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Simplificando o uso de GPU para aplicativos legados

Novo método facilita o acesso à GPU para softwares mais antigos.

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Índice

Introdução

As Unidades de Processamento Gráfico (GPUs) viraram essenciais pra acelerar tarefas de computação que precisam de muito processamento. Muitos programas antigos foram feitos pra CPUs tradicionais e não rodam bem nas GPUs. Esse artigo vai falar sobre um novo método que facilita a vida dos desenvolvedores pra rodar esses programas antigos nas GPUs sem precisar mexer neles.

A Importância das GPUs

As GPUs são a escolha certa pra lidar com tarefas que envolvem muitos cálculos ao mesmo tempo. Elas conseguem processar várias operações simultaneamente porque têm muitos núcleos feitos pra processamento paralelo. Isso as torna ótimas pra aplicações como renderização gráfica, aprendizado de máquina e simulações científicas.

Porém, muitos aplicativos antigos não foram feitos pensando nessa tecnologia. Adaptar esses aplicativos pra usar GPUs pode ser uma tarefa complicada e demorada, muitas vezes exigindo um entendimento profundo tanto do código original quanto da programação em GPU.

Desafios no Uso das GPUs

Usar GPUs pra aplicativos legados traz uma série de desafios:

  1. Identificar Código pra Aceleração: Os desenvolvedores precisam encontrar partes do código que podem rodar mais rápido na GPU. Isso pode ser complicado, especialmente em programas grandes.

  2. Gerenciamento de Memória: GPUs têm sua própria memória, que é separada da memória da CPU. Ao rodar código na GPU, os desenvolvedores precisam gerenciar o movimento de dados entre esses dois espaços de memória, o que adiciona mais complexidade.

  3. Sincronização: A CPU e a GPU podem operar de forma independente, então os desenvolvedores precisam garantir que elas estejam sincronizadas. Isso significa que os dados sendo processados na GPU estão corretamente coordenados com as atividades que estão rolando na CPU.

  4. Compatibilidade de Bibliotecas: Algumas funções de biblioteca que um programa depende podem não ter equivalentes diretos na GPU. Isso pode levar a situações em que os desenvolvedores não conseguem simplesmente rodar o código na GPU sem fazer muitas alterações.

Esses fatores ajudam a explicar porque é difícil fazer aplicativos antigos rodarem em sistemas de GPU modernos.

Apresentando o Método "GPU First"

Pra lidar com esses desafios, foi introduzido um novo método chamado "GPU First". Esse método permite que aplicativos legados de CPU rodem em GPUs sem precisar mudar o código do aplicativo. Veja como funciona:

  1. Compilação Automática: O método GPU First compila automaticamente o código original de CPU pra rodar na GPU. Esse processo não exige nenhuma modificação no código-fonte, tornando-se acessível pra desenvolvedores que não são especialistas em processamento paralelo.

  2. Gerenciamento de Chamadas de Biblioteca: O método inclui uma forma de lidar com chamadas de biblioteca que são feitas no código original de CPU. Se uma função de biblioteca não puder rodar na GPU, o método cria automaticamente uma maneira de chamá-la da CPU enquanto mantém o resto na GPU.

  3. Teste Simplificado: Com a abordagem GPU First, os desenvolvedores conseguem testar facilmente seus aplicativos no hardware real de GPU. Isso permite que vejam como o código original se sai quando rodado em um ambiente diferente.

  4. Igualando Performance: Avaliações iniciais de programas rodando com esse método mostram que a performance pode ser comparável à das versões transferidas manualmente. Isso significa que os desenvolvedores podem alcançar resultados similares aos métodos tradicionais sem o mesmo nível de esforço.

Avaliação do Método

A abordagem GPU First foi testada em várias aplicações e benchmarks pra garantir que funciona bem. Vamos dar uma olhada em alguns pontos-chave desses testes.

Aplicações Proxy

O método foi avaliado com duas aplicações proxy de alta performance (HPC). Essas aplicações foram escolhidas porque representam cargas de trabalho típicas que os desenvolvedores podem encontrar.

Os resultados mostraram que usar o método GPU First permitiu rodar essas aplicações em GPUs de forma eficiente, alcançando resultados comparáveis às versões feitas especialmente pra uso em GPU.

Micro Benchmarks

Além das aplicações proxy, vários pequenos benchmarks também foram executados. Esses benchmarks são feitos pra testar padrões de código específicos e características de performance.

Os benchmarks mostraram que a abordagem GPU First pode alcançar melhorias significativas de performance quando comparada a apenas rodar a versão de CPU. Alguns testes mostraram que a performance pode aumentar dramaticamente ao transferir certas tarefas pra GPU.

Benchmarks SPEC OMP 2012

Os benchmarks SPEC OMP 2012 consistem em aplicações conhecidas que são frequentemente usadas pra avaliar performance em ambientes de programação paralela. A abordagem GPU First foi aplicada a três benchmarks específicos dessa suíte.

Os resultados indicaram que as execuções do GPU First performaram de maneira semelhante às aplicações otimizadas para GPU. Isso destacou a capacidade do método de facilitar a transição de aplicações legadas pra GPUs sem perder eficiência.

Como o Método Funciona

Agora, vamos detalhar como o método GPU First funciona por trás dos panos.

Compilação pra GPU

O cerne do método GPU First está no seu processo de compilação. Quando o aplicativo original de CPU é compilado, o sistema o traduz pra um formato que é adequado pra GPU.

Esse processo de compilação inclui:

  • Identificar e processar loops e funções no código original que podem ser executados em paralelo.
  • Configurar um ambiente de execução na GPU que imita o aplicativo original sem exigir mudanças no código.

Chamadas de Procedimento Remoto (RPCS)

Uma das características marcantes desse método é o uso de Chamadas de Procedimento Remoto (RPCs). É assim que a abordagem gerencia funções que não podem rodar diretamente na GPU. Veja como funciona:

  1. Identificando Funções Indisponíveis: Quando o código compilado tenta chamar uma função que não está disponível na GPU, o sistema traduz automaticamente essa chamada em uma RPC.

  2. Gerenciamento de Dados: Quaisquer dados necessários são transferidos entre a GPU e a CPU como parte desse processo. Isso garante que a função original ainda possa operar corretamente, mesmo que rode na CPU.

  3. Execução e Retorno: Assim que a CPU termina a função, ela devolve o resultado pra GPU, permitindo que o programa original continue sem problemas.

Gerenciamento de Memória

O gerenciamento de memória é uma parte crucial do método GPU First. Pra garantir uma operação tranquila, o sistema precisa gerenciar como os dados se movem entre a memória da CPU e a memória da GPU. Aqui está um resumo:

  • Transferência de Dados: O método lida automaticamente com o movimento de dados, transferindo os dados necessários pra GPU antes da execução e depois de volta pra CPU quando necessário.

  • Uso Eficiente da Memória: Ao rastrear quais dados são necessários e quando, o método GPU First minimiza transferências desnecessárias de dados, ajudando a manter a performance.

Benefícios do Método GPU First

O método GPU First oferece vários benefícios que simplificam o trabalho com aplicativos legados:

  1. Complexidade Reduzida: Os desenvolvedores não precisam mais ter um conhecimento profundo sobre programação em GPU. O método cuida de muitos detalhes complicados automaticamente.

  2. Tempo de Desenvolvimento Mais Rápido: Como não há necessidade de modificar o código-fonte original, os desenvolvedores podem testar e implantar aplicativos em GPUs rapidamente, acelerando os ciclos de desenvolvimento.

  3. Amplamente Aplicável: O método pode funcionar com uma variedade de aplicações legadas, tornando-se versátil pra diferentes cenários de programação.

  4. Performance Melhorada: Ao utilizar as capacidades da GPU de forma eficaz, os aplicativos podem rodar significativamente mais rápido, aproveitando o hardware moderno ao máximo.

Limitações e Trabalhos Futuros

Embora o método GPU First mostre potencial, não está isento de desafios. Aqui estão algumas limitações e melhorias planejadas:

  1. Tratamento de Funções de Biblioteca Complexas: Embora o sistema consiga gerenciar muitas chamadas de biblioteca, algumas funções complexas ainda apresentam desafios. Trabalhos futuros visam melhorar como essas funções são tratadas no ambiente de GPU.

  2. Execução Multi-Equipe: As implementações atuais focam em equipes de threads únicas. Melhores distribuições de cargas de trabalho entre múltiplas equipes estão planejadas, o que pode levar a ganhos de performance ainda maiores.

  3. Suporte a Mais Tipos de Dados: À medida que o sistema se desenvolve, o objetivo é aumentar o suporte a vários tipos de dados e estruturas pra ampliar ainda mais sua aplicabilidade.

Conclusão

O método GPU First representa um avanço significativo na facilitação da programação em GPU, especialmente pra aplicações legadas mais antigas. Ao compilar automaticamente esses aplicativos pra uso em GPU sem exigir mudanças no código, esse método oferece uma abordagem simplificada e amigável.

Com resultados promissores de vários testes e benchmarks, o GPU First está pronto pra ajudar desenvolvedores a aproveitar o poder das GPUs modernas sem a curva de aprendizado acentuada que normalmente vem com esforços de portabilidade manual. Essa abordagem tem um grande potencial pra avanços futuros em computação de alto desempenho, tornando mais fácil pra mais pessoas se beneficiarem das capacidades das GPUs.

Fonte original

Título: GPU First -- Execution of Legacy CPU Codes on GPUs

Resumo: Utilizing GPUs is critical for high performance on heterogeneous systems. However, leveraging the full potential of GPUs for accelerating legacy CPU applications can be a challenging task for developers. The porting process requires identifying code regions amenable to acceleration, managing distinct memories, synchronizing host and device execution, and handling library functions that may not be directly executable on the device. This complexity makes it challenging for non-experts to leverage GPUs effectively, or even to start offloading parts of a large legacy application. In this paper, we propose a novel compilation scheme called "GPU First" that automatically compiles legacy CPU applications directly for GPUs without any modification of the application source. Library calls inside the application are either resolved through our partial libc GPU implementation or via automatically generated remote procedure calls to the host. Our approach simplifies the task of identifying code regions amenable to acceleration and enables rapid testing of code modifications on actual GPU hardware in order to guide porting efforts. Our evaluation on two HPC proxy applications with OpenMP CPU and GPU parallelism, four micro benchmarks with originally GPU only parallelism, as well as three benchmarks from the SPEC OMP 2012 suite featuring hand-optimized OpenMP CPU parallelism showcases the simplicity of porting host applications to the GPU. For existing parallel loops, we often match the performance of corresponding manually offloaded kernels, with up to 14.36x speedup on the GPU, validating that our GPU First methodology can effectively guide porting efforts of large legacy applications.

Autores: Shilei Tian, Tom Scogland, Barbara Chapman, Johannes Doerfert

Última atualização: 2023-06-26 00:00:00

Idioma: English

Fonte URL: https://arxiv.org/abs/2306.11686

Fonte PDF: https://arxiv.org/pdf/2306.11686

Licença: https://creativecommons.org/licenses/by/4.0/

Alterações: Este resumo foi elaborado com a assistência da AI e pode conter imprecisões. Para obter informações exactas, consulte os documentos originais ligados aqui.

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