Avanços nas Técnicas de Microscopia de Folha de Luz
Novo método melhora a visibilidade na imagem do cérebro de zebras.
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Índice
A microscopia por fluorescência com feixe de luz é um método avançado usado pra ver detalhes em amostras biológicas, especialmente na área das biosciências. Esse método utiliza um feixe de luz fino e especial pra iluminar partes de uma amostra enquanto captura a luz que a amostra emite. Focando a luz em apenas uma camada, essa técnica ajuda os pesquisadores a ver o interior das amostras com menos danos e imagens melhores.
Como Funciona a Microscopia por Feixe de Luz
Na microscopia por feixe de luz, um feixe de luz fino chamado feixe gaussiano se move rapidamente numa direção sobre a amostra, enquanto uma câmera captura a luz emitida pela amostra numa ângulo reto. Essa configuração permite que os pesquisadores criem imagens detalhadas de pequenas partes da amostra sem causar muitos danos.
Os pesquisadores usam essa tecnologia pra explorar várias questões biológicas. Por exemplo, um uso bem-sucedido foi na observação dos cérebros de zebrafish jovens que deixam a luz passar por eles. Usando indicadores especiais que mostram os níveis de cálcio, os pesquisadores podem ver como os circuitos nervosos trabalham juntos pra controlar o comportamento.
Limitações das Técnicas Atuais
Embora esse método seja poderoso, há um problema ao se fazer imagens dos cérebros de zebrafish. A maneira como a luz brilha pode ser bloqueada pelos olhos do peixe, o que significa que uma parte do cérebro não pode ser vista. Isso pode ser um grande problema, pois limita a quantidade de informação que os cientistas podem reunir sobre a atividade cerebral.
Os pesquisadores desenvolveram algumas maneiras de resolver esse problema. Uma abordagem comum é mudar a direção da luz. Existem métodos como Microscopia de Iluminação de Plano Seletivo de Dupla Visão e Microscopia de Excitação Planar Alinhada Confocalmente que tentam iluminar a amostra de diferentes ângulos. No entanto, esses métodos geralmente exigem equipamentos completamente novos e não são muito práticos para configurações já em uso.
Apresentando a Microscopia por Feixe de Luz Assistida por Espelho
Pra resolver essas limitações, um novo método chamado microscopia por feixe de luz assistida por espelho (mLSM) foi proposto. Essa abordagem oferece uma solução simples ao adicionar um espelho à configuração de feixe de luz existente. Esse espelho cria um novo caminho para a luz, permitindo que os pesquisadores vejam áreas do cérebro que estavam anteriormente bloqueadas.
Como Funciona o mLSM
A técnica mLSM usa um pequeno espelho pra criar um caminho adicional de iluminação. Isso não só é fácil de configurar, mas também é econômico. O que torna essa abordagem útil é que pode ser rapidamente adicionada a configurações já existentes que usam um único caminho de luz.
Com essa configuração, os pesquisadores podem iluminar partes do cérebro que estariam escondidas. A qualidade das imagens também pode ser ajustada mudando a posição da fonte de luz. Isso significa que imagens claras e detalhadas podem ser obtidas de áreas iluminadas diretamente e refletidas.
Além disso, foi mostrado que a presença do espelho não interfere na capacidade do peixe de responder a estímulos visuais. Isso é importante porque estudar como esses peixes reagem a sinais visuais é uma parte significativa da pesquisa.
Visão Geral do Sistema mLSM
O sistema mLSM consiste em várias partes, incluindo uma câmara de imagem e dois objetivos de coleta de luz. O prisma espelhado é o componente chave que faz esse método funcionar. É um pequeno prisma especialmente construído que reflete a luz pra criar o novo caminho de iluminação.
Aqui está como a configuração funciona:
- Câmara de Imagem: É onde os zebrafish são observados.
- Caminho de Excitação: Um laser produz uma folha de luz que varre a amostra.
- Caminho de Detecção: Coleta a luz emitida pela amostra.
- Micro-Prisma: A parte crucial que permite um caminho adicional de luz, garantindo que mais do cérebro possa ser imagado.
Preparando para a Imagem
Antes de começar a captura de imagens, os pesquisadores preparam os zebrafish e o prisma. Os zebrafish precisam ser colocados em uma substância semelhante a gel chamada agarose pra mantê-los estáveis durante a imagem. O prisma é então posicionado com cuidado pra garantir que não toque no peixe, mas ainda assim esteja perto o suficiente pra coletar a luz refletida de forma eficaz.
Aquisição de Imagem e Avaliação da Qualidade
Depois que a configuração está pronta, os pesquisadores podem começar a capturar imagens. Eles modificam a potência do laser e escaneiam a folha de luz pela amostra. É importante adquirir múltiplos planos de imagem pra ter uma visão completa do cérebro. A qualidade da imagem pode ser avaliada usando métodos específicos, permitindo que os pesquisadores ajustem a configuração pra obter resultados ótimos.
Avaliando a Qualidade da Imagem
Pra garantir que as imagens obtidas sejam claras e úteis, dois métodos principais são usados. O primeiro envolve analisar o contraste nas imagens, o que ajuda a avaliar sua clareza. O segundo método envolve a detecção automática de neurônios dentro das imagens, permitindo que os pesquisadores se concentrem em áreas específicas de interesse.
Combinando Visualização e Estudos de Comportamento
Outro aspecto crítico do mLSM é que ele permite que os pesquisadores apresentem estímulos visuais aos zebrafish enquanto capturam a atividade cerebral. Isso é feito usando um projetor que exibe imagens em movimento numa tela na frente do peixe. Ao rastrear os movimentos dos olhos do peixe, os pesquisadores podem entender como os inputs visuais afetam a atividade cerebral e o comportamento.
Resultados dos Experimentos com mLSM
Os resultados iniciais usando mLSM foram promissores. O método permitiu que os pesquisadores capturassem imagens do cérebro do zebrafish que antes eram inacessíveis. Isso inclui partes do cérebro que estavam bloqueadas pelos olhos e outros recursos que ajudam a entender como o cérebro funciona em resposta a estímulos visuais.
Impacto do Prisma no Campo Visual
Embora o prisma deva fornecer uma visão clara do cérebro do peixe, ele introduz a possibilidade de bloquear alguns campos visuais. No entanto, estudos indicaram que não interfere significativamente na capacidade do peixe de ver. O prisma é pequeno o suficiente pra ficar logo fora do alcance visual deles na maior parte do tempo.
Conclusão
Resumindo, a microscopia por feixe de luz assistida por espelho é uma adição valiosa às ferramentas disponíveis para pesquisadores que estudam amostras biológicas. Ela resolve efetivamente os desafios apresentados pelos métodos usados anteriormente e melhora a capacidade de capturar imagens detalhadas da atividade cerebral. A facilidade de implementação e a relação custo-benefício do mLSM fazem dele uma opção prática pra muitos laboratórios.
Os pesquisadores acreditam que essa abordagem pode ser aplicada não apenas a zebrafish, mas também a outras amostras biológicas onde a visibilidade é limitada por estruturas ao redor. Ao permitir melhor acesso a áreas que antes estavam escondidas e combinando estudos de estímulos visuais com imagens, o mLSM promete avançar nossa compreensão de como os cérebros funcionam em organismos vivos.
Direções Futuras
À medida que os pesquisadores continuam a refinar o mLSM, pode haver mais melhorias na tecnologia. Possíveis avanços poderiam incluir melhores maneiras de ajustar os caminhos da luz, o que ajudaria a equilibrar a qualidade da imagem em diferentes regiões da amostra.
O objetivo é aprimorar ainda mais a capacidade de imagem enquanto mantém a habilidade de estudar o comportamento em resposta a sinais visuais. De modo geral, as aplicações para o mLSM são amplas e podem levar a novas descobertas no estudo da neurociência e do comportamento em vários organismos.
Em resumo, o mLSM representa um passo inovador na microscopia, oferecendo aos pesquisadores novos insights sobre o funcionamento de sistemas biológicos complexos e permitindo que realizem experimentos que antes eram muito difíceis ou impossíveis.
Título: Mirror-assisted light-sheet microscopy: a simple upgrade to enable bi-directional sample excitation
Resumo: SignificanceLight-sheet microscopy is a powerful imaging technique that achieves optical sectioning via selective illumination of individual sample planes. However, when the sample contains opaque or scattering tissue, the incident light-sheet may not be able to uniformly excite the entire sample. For example, in the context of larval zebrafish whole-brain imaging, occlusion by the eyes prevents access to a significant portion of the brain during common implementations using unidirectional illumination. AimWe introduce mirror-assisted light-sheet microscopy (mLSM), a simple inexpensive method that can be implemented on existing digitally scanned light-sheet setups by adding a single optical element - a mirrored micro-prism. The prism is placed near the sample to generate a second excitation path for accessing previously obstructed regions. ApproachScanning the laser beam onto the mirror generates a second, reflected illumination path that circumvents the occlusion. Online tuning of the scanning and laser power waveforms enables near uniform sample excitation with dual illumination. ResultsmLSM produces cellular-resolution images of zebrafish brain regions inaccessible to unidirectional illumination. Imaging quality in regions illuminated by the direct or reflected sheet is adjustable by translating the excitation objective. The prism does not interfere with visually guided behaviour. ConclusionsmLSM presents an easy to implement, cost-effective way to upgrade an existing light-sheet system to obtain more imaging data from a biological sample.
Autores: Isaac H. Bianco, A. Zylbertal
Última atualização: 2024-04-09 00:00:00
Idioma: English
Fonte URL: https://www.biorxiv.org/content/10.1101/2024.04.05.588276
Fonte PDF: https://www.biorxiv.org/content/10.1101/2024.04.05.588276.full.pdf
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