem proteínas curvas na superfície que ajudam a gerar forças do citoesqueleto, levando a mudanças de forma. Quando esses vesículos grudem em uma superfície, eles podem assumir uma forma que permite o movimento.
O modelo simula as forças que agiriam sobre o vesículo a partir do fluxo do líquido. Ele simplifica o sistema, mas ainda permite entender como as forças de cisalhamento afetam o comportamento celular. As descobertas dessas simulações podem se aplicar a diferentes tipos de células e ajudar a explicar a tendência das células se moverem contra o fluxo.
Como o Fluxo de Cisalhamento Afeta a Forma da Célula
As simulações revelam que, quando há fluxo de cisalhamento, o vesículo tende a se arranjar de uma forma que sua borda da frente - uma parte com muitas proteínas curvas - fica voltada pro fluxo. Essa posição ajuda o vesículo a se prender de forma mais eficaz à superfície abaixo, permitindo que ele se espalhe melhor. Pra formas que não têm intenção de se mover, elas basicamente deslizam ou rolam junto com o fluxo de cisalhamento.
Quando olhamos pros vesículos mais ativos e móveis, eles podem adotar uma forma de crescente devido às forças geradas pelas proteínas curvas. Esses vesículos geralmente mudam de direção com base no fluxo do líquido ao redor deles. Se o fluxo estiver alinhado com o movimento deles, as proteínas são perturbadas, tornando o vesículo menos estável. Por outro lado, ficar de costas pro fluxo ajuda a manter uma forma mais estável.
Observando o Comportamento dos Vesículos
Enquanto os pesquisadores observam como os vesículos respondem ao fluxo de cisalhamento, eles notam que a trajetória do centro do vesículo pode mudar bastante dependendo da direção do fluxo. Quando não há cisalhamento, os vesículos se movem de forma estável na direção que preferem. Se o fluxo empurrar na mesma direção, é provável que o vesículo faça uma curva em U e se alinhe com a direção do fluxo. No entanto, se o fluxo se opuser ao movimento inicial, o vesículo continua se movendo na direção desejada, embora mais devagar.
A influência do cisalhamento é particularmente interessante porque não só afeta a direção do vesículo, mas também sua forma geral. A curvatura média da borda da frente muda quando está presente o fluxo de cisalhamento. No começo, a borda da frente pode se achatar, mas com o tempo pode voltar a uma forma mais curva conforme o vesículo se ajusta ao fluxo.
Vesículos Não Móveis Sob Fluxo de Cisalhamento
O modelo também examina vesículos não móveis, que podem ter formas diferentes dependendo da adesão à superfície e da atividade das proteínas na superfície. Por exemplo, vesículos que têm adesão fraca podem formar uma forma semi-esférica, enquanto os com adesão mais forte e proteínas podem se tornar parecidos com panquecas. Esses vesículos não se movem ativamente, mas ainda podem rolar ou deslizar com o fluxo de cisalhamento.
Uma forma específica observada envolve dois grupos na borda da frente em cada extremidade do vesículo. Esse tipo de forma, junto com a competição entre os grupos, leva o vesículo a ser alongado. Na ausência de fluxo de cisalhamento, esses vesículos permanecem em grande parte parados, mas quando expostos ao fluxo, eles começam a se mover junto com ele.
O movimento desses vesículos em duas arcos pode variar dependendo de como o cisalhamento é aplicado. Se a força de cisalhamento estiver alinhada com o longo eixo do vesículo, eles podem acelerar seu movimento. No entanto, eles acabam estabilizando em uma posição perpendicular ao fluxo, indicando que o cisalhamento altera a dinâmica da forma celular.
Insights sobre o Comportamento Celular
A pesquisa mostra que o movimento e a forma do vesículo são significativamente afetados pelas forças de cisalhamento do líquido ao redor. A interação entre as proteínas curvas e o fluxo leva a uma força líquida que pode polarizar o vesículo na direção do fluxo. Essa polarização pode ajudar a explicar porque certos tipos de células exibem padrões de movimento em resposta ao fluxo de cisalhamento.
Os resultados do modelo sugerem que a presença de cisalhamento faz com que os vesículos ajustem sua forma e movimento de maneiras que promovem uma melhor adesão às superfícies e estabilizam sua borda da frente voltada contra o fluxo. Essas características são compartilhadas entre muitos tipos de células, e entender esse comportamento ajuda a explicar a dinâmica mais ampla da migração celular.
Conclusão
O modelo minimal-cell fornece insights valiosos sobre como as células interagem com o ambiente e respondem a forças externas. Ao simplificar processos complexos em componentes gerenciáveis, os pesquisadores podem descobrir os princípios físicos básicos que fundamentam o movimento celular. As descobertas sugerem que muitas células têm uma habilidade inata de se mover contra o fluxo, impulsionadas por forças geradas dentro da célula.
Enquanto nossa compreensão sobre o comportamento celular continua a crescer, a importância desses modelos em explicar processos fundamentais não pode ser subestimada. A pesquisa contínua ajudará a esclarecer os muitos fatores envolvidos na migração celular, potencialmente levando a avanços na compreensão de doenças e no desenvolvimento de novas terapias.
Título: Modelling how curved active proteins and shear flow pattern cellular shape and motility
Resumo: Cell spreading and motility on an adhesive substrate are driven by the active physical forces generated by the actin cytoskeleton. We have recently shown that coupling curved membrane complexes to protrusive forces, exerted by the actin polymerization that they recruit, provides a mechanism that can give rise to spontaneous membrane shapes and patterns. In the presence of an adhesive substrate, this model was shown to give rise to an emergent motile phenotype, resembling a motile cell. Here, we utilize this ``minimal-cell" model to explore the impact of external shear flow on the cell shape and migration on a uniform adhesive flat substrate. We find that in the presence of shear the motile cell reorients such that its leading edge, where the curved active proteins aggregate, faces the shear flow. The flow-facing configuration is found to minimize the adhesion energy by allowing the cell to spread more efficiently over the substrate. For the non-motile vesicle shapes, we find that they mostly slide and roll with the shear flow. We compare these theoretical results with experimental observations, and suggest that the tendency of many cell types to move against the flow may arise from the very general, and non-cell-type-specific mechanism predicted by our model.
Autores: Shubhadeep Sadhukhan, Samo Penič, Aleš Iglič, Nir Gov
Última atualização: 2023-04-01 00:00:00
Idioma: English
Fonte URL: https://arxiv.org/abs/2304.00300
Fonte PDF: https://arxiv.org/pdf/2304.00300
Licença: https://creativecommons.org/licenses/by/4.0/
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