Créditos de Acesso: Uma Nova Abordagem para Ledger DAG
Um novo sistema pra gerenciar transações em livros-razão distribuídos sem líderes e sem taxas altas.
― 8 min ler
Índice
Os livros-razão distribuídos, geralmente chamados de blockchains, mudaram a forma como compartilhamos informações sem precisar confiar em uma autoridade central. Enquanto muitos têm focado em melhorar as blockchains tradicionais, elas ainda enfrentam problemas com escalabilidade, taxas altas e tempos de transação lentos. Muitos projetos agora estão olhando para novos tipos de livros-razão chamados grafos acíclicos direcionados (DAGs) que não têm líderes para criar Blocos. Esses sistemas sem líderes prometem um desempenho melhor e mais flexibilidade, mas trazem seus próprios desafios, especialmente na forma como as transações são autorizadas.
Um dos principais desafios com esses DAGs sem líderes é gerenciar quem pode escrever no livro-razão. Nas blockchains tradicionais, os usuários pagam taxas para que suas transações sejam incluídas, criando uma competição que muitas vezes leva a taxas altas. Em contraste, o design sem líderes permite que múltiplas transações aconteçam ao mesmo tempo, tornando o acesso baseado em taxas difícil. Em vez de usar taxas, uma nova ideia está sendo proposta: créditos de acesso.
Os créditos de acesso seriam gerados com base nos tokens que um usuário possui e sua participação na rede. Os usuários poderiam gastar esses créditos para criar novos blocos ou realizar outras ações no livro-razão. Esse sistema tem como objetivo eliminar a necessidade de taxas altas enquanto ainda regula quem pode fazer alterações no livro-razão.
Contexto
Limitações das Blockchains Tradicionais
Blockchains tradicionais como Bitcoin e Ethereum têm limitações sérias. Elas só podem processar um número pequeno de transações por vez. À medida que a demanda cresce, os usuários acabam pagando mais para garantir que suas transações sejam processadas. Isso muitas vezes resulta em taxas altas e acesso desigual à rede.
Tentativas de melhorar esses sistemas incluíram tecnologias como redes relâmpago e soluções Layer 2. No entanto, muitas dessas ainda dependem de um líder para criar blocos, o que pode levar a problemas como censura e tratamento desigual dos usuários.
O que são DAGs?
Os DAGs são diferentes das blockchains tradicionais. Em vez de encadear blocos em uma única linha, os DAGs permitem que múltiplos blocos existam ao mesmo tempo. Isso significa que as transações podem ser processadas em paralelo, melhorando a velocidade e a eficiência. Esse design suporta um maior volume de transações sem a necessidade de taxas altas.
Por que Modelos Sem Líderes?
Nos modelos sem líderes, cada usuário tem a oportunidade de escrever no livro-razão sem esperar que um líder aprove sua transação. Essa abordagem aumenta a acessibilidade e reduz o risco de censura. No entanto, introduz complexidade na forma como o acesso para escrita é gerenciado, que é onde entram os créditos de acesso.
Créditos de Acesso: Uma Nova Maneira de Gerenciar Escritas
A ideia por trás dos créditos de acesso é simples. Em vez de pagar taxas, os usuários ganham créditos com base nos tokens que possuem e suas contribuições para a rede. Esses créditos podem ser gastos para criar novos blocos ou realizar outras atividades dentro do sistema.
Os componentes-chave dos créditos de acesso são:
- Geração: Créditos são gerados passivamente à medida que os usuários mantêm e usam tokens.
- Consumo: Os usuários gastam esses créditos para escrever dados no livro-razão.
- Sem Taxas: Esse modelo elimina a necessidade de taxas, tornando-o mais acessível aos usuários.
Por que Usar Créditos de Acesso?
Usar créditos de acesso tem vários benefícios importantes:
- Sem Taxas de Token: Os usuários não precisam pagar taxas altas, facilitando a participação de todos.
- Resistência à Censura: Sem um líder central, há menos risco de censura ou manipulação por usuários poderosos.
- Eficiência: O processamento paralelo de transações permite atualizações rápidas no livro-razão.
Implementação dos Créditos de Acesso
Quem Pode Acessar o Livro-Razão?
No sistema proposto, os usuários são classificados como contas que podem manter tokens e créditos de acesso. Essas contas podem emitir blocos, que são as unidades fundamentais de dados no sistema. Cada bloco carrega informações que podem alterar o livro-razão, e esses blocos devem referenciar blocos anteriores para manter uma conexão com a história do livro-razão.
Nós
O Papel dosNós são as máquinas físicas que mantêm o livro-razão atualizado. Eles trabalham juntos para garantir que todos os usuários tenham as informações mais atuais. Ao contrário das blockchains tradicionais, onde os criadores de blocos precisam reunir transações de um pool comum, os nós em um sistema DAG podem processar blocos em paralelo.
Como os Blocos São Criados
As contas criam blocos determinando quantos créditos de acesso gastarão. Elas se comunicam com os nós para ter uma noção do tráfego atual da rede e ajustam seu consumo de créditos de acordo. Se a rede estiver movimentada, os usuários podem querer gastar mais créditos para garantir que seus blocos sejam processados rapidamente. Por outro lado, durante períodos mais tranquilos, podem gastar menos créditos.
Mecanismo de Controle de Acesso
O principal objetivo do sistema de controle de acesso é determinar quais blocos podem ser adicionados ao livro-razão. Em vez de depender dos usuários para pagar taxas, o sistema usa uma pontuação de prioridade com base na quantidade de créditos de acesso gastos em relação ao trabalho necessário para o bloco. Blocos com pontuações de prioridade mais altas são processados primeiro.
Resultados da Simulação
Testes com um Único Nó
Para avaliar a eficácia do mecanismo de controle de acesso, simulações foram realizadas em um ambiente de nó único. Várias estratégias para consumo de créditos foram testadas, incluindo estratégias impacientes, gananciosas e de apostador.
- Usuários Impacientes: Esses usuários gastam todos os seus créditos cada vez que criam um bloco, muitas vezes levando a excessos de gastos durante períodos movimentados.
- Usuários Gananciosos: Esses usuários olham para o maior consumo de créditos na fila e ajustam seus gastos de acordo. Essa estratégia pode levar a taxas mais baixas, mas ainda pode ter flutuações durante a congestão.
- Usuários Apostadores: Esses usuários escolhem aleatoriamente um valor de crédito dos blocos superiores na fila, levando à instabilidade.
Resultados
Os resultados mostraram que, sob diferentes comportamentos dos usuários, o consumo de créditos de acesso permaneceu estável, mesmo com alta demanda. O sistema de controle de acesso gerenciou efetivamente o acesso para escrita entre múltiplos nós.
Testes Multi-Nó
Uma simulação multi-nó foi configurada para emular um ambiente DAG mais realista, conectando vários nós para ver como interagiam. Nesse cenário, as taxas de geração de blocos variaram, e os nós se comunicaram entre si para garantir que os blocos fossem processados em tempo hábil.
Os testes multi-nó também confirmaram que os créditos de acesso poderiam gerenciar efetivamente o acesso para escrita, mostrando potencial para implementações no mundo real.
Desafios e Trabalho Futuro
Incentivos Econômicos
Embora os créditos de acesso forneçam uma maneira de gerenciar o acesso para escrita sem taxas, é essencial criar um mercado onde os usuários possam comprar e vender créditos sobrando. Esse mercado incentivaria o uso e a sustentabilidade da rede.
Limitando a Acumulação Excessiva de Créditos
Um problema potencial é que os usuários podem acumular créditos de acesso sem limite, levando a possível spam na rede. Para evitar isso, um mecanismo para desacelerar a geração de créditos poderia ser implementado, incentivando os usuários a utilizar seus créditos em vez de acumulá-los.
Lidando com Saldos Negativos
Saldos negativos de créditos de acesso podem ocorrer devido a atrasos na rede ou atividades maliciosas. Uma estratégia precisa ser desenvolvida para lidar com essas situações de maneira eficaz a fim de manter a confiança dentro do sistema.
Conclusão
O sistema de créditos de acesso proposto para livros-razão distribuídos baseados em DAGs sem líderes representa um grande passo à frente na gestão do acesso para escrita sem taxas altas. Aproveitando os tokens que os usuários mantêm, um sistema mais equitativo e eficiente pode ser construído.
As simulações demonstram que o mecanismo de controle de acesso pode manter a estabilidade mesmo com comportamentos variados dos usuários. Com mais pesquisa e melhorias, a base para a gestão eficaz dos DAGs sem líderes pode ser estabelecida, levando a uma adoção mais ampla e a aplicações mais inovadoras no futuro.
Título: Managing Write Access without Token Fees in Leaderless DAG-based Ledgers
Resumo: A significant portion of research on distributed ledgers has focused on circumventing the limitations of leader-based blockchains mainly in terms of scalability, decentralization and power consumption. Leaderless architectures based on directed acyclic graphs (DAGs) avoid many of these limitations altogether, but their increased flexibility and performance comes at the cost of increased design complexity, so their potential has remained largely unexplored. Management of write access to these ledgers presents a major challenge because ledger updates may be made in parallel, hence transactions cannot simply be serialised and prioritised according to token fees paid to validators. In this work, we propose an access control scheme for leaderless DAG-based ledgers which is based on consuming credits rather than paying fees in the base token. We outline a general model for this new approach and provide some simulation results showing promising performance boosts.
Autores: Darcy Camargo, Luigi Vigneri, Andrew Cullen
Última atualização: 2023-07-17 00:00:00
Idioma: English
Fonte URL: https://arxiv.org/abs/2307.08627
Fonte PDF: https://arxiv.org/pdf/2307.08627
Licença: https://creativecommons.org/licenses/by/4.0/
Alterações: Este resumo foi elaborado com a assistência da AI e pode conter imprecisões. Para obter informações exactas, consulte os documentos originais ligados aqui.
Obrigado ao arxiv pela utilização da sua interoperabilidade de acesso aberto.