Investigando a Ressonância do Dipolo Pigmê em Níquel-62
A pesquisa explora estados excitados em isótopos de níquel, focando na Ressonância Dipolar Pigmeu.
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Índice
O estudo da física nuclear ajuda a entender as propriedades dos Núcleos atômicos. Uma área bem interessante de pesquisa é o comportamento dos Estados Excitados em certos isótopos, tipo o níquel. O Níquel-62 (62Ni) tem características específicas que os cientistas querem investigar, principalmente seus estados excitados e uma característica específica conhecida como Ressonância Dipolar Pigméia (PDR). Essa ressonância pode nos ajudar a aprender mais sobre como os Nêutrons se comportam dentro do núcleo e como eles contribuem para vários processos nucleares.
O que é a Ressonância Dipolar Pigméia?
A Ressonância Dipolar Pigméia se refere a um tipo de oscilação no núcleo, onde os nêutrons se movem em relação ao resto do núcleo, que geralmente é formado por prótons e nêutrons. É chamada de "pigméia" porque envolve um grupo menor de nêutrons comparado a movimentos coletivos maiores que podem ser encontrados em outros fenômenos nucleares, como as ressonâncias gigantes. A PDR pode ter conexões com várias áreas importantes, como a estabilidade nuclear, estrelas de nêutrons e como os núcleos interagem com a luz.
Contexto
Pesquisas recentes indicaram que a PDR poderia aparecer em isótopos como o cromo, sugerindo uma ligação com menos nêutrons desempenhando um papel significativo em sua formação. Estudos anteriores propuseram que a força da PDR poderia depender de como certos níveis de energia estão preenchidos no núcleo. Isso levou os cientistas a explorar a ideia de que a PDR poderia ser influenciada pela disposição dos nêutrons, particularmente em isótopos onde nêutrons são adicionados além de uma camada fechada, que é uma configuração estável.
O modelo de camadas nucleares descreve como os nêutrons e prótons preenchem os níveis de energia disponíveis em um átomo. Quando um núcleo tem uma configuração de camada fechada, adicionar mais núcleons (nêutrons ou prótons) pode levar a padrões e comportamentos de excitação diferentes. Para isótopos além de certos limites, um novo conjunto de estados excitados pode surgir devido à maneira como os núcleons podem interagir entre si.
Abordagem Experimental
Para estudar esses fenômenos, os cientistas realizaram um experimento com níquel-61 (61Ni) e níquel-62 (62Ni) em um laboratório que usa aceleradores de partículas avançados. Eles queriam observar como os estados excitados de 62Ni se formavam quando um nêutron era transferido de 61Ni. Ao analisar os dados resultantes, eles poderiam determinar como o Momento Angular - a medida de quanto uma partícula gira - foi transferido durante essa reação.
A equipe usou um instrumento especializado chamado Super-Enge Split-Pole Spectrograph para examinar as partículas que saíam da reação. Eles se concentraram em medições precisas dos ângulos em que essas partículas saíam, pois esses dados dariam uma ideia dos estados excitados produzidos durante a transferência do nêutron.
Resultados do Experimento
O experimento trouxe uma grande quantidade de estados excitados, com muitos novos estados sendo identificados pela primeira vez. As descobertas sugeriram que vários desses estados foram populados através de transferências específicas de momento angular. Essas transferências indicaram como os nêutrons em 62Ni poderiam estar dispostos em relação a outros núcleons.
Através da pesquisa, os cientistas conseguiram mapear esses estados excitados e avaliar as energias em que ocorreram. Os resultados mostraram que abaixo de uma certa energia, as configurações de transferência de nêutrons (como quantos nêutrons foram transferidos e para quais níveis de energia) afetaram significativamente a distribuição de força, ou seja, quanto de força nuclear estava presente nesses estados.
Observações e Comparações
Enquanto a equipe analisava os estados excitados, eles compararam suas descobertas com dados anteriores de isótopos de níquel e outros experimentos nucleares semelhantes. Eles notaram que a força dos estados se deslocou para baixo em energia, sugerindo que os comportamentos dos nêutrons no núcleo e suas interações podem ser mais complexos do que se pensava inicialmente.
Ao olhar para isótopos de níquel em particular, ficou claro que a Ressonância Dipolar Pigméia não era apenas uma resposta simples de nêutrons oscilando. Parecia haver uma variedade de influências em jogo, ligadas à estrutura geral do núcleo. A presença de uma camada de nêutrons - onde nêutrons extras não estão firmemente ligados ao núcleo - parecia contribuir para essas ressonâncias.
Importância das Descobertas
A descoberta dos estados excitados e suas características tem implicações que vão além da mera observação. Elas fornecem informações valiosas sobre como os núcleos se comportam sob certas condições e como esses comportamentos se relacionam com fenômenos astrofísicos maiores, como as propriedades das estrelas de nêutrons. Entender a PDR pode ajudar a calcular interações em ambientes extremos e melhorar modelos que preveem como a energia é distribuída dentro dos núcleos atômicos.
Ao identificar esses estados e suas respectivas forças, os pesquisadores também podem obter insights sobre como ocorrem reações nucleares, incluindo as taxas em que certos processos acontecem nas estrelas. Esse tipo de entendimento é crucial para explicar como os elementos são formados no espaço e como as estrelas evoluem ao longo do tempo.
Direções Futuras
Com esses resultados em mãos, os pesquisadores planejam expandir sua investigação para outros isótopos de níquel e reunir mais dados sobre a PDR. Eles pretendem usar essas informações para refinar modelos teóricos existentes e explorar ainda mais as propriedades dos estados excitados em núcleos ricos em nêutrons. Futuros experimentos provavelmente se concentrarão em como essas novas descobertas podem informar nosso entendimento da equação de estado nuclear, que descreve como a matéria nuclear se comporta sob diferentes condições.
Além disso, estudos adicionais poderiam ser realizados para investigar como a PDR se relaciona com estrelas de nêutrons e as implicações para níveis de energia dentro desses objetos extremos. Ao aprofundar a conexão entre estruturas microscópicas dentro do núcleo e fenômenos macroscópicos no universo, os cientistas podem construir uma imagem mais coesa do comportamento nuclear.
Conclusão
A exploração contínua dos estados excitados em núcleos como o níquel-62 revela uma paisagem dinâmica de interações e comportamentos. A pesquisa em fenômenos como a Ressonância Dipolar Pigméia é fundamental para conectar o mundo dos núcleos atômicos a eventos cósmicos. À medida que os pesquisadores continuam a investigar e refinar suas descobertas, as implicações se estendem além do laboratório, contribuindo para nossa compreensão do universo em geral. Este campo de estudo promete desbloquear mais segredos sobre as forças que mantêm a matéria unida e os caminhos pelos quais nosso universo evolui.
Título: Experimental study of excited states of ${}^{62}$Ni via one-neutron $(d,p)$ transfer up to the neutron-separation threshold and characteristics of the pygmy dipole resonance states
Resumo: The degree of collectivity of the Pygmy Dipole Resonance (PDR) is an open question. Recently, Ries {\it et al.} have suggested the onset of the PDR beyond $N=28$ based on the observation of a significant $E1$ strength increase in the Cr isotopes and proposed that the PDR has its origin in a few-nucleon effect. Earlier, Inakura {\it et al.} had predicted by performing systematic calculations using the random-phase approximation (RPA) with the Skyrme functional SkM* that the $E1$ strength of the PDR strongly depends on the position of the Fermi level and that it displays a clear correlation with the occupation of orbits with orbital angular momenta less than $3\hbar$ $(l \leq 2)$. To further investigate the microscopic structures causing the possible formation of a PDR beyond the $N=28$ neutron shell closure, we performed a $^{61}$Ni$(d,p){}^{62}$Ni experiment at the John D. Fox Superconducting Linear Accelerator Laboratory of Florida State University. To determine the angular momentum transfer populating possible $J^{\pi} = 1^-$ states and other excited states of ${}^{62}$Ni, angular distributions and associated single-neutron transfer cross sections were measured with the Super-Enge Split-Pole Spectrograph. A number of $J^{\pi} = 1^-$ states were observed below the neutron-separation threshold after being populated through $l=2$ angular momentum transfers. A comparison to available $(\gamma,\gamma')$ data for ${}^{58,60}$Ni provides evidence that the $B(E1)$ strength shifts further down in energy. The $(d,p)$ data clearly prove that $l=0$ strength, i.e., the neutron $(2p_{3/2})^{-1}(3s_{1/2})^{+1}$ one-particle-one-hole configuration plays only a minor role for $1^-$ states below the neutron-separation threshold in ${}^{62}$Ni.
Autores: M. Spieker, L. T. Baby, A. L. Conley, B. Kelly, M. Müscher, R. Renom, T. Schüttler, A. Zilges
Última atualização: 2023-06-30 00:00:00
Idioma: English
Fonte URL: https://arxiv.org/abs/2306.16947
Fonte PDF: https://arxiv.org/pdf/2306.16947
Licença: https://creativecommons.org/licenses/by/4.0/
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