Melhorando o Acesso à Saúde Sexual para a Juventude
Abordando desafios nas áreas rurais para serviços de saúde sexual e reprodutiva para jovens usando plataformas de saúde móvel.
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Índice
- Desafios Enfrentados pelos Jovens em Áreas Rurais
- A Necessidade de Soluções Inovadoras
- O Que é Saúde Móvel (mHealth)?
- Metodologia da Pesquisa
- Estratégia de Busca e Critérios
- Coleta e Análise de Dados
- Descobertas sobre Plataformas de Saúde Móvel
- Barreiras ao Uso de Plataformas de Saúde Móvel
- Confiança nos Achados
- Preferências por Serviços de Saúde Móvel
- Conclusão
- Fonte original
A saúde sexual e reprodutiva (SSR) é super importante pra saúde e bem-estar dos jovens no mundo todo. Apesar da galera reconhecer que os jovens têm direito a acessar Serviços de SSR, muitos jovens de 10 a 24 anos em países de renda baixa e média (PRM) enfrentam desafios pra conseguir informações e serviços sobre saúde sexual. Isso é ainda mais complicado pra quem mora em áreas rurais, onde os recursos são bem escassos.
Desafios Enfrentados pelos Jovens em Áreas Rurais
Pesquisas mostram que os jovens nas PRM rurais encontram várias barreiras pra acessar informações e serviços de SSR. Isso inclui normas sociais e culturais, estigmas em torno da saúde sexual e a influência de organizações religiosas. Além disso, a falta de recursos de saúde, atitudes não profissionais dos prestadores de serviços, longas distâncias até os postos de saúde e os altos custos também afastam os jovens do cuidado que precisam.
Essas barreiras resultam em uma grande necessidade não atendida por informações sobre SSR. Com isso, muitos jovens não usam métodos contracetivos corretamente ou nem usam, aumentando o risco de gravidezes indesejadas e infecções sexualmente transmissíveis (ISTs), incluindo HIV.
A Necessidade de Soluções Inovadoras
Pra atender de forma eficaz as necessidades de SSR dos jovens, especialmente em áreas remotas, é necessário desenvolver formas novas e inovadoras de oferecer serviços que sejam amigáveis e acessíveis. Uma solução promissora é o uso de programas de saúde digital, especialmente aplicativos pra celular.
Usar celulares como um meio de fornecer informações sobre SSR pode ajudar a reduzir as desigualdades no acesso a esses serviços entre os jovens. Plataformas de Saúde Móvel (mHealth) estão sendo utilizadas nas PRM pra oferecer informações e serviços que a galera precisa em um formato que funcione pra eles.
O Que é Saúde Móvel (mHealth)?
Saúde móvel, ou mHealth, se refere ao uso de tecnologias móveis e sem fio pra apoiar objetivos de saúde. No contexto de SSR, celulares podem ser uma ferramenta valiosa pros jovens nas PRM, ajudando eles a tomar decisões informadas sobre saúde sexual.
Embora as plataformas mHealth mostrem grande potencial pra melhorar o acesso aos serviços de SSR em áreas rurais, atualmente existem poucas evidências sobre sua eficácia, principalmente dados qualitativos que não dão um panorama completo da situação.
Metodologia da Pesquisa
Pra entender como os jovens em áreas rurais percebem e usam plataformas móveis pra informações e serviços de SSR, foi feita uma revisão sistemática. Isso envolveu procurar em várias bases de dados online por artigos que focassem em jovens de 10-24 anos nas PRM e suas experiências com intervenções mHealth.
Estratégia de Busca e Critérios
A busca analisou vários artigos revisados por pares publicados em inglês de 2000 a 2020. Foram incluídos estudos que focavam no uso de plataformas móveis pelos jovens pra acessar informações sobre SSR. Alguns tipos de estudos foram excluídos, como apresentações em conferências e artigos que não traziam dados desagregados sobre os jovens.
Coleta e Análise de Dados
A equipe de pesquisa analisou os achados de 26 estudos cobrindo diferentes países nas PRM. A maioria desses estudos foi feita em áreas rurais e abordou como as plataformas móveis poderiam oferecer acesso a informações de SSR, incluindo aconselhamento contracetivo e prevenção do HIV. Os métodos de coleta de dados variaram, mas incluíram grupos focais e entrevistas aprofundadas.
Descobertas sobre Plataformas de Saúde Móvel
Os estudos identificaram uma variedade de plataformas de celular sendo usadas pra oferecer serviços de SSR. As mensagens de texto foram o método mais comum, junto com mensagens de voz e chamadas telefônicas. Os achados mostraram que os jovens costumam preferir mensagens de texto pra informações de SSR porque assim podem receber e salvar as mensagens, mesmo em lugares com pouca conexão.
Alguns jovens também preferiram mensagens de voz e chamadas, especialmente porque esses métodos não exigem que eles leiam ou escrevam. Os participantes valorizaram a capacidade de interagir diretamente com os prestadores de saúde pra obter respostas personalizadas pra suas perguntas.
Barreiras ao Uso de Plataformas de Saúde Móvel
Apesar dos benefícios potenciais do mHealth, várias barreiras dificultam que os jovens usem esses serviços. Uma das principais barreiras é o custo dos celulares, do crédito e dos dados. Os jovens geralmente dependem de celulares compartilhados ou emprestados, o que pode gerar preocupações com a privacidade sobre questões sensíveis de SSR.
Habilidades tecnológicas limitadas e baixos níveis de alfabetização também restringem o uso das plataformas móveis. Muitos jovens podem não se sentir confortáveis usando a tecnologia necessária pra acessar esses serviços, colocando eles em desvantagem.
Influências sociais também têm um papel importante. As tentativas dos jovens de acessar informações de SSR podem ser restringidas por normas e crenças da comunidade, incluindo estigmas e desinformação sobre saúde sexual.
Confiança nos Achados
A revisão encontrou alta confiança nos resultados sobre o uso de mensagens de texto como um meio eficaz de fornecer informações de SSR. No entanto, a confiança nos achados relacionados às plataformas de mídia social foi bem menor, devido ao uso limitado entre a população jovem estudada.
Preferências por Serviços de Saúde Móvel
A revisão mostrou resultados mistos em relação às preferências dos jovens por vários serviços de mHealth. Muitos preferiram mensagens de texto pelas razões já mencionadas, enquanto outros preferiram mensagens de voz pela facilidade de uso. Contudo, plataformas como WhatsApp e Facebook eram menos populares devido aos altos custos associados aos smartphones e à falta de familiaridade com esses serviços pra muitos jovens.
A principal conclusão é que, embora os celulares apresentem uma oportunidade de fornecer informações e serviços vitais de SSR, é fundamental abordar questões relacionadas ao custo, à alfabetização e às normas sociais pra maximizar sua eficácia.
Conclusão
No geral, os achados dessa revisão sugerem que as plataformas mHealth podem melhorar significativamente o acesso a serviços de SSR pra jovens em áreas rurais das PRM. Contudo, é crucial abordar as barreiras que impedem que os jovens utilizem essas plataformas de forma eficaz.
Pra aumentar o alcance e o impacto desses serviços, os formuladores de políticas e implementadores de programas precisam considerar soluções práticas, como oferecer subsídios financeiros ou educação sobre o uso de tecnologias de saúde móvel. Ao enfrentar esses desafios, será possível garantir que mais jovens possam se beneficiar de informações e serviços essenciais de saúde sexual e reprodutiva.
Título: Views and experiences of young people on using mHealth platforms for sexual and reproductive health services in rural low- and middle-income countries: a qualitative systematic review
Resumo: In low- and middle-income countries (LMICs), reproductive health programs use mobile health (mHealth) platforms to deliver a broad range of SRH information and services to young people in rural areas. However, young peoples experiences of using mobile phone platforms for SRH services in the rural contexts of LMICs remains unexplored. This review qualitatively explored the experiences and perceptions of young peoples use of mobile phone platforms for SRH information and services. This qualitative evidence synthesis was conducted through a systematic search of online databases: Medline, Embase, CINAHL, PsycInfo and Scopus. We included peer reviewed articles that were conducted between 2000 and 2020 and used qualitative methods. The methodological quality of papers was assessed by two authors using Grading of Recommendations, Assessment, Development and Evaluation (GRADE) and Confidence in Evidence from Reviews of Qualitative research (CERQual) approach with the identified papers synthesized using a narrative thematic analysis approach. The 26 studies included in the review were conducted in a wide range of LMIC rural settings. The studies used seven different types of mHealth platforms in providing access to SRH information and services on contraception, family planning, sexually transmitted infections (STIs) and human immunodeficiency virus (HIV) education. Participant preferences for use of SRH service platforms centred on convenience, privacy and confidentiality, as well as ease and affordability. High confidence was found in the studies preferencing text messaging, voice messaging, and interactive voice response services while moderate confidence was found in studies focused on phone calls. The overall constraint for platforms services included poor and limited network and electricity connectivity (high confidence in the study findings), limited access to mobile phones and mobile credit due to cost, influence from socio-cultural norms and beliefs and community members (moderate confidence in the study findings), language and literacy skills constraints (high confidence in the study findings). The findings provide valuable information on the preferences of mHealth platforms for accessing SRH services among young people in rural settings in LMICs and the quality of available evidence on the topic. As such, the findings have important implications for health policy makers and implementers and mHealth technology platform developers on improving services for sustainable adoption and integration in LMIC rural health systems.
Autores: Alexander Laar, M. L. Harris, M. N. Khan, D. Loxton
Última atualização: 2023-09-05 00:00:00
Idioma: English
Fonte URL: https://www.medrxiv.org/content/10.1101/2023.09.04.23295035
Fonte PDF: https://www.medrxiv.org/content/10.1101/2023.09.04.23295035.full.pdf
Licença: https://creativecommons.org/licenses/by/4.0/
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