A Jornada do COVID-19 em Gana: Desafios e Respostas

O COVID-19 apareceu pela primeira vez em Gana no dia 12 de março de 2020, logo depois que a Organização Mundial da Saúde declarou a pandemia. No começo, os especialistas temiam que o COVID-19 tivesse um grande impacto na África por causa dos sistemas de saúde fracos. Então, Gana se preparou pra enfrentar o vírus, treinando trabalhadores da saúde e informando o público.

#Plano de Resposta Nacional

O plano de Gana pra lutar contra o COVID-19 tinha seis metas principais:

1. Evitar que o vírus entrasse no país, detectá-lo e controlá-lo.
2. Controlar a disseminação na comunidade.
3. Oferecer assistência médica suficiente para os infectados.
4. Melhorar a organização e responsabilidade na resposta ao COVID-19.
5. Reduzir os efeitos sociais e econômicos da pandemia.
6. Fortalecer a capacidade local pra lidar com questões de saúde e promover a pesquisa em saúde.

As ações do governo foram organizadas em sete áreas: coordenação, gestão de casos, comunicação, testagem, controle de fronteiras, pesquisa e manutenção dos serviços essenciais de saúde.

#Ondas de COVID-19 em Gana

Nos dois anos seguintes, Gana enfrentou quatro ondas significativas de COVID-19. Cada onda afetou o sistema de saúde e o público de formas diferentes. Entendendo como essas ondas evoluíram e o que as impulsionou, os oficiais podem melhorar as respostas futuras e se preparar melhor pra surtos potenciais.

#Objetivos do Estudo

Esse estudo teve como objetivo:

• Rastrear o número de casos confirmados de COVID-19 em Gana ao longo de dois anos.
• Investigar como o COVID-19 se espalhou nas comunidades do país.
• Destacar as ações do governo pra enfrentar a pandemia.

#Cenário do Estudo

Gana está localizada na África Ocidental e é dividida em 16 regiões e 260 distritos. O país tem dez hospitais regionais que oferecem cuidados de saúde avançados. Durante a pandemia, um hospital especializado, o Centro de Doenças Infecciosas de Gana, foi construído pra tratar pacientes de COVID-19. No início, dois laboratórios principais lidavam com os testes de COVID-19, mas até o final de 2020, mais de vinte instalações foram criadas pra testagem.

#Coleta de Dados

Os dados foram coletados do site do Serviço de Saúde de Gana. Todas as informações foram agregadas, garantindo que nenhum dado pessoal fosse compartilhado. Os dados incluíram números diários de casos, recuperações e outras estatísticas vitais. Os métodos de testagem incluíam rastreamento de contatos e uso de um sistema de código de barras pra coleta de amostras.

#Confirmação de Casos e Testagem

Os casos confirmados foram identificados através de um processo de teste especial chamado RT-PCR. No começo, Gana se concentrou em testar todos os casos suspeitos pra entender a disseminação do vírus. Uma estratégia de agrupamento foi desenvolvida depois pra tornar os testes mais rápidos e eficientes. A plataforma GeneXpert foi introduzida pra testes rápidos, especialmente pra quem mostrava sintomas.

#Análise de Dados

Os dados foram processados pra calcular o número de novos casos a cada dia e a taxa de positivação, indicando a porcentagem de testes que retornaram resultados positivos. O estudo também estimou a capacidade do vírus de se espalhar com base em cálculos específicos.

#Considerações Éticas

Já que os dados usados eram agregados e sem identificadores pessoais, as preocupações éticas foram mínimas. A permissão pra usar esses dados foi concedida pelo Serviço de Saúde de Gana.

#Tendências em Casos Confirmados

Até 12 de março de 2022, Gana havia relatado 160.761 casos confirmados de COVID-19. A Taxa de Recuperação foi de impressionantes 99,05%. As quatro ondas principais da pandemia foram observadas durante esse período, com ondas menores também notadas. A primeira onda ocorreu em junho e julho de 2020, com 29.192 casos relatados.

A segunda onda começou em janeiro de 2021, com 34.432 casos registrados. A terceira onda durou de junho a outubro de 2021, com 33.725 casos reportados. A quarta onda, de dezembro de 2021 a fevereiro de 2022, registrou 29.192 casos.

#Distribuição Regional dos Casos

A Região da Grande Acra foi a mais atingida, com 56,34% de todos os casos em Gana. Essa região também tinha o maior número de casos ativos até 12 de março de 2022. No total, 12 das 16 regiões relataram mais de 1.000 casos.

#Medidas do Governo

A resposta de Gana envolveu um esforço coordenado desde os níveis mais altos do governo até as equipes de saúde locais. O governo implementou várias medidas pra gerenciar a crise, incluindo:

1. Confirmação Inicial de Casos: Os primeiros dois casos foram relatados em 12 de março de 2020, levando a rastreamento de contatos imediato e quarentenas.
2. Fechamento de Escolas e Proibição de Reuniões Públicas: Essas medidas começaram em 16 de março de 2020, pra limitar a transmissão.
3. Fechamento de Fronteiras: Todas as fronteiras foram fechadas em 22 de março de 2020, exceto para transporte de carga. Certos retornados tiveram que fazer quarentena.
4. Lockdown Parcial: Um lockdown na Grande Acra e Kumasi durou de 30 de março a 19 de abril de 2020.
5. Reabertura do Aeroporto: O Aeroporto Internacional Kotoka reabriu em 1º de setembro de 2020, com protocolos rigorosos pra viajantes que chegavam.
6. Reabertura das Escolas: As escolas reabriram em 18 de janeiro de 2021, com monitoramento de saúde em vigor.
7. Distribuição de Vacinas: Gana foi o primeiro país a receber vacinas contra COVID-19 do programa COVAX, começando sua campanha de Vacinação em 1º de março de 2021.

#Status da Vacinação

Até 13 de março de 2022, Gana havia recebido mais de 27 milhões de doses de vacina, com cerca de 46,6% administradas. O objetivo era vacinar pelo menos 70% da população.

#Testagem e Transmissão Comunitária

Até 12 de março de 2022, Gana havia feito mais de 2 milhões de testes, com uma taxa de positivação de 6,8%. A testagem incluía rastreamento de contatos, testes de rotina e testes pra viajantes internacionais. Durante as ondas principais, os níveis de transmissão comunitária variaram, mas frequentemente continuaram altos.

#Número Reprodutivo

O número reprodutivo, que indica o quão contagioso o vírus é, variou significativamente. Nos primeiros dias, chegou a 8,77. Manter um número reprodutivo abaixo de 1 é crucial pra controlar o surto.

#Lições Aprendidas

A abordagem do governo ganense envolveu uma mistura de medidas de saúde rigorosas e engajamento público. Embora as restrições iniciais ajudassem a desacelerar a propagação, problemas como não adesão aos protocolos e a introdução de novas variantes complicaram a situação.

A baixa taxa de mortalidade em Gana em comparação com outros países africanos também se destaca, possivelmente influenciada pela população mais jovem e pelos serviços de saúde disponíveis.

#Conclusão

A experiência de Gana com o COVID-19 reflete tanto os desafios quanto os sucessos enfrentados durante a pandemia. A resposta do governo, movida por uma combinação de iniciativas de saúde pública e engajamento comunitário, forneceu lições valiosas para futuras crises de saúde. Indo pra frente, esforços contínuos em vacinação, testagem e conscientização pública serão essenciais pra gerenciar o COVID-19 e qualquer surto futuro.