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O Papel da Memória em Buscas Visuais

Analisando como diferentes tipos de memória ajudam nas tarefas de busca visual.

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A gente costuma confiar nas nossas Memórias pra nos ajudar a tomar decisões e achar coisas no dia a dia. Por exemplo, quando a gente tá procurando um restaurante que visitou antes, as experiências passadas podem guiar a gente. Isso acontece porque nossas memórias não são só sobre o que aconteceu; elas também ajudam a prever e reconhecer o que podemos encontrar a seguir. Existem diferentes tipos de memórias que podem ajudar a gente em tarefas como procurar visualmente, e entender como essas memórias funcionam pode melhorar nossa performance.

Tipos de Memória

Tem dois tipos de memórias que podem ajudar nas buscas visuais: memórias estatísticas e Memórias Contextuais. Memórias estatísticas são aquelas que a gente aprende ao longo do tempo através de padrões. Por exemplo, se a gente percebe que a maioria dos restaurantes de uma cidade fica de um lado da rua, começamos a olhar lá primeiro quando vamos procurar um lugar pra comer. Esses tipos de memórias se desenvolvem aos poucos, relacionadas a como nosso cérebro aprende padrões.

Já as memórias contextuais se formam rapidamente e se baseiam em experiências específicas ligadas ao ambiente. Por exemplo, se você sempre encontra um certo restaurante na mesma esquina da rua, essa memória ajuda a focar a busca exatamente naquele lugar quando você tá procurando de novo.

Performance na Busca Visual

Pesquisas mostram que tanto as memórias estatísticas quanto as contextuais podem melhorar nossa capacidade de buscar visualmente e ter um desempenho melhor nas tarefas. Por exemplo, quando as pessoas recebem dicas sobre onde um alvo provavelmente vai aparecer, elas tendem a responder mais rápido e com mais precisão. Isso acontece quando aprendem os padrões de onde os alvos aparecem frequentemente em meio a distrações. Da mesma forma, quando reconhecem arranjos familiares em que o alvo aparece consistentemente, seu desempenho melhora também.

No entanto, estudos geralmente analisam esses dois tipos de memória separadamente. Compreender como eles ajudam na Atenção e no desempenho ainda é uma linha de pesquisa em andamento.

Atenção e Performance da Memória

O aprendizado estatístico tem sido examinado principalmente em tarefas que pedem pra as pessoas identificarem padrões. Nessas tarefas, os participantes percebem que um alvo tende a aparecer em áreas específicas mais frequentemente do que em outras. Esse jeito de aprender pode criar uma preferência por essas áreas, tornando as buscas mais rápidas.

Por outro lado, o aprendizado contextual foi estudado em tarefas que usam exibições simples onde a localização do alvo muda, mas algumas configurações se repetem pra sinalizar onde o alvo provavelmente vai estar. Ficar familiarizado com esses contextos ajuda a reduzir o tempo que leva pra achar o alvo nas buscas seguintes. As vantagens da memória contextual também aparecem quando as pessoas buscam em ambientes conhecidos ou lembram de detalhes específicos dos alvos.

Os dois tipos de memória têm maneiras únicas de guiar a atenção e melhorar o desempenho, mas ainda não houve pesquisa suficiente pra ver como eles trabalham juntos.

Questões de Pesquisa

Nesse estudo, comparamos os impactos das associações estatísticas versus contextuais pra ver como poderiam melhorar tarefas de busca visual. A gente queria investigar como cada tipo de memória poderia afetar as funções de atenção e memória. Usando cenas naturais pra nossas tarefas visuais, a intenção era imitar experiências de busca da vida real.

Preparamos vários cenários onde a informação do alvo seguia um padrão previsível ou estava ligada ao contexto da cena. Em algumas cenas, o alvo aparecia consistentemente de um lado (esquerdo ou direito), enquanto em outras, variava dependendo da cena. Além disso, incluímos uma categoria aleatória onde as localizações dos alvos não seguiam nenhum arranjo específico.

Nossa pesquisa foi movida pela crença de que associações estatísticas e contextuais beneficiariam as buscas visuais, mas a gente achava que os efeitos seguiram diferentes cronogramas. Também queríamos ver o quanto essas memórias ajudavam com tarefas de atenção e recordação.

Recrutamento de Participantes e Design do Estudo

Recrutamos participantes online, garantindo que eles atendiam a critérios específicos, como serem fluentes em inglês e não terem problemas cognitivos anteriores. Durante três dias, os participantes tiveram sessões diferentes, progredindo gradualmente dependendo do desempenho.

O estudo consistiu em vários blocos onde os participantes tinham que procurar alvos embutidos em várias cenas naturais. A gente projetou tudo com cuidado, considerando possíveis distrações e garantindo que esses blocos incluíssem diferentes tipos de associações de memória.

Durante as fases de teste, os participantes não foram informados sobre os padrões ou associações subjacentes. Em vez disso, as cenas contendo os alvos foram misturadas de um jeito pra evitar confusão. Depois desses blocos de busca visual, os participantes participaram de tarefas relacionadas à memória pra avaliar a influência dos diferentes tipos de memória.

Tarefa de Busca Visual

Cada participante participou de uma tarefa de busca visual onde precisava encontrar rapidamente um alvo (ou um sino ou um cachorro) dentro de cenas selecionadas. Eles faziam escolhas sobre qual alvo encontraram e a tarefa foi organizada em blocos, cada um durando cerca de seis minutos.

O processo de busca visual envolveu olhar pra uma cena exibida por um curto período, depois o alvo aparecia, e os participantes tinham um tempo limitado pra identificá-lo. Eles recebiam feedback sobre as respostas, o que ajudava a aprender em várias tentativas.

A gente variou os tipos de cenas e locais dos alvos, visando determinar como o aprendizado estatístico e contextual diferiria na performance.

Tarefa de Atenção Guiada pela Memória

No último dia do estudo, os participantes participaram de uma tarefa surpresa projetada pra avaliar quão bem poderiam se lembrar das localizações dos alvos que tinham identificado anteriormente. Isso envolveu mostrar cenas rapidamente, fazendo os participantes lembrarem onde os alvos tinham aparecido e fazer escolhas rapidamente baseadas nas lembranças deles.

Através dessa tarefa, conseguimos avaliar quão bem os participantes aprenderam sobre as localizações dos alvos em relação às cenas quando foram buscá-los pela primeira vez.

Tarefa de Recordação da Memória

Depois da tarefa de atenção guiada pela memória, os participantes participaram de um teste de recordação onde tinham que clicar na cena pra indicar onde lembravam de ter visto o alvo. Isso forneceu uma visão de como eles podiam lembrar das associações baseadas nos dois tipos de memória.

Em cada tentativa, os participantes clicavam onde achavam que o alvo tinha estado, e a gente mediu a precisão deles com base em se as escolhas combinavam com as localizações das tarefas anteriores.

Resultados e Descobertas

Os resultados mostraram que as memórias contextuais e estatísticas beneficiaram os participantes de maneiras diferentes durante as diversas tarefas. Especificamente, os participantes demonstraram um desempenho melhor quando se basearam em associações contextuais, especialmente em relação à precisão e rapidez nas respostas.

Ao comparar como os participantes se saíram com base nos tipos de memória, as associações de memória contextual trouxeram mais benefícios visíveis comparadas às estatísticas. Essa distinção ficou mais clara conforme os participantes avançavam pelos dias de teste, mostrando melhorias ao longo do tempo em seu desempenho relacionado às memórias.

As associações estatísticas foram úteis pra recordar a localização geral, enquanto as memórias contextuais se mostraram mais eficazes pra recordar detalhes precisos de localização. Os participantes geralmente foram mais precisos ao localizar alvos que aprenderam através de contextos, em vez de aqueles aprendidos por padrões estatísticos.

Implicações e Pesquisa Futura

Nossas descobertas destacam a importância de entender como diferentes tipos de memória podem impactar a busca visual e a atenção. Essa pesquisa cria uma estrutura útil pra examinar como esses diferentes sistemas de memória funcionam em contextos da vida real e orienta estudos futuros sobre processos atencionais.

As maneiras distintas pelas quais as memórias contextuais e estatísticas operaram sugerem que existem mecanismos únicos envolvidos em como aprendemos com nosso entorno. Esses insights poderiam moldar futuras investigações sobre como diferentes tipos de memórias afetam atenção e recordação, especialmente em diferentes ambientes e situações.

Além disso, explorar as interações entre aprendizado contextual e estatístico poderia gerar metodologias inovadoras no estudo de memória e atenção em ambientes práticos. Investigar como esses sistemas de memória podem trabalhar juntos ou melhorar tarefas também poderia oferecer insights úteis sobre questões relacionadas à memória em várias populações.

Conclusão

Em resumo, nosso estudo ilustra que tanto as memórias contextuais quanto as estatísticas influenciam positivamente as tarefas de busca visual, mas fazem isso de maneiras diferentes. Associações contextuais tendem a levar a respostas mais rápidas e precisas, enquanto associações estatísticas fornecem uma base sólida pra a consciência geral das localizações dos alvos.

Entender como essas memórias funcionam não só melhora nossa compreensão da percepção e cognição humanas, mas também abre caminhos pra explorar como a memória molda nossas experiências e ações no dia a dia. Essa área de estudo tem um potencial significativo pra ajudar a abordar desafios relacionados à memória enfrentados por indivíduos, especialmente em condições de envelhecimento ou neurológicas.

Através dessa exploração, podemos apreciar melhor a complexa relação entre memória, atenção e percepção e como tudo isso se junta nas nossas experiências diárias.

Fonte original

Título: Comparing the impact of contextual associations and statistical regularities in visual search and attention orienting

Resumo: During visual search, we quickly learn to attend to an objects likely location. Research has shown that this process can be guided by learning target locations based on consistent spatial contextual associations or statistical regularities. Here, we tested how these different types of learning aid the utilisation of established memories for different purposes. Participants learned contextual associations or statistical regularities that predicted target locations within different scenes. The consequences of this learning for subsequent performance were then evaluated on attention-orienting and memory-recall tasks. Participants demonstrated facilitated attention-orienting and recall performance based on both contextual associations and statistical regularities. Contextual associations facilitated attention orienting with a different time course compared to statistical regularities. Benefits to memory-recall performance depended on the alignment between the learned association or regularity and the recall demands. The distinct patterns of behavioural facilitation by contextual associations and statistical regularities show how different forms of long-term memory may influence neural information processing through different modulatory mechanisms.

Autores: Marcus Sefranek, N. Zokaei, D. Draschkow, A. C. Nobre

Última atualização: 2024-04-15 00:00:00

Idioma: English

Fonte URL: https://www.biorxiv.org/content/10.1101/2024.04.12.589295

Fonte PDF: https://www.biorxiv.org/content/10.1101/2024.04.12.589295.full.pdf

Licença: https://creativecommons.org/licenses/by/4.0/

Alterações: Este resumo foi elaborado com a assistência da AI e pode conter imprecisões. Para obter informações exactas, consulte os documentos originais ligados aqui.

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