Usando Máquinas de Estado na Arquitetura de Software
Aprenda como máquinas de estados simplificam o design de software e melhoram a gestão de sistemas.
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No mundo de hoje, criar software muitas vezes envolve sistemas complexos. Uma forma de lidar com essa complexidade é usando Máquinas de Estado para desenhar arquiteturas de software. As máquinas de estado permitem que os desenvolvedores dividam sistemas em partes menores e mais fáceis de gerenciar, o que torna a construção de sistemas maiores mais tranquila.
O que são Máquinas de Estado?
Uma máquina de estado é um modelo que representa como um sistema se comporta. Ela consiste em diferentes estados e transições entre esses estados com base em certos inputs. Isso ajuda a entender e controlar o comportamento do sistema.
Por exemplo, se você pensar em um aplicativo móvel simples para pedir comida, os estados poderiam ser "Navegando no Menu", "Adicionando Itens ao Carrinho", "Finalizando a Compra" e "Pedido Realizado". Um usuário mudaria entre esses estados de acordo com suas ações, como tocar em botões para adicionar itens ou confirmar o pedido.
Vantagens de Usar Máquinas de Estado
As máquinas de estado oferecem várias vantagens no design de software:
Modularidade: As máquinas de estado quebram sistemas complexos em unidades menores e independentes. Isso facilita o desenvolvimento, teste e manutenção de cada parte separadamente.
Clareza: Usar máquinas de estado ajuda a visualizar como diferentes partes interagem. Essa clareza pode ajudar tanto desenvolvedores quanto partes interessadas não técnicas a entenderem o sistema.
Composicionalidade: As máquinas de estado podem ser combinadas de várias maneiras para criar comportamentos mais complexos. Isso permite que as equipes construam sobre o trabalho existente sem começar do zero.
Documentação Automática: Como as máquinas de estado têm uma estrutura clara, é possível gerar representações gráficas que servem como documentação. Essa representação ajuda a manter todos alinhados sobre como o sistema deve funcionar.
Design Orientado a Domínio
O Design Orientado a Domínio (DDD) é uma forma de pensar no design de software que foca nas necessidades específicas do domínio de negócio. O objetivo é criar um entendimento compartilhado entre equipes técnicas e especialistas do negócio. O DDD enfatiza:
- Definições Claras: Usar termos e conceitos familiares aos especialistas do domínio ajuda a superar lacunas de comunicação.
- Alinhamento entre modelo e implementação: O design deve refletir como o negócio funciona na prática.
Ao combinar os princípios do DDD com máquinas de estado, os desenvolvedores podem criar arquiteturas de software que são eficazes e fáceis de entender.
Exemplo da Vida Real: Compras Online
Vamos explorar como máquinas de estado e princípios do DDD podem trabalhar juntos em um aplicativo de compras online.
Imagine uma situação onde um usuário quer comprar um produto online. O usuário interage com o sistema através de uma série de comandos, como "Adicionar Item ao Carrinho" ou "Pagar Agora". Cada um desses comandos leva a diferentes estados do sistema.
A Interface do Usuário: Quando um usuário adiciona itens ao seu carrinho, ele entra no estado "Adicionando Itens ao Carrinho". O sistema responde mostrando o carrinho atualizado.
Pagando pelos Itens: Após revisar o carrinho, o usuário transita para o estado "Finalizando a Compra". Aqui, ele fornece as informações de pagamento.
Confirmação do Pedido: Assim que o pagamento é bem-sucedido, o sistema muda para o estado "Pedido Realizado" e envia uma mensagem de confirmação para o usuário.
Esse processo envolve vários componentes, como Agregados, Políticas e projeções, que podem ser representados como máquinas de estado. Cada componente desempenha um papel em gerenciar o estado atual e responder às ações do usuário.
Agregados, Políticas e Projeções
No DDD, agregados são grupos de dados relacionados que são tratados como uma única unidade. Por exemplo, em um sistema de compras online, todo o carrinho de compras pode ser um agregado, enquanto os itens individuais dentro do carrinho poderiam ser outro.
Políticas são regras ou diretrizes que dizem ao sistema como responder a certos eventos. Por exemplo, uma política de pagamento pode ditar o que acontece quando um usuário envia um pagamento.
Projeções são usadas para exibir informações ao usuário. Após o pedido ser feito, uma Projeção pode mostrar o status do pedido, permitindo que o usuário rastreie sua compra.
No exemplo de compras, máquinas de estado podem representar cada um desses componentes. O agregado gerencia o estado atual do carrinho de compras, enquanto as políticas determinam como o sistema responde aos eventos de pagamento. As projeções apresentam visualmente essas informações ao usuário.
Construindo o Sistema
Para montar o sistema usando máquinas de estado, os desenvolvedores podem seguir esses passos:
Definir Estados e Transições: Identificar os diferentes estados que o sistema pode estar e delinear as transições com base nas ações do usuário.
Implementar Componentes como Máquinas de Estado: Criar máquinas de estado para agregados, políticas e projeções. Cada máquina gerencia sua própria lógica e estado.
Compor Máquinas de Estado: Combinar as máquinas de estado individuais para formar o sistema completo. Isso pode ser feito de tal forma que a saída de uma máquina alimenta a entrada de outra.
Visualizar a Arquitetura: Gerar um diagrama que mapeia como as diferentes máquinas de estado interagem. Isso ajuda todos a entenderem a estrutura geral.
Benefícios Dessa Abordagem
Usar máquinas de estado para modelar seu sistema de software oferece várias vantagens:
Maior Eficiência: Os desenvolvedores podem adaptar rapidamente máquinas de estado existentes para criar novas funcionalidades, acelerando o desenvolvimento.
Manutenção Mais Fácil: Quando mudanças são feitas, atualizar a representação da máquina de estado ajuda a garantir que a documentação reflita o sistema atual.
Melhor Comunicação: A representação gráfica pode ser compartilhada tanto com partes interessadas técnicas quanto não técnicas, facilitando melhores discussões.
Direções Futuras
À medida que a tecnologia evolui, existem várias maneiras de aprimorar o uso de máquinas de estado no design de software:
Incorporando Concorrência: Muitos sistemas precisam lidar com várias operações ao mesmo tempo. Trabalhos futuros poderiam explorar como implementar máquinas de estado que funcionam em paralelo, melhorando o desempenho.
Testando o Sistema: Criar estratégias de teste robustas que aproveitem a natureza estruturada das máquinas de estado ajudará a garantir que os componentes funcionem corretamente.
Expansão da Documentação: Métodos mais automatizados para gerar e manter a documentação podem facilitar a manutenção do alinhamento do software com as necessidades do negócio.
Conclusão
Máquinas de estado fornecem uma maneira poderosa de desenhar arquiteturas de software. Ao dividir sistemas complexos em partes gerenciáveis, elas ajudam os desenvolvedores a construir, manter e se comunicar sobre software de forma eficaz. Com os princípios do Design Orientado a Domínio, esses métodos podem criar sistemas que são não apenas funcionais, mas também alinhados com os objetivos de negócio. Essa abordagem é valiosa para qualquer projeto de software, oferecendo benefícios claros em eficiência, comunicação e manutenção.
Título: Cr\`eme de la Crem: Composable Representable Executable Machines (Architectural Pearl)
Resumo: In this paper we describe how to build software architectures as a composition of state machines, using ideas and principles from the field of Domain-Driven Design. By definition, our approach is modular, allowing one to compose independent subcomponents to create bigger systems, and representable, allowing the implementation of a system to be kept in sync with its graphical representation. In addition to the design itself we introduce the Crem library, which provides a concrete state machine implementation that is both compositional and representable, Crem uses Haskell's advanced type-level features to allow users to specify allowed and forbidden state transitions, and to encode complex state machine -- and therefore domain-specific -- properties. Moreover, since Crem's state machines are representable, Crem can automatically generate graphical representations of systems from their domain implementations.
Autores: Marco Perone, Georgios Karachalias
Última atualização: 2023-07-18 00:00:00
Idioma: English
Fonte URL: https://arxiv.org/abs/2307.09090
Fonte PDF: https://arxiv.org/pdf/2307.09090
Licença: https://creativecommons.org/licenses/by/4.0/
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