Entendendo o Movimento das Células em Superfícies Curvas
Estudo revela como as células se movem em ambientes curvos com um modelo simples.
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Índice
- O Estudo do Movimento Celular
- O Modelo Celular Mínimo
- Observações em Superfícies Curvas
- O Papel da Forma e do Movimento
- Testes Adicionais em Diferentes Formas
- Dinâmica da Migração
- Insights de Células Vivas
- A Importância das Forças
- Explorando Outras Superfícies e Formas
- Conclusão
- Direções Futuras
- Fonte original
- Ligações de referência
As células do nosso corpo geralmente se movem por superfícies curvas, como vasos sanguíneos ou tecidos. Esse movimento em resposta à curvatura das superfícies é chamado de curvotaxia. Estudos recentes mostraram que as células preferem se mover em certas curvas mais do que em outras. Mas, os cientistas ainda não entenderam completamente por que isso acontece. Para investigar, os pesquisadores criaram um modelo simples usando uma estrutura pequena semelhante a um balão, chamada vesícula, preenchida com proteínas que curvam a membrana. Essa vesícula pode imitar como as células reais se movem.
O Estudo do Movimento Celular
O movimento celular é crucial para muitos processos no corpo, como a cicatrização de feridas e a luta contra infecções. Enquanto muitas pesquisas se concentraram em células se movendo em superfícies planas, as células na verdade vivem em ambientes que normalmente não são planos. Elas adaptam sua forma e movimento com base nas superfícies que encontram. Diferentes tipos de células reagem de maneiras diferentes a essas superfícies. Por exemplo, um tipo de célula pode se mover reto ao longo de uma superfície, enquanto outro tipo pode preferir se mover em círculos.
Em experiências, os pesquisadores estudaram células em superfícies com padrões ondulados, percebendo que algumas células se movem nos sulcos dessas ondas enquanto evitam os picos. Eles descobriram que a energia que uma célula usa para grudar em uma superfície afeta como ela se move.
O Modelo Celular Mínimo
O modelo celular mínimo usado neste estudo consiste em uma vesícula que representa uma célula. Essa vesícula tem proteínas em sua superfície que podem gerar forças de empurrão, imitando como as células reais usam suas estruturas internas, como os filamentos de actina, para se mover. Quando os cientistas testaram esse modelo em diferentes superfícies curvas, viram que ele poderia simular o comportamento das células reais muito bem.
A vesícula mostrava que se movia em direção às áreas onde poderia grudar melhor e evitava áreas onde grudar seria mais difícil. Isso é importante porque explica por que as células tendem a seguir os sulcos em vez de subir e descer as elevações.
Observações em Superfícies Curvas
Os pesquisadores observaram como a vesícula se movia em diferentes superfícies curvas, como cilindros e formas sinusoidais (tipo onda). Eles descobriram que a vesícula preferia ficar nos sulcos da onda do que subir até os picos. Esse comportamento refletiu como vários tipos de células reais se comportam em superfícies semelhantes.
Por exemplo, um tipo de célula, chamado fibroblasto, tendia a se alinhar ao longo dos lados de um cilindro, enquanto outro tipo, chamado célula epitelial, preferia se mover ao redor dele. Isso sugere que a forma da superfície pode ditar como as células se movem e para onde vão.
O Papel da Forma e do Movimento
Nos experimentos com a vesícula, os pesquisadores viram que, quando a forma da superfície mudava gradualmente, a vesícula conseguia adaptar seu movimento. Para superfícies com cantos agudos ou mudanças de altura dramáticas, a vesícula teve dificuldade em manter sua direção e até perdeu a capacidade de se mover completamente.
Isso é semelhante a como células reais podem às vezes perder a capacidade de se mover quando encontram obstáculos. Os pesquisadores notaram que as células podem se recuperar de tais situações, mas a vesícula do modelo mínimo não conseguia, mostrando as limitações de simplificar o comportamento de uma célula.
Testes Adicionais em Diferentes Formas
Os pesquisadores testaram a vesícula em várias formas, incluindo curvas mais suaves e graduais. Eles descobriram que a vesícula conseguia acompanhar essas superfícies efetivamente, e seu movimento previsto combinava de perto com as células reais observadas em experimentos. Quando a vesícula se movia por curvas mais suaves, mantinha um caminho e direção claros.
Dinâmica da Migração
Enquanto a vesícula se movia, os pesquisadores registraram cuidadosamente as forças que agiam sobre ela. Eles notaram que, quando a vesícula estava em um sulco, as forças exercidas estavam equilibradas, mas quando passava para uma elevação, as forças mudavam, muitas vezes fazendo a vesícula perder o caminho.
Esse comportamento ajudou a explicar ocorrências da vida real onde as células tendem a favorecer sulcos em vez de elevações ao navegar por superfícies complexas. O estudo destacou as dinâmicas de energia envolvidas, mostrando que as células são atraídas para lugares que exigem menos energia para manter seu movimento.
Insights de Células Vivas
Para validar ainda mais o modelo, os pesquisadores compararam os movimentos da vesícula com os de células vivas. Eles observaram que, assim como a vesícula, as células reais preferiam ficar nos sulcos enquanto se moviam por superfícies. Os insights do modelo mínimo não apenas se alinharam com essas observações, mas também forneceram uma compreensão mais clara dos princípios básicos por trás do movimento celular.
A Importância das Forças
Os pesquisadores enfatizaram que as forças em jogo durante o movimento celular são essenciais para entender a curvotaxia. O comportamento da vesícula demonstrou que as células agem de maneiras que minimizam o gasto de energia, ganhando estabilidade quando podem grudar melhor a uma superfície.
O equilíbrio entre adesão, curvatura e forças ativas define quão efetivamente uma célula pode navegar em seu ambiente. Células que conseguem aderir eficientemente a superfícies tendem a se mover com mais liberdade, enquanto aquelas que não conseguem podem ter dificuldade, mostrando a importância do entorno.
Explorando Outras Superfícies e Formas
A equipe de pesquisa expandiu seu estudo para outras formas curvas, como Fibras e tubos, observando como as Vesículas adaptaram seu movimento nesses ambientes. Eles descobriram que, quando as vesículas eram colocadas em objetos cilíndricos, tendiam a girar ao redor deles em vez de se moverem reto pelas laterais. Isso espelhou como algumas células interagem com estruturas fibrosas no corpo.
À medida que as fibras se tornavam mais grossas, as vesículas mostraram movimento reduzido ao redor delas, refletindo um comportamento universal que poderia se aplicar a muitos tipos de células. Essa descoberta pode ter implicações para entender como as células migram em estruturas biológicas complexas.
Conclusão
O modelo físico mínimo permite que os pesquisadores investiguem como o movimento celular é influenciado pela curvatura em seu ambiente. As descobertas dos estudos com vesículas fornecem uma base para entender a curvotaxia e as forças que impulsionam o movimento celular em vários contextos.
Ao identificar os princípios fundamentais em jogo, essa pesquisa estabelece as bases para estudos futuros que poderiam aprofundar como as células navegam em seu ambiente. Também abre portas para explorar novas aplicações em medicina regenerativa e outros campos onde o movimento celular desempenha um papel crucial.
Direções Futuras
Com as bases estabelecidas por essa pesquisa, os cientistas agora podem considerar como expandir ainda mais o modelo. Estudos futuros podem explorar as implicações de componentes biológicos adicionais, como tipos de células variados e fatores mecânicos, que poderiam influenciar o movimento celular em superfícies curvas.
Há também potencial para desenvolver novos arranjos experimentais para testar esses conceitos em cenários mais complexos, oferecendo insights sobre como as células operam em seus ambientes naturais, como em tecidos ou durante processos de doenças.
Ao continuar a construir sobre essas descobertas, os pesquisadores podem aprimorar nossa compreensão da dinâmica celular, contribuindo, no final, para avanços na ciência médica e em terapias que dependem da manipulação do movimento celular.
Por meio dessa exploração contínua, a relação entre o movimento celular e a geometria de seus arredores se tornará cada vez mais clara, iluminando um dos muitos mistérios da vida celular.
Título: A minimal physical model for curvotaxis driven by curved protein complexes at the cell's leading edge
Resumo: Cells often migrate on curved surfaces inside the body, such as curved tissues, blood vessels or highly curved protrusions of other cells. Recent \textit{in-vitro} experiments provide clear evidence that motile cells are affected by the curvature of the substrate on which they migrate, preferring certain curvatures to others, termed ``curvotaxis". The origin and underlying mechanism that gives rise to this curvature sensitivity are not well understood. Here, we employ a ``minimal cell" model which is composed of a vesicle that contains curved membrane protein complexes, that exert protrusive forces on the membrane (representing the pressure due to actin polymerization). This minimal-cell model gives rise to spontaneous emergence of a motile phenotype, driven by a lamellipodia-like leading edge. By systematically screening the behaviour of this model on different types of curved substrates (sinusoidal, cylinder and tube), we show that minimal ingredients and energy terms capture the experimental data. The model recovers the observed migration on the sinusoidal substrate, where cells move along the grooves (minima), while avoiding motion along the ridges. In addition, the model predicts the tendency of cells to migrate circumferentially on convex substrates and axially on concave ones. Both of these predictions are verified experimentally, on several cell types. Altogether, our results identify the minimization of membrane-substrate adhesion energy and binding energy between the membrane protein complexes as key players of curvotaxis in cell migration.
Autores: Raj Kumar Sadhu, Marine Luciano, Wang Xi, Cristina Martinez-Torres, Marcel Schröder, Christoph Blum, Marco Tarantola, Samo Penič, Aleš Iglič, Carsten Beta, Oliver Steinbock, Eberhard Bodenschatz, Benoît Ladoux, Sylvain Gabriele, Nir S. Gov
Última atualização: 2023-04-19 00:00:00
Idioma: English
Fonte URL: https://arxiv.org/abs/2304.09934
Fonte PDF: https://arxiv.org/pdf/2304.09934
Licença: https://creativecommons.org/licenses/by/4.0/
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