Entendendo a Sepse em Pacientes de UTI
Um estudo mostra o impacto da sepse em pacientes de UTI e seus resultados.
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Índice
- Definição de Sepse
- Usando os Critérios Sepsis-3 na Pesquisa
- População do Estudo
- Como a Sepse e o Choque Séptico Foram Identificados
- Resultados do Estudo
- Duração da Permanência na UTI
- Mudanças nos Escores SOFA
- Uso de Antibióticos na UTI
- Taxas de Sobrevivência e Mortalidade
- Comparação com Outros Estudos
- Limitações do Estudo
- Conclusão
- Fonte original
A Sepse é uma condição séria que rola quando o corpo reage gravemente a uma infecção. Isso pode levar à falência de órgãos e é uma das principais causas de doença e morte no mundo. Tratar sepse também pode ser bem caro pros hospitais. Nos últimos anos, os pesquisadores têm focado em entender quão comum é a sepse e como prever quando ela pode rolar, especialmente usando técnicas de computador avançadas. No entanto, achar um teste claro e aceito pra diagnosticar sepse tem sido complicado.
Definição de Sepse
Pra ajudar com essa questão, um grupo de especialistas se reuniu em 2016 pra criar diretrizes claras pra definir e gerenciar a sepse. Eles chamaram isso de critérios Sepsis-3. De acordo com essas diretrizes, a sepse acontece quando uma infecção causa problemas que ameaçam a vida na função dos órgãos. Pra determinar se alguém tá com disfunção orgânica, os médicos podem olhar pra um aumento significativo em um escore chamado Avaliação Sequencial de Falência Orgânica (SOFA). Esse escore aumenta quando a condição do paciente piora. As diretrizes também sugerem que, se um paciente precisar de certos medicamentos pra manter a pressão arterial estável e tiver altos níveis de uma substância chamada lactato no sangue, ele tá enfrentando Choque Séptico, que é uma forma mais severa de sepse.
Usando os Critérios Sepsis-3 na Pesquisa
Desde que essas definições foram criadas, os pesquisadores começaram a usá-las pra estudar grandes bancos de dados de saúde. Aplicando esses critérios, eles esperam ter uma visão mais clara de quão frequentemente a sepse aparece em diferentes populações de pacientes. Um recurso importante é o banco de dados dos Centros Médicos da Universidade de Amsterdã, que é o primeiro banco de dados aberto na Europa contendo registros detalhados de pacientes em unidades de terapia intensiva (UTIS). Esse banco de dados inclui registros de mais de 20.000 pacientes tratados em um grande hospital na Holanda.
População do Estudo
Nesse estudo, os pesquisadores analisaram os registros de pacientes admitidos em uma unidade mista de UTI. Eles incluíram pacientes com pelo menos 18 anos e excluíram aqueles que ficaram menos de uma hora ou não tinham informações suficientes registradas sobre a saúde no primeiro dia. Isso resultou em um grupo final de cerca de 18.221 admissões na UTI pra análise.
Como a Sepse e o Choque Séptico Foram Identificados
Pra identificar casos de sepse no banco de dados, os pesquisadores usaram as definições acordadas. Eles procuraram sinais de infecção com base em se os pacientes receberam antibióticos e se os escores SOFA aumentaram significativamente. Se o escore SOFA de um paciente subiu dois pontos ou mais em dias consecutivos e ele havia recebido antibióticos recentemente, foi classificado como tendo sepse. Se, além disso, ele precisasse de medicamentos pra ajudar a pressão arterial e tivesse altos níveis de lactato, foi classificado como choque séptico.
Resultados do Estudo
O estudo descobriu que um número significativo de pacientes admitidos na UTI tinha sepse. Especificamente, cerca de 47,5% dos pacientes médicos e 37,0% dos pacientes cirúrgicos tinham sepse, e muitos desses pacientes acabaram desenvolvendo choque séptico. Aqueles com choque séptico tinham um risco muito maior de morrer na UTI em comparação com aqueles com sepse que não tinham choque. Também foi observado que escores SOFA mais altos na hora da admissão estavam relacionados a um maior risco de Mortalidade.
Duração da Permanência na UTI
Pacientes com sepse tendem a ficar na UTI mais tempo do que aqueles que não têm sepse. Por exemplo, aqueles com choque séptico tiveram uma estadia média de cerca de 140 horas, enquanto aqueles com sepse sem choque ficaram cerca de 65 horas. A duração da estadia também foi influenciada pelo tempo de tratamento com antibióticos, com tratamentos mais longos levando a estadias mais longas na UTI.
Mudanças nos Escores SOFA
Os pesquisadores observaram que os escores SOFA mudaram ao longo do tempo em pacientes diagnosticados com sepse. Para aqueles que sobreviveram ao episódio de sepse, seus escores tendiam a melhorar, enquanto aqueles que faleceram apresentaram escores em piora.
Uso de Antibióticos na UTI
O estudo também investigou com que frequência antibióticos eram prescritos na UTI. Dentre todos os pacientes, muitos receberam antibióticos, enquanto alguns não. Ceftriaxona foi o antibiótico mais utilizado, seguida de outros como vancomicina e metronidazol. Foi notado que a quantidade de antibióticos prescritos variava dependendo da gravidade da condição do paciente.
Taxas de Sobrevivência e Mortalidade
A taxa de mortalidade geral na UTI foi encontrada em cerca de 12,5%. Pacientes que entraram na UTI com choque séptico tinham uma taxa de mortalidade de 38,5%, muito maior do que os que não tinham choque. Além disso, pacientes que receberam antibióticos por períodos mais curtos tiveram taxas de mortalidade mais baixas.
Comparação com Outros Estudos
Os resultados desse estudo foram comparados a pesquisas semelhantes feitas em outros lugares. As descobertas sobre as taxas de sepse e choque séptico estavam consistentes com outros estudos. No entanto, havia diferenças em como as infecções foram definidas, o que poderia afetar a prevalência relatada da sepse. Isso ressalta a necessidade de definições claras e consistentes em diferentes estudos.
Limitações do Estudo
Os pesquisadores reconheceram algumas limitações em seu estudo. Eles apontaram que os dados disponíveis antes e depois das estadias na UTI eram limitados, o que dificultava acompanhar os resultados a longo prazo dos pacientes. Além disso, notaram que dados ausentes poderiam distorcer os resultados, especialmente em relação aos escores SOFA. Por último, como esse estudo foi conduzido em um centro médico acadêmico específico, os resultados podem não representar totalmente todos os ambientes de UTI.
Conclusão
Em conclusão, essa análise forneceu insights importantes sobre a ocorrência e o impacto da sepse no ambiente da UTI. Aplicando os critérios Sepsis-3 a um grande banco de dados de pacientes, os pesquisadores puderam entender melhor como a sepse afeta diferentes populações e resultados na terapia intensiva. As descobertas enfatizam a natureza séria da sepse e a importância de um diagnóstico e tratamento rápidos pra melhorar os resultados dos pacientes.
Título: Application of the Sepsis-3 criteria to describe sepsis epidemiology in the AmsterdamUMCdb intensive care dataset
Resumo: IntroductionSepsis is a major cause of morbidity and mortality worldwide. In the updated, 2016 Sepsis-3 criteria, sepsis is defined as life-threatening organ dysfunction caused by a dysregulated host response to infection, where organ dysfunction can be represented by an increase in the Sequential Organ Failure Assessment (SOFA) score of 2 points or more. We sought to apply the Sepsis-3 criteria the characterise the septic cohort in the Amsterdam University Medical Centres database (Amsterdam UMCdb). MethodsWe examined adult intensive care unit (ICU) admissions in the Amsterdam UMCdb, which contains de-identified data for patients admitted to a mixed surgical-medical ICU at a tertiary academic medical centre in the Netherlands. We operationalised the Sepsis-3 criteria, defining organ dysfunction as an increase in the SOFA score of 2 points or more, while infection was defined as a new course of antibiotics or an escalation in antibiotic therapy, with at least one antibiotic given intravenously. Patients with sepsis were determined to be in septic shock if they additionally required the use of vasopressors and had a lactate level >2 mmol/L. ResultsWe identified 18,221 ICU admissions from 16,408 patients in our cohort. There were 6,371 unique sepsis episodes, of which 30.1% met the criteria for septic shock. A total of 4,958/6,371 sepsis (77.8%) episodes occurred on ICU admission. Forty-eight percent of emergency medical admissions and 37.0% of emergency surgical admissions were for sepsis. Overall, there was a 12.5% ICU mortality rate; patients with septic shock had a higher ICU mortality rate (38.5%) than those without shock (11.3%). ConclusionsWe successfully operationalised the Sepsis-3 criteria to the Amsterdam UMCdb, allowing the characterization and comparison of sepsis epidemiology across different centres.
Autores: Tom Edinburgh, C. Y. Williams, P. W. Elbers, P. J. Thoral, A. Ercole
Última atualização: 2023-09-25 00:00:00
Idioma: English
Fonte URL: https://www.medrxiv.org/content/10.1101/2023.09.24.23296037
Fonte PDF: https://www.medrxiv.org/content/10.1101/2023.09.24.23296037.full.pdf
Licença: https://creativecommons.org/licenses/by/4.0/
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