Avançando a Reconstrução 3D com Imagens Limitadas
Um novo método combina NeRF e MDE pra melhorar a modelagem 3D com poucas imagens.
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Nos últimos anos, criar imagens e vídeos 3D realistas a partir de fotos 2D ganhou muita atenção. Uma técnica chamada Neural Radiance Field (NeRF) se destaca nisso, permitindo visualizar novos ângulos de uma cena usando apenas algumas imagens. No entanto, o NeRF enfrenta um desafio quando tem poucas imagens de entrada. A qualidade das imagens produzidas cai significativamente quando não há pontos de vista suficientes para trabalhar. Essa é uma limitação importante, já que capturar várias boas imagens nem sempre é possível.
Pesquisadores tentaram resolver esse problema com várias metodologias, mas muitas vezes funcionam apenas em cenários específicos. Uma abordagem promissora é usar uma ferramenta chamada Monocular Depth Estimation (MDE), que prevê informações de profundidade a partir de imagens únicas. Ao treinar o MDE em grandes conjuntos de dados, podemos melhorar a qualidade das visualizações 3D geradas, mesmo quando temos imagens de entrada limitadas. No entanto, há complicações ao usar o MDE com o NeRF, principalmente devido a inconsistências nas previsões de profundidade.
Para lidar com esse problema, propomos uma nova estrutura que combina as forças do NeRF e do MDE. Nosso método melhora significativamente a qualidade das reconstruções 3D usando menos imagens de entrada. Neste artigo, vamos explicar como a nossa abordagem funciona e os resultados que obtivemos em vários testes.
As Limitações do NeRF
O NeRF é uma ferramenta poderosa para criar modelos 3D a partir de imagens 2D. Sua força está em gerar visões realistas de diferentes ângulos. Mas, tem uma grande desvantagem: precisa de muitas imagens bem alinhadas para ter um bom desempenho. Quando só temos algumas imagens, o NeRF sofre. Muitas vezes, acaba fazendo suposições erradas, levando a erros no modelo 3D. Por exemplo, pode se focar demais nas poucas imagens de entrada, produzir artefatos em espaços vazios ou criar geometrias estranhas que são difíceis de interpretar.
Como o NeRF depende muito das imagens de entrada, ter apenas algumas pode levar a quedas sérias na qualidade. Isso acontece porque não há informação suficiente para mapear com precisão os pixels das imagens para os locais 3D corretos. Além disso, o NeRF pode associar um único pixel a vários pontos 3D, piorando o problema.
Tentativas Anteriores de Melhorar o Desempenho
Soluções anteriores para esse problema geralmente tentaram usar dados externos, como informações 3D das imagens de entrada. Essas tentativas geralmente utilizam regularizações geométricas ou informações de profundidade de ferramentas como o COLMAP. Porém, todas têm limitações. Elas costumam usar dados de profundidade derivados de apenas algumas imagens de entrada, o que significa que a orientação 3D não cobre toda a cena.
Para enfrentar essas deficiências, sugerimos usar redes MDE pré-treinadas que são treinadas em conjuntos de dados grandes e diversos. Essas redes têm uma forte capacidade de generalização, ou seja, conseguem funcionar bem mesmo em cenas que não viram especificamente durante o treinamento. O MDE fornece informações de profundidade extras que o NeRF pode usar para melhorar sua compreensão da geometria da cena.
Nossa Estrutura Proposta
Nossa estrutura, que integra NeRF e MDE, visa melhorar a qualidade das reconstruções 3D a partir de imagens limitadas. Ao fazer o MDE se adaptar à cena específica em que o NeRF está trabalhando, conseguimos aprimorar efetivamente o desempenho do NeRF. Essa adaptação ajuda a alinhar as previsões de profundidade do MDE com a geometria absoluta que o NeRF reconstrói.
Nossa abordagem inclui duas estratégias principais:
Usar MDE para informações de profundidade: O MDE gera Mapas de Profundidade que fornecem orientação para o NeRF, ajudando a criar um modelo 3D mais suave e coeso.
Adaptar o MDE para se ajustar ao NeRF: Ajustamos as previsões do MDE para funcionar bem com as especificidades da geometria do NeRF. Esse processo ocorre por meio de treinamento complementar, onde ambos os modelos se melhoram mutuamente.
Essas estratégias ajudam a gerenciar alguns dos problemas comuns que surgem ao usar o MDE, como inconsistências de profundidade e problemas de desalinhamento.
O Papel do MDE
O MDE desempenha um papel crucial em nossa estrutura. Ao prever mapas de profundidade densos a partir de imagens únicas, ele fornece ao NeRF as informações extras necessárias para produzir reconstruções de melhor qualidade. Enquanto o NeRF pode ter dificuldades com vistas limitadas, o MDE preenche as lacunas fornecendo dados de profundidade confiáveis. Essas informações de profundidade vão além das vistas limitadas e oferecem orientação para pontos de vista não vistos.
No entanto, o MDE tem seus próprios desafios. Suas previsões muitas vezes carecem de consistência entre diferentes vistas, tornando difícil confiar nele como uma base sólida 3D. O MDE pode não representar com precisão as verdadeiras relações de profundidade entre vários objetos. Esses problemas podem confundir o NeRF se não forem tratados corretamente.
Para combater esses desafios, propomos métodos para ajustar as previsões do MDE, de modo que funcionem melhor com o NeRF. Isso inclui ajustar as saídas de profundidade para garantir que se alinhem com a geometria que o NeRF produz.
Como Nossa Abordagem Funciona
Começamos usando um modelo MDE forte e pré-treinado para prever mapas de profundidade a partir das imagens fornecidas ao NeRF. A partir desses mapas de profundidade, derivamos verdades pseudo-terras que servem como referências de profundidade para o NeRF melhorar seu processo de otimização. Nosso modelo emprega uma estratégia de treinamento que utiliza mapas de profundidade de pontos de vista vistos e não vistos, o que significa que podemos orientar efetivamente o NeRF na criação de reconstruções de alta qualidade.
Para garantir que as previsões de profundidade do MDE sejam confiáveis, introduzimos uma abordagem de escalonamento por patch. Esse método reduz o impacto das diferenças de profundidade entre os objetos na cena, resultando em uma saída mais consistente.
Além disso, nossa abordagem inclui uma técnica de modelagem de confiança. Isso verifica a precisão das informações de profundidade antes de usá-las para destilação. Ao avaliar as saídas renderizadas em relação à profundidade do MDE, podemos descartar dados não confiáveis, permitindo que o NeRF construa estruturas 3D mais confiáveis.
Testes e Resultados
Realizamos experimentos extensivos para avaliar o desempenho da nossa estrutura em vários conjuntos de dados do mundo real. Nosso método foi testado em cenas internas e externas, mostrando sua eficácia em aplicações do mundo real.
Testes em Cenas Internas
Para ambientes internos, testamos nosso modelo em uma seleção de cenas do conjunto de dados ScanNet, que contém poucas Imagens de Treinamento. Mesmo com apenas algumas imagens, nosso método superou significativamente os modelos existentes. Os resultados quantitativos mostraram uma melhoria em métricas como PSNR e SSIM, indicando melhor qualidade nas cenas geradas.
Nas comparações qualitativas, nossa estrutura produziu visões mais claras e detalhadas de objetos complexos nas cenas. Conseguimos ver características que métodos anteriores lutaram para capturar devido a imagens de entrada limitadas. Nosso modelo proporcionou uma compreensão mais rica da estrutura 3D, resultando em melhor fidelidade visual.
Testes em Cenas Externas
Em cenários externos, aplicamos nossa estrutura ao conjunto de dados Tanks and Temples. Aqui, os desafios aumentaram devido a variações ambientais, como iluminação complexa e propriedades de superfície. Nosso método ainda provou ser eficaz, superando outros em todas as métricas de avaliação.
Os resultados qualitativos confirmaram que nossa estrutura conseguiu manter um forte controle da geometria 3D, mesmo em configurações externas desafiadoras. Observamos que nosso modelo conseguiu capturar os detalhes finos e a cena geral melhor do que os métodos concorrentes.
Analisando Componentes Chave
Para entender as contribuições de diferentes partes da nossa estrutura, realizamos estudos de ablação. Ao analisar a eficácia de cada componente proposto, confirmamos que nosso ajuste de escala por patch é crucial na melhoria da precisão da supervisão de profundidade.
Além disso, descobrimos que nossa modelagem de confiança foi essencial para aumentar a qualidade geral da saída. Esse modelo garantiu que previsões de profundidade não confiáveis não afetassem negativamente a reconstrução final em 3D.
Limitações e Direções Futuras
Embora nossa estrutura tenha mostrado resultados impressionantes, não está isenta de limitações. A qualidade da reconstrução ainda pode sofrer quando se trata de capturar detalhes finos, especialmente em certos cenários. Alguns artefatos podem persistir nas visualizações finais, levando a problemas na compreensão 3D da cena. Isso é especialmente verdadeiro quando as imagens de entrada são extremamente limitadas.
Seguindo em frente, há várias áreas para melhoria. Uma direção poderia ser aprimorar ainda mais as técnicas de estimativa de profundidade, permitindo previsões mais precisas. Outra via é explorar maneiras mais robustas de integrar informações de profundidade que poderiam levar a uma maior coerência nas reconstruções.
Implicações Mais Amplas
Nosso trabalho abre novas possibilidades para o uso de NeRF e MDE em várias aplicações da vida real. Com a capacidade de gerar modelos 3D de alta qualidade a partir de menos imagens, trazemos essas tecnologias mais perto de usos práticos em áreas como realidade aumentada, robótica e Reconstrução 3D.
Ao integrar a estimativa de profundidade com o NeRF, podemos melhorar a eficiência do modelo e adaptá-lo a várias configurações operacionais. Isso significa que ele pode lidar melhor com diferentes condições de iluminação e superfícies complexas, abrindo caminho para aplicações práticas que dependem de visualizações 3D de alta qualidade.
Em resumo, nossa estrutura representa um avanço significativo para enfrentar os desafios do aprendizado com poucas imagens na reconstrução 3D. Ao combinar efetivamente as forças do NeRF e da Estimativa de Profundidade Monocular, preparamos o terreno para futuros avanços neste campo de ponta.
Título: DaRF: Boosting Radiance Fields from Sparse Inputs with Monocular Depth Adaptation
Resumo: Neural radiance fields (NeRF) shows powerful performance in novel view synthesis and 3D geometry reconstruction, but it suffers from critical performance degradation when the number of known viewpoints is drastically reduced. Existing works attempt to overcome this problem by employing external priors, but their success is limited to certain types of scenes or datasets. Employing monocular depth estimation (MDE) networks, pretrained on large-scale RGB-D datasets, with powerful generalization capability would be a key to solving this problem: however, using MDE in conjunction with NeRF comes with a new set of challenges due to various ambiguity problems exhibited by monocular depths. In this light, we propose a novel framework, dubbed D\"aRF, that achieves robust NeRF reconstruction with a handful of real-world images by combining the strengths of NeRF and monocular depth estimation through online complementary training. Our framework imposes the MDE network's powerful geometry prior to NeRF representation at both seen and unseen viewpoints to enhance its robustness and coherence. In addition, we overcome the ambiguity problems of monocular depths through patch-wise scale-shift fitting and geometry distillation, which adapts the MDE network to produce depths aligned accurately with NeRF geometry. Experiments show our framework achieves state-of-the-art results both quantitatively and qualitatively, demonstrating consistent and reliable performance in both indoor and outdoor real-world datasets. Project page is available at https://ku-cvlab.github.io/DaRF/.
Autores: Jiuhn Song, Seonghoon Park, Honggyu An, Seokju Cho, Min-Seop Kwak, Sungjin Cho, Seungryong Kim
Última atualização: 2023-09-25 00:00:00
Idioma: English
Fonte URL: https://arxiv.org/abs/2305.19201
Fonte PDF: https://arxiv.org/pdf/2305.19201
Licença: https://creativecommons.org/licenses/by/4.0/
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