Abordando a Discrepância de Parâmetros na Quantificação de Incerteza Multifidelidade
Uma nova abordagem melhora a correlação entre modelos na análise de incertezas.
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Índice
A quantificação de incerteza multifidelidade (MF UQ) é um método usado pra analisar incertezas em modelos complexos, especialmente quando se lida com vários níveis de precisão e custo computacional. Muitos problemas científicos e de engenharia envolvem diferentes modelos que oferecem níveis variados de detalhes sobre o sistema em estudo. Esses modelos podem ser de alta fidelidade (mais precisos, mas caros) ou de baixa fidelidade (menos precisos, mas mais baratos), ajudando a estimar como fatores incertos podem afetar os resultados.
No entanto, um desafio grande aparece quando esses modelos não compartilham os mesmos parâmetros. Essa diferença pode resultar em correlações mais baixas entre os modelos, dificultando que os métodos MF UQ ofereçam resultados efetivos. Quando isso acontece, os benefícios de usar modelos de baixa fidelidade mais baratos diminuem, já que eles não se relacionam bem com os modelos de alta fidelidade mais precisos.
O Desafio da Parametrização Dissimilar
Em aplicações práticas, é comum ter números diferentes de parâmetros ou parâmetros completamente diferentes em cada modelo. Por exemplo, em um problema de dinâmica de fluidos, um modelo pode considerar pressão e área, enquanto outro pode incluir variáveis adicionais, como temperatura ou velocidade. Isso pode dificultar a criação de conexões significativas entre os resultados de cada modelo.
Quando a correlação entre os modelos é fraca, isso diminui o potencial das técnicas MF UQ para estimar com precisão estatísticas importantes, como médias ou variâncias. Resolver essa questão é essencial pra melhorar a eficácia geral dos métodos MF UQ.
Abordagem Proposta
Pra lidar com os problemas causados pela parametrização dissimilar, uma nova estratégia foi introduzida que se foca em criar um espaço compartilhado entre os modelos. Esse espaço compartilhado é uma área conceitual onde diferentes modelos podem ser comparados e analisados sem serem limitados pelos seus parâmetros originais.
A abordagem começa transformando os parâmetros de cada modelo pra se encaixar em um espaço de dimensão inferior, conhecido como espaço auxiliar. Essa transformação torna mais fácil identificar as variáveis mais significativas que afetam as saídas do modelo. Ao focar nessas variáveis importantes, o método permite uma melhor colaboração entre diferentes modelos, melhorando sua correlação.
Variações Algorítmicas
Duas algoritmos diferentes foram propostas nesse novo framework pra acomodar vários cenários, incluindo casos com dados de alta fidelidade novos e antigos. O objetivo é fornecer um estimador robusto que se adapte a diferentes situações com base nos dados disponíveis.
Estimador Balanceado de Bias-Variance: Esse estimador pretende minimizar a perda de correlação entre os modelos enquanto controla o bias introduzido pela transformação. Ele permite um equilíbrio flexível entre bias e variância, tornando-se adaptável a diferentes condições de dados.
Estimador MFAB Não Tendencioso: Esse estimador foca em manter a precisão do modelo de alta fidelidade sem truncar variáveis importantes. A vantagem disso é que o estimador permanece não tendencioso, proporcionando uma visão mais clara das incertezas do modelo.
Ilustração da Parametrização Dissimilar
Pra ilustrar o impacto da parametrização dissimilar, considere um exemplo clássico em dinâmica de fluidos envolvendo um bico. Aqui, um modelo poderia ser uma representação 3D complexa do fluxo através de um bico, enquanto outro modelo captura o fluxo de maneira simplificada em 2D. O desafio está em como os dois modelos podem se relacionar quando enfrentam parâmetros diferentes.
Nesse cenário, o modelo 3D pode incluir vários parâmetros geométricos, enquanto o modelo 2D reduz essa complexidade simulando um fluxo que não captura todas as variações. Ao tentar avaliar a pressão de saída do fluxo, os dados de ambos os modelos revelam uma falta de correlação devido aos parâmetros diferentes, tornando difícil tirar conclusões confiáveis.
Métodos Numéricos em MF UQ
Métodos numéricos desempenham um papel crucial na execução do processo de quantificação de incerteza multifidelidade. Modelos de alta fidelidade costumam exigir cálculos extensivos, tornando-os caros pra avaliar repetidamente. Modelos de baixa fidelidade, por outro lado, são mais rápidos, mas podem carecer de precisão.
Em abordagens baseadas em amostragem, múltimas simulações são executadas nos modelos de alta fidelidade ou baixa fidelidade pra estimar propriedades estatísticas de interesse. Técnicas como amostragem Monte Carlo ou expansões de caos polinomial podem ser empregadas, mas isso requer um manuseio cuidadoso pra garantir que os modelos permaneçam inter-relacionados.
Redução de Dimensões com Base Adaptativa
Uma técnica chave nessa nova abordagem é o método de Base Adaptativa (AB), que permite identificar direções essenciais no espaço de parâmetros. O método usa um conjunto de avaliações de modelo aleatórias pra apontar variáveis importantes, reduzindo significativamente a dimensionalidade do problema.
Ao focar em menos dimensões, o método AB ajuda a estabelecer uma relação mais forte entre os modelos, aumentando assim sua correlação. Quando o número de direções consideradas é minimizado, o desempenho geral dos estimadores de multifidelidade melhora.
Gestão de Bias e Correlação
Compreender como diferentes fatores contribuem pra bias e correlação nos modelos é essencial pra uma estimativa eficaz. O novo framework fornece estratégias pra quantificar o bias usando amostras piloto, o que permite uma amostragem eficiente do espaço compartilhado.
Estimadores de bias podem ser desenvolvidos pra avaliar a importância das coordenadas adaptadas e sua contribuição pro modelo geral. Ao analisar a diferença entre as saídas do modelo, é possível derivar estimadores pra prever potenciais biases que surgem das transformações.
Além disso, aproveitar a estrutura de expansão de caos polinomial permite identificar correlações entre os modelos de forma eficiente. Isso possibilita uma melhor estimativa de propriedades como variância, aprimorando, no fim, a confiabilidade do estimador.
Aplicações Práticas
As metodologias propostas foram aplicadas a vários casos de teste numéricos, demonstrando sua eficácia em diferentes cenários. Por exemplo, em um caso de teste acústico inspirado em experimentos do mundo real, a abordagem mostrou como compartilhar variáveis pode aumentar bastante a correlação entre os modelos, resultando em uma estimativa mais precisa da pressão sonora.
Em um modelo de montagem de combustível nuclear, as complexidades introduzidas por parâmetros variados foram abordadas de forma similar. Ao utilizar o estimador MFAB, a correlação entre os modelos de alta e baixa fidelidade melhorou, levando a previsões melhores do comportamento do sistema sob incerteza.
Conclusão
A introdução de um espaço compartilhado pra quantificação de incerteza multifidelidade representa um avanço significativo em como diferentes modelos podem ser correlacionados. Ao enfrentar os desafios impostos pela parametrização dissimilar, essa abordagem promete aumentar a precisão e confiabilidade das estimativas de incerteza em problemas científicos e de engenharia complexos.
No geral, essa metodologia não só destaca a importância da correlação em modelos multifidelidade, mas também fornece soluções práticas pra melhorar a eficácia das técnicas de quantificação de incerteza. Com os desenvolvimentos contínuos, a integração dessas estratégias com múltiplos modelos de baixa fidelidade e novas aplicações na construção de substitutos permanece uma avenida promissora pra futuras pesquisas.
Título: Multifidelity uncertainty quantification with models based on dissimilar parameters
Resumo: Multifidelity uncertainty quantification (MF UQ) sampling approaches have been shown to significantly reduce the variance of statistical estimators while preserving the bias of the highest-fidelity model, provided that the low-fidelity models are well correlated. However, maintaining a high level of correlation can be challenging, especially when models depend on different input uncertain parameters, which drastically reduces the correlation. Existing MF UQ approaches do not adequately address this issue. In this work, we propose a new sampling strategy that exploits a shared space to improve the correlation among models with dissimilar parametrization. We achieve this by transforming the original coordinates onto an auxiliary manifold using the adaptive basis (AB) method~\cite{Tipireddy2014}. The AB method has two main benefits: (1) it provides an effective tool to identify the low-dimensional manifold on which each model can be represented, and (2) it enables easy transformation of polynomial chaos representations from high- to low-dimensional spaces. This latter feature is used to identify a shared manifold among models without requiring additional evaluations. We present two algorithmic flavors of the new estimator to cover different analysis scenarios, including those with legacy and non-legacy high-fidelity data. We provide numerical results for analytical examples, a direct field acoustic test, and a finite element model of a nuclear fuel assembly. For all examples, we compare the proposed strategy against both single-fidelity and MF estimators based on the original model parametrization.
Autores: Xiaoshu Zeng, Gianluca Geraci, Michael S. Eldred, John D. Jakeman, Alex A. Gorodetsky, Roger Ghanem
Última atualização: 2023-04-17 00:00:00
Idioma: English
Fonte URL: https://arxiv.org/abs/2304.08644
Fonte PDF: https://arxiv.org/pdf/2304.08644
Licença: https://creativecommons.org/licenses/by/4.0/
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