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Hesitação em relação à vacina em Togo: Analisando tendências

Este estudo analisa as causas da hesitação vacinal em Togo durante a pandemia.

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Índice

A pandemia de COVID-19 começou no início de 2020 e teve um efeito global, levando a muitas mortes a mais. Até o final de 2021, estimava-se que houvesse cerca de 18,2 milhões de mortes excendentárias no mundo todo devido ao vírus. Essa pandemia afetou os serviços de saúde em todos os lugares e mudou as situações socioeconômicas de muita gente.

Togo, um país da África Ocidental com cerca de 8,7 milhões de pessoas, faz fronteira com Gana, Benin, Burkina Faso e o Oceano Atlântico. Em junho de 2023, Togo reportou 39.503 casos confirmados de COVID-19 e 290 mortes. No entanto, esses números podem não mostrar a verdadeira escala do impacto. Muitos especialistas acreditam que os casos e mortes reais estão subestimados, especialmente na África subsaariana, onde os sistemas de saúde enfrentam muitos desafios. Apesar disso, Togo e outros países da África Ocidental não viram as altas taxas de mortalidade que países mais ricos como o Reino Unido e os EUA experimentaram. Algumas razões para as taxas de morte mais baixas podem incluir uma população mais jovem e maneiras melhores de lidar com surtos.

Até a metade de 2023, a COVID-19 continua sendo um desafio global, mas a maioria dos países está se adaptando. Muitas nações agora tratam a COVID-19 como outras doenças, integrando-a aos sistemas regulares de saúde. No entanto, a adesão à vacina continua baixa em muitos países de baixa renda. Em Togo, apenas cerca de 25% da população recebeu pelo menos uma dose da vacina contra a COVID-19 até junho de 2023. No início da pandemia, os países mais ricos absorveram a maior parte da oferta de vacinas disponível, mas já faz um tempo que há vacinas suficientes para todos os países. Entender por que países de baixa renda como Togo têm baixa adesão às vacinas é fundamental para se preparar para futuras emergências de saúde.

Razões para a Hesitação em Vacinar

Na África Ocidental, muita gente está hesitante em se vacinar. Essa hesitação muitas vezes está ligada à insatisfação com o Governo. Incidentes passados, como o boicote à vacina contra a pólio na Nigéria, mostram essa Desconfiança. Pesquisas recentes mostram que a insatisfação com as respostas do governo à COVID-19 está ligada a uma menor disposição para tomar a vacina. Em Gana, as pessoas que apoiavam partidos políticos de oposição eram mais hesitantes em se vacinar do que aquelas que apoiavam o partido no poder. Em Togo, a confiança no governo diminuiu durante a pandemia, mas muita gente ainda se sentia satisfeita com a forma como o governo lidou com a COVID-19 no geral.

Essa desconfiança pode levar à hesitação sobre vacinas. A desinformação sobre a COVID-19 é comum na África Ocidental. Por exemplo, uma pesquisa em Gana descobriu que muitas pessoas achavam que a COVID-19 era uma arma biológica criada pelo governo chinês.

Pesquisa sobre Hesitação em Vacinar em Togo

Pesquisas anteriores analisaram a hesitação em vacinar em Gana, mas pouco se focou em Togo. Este estudo usa dados de duas pesquisas nacionais realizadas em Togo. A primeira pesquisa aconteceu em dezembro de 2020, cerca de seis meses depois que o primeiro caso de COVID-19 foi reportado no país e antes de qualquer vacina estar disponível. A segunda pesquisa ocorreu em janeiro de 2022, cerca de nove meses depois que as vacinas começaram a ser distribuídas em Togo.

Antes de coletar os dados, os pesquisadores calcularam quantas pessoas precisavam participar para os resultados serem confiáveis. Eles determinaram que entre 385 e 1.067 participantes eram necessários. Ambas as pesquisas atingiram esse número, mas descobriram que não tinham participantes não vacinados suficientes na segunda pesquisa.

Os participantes deram consentimento verbal para participar da pesquisa. Eles foram informados sobre o estudo por telefone e receberam informações por escrito se solicitassem. Todos os participantes confirmaram que tinham mais de 18 anos.

Perguntas da Pesquisa e Resultados

Na primeira pesquisa, os participantes foram perguntados se gostariam de se vacinar assim que a vacina contra a COVID-19 estivesse disponível. Na segunda pesquisa, os participantes primeiro indicaram se haviam recebido a vacina. Aqueles que não tinham sido vacinados foram depois questionados se gostariam de ser vacinados.

Os participantes também indicaram o quanto confiavam na resposta do governo togolês à pandemia. Aqueles que discordaram fortemente ou estavam inseguros sobre sua confiança foram considerados desconfiados. Além disso, os participantes foram questionados sobre suas crenças em Teorias da Conspiração relacionadas à COVID-19. Eles escolheram se concordavam, estavam inseguros ou não concordavam com certas afirmações.

As pessoas também foram perguntadas de onde obtinham suas informações sobre COVID-19. As fontes comuns incluíam notícias tradicionais (TV, rádio), oficiais do governo e a internet. A pesquisa também coletou informações demográficas, como idade, gênero, religião e nível de educação.

Resultados das Pesquisas

Os dados de ambas as pesquisas foram limpos e analisados quanto a erros. A primeira pesquisa teve 1.430 participantes, enquanto a segunda teve 212. A maioria dos participantes era composta por homens, e uma parte significativa morava em Lomé, a capital de Togo. A maioria havia completado o ensino médio ou menos, e uma alta porcentagem reportou estar casada ou em relacionamento.

Os resultados também mostraram que muitas pessoas buscavam informações sobre COVID-19 na mídia e com oficiais do governo. No entanto, um número notável também recorreu à internet para informações.

Crenças em teorias da conspiração sobre a COVID-19 eram bastante comuns. Mais da metade dos participantes concordaram com pelo menos uma teoria da conspiração, como a ideia de que a COVID-19 foi causada por pecados humanos ou que era uma arma biológica. A concordância com essas crenças aumentou significativamente entre as duas pesquisas.

A hesitação em vacinar também cresceu com o tempo. Na primeira pesquisa, 32,5% dos participantes estavam hesitantes em se vacinar, mas esse número aumentou para 58,0% na segunda pesquisa.

Fatores que Afetam a Hesitação em Vacinar

Uma análise de regressão logística identificou vários fatores que contribuíram para a hesitação em vacinar. O fator mais forte foi a desconfiança na resposta do governo à pandemia. Aqueles que acreditavam ou estavam inseguros sobre uma teoria da conspiração eram mais propensos a hesitar também.

Usar a internet para informações sobre COVID-19 também estava relacionado a uma maior hesitação. Curiosamente, não havia preditores significativos para aqueles que dependiam dos serviços de saúde ou da mídia de massa para informações.

Vários fatores demográficos também estavam ligados à hesitação. Participantes muçulmanos mostraram maior hesitação do que cristãos. Aqueles que viviam em regiões fora da capital também eram menos hesitantes.

Conclusão

Este estudo mostra que a hesitação em vacinar aumentou em Togo entre as duas pesquisas, particularmente entre aqueles que desconfiam do governo e acreditam em teorias da conspiração. Campanhas de promoção de saúde precisam se concentrar em fontes confiáveis de informação e devem usar líderes comunitários para transmitir mensagens. É crucial estar ciente da desinformação que circula e tomar medidas proativas para abordar preocupações sobre a segurança das vacinas.

Pesquisas futuras devem continuar a explorar como a desinformação afeta não apenas as taxas de vacinação contra a COVID-19, mas também as imunizações de rotina. No geral, construir confiança e melhorar a comunicação pode ajudar a aumentar a adesão às vacinas em Togo e em outros contextos semelhantes no futuro.

Fonte original

Título: COVID-19 vaccine hesitancy and conspiracy beliefs in Togo: Findings from two cross-sectional surveys

Resumo: Togo is a low-income country in West Africa. Estimates suggest that only 25% of the Togolese population have received at least one dose of any COVID-19 vaccine by June 2023. Whilst the early phase of the pandemic vaccine rollout across 2021 was dominated by higher-income countries taking much of the available supply, there have long been sufficient supplies for all nations. Thus, there remains a need to understand reasons for low uptake in countries such as Togo. Two cross-sectional telephone surveys of Togo residents were conducted in December 2020 and January 2022. These surveys asked questions around perceptions of COVID-19, trust in public health messaging, belief in conspiracy theories, and hesitancy around COVID-19 vaccination. Analyses here focus on unvaccinated respondents. Across Survey 1 (N = 1430) and Survey 2 (N = 212), 65% of respondents were men, 47% lived in Lome (capital city of Togo), 25% completed higher education, 67% were married, and 69% were Christian. Between Surveys 1 and 2, overall hesitancy (33.0% to 58.0%) and beliefs in conspiracy theories (29% to 65%) significantly increased. Using logistics regression, governmental mistrust was the strongest significant predictor of hesitancy (OR: 2.90). Participants who indicated agreement or uncertainty with at least one conspiracy belief also predicted greater vaccine hesitancy (OR: 1.36). Proactive approaches to public health messaging, that better understand reasons for hesitancy across different demographics, can support uptake of COVID-19 vaccinations within Togo. This includes health promotion campaigns that use locally and nationally trusted knowledge providers (e.g. the health service or religious leaders) for greatest effectiveness at reducing impact of misinformation. Key future research should focus around knowledge gaps and areas of mistrust created by the pandemic, such as the impact of misinformation upon routine immunisation uptake.

Autores: Michael G Head, H. Akinocho, K. Brackstone, N. Eastment, J.-P. Fantognon

Última atualização: 2023-08-25 00:00:00

Idioma: English

Fonte URL: https://www.medrxiv.org/content/10.1101/2023.08.24.23294554

Fonte PDF: https://www.medrxiv.org/content/10.1101/2023.08.24.23294554.full.pdf

Licença: https://creativecommons.org/licenses/by/4.0/

Alterações: Este resumo foi elaborado com a assistência da AI e pode conter imprecisões. Para obter informações exactas, consulte os documentos originais ligados aqui.

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