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# Biologia# Biologia vegetal

Avanços na Entrega Viral para Engenharia do Genoma de Plantas

Pesquisadores melhoram métodos de entrega de genes usando vírus de plantas para aprimorar características das culturas.

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A engenharia do genoma é um processo que permite que os cientistas modifiquem o material genético das plantas. Essa tecnologia tem o potencial de melhorar características das colheitas, como resistência a doenças ou melhor conteúdo nutricional. No entanto, os cientistas enfrentam desafios quando tentam entregar as ferramentas necessárias para fazer essas mudanças. Um grande problema é conseguir colocar essas ferramentas nas células das plantas de forma estável.

Usando vírus para entrega de genes

Para superar os desafios de entregar ferramentas genéticas, os pesquisadores têm recorrido a vírus de plantas. Esses vírus podem carregar os componentes genéticos desejados e se mover por toda a planta. Eles podem ser usados para vários fins, como silenciar genes indesejados ou expressar novas proteínas. Usar vírus pode economizar tempo e esforço em comparação com métodos tradicionais, que muitas vezes exigem procedimentos complexos em um ambiente estéril.

No entanto, há algumas desvantagens em usar vírus. Eles geralmente funcionam apenas em tipos específicos de plantas, podem causar sintomas prejudiciais nas plantas infectadas e podem não atingir todas as partes da planta de forma eficaz. Por exemplo, os meristemas, que são vitais para o crescimento, podem ser difíceis de atingir com a entrega viral. Além disso, muitos vírus têm limites sobre quanto material genético podem carregar e, se excederem esse limite, podem não funcionar corretamente.

Avanços recentes em sistemas de entrega viral

Recentemente, os pesquisadores avançaram na criação de novos vetores virais que podem entregar ferramentas de edição genética para as plantas. Em alguns estudos, cientistas usaram diferentes vírus de plantas para entregar com sucesso componentes para edição de genes, incluindo Cas9 e RNAs guia. No entanto, esses métodos ainda muitas vezes exigiam regenerar plantas através de procedimentos estéreis.

Por outro lado, alguns vírus que conseguem invadir meristemas, como o Vírus do Tremor do Tabaco e o vírus da faixa do cevada, foram usados com sucesso para entregar RNAs guia a uma variedade de plantas. O desafio continua, pois esses métodos frequentemente dependem de plantas transgênicas e podem não ser adequados para entregar proteínas maiores.

Recombinases de sítio específico: uma nova ferramenta

Outra ferramenta importante na engenharia do genoma se chama recombinases de sítio específico (SSRs). As SSRs podem realizar várias ações, como remover ou inserir pedaços de DNA em locais específicos no genoma da planta. Isso pode ser útil para várias aplicações, incluindo remover genes desnecessários e empilhar múltiplas características benéficas.

Em estudos anteriores, pesquisadores entregaram com sucesso uma certa SSR, a recombinase Cre, para plantas transgênicas usando vírus de plantas. No entanto, esses métodos ainda geralmente exigiam regeneração a partir do tecido infectado e não levavam consistentemente a alterações hereditárias nas plantas.

Explorando o vírus do tremor do tabaco

Nesta pesquisa, os cientistas se concentraram em usar o vírus do tremor do tabaco (TRV) como uma ferramenta de entrega para SSRs. O TRV tem várias vantagens: pode infectar uma ampla gama de plantas, causa sintomas leves e pode invadir temporariamente os meristemas sem passar o vírus pelas sementes. Os pesquisadores criaram novas linhas de plantas com um gene repórter especial que muda de cor quando ocorre recombinação, permitindo que eles acompanhem a eficácia da entrega do vírus.

Projetando o interruptor genético

A equipe projetou uma série de construções genéticas que serviriam como alvos para a infecção pelo TRV. Essas construções foram cuidadosamente criadas para incluir um marcador que poderia ser removido após uma recombinação bem-sucedida. Se a recombinação ocorresse, as plantas mostrariam uma mudança de cor visível-indicando Modificação Genética bem-sucedida.

Eles criaram diferentes construções usando vários locais de reconhecimento para a recombinase Cre. Linhas transgênicas foram geradas para conter essas construções, e o TRV foi usado para infectá-las. Os pesquisadores confirmaram que a mudança de cor se devia à recombinação bem-sucedida, e o sinal se espalhou pela planta ao longo do tempo.

Monitorando o movimento do vírus

Acompanhar como o vírus se movia dentro da planta era outro objetivo importante do estudo. Os pesquisadores observaram que a mudança de cor ocorria primeiro no caule e depois se espalhava para outras partes da planta, consistente com como os vírus normalmente viajam pelos tecidos vegetais. Esse rastreamento revelou que o vírus poderia alcançar raízes e órgãos reprodutivos, permitindo possíveis modificações hereditárias.

Criando modificações hereditárias

Um dos principais objetivos era alcançar mudanças hereditárias nas plantas. Os pesquisadores examinaram a descendência das plantas infectadas para determinar se as modificações persistiam. Eles enfrentaram alguns desafios com a viabilidade das plantas, já que nem todas as plantas infectadas sobreviveram até a maturidade.

Apesar desses obstáculos, descobriram que muitas das descendências das plantas infectadas mostraram a mudança de cor desejada, indicando eventos de recombinação bem-sucedidos. No geral, os dados sugeriram que a entrega viral usando TRV poderia frequentemente levar a mudanças hereditárias nas plantas.

Abordando defeitos fenotípicos

Nos seus esforços, os pesquisadores notaram que o uso da recombinase Cre às vezes resultava em efeitos negativos no crescimento e desenvolvimento das plantas. Muitas plantas mostraram crescimento atrofiado e outras anomalias. Para investigar alternativas, eles tentaram usar outras SSRs, como FLP e CinH, que poderiam não causar os mesmos problemas.

Os pesquisadores realizaram experimentos semelhantes com essas SSRs adicionais. Eles descobriram que as outras recombinases também podiam induzir recombinação de forma eficaz, sem os efeitos negativos observados com Cre. Essa descoberta sugeriu que usar recombinases alternativas poderia melhorar a saúde e viabilidade geral das plantas.

Expandindo o arsenal

Os pesquisadores conseguiram demonstrar que esses novos métodos de entrega viral usando TRV eram eficazes e podiam entregar vários tipos de recombinases. Isso abriu novas possibilidades para a engenharia do genoma em plantas, permitindo modificações mais complexas, como empilhamento de genes e criação de circuitos genéticos sintéticos.

Conclusão

Através deste trabalho, os pesquisadores avançaram no campo da engenharia do genoma ao desenvolver um método mais eficaz para entregar ferramentas genéticas às plantas usando vírus. Eles também mostraram que é possível acompanhar infecções virais por meio de um sistema de repórter visual, o que pode ajudar a otimizar futuros vetores virais.

Os resultados desses estudos destacam o potencial de fazer mudanças hereditárias nas plantas sem as desvantagens observadas em métodos anteriores. À medida que os cientistas continuam a explorar e aprimorar essas técnicas, eles podem abrir caminho para desenvolver colheitas com características melhoradas, aumentando a produtividade agrícola e abordando a segurança alimentar em nível global.

Fonte original

Título: Viral delivery of recombinases to activate heritable genetic switches in plants

Resumo: Viral vectors provide an increasingly versatile platform for transformation-free reagent delivery to plants. RNA viral vectors can be used to induce gene silencing, overexpress proteins, or introduce gene editing reagents, but they are often constrained by carrying capacity or restricted tropism in germline cells. Site-specific recombinases that catalyze precise genetic rearrangements are powerful tools for genome engineering that vary in size and, potentially, efficacy in plants. In this work, we show that viral vectors based on Tobacco rattle virus (TRV) deliver and stably express four recombinases ranging in size from [~]0.6kb to [~]1.5kb, and achieve simultaneous marker removal and reporter activation through targeted excision in transgenic Nicotiana benthamiana target lines. TRV vectors with Cre, FLP, CinH, and Integrase13 efficiently mediated recombination in infected somatic tissue, and also led to heritable modifications at high frequency. An excision-activated Ruby reporter enabled simple and high-resolution tracing of infected cell lineages, without the need for molecular genotyping. Together, our experiments broaden the scope of viral recombinase delivery, and offer insights into infection dynamics that may be useful in the development of future viral vectors.

Autores: Daniel Voytas, J. C. Chamness, J. P. Cody, A. J. Cruz

Última atualização: 2024-03-05 00:00:00

Idioma: English

Fonte URL: https://www.biorxiv.org/content/10.1101/2024.03.03.583219

Fonte PDF: https://www.biorxiv.org/content/10.1101/2024.03.03.583219.full.pdf

Licença: https://creativecommons.org/licenses/by/4.0/

Alterações: Este resumo foi elaborado com a assistência da AI e pode conter imprecisões. Para obter informações exactas, consulte os documentos originais ligados aqui.

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