Roupas de Compressão Podem Estabilizar a Frequência Cardíaca em Pessoas Saudáveis
Estudo mostra que roupas de compressão ajudam a manter a frequência cardíaca e a pressão arterial em pé.
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Índice
Quando as pessoas se levantam, um pouco de sangue pode se acumular nas partes inferiores do corpo, como nas pernas e na pelve. Esse acúmulo pode resultar em menos sangue voltando ao coração e causar problemas, como queda na Pressão Arterial e aumento na Frequência Cardíaca. O corpo tenta corrigir isso ativando o Sistema Nervoso Simpático, que acelera o batimento cardíaco e estreita os vasos sanguíneos. Às vezes, isso pode levar a uma condição conhecida como síndrome de taquicardia ortostática postural (POTS). Pessoas com POTS geralmente se sentem tontas ou têm batimentos cardíacos rápidos ao se levantar, e essa condição afeta mais mulheres jovens.
Uma maneira de ajudar a gerenciar o POTS é usando roupas de compressão. Essas roupas aplicam pressão na barriga e nas pernas, o que pode ajudar a empurrar o sangue acumulado de volta para o coração. Isso pode reduzir o aumento da frequência cardíaca quando alguém se levanta. Embora haja algumas pesquisas sobre como a compressão ajuda pessoas com POTS, sabe-se menos sobre como isso afeta as respostas da frequência cardíaca em pessoas saudáveis.
Objetivo do Estudo
Este estudo tinha como objetivo ver como usar roupas de compressão afeta a frequência cardíaca e a variabilidade da frequência cardíaca quando pessoas saudáveis mudam de posição deitadas para em pé. Queríamos descobrir se o uso de compressão ajudaria a manter a estabilidade da frequência cardíaca nessas situações.
Desenho do Estudo
Usamos um desenho cruzado para este estudo, significando que cada participante testaria tanto a condição com compressão quanto a sem compressão em sessões separadas. Assim, podíamos comparar as respostas de cada um em cada situação enquanto controlávamos as diferenças individuais. Os participantes foram convidados a descansar deitados por alguns minutos antes de serem testados. Eles foram divididos aleatoriamente em dois grupos para determinar a ordem em que experimentariam as condições. O estudo seguiu diretrizes éticas, e todos os participantes deram seu consentimento por escrito.
Para participar do estudo, os participantes precisavam ter entre 20 e 40 anos, serem saudáveis e não terem histórico de desmaios. Aqueles com certos problemas de saúde ou que estavam em medicações que afetavam seu sistema cardiovascular foram excluídos.
O Que os Participantes Usaram
Durante a condição de compressão, os participantes usaram uma faixa inflável especial ao redor da barriga e meias de compressão médica nas pernas. A faixa inflável foi projetada para aplicar uma pressão específica na barriga, enquanto as meias forneciam pressão similar nos tornozelos. Essas roupas tinham como objetivo melhorar o fluxo sanguíneo de volta ao coração.
Procedimento de Teste
Os participantes passaram por um teste de inclinação da cabeça para cima (HUT), onde se deitaram por um curto período antes de serem inclinados para uma posição em pé. Durante o teste, monitoramos cuidadosamente suas frequências cardíacas e pressão arterial. Os participantes foram instruídos a respirar em um ritmo constante para minimizar qualquer efeito da respiração nas leituras da frequência cardíaca.
Coleta de Dados
Registramos o tempo dos batimentos cardíacos usando um eletrocardiograma durante os testes. A pressão arterial foi medida a cada minuto. No final de cada teste, os participantes avaliaram quaisquer sintomas que sentiram, como tontura, em uma escala de 0 a 100. Assim, podíamos medir quão bem eles toleravam a mudança de posição.
Analisamos os dados da frequência cardíaca para entender as respostas dos participantes ao se levantarem em ambas as condições. Especificamente, olhamos para as variações na frequência cardíaca, que podem indicar o quão bem o corpo está gerenciando o estresse e as mudanças de posição.
Detalhes dos Participantes
Um total de 40 voluntários saudáveis foi recrutado para este estudo, mas um não conseguiu fornecer dados suficientes, deixando 39 para análise. Os participantes variaram em idade e altura, mas todos atenderam aos critérios de inclusão.
Visão Geral dos Resultados
Todos os participantes completaram os testes HUT sem problemas sérios. Os níveis de tontura relatados foram menores quando os participantes usaram roupas de compressão em comparação com quando não usaram.
Em termos de frequência cardíaca, descobrimos que, quando os participantes se levantaram, aqueles que usavam roupas de compressão tiveram um aumento menor na frequência cardíaca em comparação com os que não usaram. Isso indica que as roupas de compressão podem ajudar a manter as frequências cardíacas mais estáveis durante mudanças súbitas de posição.
Leituras da Pressão Arterial
O estudo também mediu a pressão arterial, e descobrimos que a queda na pressão arterial sistólica foi menor na condição de compressão. Isso sugere que usar roupas de compressão ajudou a manter melhor a pressão arterial ao se levantar.
Variabilidade da Frequência Cardíaca
A variabilidade da frequência cardíaca, que reflete como o corpo gerencia o controle autônomo do coração, também foi medida. Quando os participantes usaram compressão, os indicadores de ativação simpática e atividade vagal mostraram menos alteração em comparação com quando não estavam usando compressão. Isso indica que a compressão pode ajudar a manter a resposta do corpo ao ficar em pé mais equilibrada.
Diferenças de Gênero
Também analisamos como os efeitos das roupas de compressão variaram entre participantes masculinos e femininos. Nossos achados sugeriram que ambos os gêneros experimentaram benefícios semelhantes ao usarem compressão durante os testes.
Conclusão
Este estudo mostrou que usar compressão abdominal e nas extremidades inferiores pode ajudar efetivamente a reduzir o aumento da frequência cardíaca e estabilizar a pressão arterial quando pessoas saudáveis se levantam. Os resultados também indicam que a resposta do corpo ao estresse foi mais equilibrada com a compressão, o que pode ter importantes implicações para o gerenciamento de condições como POTS.
Os achados sugerem que usar roupas de compressão pode ser uma estratégia útil para pessoas que experimentam batimentos cardíacos rápidos ou tontura ao se levantar. Mais pesquisas são necessárias para confirmar esses efeitos em pessoas com POTS e explorar como essa compressão pode fazer parte do plano de tratamento delas.
No geral, este estudo contribui com insights valiosos sobre como a compressão pode ajudar a melhorar as respostas cardiovasculares durante mudanças posturais.
Título: Comparisons of Heart Rate Variability Responses to Head-up Tilt With and Without Abdominal and Lower-Extremity Compression in Healthy Young Individuals: A Randomized Crossover Study
Resumo: IntroductionAbdominal and lower-extremity compression techniques can help reduce orthostatic heart rate increase. However, the effects of body compression on the cardiac autonomic systems, which control heart rate, remain unclear. This study aimed to compare heart rate variability, a reflection of cardiac autonomic regulation, during a head-up tilt test with and without abdominal and lower-extremity compression in healthy young individuals. MethodsIn a randomized crossover design, 39 healthy volunteers (20 females, aged 20.9 {+/-} 1.2 years) underwent two head-up tilt tests with and without abdominal and lower-extremity compression. Heart rate and heart rate variability parameters were measured during the head-up tilt tests, including Stress Index, root mean square of successive differences between adjacent R-R intervals, low- and high-frequency components, and low-to-high frequency ratio. ResultsAbdominal and lower-extremity compression reduced the orthostatic increase in heart rate (p < 0.001). The tilt-induced changes in heart rate variability parameters, except for the low-frequency component, were smaller in the compression condition than in the no-compression condition (p < 0.001). Additionally, multiple regression analysis with potentially confounding variables revealed that the compression-induced decrease in Stress Index during the head-up tilt position was a significant independent variable for the compression-induced reduction in heart rate in the head-up tilt position (coefficient = 0.411, p = 0.025). Comparative analyses revealed that abdominal and lower-extremity compression has a notable impact on the compensatory sympathetic activation and vagal withdrawal typically observed during orthostasis, resulting in a reduction of the increase in heart rate. Furthermore, this decrease in heart rate was primarily attributed to the attenuation of cardiac sympathetic activity associated with compression. ConclusionOur findings could contribute to the appropriate application of compression therapy for preventing orthostatic tachycardia. This study is registered with UMIN000045179.
Autores: Kazuaki Oyake, M. Katai, A. Yoneyama, H. Ikegawa, S. Kani, K. Momose
Última atualização: 2023-07-27 00:00:00
Idioma: English
Fonte URL: https://www.medrxiv.org/content/10.1101/2023.07.24.23293087
Fonte PDF: https://www.medrxiv.org/content/10.1101/2023.07.24.23293087.full.pdf
Licença: https://creativecommons.org/licenses/by-nc/4.0/
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