Avanços na Pesquisa de Estrutura de Proteínas com DSSI
O cruzador DSSI melhora a análise de proteínas, revelando novas sacadas sobre interações proteicas.
― 6 min ler
Índice
Nos últimos vinte anos, os cientistas desenvolveram uma técnica chamada espectrometria de massas com ligações cruzadas (XL-MS) para estudar as formas e comportamentos das proteínas. As proteínas são moléculas essenciais nos nossos corpos, e entender sua estrutura ajuda a aprender sobre suas funções. A XL-MS permite que os pesquisadores analisem as proteínas em seus ambientes naturais, tornando-se uma ferramenta valiosa para a pesquisa de proteínas.
O processo envolve o uso de produtos químicos especiais chamados ligadores cruzados que conectam pares de aminoácidos em proteínas que estão próximas. Essas conexões atuam como marcadores para ajudar os cientistas a mapear como as proteínas são estruturadas e como podem mudar de forma. No entanto, há desafios na análise dos dados obtidos com a XL-MS, principalmente ao lidar com misturas de proteínas e seus produtos de degradação.
Desafios na Espectrometria de Massas com Ligações Cruzadas
Um grande problema que os pesquisadores enfrentam com a XL-MS é a dificuldade em analisar misturas complexas, conhecidas como proteolatos enzimáticos. Quando as proteínas são ligadas, apenas um número pequeno de ligações cruzadas é formado, e elas estão cercadas por muitos outros fragmentos menores de proteínas. Isso torna difícil identificar quais conexões foram feitas entre os aminoácidos.
Métodos comuns como cromatografia líquida em fase reversa ligada à espectrometria de massas em tandem (LC-MS/MS) têm dificuldade em identificar ligações cruzadas, especialmente ao examinar grandes grupos de proteínas. Para melhorar isso, os pesquisadores adicionaram mais etapas à análise, usando diferentes tipos de cromatografia para separar as misturas. Assim, eles conseguem isolar e identificar melhor as proteínas ligadas.
Certos ligadores cruzados também vêm com etiquetas especiais que permitem a purificação seletiva das ligações cruzadas, reduzindo o ruído de fundo criado pelos fragmentos menores de proteínas. Essas etiquetas podem incluir biotina e outros produtos químicos, facilitando a isolação das conexões específicas que os pesquisadores querem estudar.
Um Novo Ligador Cruzado: DSSI
Na busca para melhorar a XL-MS, um novo ligador cruzado chamado DSSI foi criado. O DSSI é uma versão avançada que pode ser quebrada no espectrômetro de massas, permitindo que os pesquisadores identifiquem as proteínas ligadas mais facilmente. O design do DSSI permite que ele mantenha os benefícios dos ligadores cruzados anteriores, enquanto adiciona novas características.
O DSSI começa com um produto químico base que os pesquisadores modificam para criar uma forma útil para conectar proteínas. A nova estrutura mantém a capacidade crítica de se desintegrar na fase gasosa, o que é crucial para a análise. O design permite que ele anexe etiquetas que ajudam na purificação das ligações cruzadas.
Os pesquisadores testaram o DSSI aplicando-o a uma proteína bem conhecida chamada α-sinucleína, que está envolvida em distúrbios cerebrais como a doença de Parkinson. Eles usaram métodos eficazes para degradar a proteína em pedaços menores após a ligação cruzada, que foram então analisados. A análise revelou inúmeras conexões e forneceu insights sobre como a α-sinucleína se comporta.
Usando DSSI para Estudos Celulares
Para garantir que o DSSI funcione bem em situações mais complexas, os pesquisadores o aplicaram a lisados celulares de células humanas. Eles compararam diferentes métodos de degradação de proteínas e descobriram que uma técnica mais rápida forneceu quase tantos resultados quanto um método tradicional mais longo. Essa velocidade aumenta o rendimento da análise, permitindo estudar mais amostras em menos tempo.
Nos testes com lisados celulares, o DSSI ajudou a identificar um grande número de ligações cruzadas únicas, ligando muitas proteínas juntas e sugerindo como elas poderiam interagir em um contexto celular. Isso indica que o DSSI abre novas possibilidades para entender toda a gama de interações proteicas dentro das células.
Validação Estrutural com Complexos de Proteínas
O DSSI foi validado em relação a estruturas conhecidas de grandes grupos de proteínas, confirmando que as ligações feitas pelo DSSI se encaixam bem nos modelos estabelecidos. Essa validação é importante para garantir que as conexões medidos reflitam verdadeiras relações estruturais dentro das proteínas.
Ao comparar o DSSI com ligadores cruzados anteriores, os pesquisadores descobriram que eles tinham propriedades semelhantes em termos das distâncias entre proteínas ligadas. As ligações cruzadas do DSSI combinaram bem com imagens de alta resolução de estudos de proteínas, indicando que o novo ligador cruzado é confiável para análise estrutural.
Insights sobre Proteínas Intrinsecamente Desordenadas
Uma categoria única de proteínas estudadas com o DSSI é conhecida como proteínas intrinsecamente desordenadas (IDPs). Essas proteínas não têm uma estrutura fixa, tornando-as mais difíceis de estudar. No entanto, o DSSI capturou com sucesso informações sobre como essas IDPs interagem com outras proteínas.
Uma IDP específica estudada foi a SERBP1, uma proteína envolvida na regulação de outros processos celulares. Usando o DSSI, os pesquisadores identificaram como a SERBP1 interage com várias proteínas no ribossomo, uma parte crucial da maquinaria celular. Essas informações podem ajudar os cientistas a entender mais sobre como as proteínas flexíveis atuam em diferentes processos biológicos.
Conclusão
O DSSI representa um avanço significativo no campo da pesquisa de proteínas, oferecendo novas maneiras de explorar as complexidades das estruturas e interações proteicas. Seu design permite uma melhor identificação das ligações cruzadas, mesmo em misturas complicadas, abrindo caminho para estudos mais aprofundados de interações celulares e comportamentos proteicos.
Resumindo, o desenvolvimento do DSSI ilustra como metodologias em evolução podem melhorar nossa compreensão dos componentes biológicos vitais. Ao aplicar o DSSI a estudos proteicos diversos, os pesquisadores podem obter insights mais profundos sobre o funcionamento molecular da vida, o que pode levar a descobertas em nossa compreensão de doenças e potenciais tratamentos. O futuro da pesquisa em proteínas parece promissor com ferramentas como o DSSI, facilitando inovações e descobertas na intrincada rede da vida em nível molecular.
Título: Twisting Urea- to Imide-Based Mass Spectrometry-Cleavable Cross-Linkers Enables Affinity Tagging
Resumo: Disuccinimidyl dibutyric urea (DSBU) is a mass spectrometry (MS)-cleavable cross-linker that has multiple applications in structural biology, ranging from isolated protein complexes to comprehensive system-wide interactomics. DSBU facilitates a rapid and reliable identification of cross-links through the dissociation of its urea group in the gas-phase. In this study, we further advance the structural capabilities of DSBU by twisting the urea group into an imide, thus introducing a novel class of cross-linkers. This modification preserves the MS-cleavability of the amide bond, granted by the two acyl groups of the imide function. The central nitrogen atom enables the introduction of affinity purification tags. Here, we introduce disuccinimidyl disuccinic imide (DSSI) as prototype of this class of cross-linkers. It features a phosphonate handle for immobilized metal ion affinity chromatography (IMAC) enrichment. We detail DSSI synthesis and describe its behavior in solution and in the gas-phase while cross-linking isolated proteins and human cell lysates. DSSI and DSBU cross-links are compared at the same enrichment depths to bridge these two cross-linker classes. We validate DSSI cross-links by mapping them in high-resolution structures of large protein assemblies. The cross-links observed yield insights into the morphology of intrinsically disordered proteins (IDPs) and their complexes. The DSSI linker might spearhead a novel class of MS-cleavable and enrichable cross-linkers.
Autores: Claudio Iacobucci, A. Di Ianni, C. H. Ihling, T. Vranka, V. Matousek, A. Sinz
Última atualização: 2024-03-29 00:00:00
Idioma: English
Fonte URL: https://www.biorxiv.org/content/10.1101/2024.03.29.587196
Fonte PDF: https://www.biorxiv.org/content/10.1101/2024.03.29.587196.full.pdf
Licença: https://creativecommons.org/licenses/by/4.0/
Alterações: Este resumo foi elaborado com a assistência da AI e pode conter imprecisões. Para obter informações exactas, consulte os documentos originais ligados aqui.
Obrigado ao biorxiv pela utilização da sua interoperabilidade de acesso aberto.