Barreiras à Vacinação contra a COVID-19 em Gestantes
Esse estudo analisa os fatores que influenciam as taxas de vacinação entre mulheres grávidas.
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Índice
- Baixas Taxas de Vacinação Entre Mulheres Grávidas
- Fatores que Influenciam Decisões de Vacinação
- Impacto da Desconfiança e Discriminação
- Visão Geral do Estudo
- Analisando as Entrevistas
- Consciência dos Riscos à Saúde
- Disponibilidade e Acessibilidade da Vacina
- Conhecimento e Desinformação
- Preocupações Sobre Saúde e Efeitos Colaterais
- Perspectivas e Crenças Culturais
- Apoio de Pessoas Confiáveis
- Conclusão: Aumentando as Taxas de Vacinação
- Fonte original
A pandemia de COVID-19 afetou muito as pessoas ao redor do mundo. A Vacinação é vista como uma maneira essencial de evitar problemas de saúde graves causados pelo vírus. Especialistas de organizações como o CDC e o ACOG recomendam que mulheres grávidas se vacinem contra a COVID-19. Mas, muitas mulheres grávidas não estão se vacinando em comparação com as que não estão grávidas. Isso gera preocupações, já que grávidas enfrentam riscos maiores com a COVID-19, incluindo doenças graves e complicações na gravidez.
Baixas Taxas de Vacinação Entre Mulheres Grávidas
Dados recentes mostram que menos da metade das mulheres grávidas (cerca de 45%) foram vacinadas contra a COVID-19. Isso é bem menor do que as taxas de vacinação de mulheres não grávidas, que estão em torno de 65%. Isso é preocupante, já que mulheres grávidas têm mais chances de experimentar doenças graves e até morte por causa do vírus. Elas também correm riscos de complicações como parto prematuro ou natimorto. Essa situação destaca a necessidade de entender por que muitas mulheres grávidas optam por não se vacinar.
Fatores que Influenciam Decisões de Vacinação
Várias razões afetam se as mulheres grávidas decidem se vacinar contra a COVID-19. Um fator importante é a falta de informação sobre a segurança da vacina durante a gravidez. Muitas mulheres grávidas e profissionais de saúde não estão confiantes na segurança e eficácia da vacina. Outros problemas incluem prioridades na vacinação, desafios de acessibilidade e barreiras culturais que dificultam a vacinação para algumas mulheres.
Além disso, muitas mulheres grávidas se preocupam com como a vacina poderia afetar seus bebês. A falta de dados sobre os efeitos da vacina no desenvolvimento fetal gera preocupações. Esses medos contribuem para a hesitação em se vacinar. Muitas pesquisas foram feitas sobre a vacinação contra a COVID-19 durante a gravidez, mas mensagens confusas nas redes sociais e autoridades de saúde, junto com conselhos conflitantes de profissionais de saúde, geraram confusão e Desinformação.
Impacto da Desconfiança e Discriminação
Os desafios são ainda mais evidentes para mulheres grávidas afro-americanas e hispânicas. Esses grupos frequentemente enfrentam discriminação histórica e atual nos cuidados de saúde, levando à desconfiança. Essa desconfiança pode criar barreiras para buscar cuidados adequados e seguir orientações médicas. Além disso, essas Comunidades muitas vezes enfrentam dificuldades econômicas, o que torna mais difícil acessar serviços de saúde, incluindo vacinas.
Dado esses contextos sociais e culturais, a decisão de se vacinar durante a gravidez se torna complexa. Não há muita pesquisa focada especificamente no que influencia essas decisões entre mulheres grávidas e pós-parto afro-americanas e hispânicas. Este estudo visa investigar esses fatores por meio de entrevistas com mulheres e observações de profissionais de saúde.
Visão Geral do Estudo
Entre janeiro e agosto de 2022, um estudo qualitativo foi realizado como parte de um projeto maior focado na saúde materna entre mulheres afro-americanas e hispânicas durante a pandemia de COVID-19. O estudo usou amostragem intencional para recrutar mulheres e profissionais de saúde. As participantes foram escolhidas em clínicas locais e organizações de saúde comunitária que atendem populações de baixa renda na Carolina do Sul.
Os critérios de elegibilidade para as participantes incluíam ser de ascendência afro-americana ou hispânica, ter pelo menos 18 anos e ter dado à luz após março de 2020. No total, foram realizadas 48 entrevistas, incluindo 19 mulheres afro-americanas, 20 mulheres hispânicas e 9 profissionais de saúde. As entrevistas foram feitas via Zoom, telefone ou pessoalmente, durando cerca de 50 minutos cada, e foram gravadas em áudio com consentimento. As participantes receberam um cartão-presente de 50 dólares pela participação.
Analisando as Entrevistas
As entrevistas foram transcritas e analisadas para identificar temas comuns sobre as decisões de vacinação contra a COVID-19. Tópicos notáveis que surgiram incluíram consciência dos riscos à saúde associados à COVID-19, disponibilidade da vacina, acesso à informação sobre vacinas, preocupações de saúde para mães e bebês, fatores emocionais, visões culturais e incentivo de pessoas de Confiança.
Consciência dos Riscos à Saúde
As participantes expressaram uma alta consciência sobre os perigos da COVID-19. Muitas estavam ansiosas e estressadas com a possibilidade de pegar o vírus durante a gravidez. Elas lembravam de notícias alarmantes sobre mulheres grávidas que sofreram consequências graves por causa do vírus, incluindo hospitalização e morte. Esse medo influenciou suas reflexões em torno da vacinação.
As mães estavam preocupadas com a exposição potencial à COVID-19 de várias fontes, incluindo seus filhos que frequentavam escolas com políticas de máscara não obrigatórias. As participantes tomaram muitas precauções para se proteger, incluindo lavar as mãos frequentemente e evitar lugares lotados.
Disponibilidade e Acessibilidade da Vacina
O período de espera para as vacinas contra a COVID-19 gerou uma mistura de expectativa e ansiedade entre as participantes. Assim que as vacinas ficaram disponíveis, houve confusão sobre sua segurança, o que deixou algumas mulheres relutantes em se vacinar. O acesso às vacinas foi outra grande preocupação. Algumas mães enfrentaram desafios para se vacinar, pois as vacinas nem sempre estavam disponíveis nas clínicas. Essa falta de acessibilidade aumentou o estresse ao tentar marcar consultas para vacinação.
Os profissionais de saúde notaram que algumas clínicas tiveram que encaminhar pacientes para outros lugares para vacinas devido à disponibilidade limitada. Essa situação frequentemente frustrava tanto os profissionais quanto os pacientes, já que complicava o processo de atendimento.
Conhecimento e Desinformação
A desinformação sobre a vacina contra a COVID-19 também foi uma barreira significativa. Muitas participantes mencionaram ter ouvido informações falsas ou enganosas, o que afetou sua disposição em se vacinar. Os profissionais de saúde compartilharam que enfrentaram uma batalha constante para educar os pacientes sobre a segurança e eficácia das vacinas.
Algumas mulheres expressaram ceticismo sobre o desenvolvimento rápido das vacinas, sentindo que elas não foram estudadas adequadamente. Outras levantaram preocupações sobre experiências com vacinas anteriores que levaram a efeitos negativos à saúde. Essa incerteza frequentemente deixava as mulheres divididas sobre se deveriam ou não se vacinar.
Preocupações Sobre Saúde e Efeitos Colaterais
Muitas mulheres grávidas manifestaram preocupações sobre suas condições de saúde já existentes e como poderiam ser afetadas pela vacina. Algumas tinham condições preexistentes que aumentavam sua preocupação sobre potenciais efeitos colaterais. Por exemplo, mulheres com condições como asma ou histórico de reações severas a vacinas expressaram hesitação em receber a vacina contra a COVID-19.
O peso emocional de suas decisões era significativo, já que muitas mulheres sentiam uma forte responsabilidade em proteger a si mesmas e seus bebês. Esse estresse adicional muitas vezes complicava seu processo de decisão em relação à vacinação.
Perspectivas e Crenças Culturais
As crenças culturais também desempenharam um papel na influência das decisões de vacinação. Algumas participantes citaram crenças religiosas como motivo para não querer receber vacinas. Isso resultou em uma recusa em considerar novas informações sobre a vacinação, apesar das orientações de autoridades de saúde incentivando a vacinação para segurança.
Além disso, estudos sugerem que estratégias de comunicação e recursos adaptados que considerem crenças culturais poderiam melhorar a aceitação da vacina entre diferentes grupos.
Apoio de Pessoas Confiáveis
O apoio de familiares e profissionais de saúde teve um impacto significativo nas decisões das mulheres sobre a vacinação. Muitas participantes mencionaram que conversas com pessoas de confiança, especialmente profissionais de saúde, ajudaram a aliviar algumas de suas preocupações. Por exemplo, membros da família que compartilharam suas próprias experiências positivas com a vacinação informaram suas escolhas.
Os profissionais de saúde, frequentemente vistos como fontes confiáveis, desempenharam um papel fundamental em orientar mulheres grávidas sobre suas decisões de vacinação. Sua capacidade de fornecer informações claras e baseadas em evidências foi crucial para ajudar as mulheres a se sentirem mais confiantes em relação à vacinação.
Conclusão: Aumentando as Taxas de Vacinação
O estudo descobriu que mulheres grávidas e no pós-parto afro-americanas e hispânicas enfrentam barreiras únicas em relação à vacinação contra a COVID-19. Isso inclui medo de potenciais efeitos colaterais, desinformação e desconfiança no sistema de saúde. No entanto, informações confiáveis e incentivo de familiares e profissionais de saúde de confiança podem apoiar as decisões das mulheres em se vacinar.
Esforços futuros devem se concentrar em abordar essas barreiras, aumentando o acesso a informações precisas e garantindo que os profissionais de saúde estejam preparados para engajar em conversas significativas sobre vacinação. Iniciativas de saúde pública também devem considerar as necessidades específicas de comunidades menos atendidas para melhorar o acesso às vacinas.
Ao tomar essas medidas, podemos ajudar a garantir que mais mulheres grávidas recebam a vacina contra a COVID-19, reduzindo seu risco de doenças graves e contribuindo para melhores resultados de saúde para mães e bebês a longo prazo.
Título: Factors influencing COVID-19 vaccination decision-making among African American and Hispanic pregnant and postpartum women in Deep South
Resumo: BackgroundCOVID-19 vaccination is vital for ending the pandemic but concerns about its safety among pregnant and postpartum women, especially among African American (AA) and Hispanic women, persist. This study aims to explore factors that influence vaccination decision-making among AA and Hispanic pregnant and postpartum women through womens experiences and maternal care providers (MCPs) observations. MethodsFrom January and August 2022, we conducted semi-structured interviews with AA and Hispanic women and MCPs. Participants were recruited from obstetric and pediatric clinics in South Carolina, and all births took place after March 2020. Thematic analysis was employed for data analysis. ResultsThe study involved 19 AA and 20 Hispanic women, along with 9 MCPs, and revealed both barriers and facilitators to COVID-19 vaccination. The factors that influence pregnant and postpartum womens decision about COVID-19 vaccine uptake included: 1) awareness of health threats associated with COVID-19 vaccines, 2) vaccine availability and accessibility, 3) vaccine-related knowledge and exposure to misinformation, 4) concerns regarding pre-existing health conditions and potential side effects of COVID-19 vaccines, 5) emotional factors associated with vaccination decision-making processes, 6) concerns about the well-being of infants, 7) cultural perspectives, and 8) encouragement by trusted supporters. ConclusionFindings suggest that reliable information, social support, and trusted doctors advice can motivate COVID-19 vaccination. However, barriers such as misinformation, mistrust in the health care system, and fears related to potential side effects impede vaccination uptake among AA and Hispanic pregnant and postpartum women. Future interventions should target these barriers, along with health disparities, involve trusted doctors in outreach, and initiate vaccine conversations to promote vaccination among this population.
Autores: Ran Zhang, T. Byrd, S. Qiao, M. E. Torres, X. Li, J. Liu
Última atualização: 2023-07-24 00:00:00
Idioma: English
Fonte URL: https://www.medrxiv.org/content/10.1101/2023.07.20.23292951
Fonte PDF: https://www.medrxiv.org/content/10.1101/2023.07.20.23292951.full.pdf
Licença: https://creativecommons.org/licenses/by/4.0/
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